terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bradesco promete reajuste salarial apenas para gerentes de contas

O Bradesco informou os gerentes regionais e gestores, recentemente, que pretende reajustar os salários dos gerentes de contas das agências em até 24%, segundo matéria publicada no jornal Raios. De acordo ainda com o banco, o percentual a ser aplicado ao salário – entre 12% e 24% - seria baseado na avaliação de desempenho.  Os demais funcionários – entre eles, caixas, tesoureiros, assistentes de gerência, gerentes administrativos e gerais – não foram contemplados. O que é pura discriminação. O diretor do sindicato, Lourival Rodrigues da Silva, observa que “não somos contra o reajuste. Porém deveria ser extensivo a todos os funcionários, sem distinção de cargos e funções”. Lourival lembra que os sindicatos têm reivindicado a valorização dos funcionários. “Inclusive lançamos Campanha em 2007, que ainda tem como pontos prioritários: salário e PLR maiores, PCS transparente, segurança e bolsa de estudo. Vale destacar, quanto a este último ponto, que o Bradesco é o único banco que não oferece auxílio-educação. O que é lamentável”.

Fonte: Sindicato de Campinas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comando avisa Fenaban que prazo para fazer nova proposta é até segunda

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, encaminhou nesta quinta-feira, dia 23, um documento ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, comunicando que a proposta apresentada de reajuste de 4,29% não atende a reivindicação de aumento real de salários contida na minuta entregue no dia 10 de agosto.

A representação dos bancários avisou os bancos que o Comando Nacional está orientando os sindicatos a realizarem assembléias rejeitando essa proposta e apontando greve por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima quarta-feira, dia 29.

No documento, o Comando Nacional reafirmou que, mantendo a cultura de apostar no processo negocial, aguarda manifestação da Fenaban com uma nova proposta até segunda-feira, dia 27, para que possa ser submetida à apreciação das assembleias dos sindicatos que ocorrerão na terça-feira, dia 28, em todo país.

O envio da carta para a Fenaban foi definido pelo Comando Nacional, após a apresentação da proposta dos bancos que, apesar dos lucros crescentes, não possui aumento real, valorização dos pisos e PLR maior, muito menos traz avanços sociais, como a melhoria das condições de trabalho, o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades e segurança contra assaltos e seqüestros.


Veja a íntegra da carta:

São Paulo, 23 de setembro de 2010.

À
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS BANCOS - FENABAN
PRESIDÊNCIA
SR. FÁBIO COLLETTI BARBOSA
NESTA

O sistema financeiro brasileiro vem apresentado sucessivos resultados positivos em seus lucros com a manutenção de rentabilidade em patamares superiores a 25% ao ano e crescimento dos lucros na faixa de 32% ao ano, reflexo de um circulo virtuoso vivido pelo nosso País nos últimos anos e do incansável esforço de seus trabalhadores.

Todavia, a proposta apresentada pela Comissão de Negociação dessa Federação de Bancos no último dia 22 de setembro não considera essa realidade, na medida em que não atende nossa reivindicação de aumento real de salários e rejeita o reajuste salarial contido na minuta entregue em 10 de agosto do corrente ano.

Diante do acima exposto, o Comando Nacional está orientando os Sindicatos dos Bancários a realizarem assembléias rejeitando a proposta e apontando greve por tempo indeterminado a partir da zero hora do dia 29 de setembro.

Nada obstante, mantendo nossa cultura de apostar no processo negocial, aguardamos manifestação dessa Federação com uma nova proposta até o dia 27 de setembro para que possamos submetê-la às assembléias que se realizarão no dia 28 de setembro. Em caso de não manifestação dessa Federação, manteremos a orientação de greve descrita acima.

Para que possamos continuar buscando um acordo que atenda a expectativa dos trabalhadores do sistema financeiro, é necessário que essa Federação de Bancos transija de sua proposta e para tanto aguardamos sua manifestação.

Atenciosamente

Carlos Alberto Cordeiro da Silva e Juvandia Moreira Leite
Coordenadores do Comando Nacional dos Bancários


Fonte: Contraf-CUT

BANCO DO BRASIL - PREVI AUMENTA TETO E PRAZO DO EMPRÉSTIMO SIMPLES DO PLANO 1

A Diretoria Executiva da PREVI aprovou a proposta da Diretoria de Seguridade e revisou as condições do Empréstimo Simples (ES) para os associados do Plano 1, aumentando o teto de R$ 75 mil para R$ 100 mil e prorrogando o prazo máximo de concessão de 72 para 96 meses. A medida valerá para os empréstimos que forem contratados ou renovados a partir de primeiro de outubro e atenderá a demanda de muitos associados.
Como o valor das prestações está limitado a 30% da remuneração, esta margem consignável determina o valor máximo que cada associado poderá requerer de empréstimo. No cálculo da margem consignável são considerados outros descontos, tais como financiamento imobiliário, contribuições à Previ e à Cassi e as verbas do PAS.
Com o aumento do teto de concessão, poderão contratar uma linha de crédito maior ou renovar por um montante maior todos aqueles que tiverem margem disponível. O aumento do prazo de concessão também permitirá contratar um empréstimo maior mesmo por parte de muitos que já extrapolavam a margem consignável, pois a dilação do prazo de pagamento reduzirá o valor de sua prestação mensal.
Os encargos do empréstimo continuam sendo o mínimo permitido pela legislação: a taxa de juros atuarial, correspondente ao INPC mais 5,5% de juros ao ano, aplicados sobre o saldo devedor do empréstimo a cada mês. Continua sendo a linha de crédito mais barata a que os associados da PREVI têm acesso.
A única mudança nas condições do empréstimo foi relativa ao Fundo de Quitação por Morte (FQM), um percentual aplicado mensalmente sobre o saldo devedor, necessário para quitar as prestações vincendas dos mutuários que falecerem. A partir de primeiro de outubro, os associados que completarem até 69 anos e 11 meses na data da contratação ou renovação pagam o percentual de 0,9% para o FQM e os associados de 70 anos ou mais pagam o percentual de 2%. Esta segmentação deve-se aos percentuais de risco distintos dos dois públicos.
Dos 117 mil associados do Plano 1, cerca de 64 mil têm contrato de empréstimo simples.

ES do Previ Futuro não foi alterado - As condições do empréstimo simples dos associados do Previ Futuro não foram alteradas. Está mantido o teto de R$ 35 mil e o prazo máximo para pagamento em 60 meses.
O aumento do teto e a dilação do prazo não foram feitos por falta de recursos disponíveis. A legislação estabelece que um plano de previdência pode destinar no máximo 15% de seus recursos para operações com participantes (empréstimos simples e financiamentos imobiliários). No Previ Futuro, 14% são destinados para ES e 1% para financiamentos imobiliários. O percentual comprometido com ES tem oscilado entre 13% e 14%. Se houver aumento no teto e no prazo poderá ser ultrapassado o limite permitido pela legislação. No futuro, à medida que crescerem as reservas do plano, as condições do empréstimo poderão ser revistas.

Dos 62 mil associados do Previ Futuro, cerca de 21 mil contratam empréstimos.

Fonte: Informativo PREVI

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CAMPANHA SALARIAL 2010 – NEGOCIAÇÃO CAIXA

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação-CEBNN esteve reunida, em São Paulo, nesta quinta-feira (23.09), com os representantes da Caixa Econômica Federal. Durante a reunião, a CAIXA se recusou a apresentar sua proposta para o índice de reajuste e deixou as clausulas econômicas para serem discutidas após apresentação da contraproposta da FENABAN.

A CEBNN/CONTEC insistiu com os negociadores do Banco para dar andamento nas negociações, mas a CAIXA fez apenas a proposta de ajustamento de redação de algumas cláusulas.

A comissão CONTEC alertou a CAIXA de que os empregados do Banco entrarão em greve por tempo indeterminado  a partir do dia 28 de setembro, caso não seja apresentada uma proposta  de reajuste a contento dos trabalhadores.

Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação –CEBNN
CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS 2010

Fonte: Contec

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Presidente Venceslau e Região, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 53.308.524/0001-00, Registro sindical nº 24440-019065/90-00 por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, Presidente Venceslau, Caiuá, Cuiabá Paulista, Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Piquerobi, Rosana, Primavera, Presidente Epitácio, Santo Anastácio e Teodoro Sampaio, para a assembléia geral  extraordinária   que  se   realizará dia 29/09/2010, às 19h, em primeira convocação, e às 20h, em segunda convocação, no endereço à Rua Antonio Marques da Silva nº 2.245, Jardim Morada do Sol, Presidente Venceslau SP,  para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1. Avaliação e deliberação sobre a proposta apresentada pela FENABAN na reunião de 22/09/2010, que frustrou a continuidade das negociações diante da rejeição do reajuste apresentado pela categoria na pauta de reivindicações entregue em agosto do corrente ano;  

2. Deliberação acerca da paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia  30 de setembro de 2010.

Presidente Venceslau SP, 23 de setembro de 2010.




SIDNEI DE PAULA CORRAL
Presidente

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bancos propõem reajuste de 4,29%. Bancários vão a greve à partir do dia 29

Depois de exatos 30 dias de negociações, a Fenaban rejeitou nesta quinta-feira 22 de setembro a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, como o reajuste de 11%. Os bancos apresentaram apenas a proposta de reposição da inflação dos últimos 12 meses, que é de 4,29% segundo o INPC. O Comando Nacional considera essa postura dos bancos um desrespeito aos bancários e orienta os sindicatos a reforçarem a convocação das assembleias do 28, para a deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 29.

"O que os bancos estão fazendo é uma provocação aos bancários. A economia está crescendo como nunca, o lucro dos bancos aumentou em média 32% no primeiro semestre e eles oferecem apenas a reposição da inflação", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com essa posição, os bancos não estão apostando no diálogo e sim na greve."

Os representantes dos bancos disseram na negociação desta quarta-feira que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Sobre a PLR, só informaram que pretendem aplicar a mesma fórmula do ano passado. E sobre a valorização dos pisos não apresentaram nada.

O Comando Nacional reafirmou as reivindicações da categoria e deixou claro que, além dos avanços econômicos (como aumento real de salário, melhoria na PLR e elevação dos pisos), os bancários exigem melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.

O Comando Nacional encaminhará documento à Fenaban, reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira 27 de setembro para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28.

O que os bancários reivindicam

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

Negociações com BB e Caixa

O Comando Nacional volta a se reunir separadamente nesta quinta-feira 23 com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, para discutir as pautas de reivindicações específicas dos dois bancos públicos federais.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

INSS vai avisar aposentado de revisão do teto

::17/9/2010 => O segurado que se aposentou pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entre julho de 1988 e dezembro de 2003 e teve o seu benefício limitado ao teto não precisará ir ao posto previdenciário pedir a revisão. O INSS vai convocar esses beneficiários para pagar o aumento e os atrasados dos últimos cinco anos, segundo informações do procurador Marcelo Siqueira.

A AGU (Advocacia-Geral da União) - órgão que defende o INSS na Justiça - e o Ministério da Previdência aguardam a publicação da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) para começarem a conceder o aumento no posto previdenciário. Na última quarta-feira, o Supremo garantiu o aumento aos aposentados que tiveram o benefício limitado ao teto antes de 2003.

Segundo Siqueira, a decisão do STF deve ser publicada em dois ou três meses e, depois disso, o INSS não vai demorar para fazer os pagamentos.

Fonte: AFUBESP com Jornal Agora São Paulo  

Negociação com a Caixa não avança e bancários vão ampliar mobilização


O Comando Nacional dos Bancários esteve reunido nesta sexta-feira, 17, com a Caixa Econômica Federal para mais uma rodada das negociações específicas com o banco na Campanha Nacional 2010. Os trabalhadores levaram para a mesa as reivindicações relativas à Funcef, fundo de pensão dos empregados da Caixa, e questionamentos sobre o uso pela Caixa do correspondente bancário.


"A Caixa continua apresentando uma postura negativa no processo de negociação ao não trazer respostas concretas para as demandas dos trabalhadores. O banco está empurrando os trabalhadores para a greve", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco. "Esperamos que o próximo encontro traga novidades positivas", complementa Jair.


Uma nova reunião foi agendada para o dia 23 de setembro, um dia após a negociação na essa unificada com a Fenaban. A empresa se comprometeu a apresentar na ocasião uma proposta global para as reivindicações específicas apresentadas pelos bancários.


"Os bancários da Caixa estão mobilizados e prontos para lutar por seus direitos. As reivindicações dos empregados refletem a realidade da categoria e somente com unidade vamos conseguir avançar", diz Jaqueline Machado representante da Fetec/SP na CEE/Caixa.


Funcef


Os trabalhadores cobraram do banco a incidência retroativa de contribuições previdenciárias sobre o CTVA, reivindicação antiga dos bancários. O problema surge em 1998, quando a Caixa criou o antigo PCC, em 1998, no qual surge a figura do CTVA. O banco determinou, então, que as contribuições para a Funcef não incidiriam sobre esse valor. A reivindicação dos trabalhadores é que sejam feitos os cálculos para que o banco entre com sua parte da contribuição no fundo. A Caixa afirmou que não se nega a debater o tema, mas remete à mesa permanente, alegando que devido a sua complexidade não há como resolver durante a Campanha Nacional 2010.


O Comando cobrou novamente o fim das discriminações cometidas pela Caixa contra os bancários que optaram por permanecer no REG/Replan não saldado. O banco se negou novamente a rever sua posição, alegando não haver discriminação, uma vez que estes trabalhadores tiveram diversas chances para deixar o plano antigo, que já havia sido colocado em extinção, e fizeram essa opção. "O banco está misturando uma questão previdenciária com debates trabalhistas ao impedir a migração destes bancários para os novos PCS e PFG. É uma discriminação clara, pois se trata de um grupo de trabalhadores cujo acesso à progressão na carreia fica vedado", afirma Jair Ferreira.


Os trabalhadores reivindicaram o fim do Voto de Minerva na Funcef, demanda antiga dos participantes. A Caixa negou a reivindicação, alegando que o voto está previsto em lei e que não existe outra forma de resolver possíveis impasses na direção do fundo.


Os trabalhadores cobraram ainda uma solução imediata para a injustiça cometida contra as mulheres que se associaram à Funcef antes de 1979 e que requereram aposentadoria proporcional. O que se busca é eliminar a diferença que existe entre o valor da complementação - 70% para as mulheres e 80% para os homens - a partir do qual progridem as tabelas de cada um dos segmentos.


A própria Funcef concordou em resolver a questão em 2007, mas a Caixa não encaminhou a solução alegando alto custo atuarial. Os novos diretores eleitos da Funcef voltaram a pautar a Caixa sobre o tema, mas o banco ainda não deu resposta.


Foram discutidos também os problemas da migração dos funcionários do REB para o Novo Plano da Funcef, que deveria ser implantada desde a criação do Novo Plano, mas até hoje está pendente. Estes bancários tem de ter o direito de fazer a contribuição acima de 8%, limite previsto no REB, retroativamente a 14 de junho de 2006, data de implantação do Novo Plano. A Caixa acompanharia as contribuições dos trabalhadores, depositando parcela equivalente até o limite de 12%, conforme prevêem as regras desse plano. Quanto mais o problema se arrasta, mais grave fica, pois o custo cresce. O banco disse que essa solução já foi aprovada internamente e que agora está aguardando decisão do Ministério da Fazenda.


Os trabalhadores defenderam ainda a abertura de migração para a Funcef dos funcionários oriundos do antigo Banco Nacional da Habitação (BNH), que estavam na PrevHab. O banco ficou de avaliar a questão.


Correspondente bancário


O Comando Nacional cobrou da Caixa explicações sobre novos modelos de correspondentes bancários que, segundo duas reportagens veiculadas no jornal Valor Econômico, foram implantados pelo banco.


Na reportagem mais recente, publicada no último dia 14, o jornal descreve os problemas do "correspondente imobiliário", parceria do banco com construtoras e outras empresas para agilizar os processos do programa Minha Casa, Minha Vida. Para os bancários, além de ampliar a terceirização, o modelo traz diversos problemas de segurança para o banco, ao permitir a circulação de pessoas que não são empregados da Caixa nas dependências.


A Caixa negou a existência da figura do "correspondente imobiliário", alegando que a lei permite aos bancos repassar vários serviços aos correspondentes, entre eles o processamento de documentos feito pelas construtoras. O banco afirmou ainda que orientou os gerentes a proibirem a circulação de funcionários destas empresas dentro das agências e que irá apurar possíveis problemas.


O outro modelo foi também objeto de matéria no Valor em 30 de agosto. Segundo o jornal, a Caixa estava iniciando um novo modelo de correspondentes bancários, com postos criados exclusivamente para a prestação de serviços bancários. Para os trabalhadores, a novidade certamente se tornará um meio de precarização das condições de trabalho e salário dos bancários, além de representar a privatização de agências.


O banco afirma que esse novo modelo não existe. De acordo com os negociadores da empresa, a Transmarketing possui apenas uma unidade de correspondente em São Bernardo, e não três como divulgado na matéria, e ela se encontra num escritório da empresa, não sendo de uso exclusivo para as atividades bancárias. Afirmou ainda que o representante da contratada não tem autorização para falar em nome da Caixa e que o mesmo já foi advertido sobre isso.


"Segundo a própria empresa o correspondente foi pensado com uma forma de levar serviços bancários para locais afastados ou carentes, sem a densidade necessária para dar sustentação a uma agência. Com o que não concordamos, pois a Caixa deve sim investir em agências pioneiras, uma vez que é um banco social. No entanto, o que vemos são unidades sendo abertas em grandes centros, como a própria cidade de São Bernardo, e servindo como uma espécie de terceirização no banco", diz Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e representante da Confederação na CEE/Caixa. "Esses supostos novos modelos pioram ainda mais a situação, promovendo a precarização das condições de segurança e trabalho no banco. Precisamos averiguar melhor essa situação, especialmente no caso da Transmarketing", diz.


Atendimento


A Caixa iniciou uma apresentação aos trabalhadores sobre seu Plano Estratégico de Atendimento (PEATE), programa que visa reorganizar todos os aspectos do atendimento no banco. Segundo o banco, já foram implantados pilotos do programa em agências de diversos estados e a forma como o trabalho se reorganiza tem agradado a empregados e clientes, diminuindo inclusive a necessidade de horas-extras.


"O banco diz que o novo modelo irá diminuir a carga de trabalho e a pressão sobre os bancários, mas independente disso, continuará a pressão pelo cumprimento de metas, que é a principal fonte de estresse para os empregados. O modelo pode até ajudar, mas não afeta o cerne da questão", diz Plínio Pavão.


Um problema visto pelos bancários foi a ausência de porta de segurança antes do auto-atendimento, reivindicação dos bancários que estava prevista no projeto Agência Segura, apresentado anteriormente pelo banco, mas que está sendo abandonado no novo modelo, sob alegação que causa constrangimentos no acesso de pessoas que irão apenas usar o auto-atendimento sem adentrar as dependências das agências. Os representantes dos trabalhadores lamentaram a medida e retomarão o tema, pois essa decisão fragiliza ainda mais as unidades em relação à segurança bancária.


Outros pontos


Democratização - O Comando cobrou também a instituição do Virep (vice-presidnete representante dos empregados). A Caixa ficou de avaliar a questão.


Delegados sindicais - os trabalhadores cobraram da empresa a garantia de liberação para que delegados sindicais participem de reuniões em seus sindicatos, que vem sendo negada por muito gestores. "Essas reuniões fazem parte da função dos delegados e o banco tem obrigação de liberá-los", diz Jaqueline Machado.


Igualdade - Os bancários cobraram também da Caixa um apoio efetivo aos empregados eleitos para os comitês de promoção da equidade de gênero, criados pelo banco sem discussão com o movimento sindical. Os trabalhadores não têm garantida a liberação de ponto ou o custeio de passagens e estadias que muitas vezes são necessárias para a participação de reuniões e outras atividades relativas ao comitê. O banco disse que irá avaliar o tema e aproveitou para informar que está criando comitês LGBT, de pessoas com deficiência e de etnia/raça, no mesmo formato dos de equidade de gênero, porém no âmbito das SUATE.

Fonte: contraf-Cut

Banco do Brasil adia proposta e Contraf-Cut orienta intensificar mobilizãção


Frustrando as expectativas dos funcionários do Banco do Brasil, a empresa apenas se limitou, na segunda rodada de negociação específica realizada nesta sexta-feira 17, em São Paulo, a debater todas as reivindicações da categoria e prometeu apresentar propostas na próxima reunião marcada para o dia 23.

Em uma longa reunião, de mais de três horas de duração, representantes da Contraf-CUT, da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e do banco repassaram cada uma das cláusulas da minuta de reivindicações específicas da categoria.

A reunião começou com uma manifestação de protesto por parte do coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo, em relação às informações de que o banco está alterando sua missão, com a retirada de menções aos funcionários e à sociedade. "O presidente do banco Aldemir Bendine já havia confirmado que o BB estava alterando a missão da empresa, mas nunca imaginávamos que seria para piorar, indo contra o papel que nós, bancários, e a sociedade esperamos de um banco público, que é a promoção do desenvolvimento do país e o bem estar dos funcionários e da sociedade".

Criação de novas agências

A Contraf-CUT solicitou, na sequência, informações sobre a criação de agências complementares, com caixas terceirizados, e a ampliação indiscriminada de correspondentes bancários. Os representantes dos trabalhadores consideram esses planos perniciosos por promoverem a deterioração das relações de trabalho e reclamaram a contratação de mais 5 mil funcionários, além das 10 mil novas vagas acertadas no acordo do passado, em vez de promover a terceirização dos serviços.

A Contaf-CUT reivindicou agilização nas contratações, especialmente para os estados do Norte e Nordeste, áreas em que não foram abertos novos postos de trabalho, embora o banco informe que já tenha feito mais de 7 mil novas convocações.

A estratégia do banco se expandir no exterior, sem respeito aos trabalhadores nos países em que vem se instalando e atuando, também foi criticada pelos representantes dos funcionários. Diante desse quadro, cobrou-se do banco a assinatura do Acordo Marco Global, apresentado ao banco em 2006 para que os empregados e dirigentes sindicais do exterior tenham direitos respeitados e o banco tenha responsabilidade social.

Representação dos bancários no Conselho de Administração
No entendimento da Contraf-CUT, para que o banco tenha um efetivo papel social, ele precisa também contar com representante dos funcionários no Conselho de Administração, conforme prevê o projeto de lei 3.407/2008, aprovado pela Câmara e que tramita em caráter terminativo no Senado.

A Contraf-CUT cobrou ainda a ampliação do repasse de recursos à Fundação Banco do Brasil, que possui importantes projetos de caráter social à espera de verbas para serem concretizados. Apesar dos lucros crescentes, o banco tem investido muito aquém do necessário na área social.

Os representantes do banco ficaram de entrar em contato com as áreas responsáveis pelos temas abordados e apresentar esclarecimentos no próximo encontro.

Funcionários incorporados

Outro assunto importante tratado na reunião desta sexta-feira foi a problemática situação dos funcionários egressos dos bancos incorporados (Besc, BEP e Nossa Caixa). Essas questões começaram a ser discutidas na mesa temática de incorporação, mas ficaram pendentes, à espera de solução nas negociações específicas deste ano.

Os problemas mais graves são: a indenização da antiga gratificação variável, a parte do salário transformada em Vencimento de Caráter Pessoal Incorporado (VCPI), cobertura de plano de saúde e adesão ao plano de previdência.

Os representantes do banco informaram que foram solucionados os problemas relacionados à habitualidade (horas extras) e que a empresa pretende discutir no acordo coletivo a questão da gratificação variável. Sobre as outras questões, o banco promete apresentar informações na próxima reunião.

PCCS
No primeiro item da minuta de reivindicações, referente ao Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), as partes debateram item por item. A Contraf-CUT ressaltou que o aumento do piso da carreira administrativa é considerado fundamental para a valorização dos funcionários. O banco, no entanto, oferece piso abaixo da média de entrada no mercado, o que tem causado grande insatisfação na categoria.

No debate sobre carreira, os representantes do funcionalismo reforçaram a necessidade de criação de novo sistema de seleção interna, que vá além do TAO - que se restringe às inscrições nas oportunidades de encarreiramento -, e de estabelecimento de critérios para um processo isento, sem a possibilidade de indicações de caráter pessoal.

A Contraf-CUT pediu também a instalação de um setor encarregado de criar um programa de promoção de igualdade de condições, de direitos e de oportunidades de encarreiramento, respeitando-se as questões de gênero, raça e orientação sexual e deficiências. Essa área seria responsável pela difusão de conceitos básicos de igualdade de oportunidades e pelo combate à discriminação desses grupos nos processos seletivos.

Jornada de 6 horas e outras reivndicações

Outro item importante debatido foi a jornada de seis horas para os cargos técnicos, com inclusão dos 15 minutos de descanso alimentação. O banco se mostrou aberto à discussão, mas entende ser o tema de difícil solução durante a campanha.

A Contraf-CUT reivindicou a extensão do crescimento horizontal para todas as funções comissionadas, não se limitando apenas ao que é praticado hoje na área de gerência de módulo. Também foram pedidos: a criação de um processo de incorporação de 10% das comissões por ano nos salários; a revisão do valor das comissões da gerência média; o fim da trava de dois anos, com atenção especial para os comissionados nas Centrais de Atendimento (CABBs), onde se verificam alta probabilidade de problemas de saúde, desvios e desvalorização funcionais.

A representação dos trabalhadores exigiu que fosse transferida para a Gepes a alçada de descomissionamento e que essa medida só ocorra após, no mínimo, três ciclos avaliatórios, garantindo ao funcionário oportunidades de capacitação e tempo para desenvolvimento profissional.

Foram cobrados do banco o retorno das substituições e o fim da lateralidade em todos os casos de substituição de gestores, incluindo gerência média em todas as unidades.

Outras reivindicações apresentadas: a criação de um auxílio para reembolsar funcionários com despesas educacionais próprias ou de dependentes; ampliação da licença-paternidade; licença para acompanhamento de filhos deficientes sem limite de idade; aumento do número de delegados sindicais eleitos; revisão dos critérios de concessão de vale-transporte; isenção de todas as tarifas e anuidades de serviços bancários; manutenção do programa PAS; manutenção e revisão do programa de gestão da ética; concessão de licença-prêmio para todos e renovação de diversas cláusulas do acordo de 2009.

Segurança e portas giratórias

Durante o debate sobre a cláusula de indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto, seqüestro ou extorsão, foi solicitada ao banco a suspensão imediata da retirada de portas giratórias de algumas agências, medida que faz parte do projeto de ambientação.

Assessorando a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa, Daniel Reis, diretor do Sindicato de São Paulo e membro do Comitê Nacional de Segurança Bancária, expôs os riscos de violência a que todos os bancários e clientes ficam expostos com a facilitação da entrada de pessoas armadas na agência bancária. Após a argumentação, os representantes dos funcionários pediram a ampliação do debate e acesso ao projeto em caráter sigiloso, procedimento fundamental em medidas de segurança.

Voltou à discussão a questão da instalação de CCPs (CCVs). A Contraf-CUT reafirmou sua posição contrária à assinatura porque o banco quer impedir uma possível nova reclamação daqueles que participaram de alguma conciliação.

A representação dos trabalhadores pediu ainda a suspensão da reestruturação da Diretoria Comercial anunciada nos últimos dias, durante a campanha, que afeta cerca de 500 funcionários, que serão transferidos ou perderão a função comissionada. Para solucionar essa questão, a Contraf-CUT solicitou uma reunião com o diretor da área, Sandro.

Intensificar a mobilização

Diante do quadro estabelecido nas negociações e da perspectiva de apresentação de propostas efetivas na reunião do dia 23, a Contraf-CUT orienta todos os sindicatos a fortalecerem a mobilização com atividades no dia 21, dia nacional de luta da categoria, para pressionar o banco e a Fenaban a atenderem nossas reivindicações.

A reunião foi presenciada por uma observadora internacional, ligada à federação dos empregados do banco nacional da Índia, Vijay Alakshmi Manilal Nair, que realiza uma pesquisa sobre as negociações coletivas dos bancários no Brasil.

Fonte: contraf-Cut

Sem avanços econômicos e sociais, os bancários podem deflagrar greve


O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban concluíram nesta quinta-feira, 16 de setembro, a quarta rodada de negociações da Campanha 2010, sem que os bancos apresentassem qualquer proposta para as principais reivindicações dos trabalhadores: reajuste de 11%, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais, elevação dos auxílios refeição/alimentação e creche/babá, combate às metas abusivas, fim do assédio moral, plano de carreiras, cargos e salários em todos os bancos, proteção ao emprego, mais contratações, auxílio-educação e segurança contra assaltos.
A próxima rodada de negociação será realizada na quarta-feira, 22 de setembro, quando os bancos apresentarão uma proposta global para a categoria. O Comando Nacional já decidiu orientar os sindicatos a realizarem assembléias no dia 28 para discutir e deliberar sobre a proposta que vier a ser apresentada pela Fenaban. Em caso de rejeição da proposta, a categoria poderá deflagrar greve a partir do dia 29 por tempo indeterminado.
"Essa postura intransigente das empresas está empurrando os bancários para a greve", adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "O descaso dos bancos na mesa de negociações ocorre no momento em que a economia brasileira passa pela maior fase de crescimento das últimas décadas e as instituições financeiras batem novos recordes de lucratividade", destaca.
Os seis maiores bancos que operam no país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) apresentaram R$ 21,7 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre do ano, resultado quase 32% superior ao do mesmo período de 2009 e uma rentabilidade média sobre o patrimônio líquido de 25%. "Isso significa que os bancos quase dobram de tamanho a cada três anos, o que é uma rentabilidade que não tem paralelo no mundo, e mesmo assim eles se recusam a atender as reivindicações legítimas de seus trabalhadores", critica Carlos Cordeiro.

Remuneração

A reunião desta quinta-feira fechou a quarta rodada de negociação, sobre o tema remuneração, que começou na quarta-feira 15, quando o Comando Nacional reafirmou as reivindicações de reajuste salarial de 11%, valorização dos pisos salariais e plano de carreiras, cargos e salários (PCCS).

Nesta quinta-feira, as negociações com a Fenaban giraram em torno da PLR, dos auxílios-refeição e educação, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, previdência complementar e 14º salário.

PLR

O Comando Nacional defendeu a reivindicação de três salários mais R$ 4 mil fixos de participação nos lucros e resultados. Os bancos disseram que não querem mexer na fórmula atual, que prevê a regra básica e uma parcela adicional, e apenas corrigir os valores.
"Discordamos dessa avaliação dos bancos, porque os lucros crescem tanto que a regra atual já não nos contempla. Queremos que a PLR acompanhe a evolução dos lucros dos bancos e por isso defendemos que seja de três salários mais os R$ 4 mil fixos", argumenta o presidente da Contraf-CUT.

Auxílio-refeição e cesta-alimentação

O Comando Nacional também insistiu nas reivindicações de elevação para um salário mínimo (R$ 510) os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e da 13ª cesta-alimentação, salientando que as verbas atuais são muito pequenas e insuficientes.
Os representantes da Fenaban, no entanto, rejeitaram as demandas dos bancários e adiantaram que o reajuste desses auxílios acompanhará o mesmo índice de reajuste dos salários.

Auxílio-creche/babá

Em relação ao auxílio-creche/babá, os bancos não apenas rejeitam a reivindicação de elevação do valor para um salário mínimo (R$ 510), como querem reduzir a concessão dessa conquista dos atuais 6 anos e 11 meses para 5 anos e 11 meses, alegando que a lei de ensino fundamental reduziu a idade de ingresso escolar para 6 anos.
O Comando Nacional defendeu a manutenção da período atual e reforçou a necessidade de aumentar o auxílio creche/babá, cujo valor atual não garante o pagamento da creche e o salário de uma babá.

Auxílio-educação

Apesar da exigência cada vez maior de formação superior dos bancários, os representantes dos banqueiros se negaram a atender essa reivindicação, já conquistada em alguns bancos. Eles disseram que essa demanda deve ser tratada banco a banco.
Intransigentes, eles ainda se recusaram a incluir uma cláusula sobre auxílio-educação na Convenção Coletiva para que essa demanda possa ser negociada banco a banco.

Previdência complementar

O Comando Nacional defendeu a criação de planos de previdência complementar em todos os bancos, como forma de garantir uma renda para os bancários na aposentadoria. Mas a Fenaban se recusou a discutir a proposta, preferindo remeter o tema para a negociação empresa a empresa.

14º salário

O Comando Nacional propôs a concessão de um 14º salário, como forma de melhorar a remuneração dos bancários, diante da evolução dos lucros dos bancos. Mas a Fenaban negou a reivindicação.

Calendário de negociação e mobilização

O Comando Nacional definiu um calendário, que combina negociação e mobilização, visando intensificar as atividades dos sindicatos e construir a unidade, a luta e a vitória dos bancários de bancos públicos e privados. "É fundamental a participação de todos os trabalhadores para conquistar avanços econômicos e sociais. Outro banco é preciso, com as pessoas em primeiro lugar", convoca Carlos Cordeiro.

Terça - dia 21 - dia nacional de luta
Quarta - dia 22 - negociação com a Fenaban
Quinta - dia 23 - indicativo de negociações com os bancos públicos
Terça - dia 28 - assembléias em todos os sindicatos
Quarta - dia 29 - indicativo de greve, em caso de rejeição das propostas

Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Remuneração, emprego e PCCS estarão em negociação com BB nesta sexta

Três das principais reivindicações dos bancários do Banco do Brasil serão discutidas na segunda rodada de negociação específica, que ocorre nesta sexta-feira, dia 17, em São Paulo. Além de remuneração, emprego e Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, vai debater cláusulas sociais e itens relacionados aos funcionários egressos dos bancos incorporados pelo BB, como a extinta Nossa Caixa.
"Há uma grande expectativa para que o banco apresente propostas positivas em relação à remuneração, ao emprego e ao PCCS. Não mediremos esforços para alcançar avanços no acordo coletivo de trabalho dos bancários", afirma Eduardo Araújo, coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CE), que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco.
Na primeira rodada de negociação, realizada no último dia 2, em Brasília, o Comando Nacional e o BB entenderam que os avanços alcançados no ano passado são o patamar mínimo para as negociações deste ano.
Mesmo com o tom conciliador do debate e das boas perspectivas sinalizadas pelo BB, os bancários cobraram melhorias nas cláusulas relacionadas à saúde do trabalhador e questionaram a remoção das portas giratórias de algumas agências. As duas partes definiram um calendário oficial de discussões: 17 e 21 de setembro, sendo esta segunda data apenas indicativa e sujeita à confirmação do Comando Nacional.

Portas giratórias

Preocupados com a retirada de portas giratórias de algumas agências, os representantes dos trabalhadores pediram explicações ao banco. Em resposta, o BB disse que não se trata da retirada do dispositivo de segurança. "A iniciativa faz parte de um projeto do banco, baseado em pesquisas com clientes, de reformulação das agências. O BB havia iniciado essa mudança de layout em 2006, no entanto, suspendeu as mudanças e agora voltou a implementá-las", justificou o negociador.
Segundo a empresa, a idéia inicial é reformar 45 agências em todo o país. "A retirada da porta de segurança implica na adoção de outras medidas para garantir a segurança dos bancários e clientes", disse o representante do banco. O banco pretende iniciar a mudança em 15 de outubro e não soube explicar se haverá ou não a extensão do projeto para outras unidades. De acordo com o banco, o projeto incluiria, inicialmente, as agências que concentram os clientes com alta renda. A estranha prática já é adotada por outros bancos, como o Itaú Unibanco.
"Não concordamos com esse projeto e faremos manifestações contrárias nos locais em que ocorrer a mudança, porém, aceitamos conversar com o banco para saber mais detalhes sobre a ideia. Com tanta insegurança no país, não dá para imaginar um banco sem portas giratórias", critica Araújo.

Outros assuntos

Os bancários cobraram ainda a garantia da comissão de função aos funcionários afastados por doenças, a extinção das centrais de cobrança clandestinas, o programa de prevenção aos funcionários do teleatendimento, a reformulação do BB 2.0 e o aumento da idade dos filhos que poderão ser acompanhados pelos pais bancários em caso de consulta médica.

Fonte: Contraf-CUT, com Rodrigo Couto - Seeb Brasília

Nova negociação com a Caixa discute Funcef e correspondentes nesta sexta

Nesta sexta-feira, dia 17, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Caixa Econômica Federal dão continuidade às negociações específicas da Campanha Nacional 2010, dessa vez para tratar de temas como correspondentes bancários e Funcef/Prevhab. O encontro está marcado para São Paulo, às 9h30.
Na véspera, dia 16, na sede da Contraf/CUT, acontece uma reunião preparatória da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações com a empresa.
Nas rodadas realizadas até agora, a postura da empresa tem sido de intransigência, recusando-se a atender minimamente a maioria das reivindicações. Na última reunião, ocorrida no dia 10, em São Paulo, a Caixa disse não para os itens da isonomia, entre os quais a licença-prêmio e o Adicional por Tempo de Serviço (ATS).
Também, até o momento, as negociações não registraram avanços significativos em relação à saúde do trabalhador, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada de trabalho, segurança bancária e reivindicações relativas aos aposentados.
Com essa atitude intransigente, tal como a Fenaban, a Caixa empurra seus empregados para a greve. É hora, portanto, de mobilização. Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa, é fundamental que os trabalhadores da empresa se preparem para lutar por novas conquistas na campanha salarial deste ano. Ele diz que, "somente com mobilização em todo o país, os bancários da Caixa vão forçar a empresa a avançar nas negociações".

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

COMANDO NEGOCIA AUMENTO REAL, PLR MAIOR E PISO DO DIEESE NESTA QUARTA

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma nesta quarta-feira, 15, às 15h, as rodadas de negociações da Campanha Nacional 2010 com a Fenaban. O encontro, a ser realizado em São Paulo, tratará das reivindicações de remuneração dos trabalhadores, como reajuste salarial de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil, elevação do piso de R$ 1.074 para R$ 2.157 (salário mínimo do Dieese), aumento do vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá para o valor de um salário mínimo, auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, dentre outros itens.
Nas três primeiras rodadas de negociação, os bancos mantiveram uma posição de intransigência e rejeitaram as principais reivindicações apresentadas pelos trabalhadores, como o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, a garantia de emprego, mais contratações e segurança contra assaltos e sequestros.
"Os bancos não estão levando a sério nossas reivindicações", avalia o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro. "Esperamos que a Fenaban traga uma proposta concreta para melhorar a remuneração da categoria", aponta o dirigente sindical, "A intransigência da Fenaban está empurrando os bancários para a greve", adverte.
Números provam viabilidade das reivindicações dos bancários

O descaso dos bancos foi reafirmado pelo diretor de Relações de Trabalho da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Magnus Apostólico, ao jornal O Globo, no último sábado, dia 11, onde declarou que "11% de aumento é inviável". Para ele, "essa proposta não tem viabilidade diante de uma inflação próxima de 4%. Temos que trazer esse número para realidade."
Os números, no entanto, contrariam os argumentos dos banqueiros. A economia brasileira deve crescer mais de 7% este ano e a situação dos bancos é ainda melhor. Apenas as cinco maiores instituições financeiras (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre. Foi um crescimento de 32% em relação ao lucro do mesmo período do ano passado. Praticamente a cada dois anos, os bancos dobram de tamanho - um ganho sem paralelo no mundo.
Esses lucros gigantescos se devem, entre outras razões, ao aumento da produtividade dos bancários, submetidos a uma brutal pressão para cumprir metas inatingíveis, invariavelmente sob assédio moral e às custas do adoecimento cada vez mais generalizado dos trabalhadores. Na média, 1.200 bancários são afastados por mês por licença-saúde concedidas pelo INSS, metade deles vítimas de LER/DORT ou transtornos mentais.
"São ganhos enormes que deixam clara a viabilidade das reivindicações dos bancários. O setor financeiro é o que mais lucra no Brasil, em cima de baixos salários e sobrecarga de trabalho de seus funcionários. Está na hora de repartir parte desses ganhos com os trabalhadores e a sociedade", conclui Carlos Cordeiro.
Veja as principais reivindicações sobre remuneração:

- Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais aumento real)
- PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos
- Valorização dos pisos salariais:
. R$ 1.510 para portaria,
. R$ 2.157 para escriturário,
. R$ 2.913 para caixas,
. R$ 3.641 para primeiro comissionado e
. R$ 4.855 para primeiro gerente
- Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá;.
- PCCS e previdência complementar em todos os bancos.

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Perguntas e Respostas

Transferência para outra cidade
Pergunta - Sou bancária e gostaria de saber em quais situações o Banco poderia me transferir para uma agência de outra cidade?Resposta - Primeiramente, cumpre salientar que o Banco não poderá realizar a transferência sem o consentimento do funcionário, nos termos do que prevê o artigo 469 da CLT: "Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio".
Entretanto, há exceções a esta regra, previstas nos parágrafos deste mesmo artigo.
Em primeiro, excetuam-se os casos em que ocorre a extinção do estabelecimento o qual o funcionário trabalha, autorizando para tanto a sua transferência.
No mais, incluem-se nas exceções os funcionários que exerçam cargo de confiança ou que possuam alguma referência em seu contrato de trabalho, implícita ou explicitamente, sobre transferência, sendo que, não obstante estes requisitos, o Banco ainda terá de evidenciar a real necessidade de serviço.
Assim evidenciado a real necessidade de serviço, o Banco arcará com um adicional de transferência de no mínimo 25% sobre o salário do bancário, enquanto durar esta situação, além de arcar com as despesas da mudança, nos termos do art.470 da CLT: "As despesas resultantes de transferência correrão por conta do empregador".
Fonte: sindicato dos Bancários de Campinas/Crivelli Advogados Associados

MANIFESTAÇÃO NESTA TERÇA-FEIRA NAS AGÊNCIAS DA BASE DO SINDICATO

O sindicato realizou na manhã desta terça-feira, 14 de setembro, Dia Nacional de luta. O  dia foi marcado com a distribuição de carta aberta aos bancários nas agências dos Bancos Santander, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC e Caixa Econômica Federal, onde o Presidente Sidnei Corral comentou sobre a negociação com a Fenaban sobre os temas: assédio moral e metas abusivas, emprego, saúde e as condições dos trabalhos dos bancários.

Reunião no Santander de Pres. Venceslau.




Reunião na Ag. da Caixa Econômca Federal de Pres. Venceslau.
A quarta rodada de negociação que trata de remuneração será realizada no dia de hoje e amanhã. Até o momento não temos nenhuma informação sobre a negociação no dia de hoje.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CAMPANHA NACIONAL DOS BANCÁRIOS 2010 - Manifestação dia 14 de setembro


Os bancários realizam nesta terça-feira, 14 de setembro, manifestações nas agências bancárias, diante do descaso dos banqueiros às reivindicações da categoria, após a terceira rodada de negociação, que estão acontecendo desde o dia de 24 de agosto; temas já negociados e negados pelos bancos como: combate ao assédio moral e as metas abusivas, emprego, saúde e as condições de trabalho dos bancários. Ante o descaso, a proteção contra as demissões imotivadas e a geração de novos postos de trabalho são importantes reivindicações dos trabalhadores para a redução das filas, a qualidade de atendimento aos clientes e a melhoria das condições de trabalho.
Os bancos continuam lucrando muito e batendo recordes. No primeiro semestre deste ano, lucraram R$ 24,7 bilhões, mas somente criaram 9.048 novos postos de trabalho, conforme a Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, com base nos dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego.
A geração de empregos vem sendo travada pela rotatividade que os bancos praticam para reduzir os custos
e turbinar os lucros. Em um ano e meio, os bancos desligaram 48.295 empregados, o que representa mais de 10% da categoria.
Muitos trabalhadores foram dispensados porque não cumpriram as metas abusivas para a venda de produtos. Outros pediram demissão porque não suportaram o assédio moral e as precárias condições de trabalho, que tem trazido estresse e adoecimento. Esse aumento da rotatividade reduziu a massa salarial da categoria, aumentando ainda mais os lucros dos bancos.
A remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses de 2010 foi 38,04% inferior à dos desligados. E as mulheres continuam recebendo salários inferiores aos dos homens nos bancos.
Esse descaso com o emprego é um desrespeito com os trabalhadores e suas famílias e revela falta de contrapartida social dos bancos no momento em que a economia brasileira está crescendo e o PIB do primeiro semestre bateu recorde de 8,9% segundo o IBGE. Em outros países, bancos que aqui desempregam agem de forma diferente, valorizando o emprego. Na Campanha Nacional dos Bancários 2010, a luta é para mudar essa realidade.
É necessário acabar com essa rotatividade e ampliar a geração de empregos. Os bancários querem proteção contra demissões imotivadas, conforme estabelece a Convenção 158 da OIT, mais contratações, melhores condições de trabalho, igualdade na remuneração, reversão das áreas terceirizadas e fim dos correspondentes bancários mediante substituição por agências e postos de atendimento, dentre outros itens. A quarta mesa de negociação será realizada nos próximos dias 15 e 16 de setembro, cujo tema é REMUNERAÇÃO. A mobilização é fundamental para pressionar os bancos, visando o atendimento das reivindicações da categoria. Além da melhoria do emprego que precisa ser assumida pelos bancos como fator de responsabilidade social; também o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e um reajuste salarial de 11% (onze por cento).

Sindicato dos Bancários de Presidente Venceslau e Região.

ACESSE O BLOG DO SINDICATO:

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Três rodadas e banqueiros só enrolam: Só a mobilização muda o tom para a mesa de Remuneração

Decorridas três rodadas de negociações, a Fenaban só negou cada artigo da pauta de reivindicações apresentado na mesa de negociações até agora. Depois de dizer não às propostas de emprego no dia 09/09, desqualificar a adoção da Convenção 158 da OIT que trata da dispensa imotivada e a questão dos correspondentes bancários, manteve a intransigência também na quinta-feira, 9, quando o debate do tema foi esgotado. Na verdade, a Fenaban se manteve tão insensível quanto já havia sido nas duas rodadas anteriores quando negou as reivindicações de saúde e condições de trabalho, de combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas e mais segurança nos locais de trabalho.

Na próxima semana, nos dias 15 e 16, a remuneração dos bancários estará na mesa de negociação entre o Comando e a Fenaban. Para mudar o tom dos bancos, o Comando decidiu, na véspera, dia 14, convocar os bancários para um Dia Nacional de Luta em todo o país. “A intenção não é só arrancar dos bancos o índice de reajuste de 11%, PLR justa e piso salarial digno”, afirma Aparecido Donizete Roveroni, diretor da Federação no Comando Nacional, “mas principalmente: melhores condições de trabalho, com saúde, dignidade, segurança, menos metas, sem assédio moral – porque o índice e a PLR o lucro paga, mas esses itens se paga com respeito ao trabalhador”, justifica Roveroni.




Vejam abaixo as cláusulas negociadas ontem (09/09) e as respostas dos banqueiros:

Abono Assiduidade: negaram 5 ausências no ano;

Juros menores: negaram convencionar juros menores do cheque especial, do cartão de crédito e de empréstimos;

Horário de atendimento dos bancos: negaram dois turnos de trabalho e abertura dos bancos das 9 às 17h com mais contratações;

Controle das filas: não discutem;

Funcionamento das agências: negaram mais contratações para impedir sobrecarga de trabalho;

Direito de acesso às informações: Não aceitam repassar aos sindicatos informações relativas à jornada de trabalho, condições de saúde e trabalho, reestruturação, aquelas contidas na RAIS, sobre transferências,aposentadorias, rescisões, afastamentos;

Comissão de Tecnologia: a Fenaban não aceita instalar uma Comissão para discutir o impacto das mudanças tecnológicas nas condições de trabalho.

Papel do sistema financeiro

O Comando, ao final da rodada de hoje, cobrou a Fenaban a realização de um seminário sobre o papel do sistema financeiro nacional, envolvendo todos os segmentos da sociedade. O objetivo é estabelecer um sistema voltado ao desenvolvimento econômico-social do país.

Bancos Públicos – Negociações Específicas

Caixa Federal – Nesta sexta-feira, dia 10, o Comando volta a negociar com a Caixa Federal; em pauta, isonomia de direitos, carreira e segurança.

Banco do Brasil – A próxima rodada será no dia 17, sexta-feira.

Fonte: Feeb SP/MS

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

BRASILEIRO COM MAIS DE 50 ANOS AVANÇA NA INTERNET

Ainda são os jovens os que mais acessam a internet no Brasil. Mas foram os brasileiros acima de 50 anos que mais ampliaram a participação na rede: o grupo representa 15,2% dos usuários uma minoria na internet, mas que deu um salto de 148,3% desde 2005.
Está no mercado de trabalho a explicação para o avanço da internet entre os mais velhos, diz o IBGE. Em 2009, as pessoas com mais de 50 anos com acesso à web somavam 6,2 milhões; contra 4,4 milhões no ano anterior.
Muitos deles estão no mercado de trabalho, o que requer cada vez mais a ferramenta disse Eduardo Nunes, presidente do IBGE.
Mas não só para trabalho a internet tem sido procurada pelos mais velhos. A facilidade de acesso a produtos e serviços também encanta o público dessa faixa etária. É o caso de Antônio Cavalcante, de 73 anos: Compro tudo pela internet.
Eles entregam tudo direitinho.
Segundo a Pnad, 67,9 milhões de brasileiros têm acesso à internet. Um contingente que mais que duplicou em relação a 2005 (31,9 milhões).
Todas as regiões pesquisadas mostraram aumento no da rede. No Sudeste, quase metade da população usava internet (48,1%). Já as regiões Norte e Nordeste concentravam a menor proporção de usuários: 34,3% e 30,2%, respectivamente.
Houve um salto gigantesco no acesso à internet. E isso é um ativo produtivo resumiu Marcelo Neri, professor da FGV.
Segundo Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad, o barateamento da internet e a alta da renda dos usuários explica a expansão: A renda tem impacto direto no consumo de todos os bens.
Mais brasileiros também passaram a falar ao telefone. De 2008 para 2009, mais 2,1 milhões de domicílios passaram a ter algum tipo de telefone. O avanço dos celulares é ainda maior: mais 2,5 milhões de residências possuíam somente o aparelho móvel.
Nos domicílios com acesso à telefonia, o percentual dos que só tinham celular subiu de 16,5% para 41,2% entre 2004 a 2009. Já o número de domicílios que tinham apenas o convencional caiu de 17,5% para 5,8% no mesmo período.
Não importa se as estudantes Isabela Rodrigues e Renata Leal estão na rua ou no apartamento onde moram, em Copacabana: falar com elas só é possível pelo celular. E elas nem pensam em ter um telefone fixo.
Como passo a maior parte do dia fora, o fixo não me faz falta. Só teria um caso fosse contratar algum plano com banda larga incluída disse a aluna de Direito Isabela, de 20 anos, que gasta R$ 40 por mês com seus dois celulares.
72% dos lares já têm DVD, mais que máquina de lavar Renda, crédito e incentivos à economia durante a crise ajudam a explicar os avanços na aquisição de bens, afirmou Marcelo Neri. Para se ter ideia, quase todas as residências do país têm fogão (98,5%), geladeira (93,9%) e TV (96%). Em 2001, 12,6% dos domicílios tinham microcomputador, alcançando 35,1% em 2009. No caso de microcomputador com acesso à internet, o pulo foi de 8,5% para 27,7%.
Houve injeção de crédito, e as medidas de estímulo ajudaram bastante.
Tanto que o PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de bens e serviços produzidos no país) do segundo trimestre já trouxe a ressaca do fim de incentivos disse Neri.
Pela primeira vez, o IBGE pesquisou os aparelhos de DVD que já estão em 72% dos lares. O artigo já é mais presente do que produtos tradicionais como máquina de lavar roupa (44,3%) e freezer (15,2%).
Fevereiro de 2010 ficou na lembrança da doméstica Josefa Maria da Silva, 50 anos. Após muita insistência, ela conseguiu que o marido, o zelador José Carlos da Silva Neto, de 61 anos, fosse até uma loja e comprasse sua primeira máquina de lavar.
Estava precisando, e a mulher pedia há tempos. Nossa situação financeira melhorou e o preço baixou. Aí, não tive saída contou Neto, que comprou em duas parcelas de R$ 750.
Segundo Marco Pazzini, diretor da IPC Marketing, o avanço no consumo é um retrato de melhorias no mercado de trabalho, facilidade de crédito, inflação controlada e tecnologia que barateia os produtos. Esses fatores ampliam a cesta de gastos da população. Em 2010, por exemplo, o maior peso no orçamento dos brasileiros é com pagamentos de prestações de financiamentos (R$ 545 bilhões), com participação de 26,1%.
Esse processo de consumo é sustentável disse.
Fonte: O Estado de S.Paulo

BANCO DO BRASIL

Rodada específica realizada na quinta-feira, 02 de setembro de2010, em Brasília.

Os avanços alcançados na Campanha Nacional de 2009 no Banco do Brasil é o patamar mínimo para as negociações deste ano. Esse foi o entendimento que marcou o início das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e o Banco do Brasil, durante a rodada específica realizada nesta quinta-feira (2) na sede da instituição, em Brasília.
Apesar do tom conciliador do debate e das boas perspectivas sinalizadas pelo BB, os bancários cobraram melhorias nas cláusulas relacionadas à saúde do trabalhador e questionaram a remoção das portas giratórias de algumas agências. Em comum acordo, as duas partes ainda definiram um calendário oficial de discussões: 17 e 21 de setembro, sendo esta segunda data apenas indicativa e sujeita à confirmação do Comando Nacional.
Logo depois de assinarem a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por mais 30 dias, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, coordenada pelo diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, apresentou uma extensa pauta cobrando melhorias na política do BB para saúde do trabalhador. Sobre a realização do Exame Periódico de Serviço (EPS), o maior problema está relacionado à realização de exames fora da cidade onde o bancário reside. A Comissão de Empresa pediu que, neste caso, o banco faça o ressarcimento de despesas.

"Se houver gasto, a Cassi ou o BB deve fazer o reembolso de 100% das despesas, o que inclui os gastos com eventuais deslocamentos", esclarece Araújo. Em resposta, o banco disse que a orientação é para que não haja deslocamento e desconheceu a prática. Os trabalhadores insistiram no tema e citaram casos concretos de bancários do Nordeste que não conseguiram o dinheiro de volta.

Ainda sobre o EPS, a Comissão de Empresa solicitou a inclusão de perguntas sobre problemas mentais. O atual modelo de exame se limita a abordar, nos itens da questão psicológica, o estresse. Informações preliminares revelam que pelo menos 5% dos bancários que participaram do exame têm alguma doença mental. Por isso, os trabalhadores entendem que é prudente o BB fazer uma análise mais profunda desse tipo de enfermidade na categoria.
Preocupada com a saúde financeira da Cassi e com o modelo de atendimento, os bancários também cobraram a criação de uma carteira de saúde ocupacional para reduzir os gastos com a Caixa de Assistência e propuseram outro modelo de eleição do Conselho de Usuários da Cassi, com a regulamentação de suas ausências e aprovação de um regimento.

Assédio moral

As metas quase sempre inatingíveis impostas pelo BB voltaram a ser criticadas pela Comissão de Empresa. "O BB precisa reavaliar a política de metas para melhorar as relações no ambiente de trabalho. O tema é urgente e deve ser encarado com seriedade pelos gestores do banco", insistiu Araújo.
A Comissão de Empresa também denunciou o envio de torpedos aos funcionários fora do seu horário de serviço. Há casos de mensagens enviadas às 23h. "Mesmo que seja para um telefone corporativo, o gestor não pode agir dessa forma", observou Carlos de Souza, integrante da Comissão de Empresa e diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.
A Comissão de Empresa pontuou algumas criticas sobre o processo eleitoral dos Comitês de Ética e reivindicou, em especial, a paridade entre eleitos e indicados, além de alteração da localização da Ouvidoria na estrutura organizacional do BB.

Licença-maternidade

Em relação aos bancários afastados em decorrência de licenças-maternidade e saúde, a Comissão de Empresa pediu a continuidade de pagamento do auxílio-refeição a esses trabalhadores. A representação dos bancários emendou a reivindicação solicitando a extensão da licença-paternidade de cinco para 15 dias.

Atestados médicos

A necessidade de homologação dos atestados médicos acima de quatro dias foi outro assunto abordado pelos representantes dos bancários.
Sobre a divulgação do Certificado Internacional de Doenças (CID) nos atestados, a Comisão de Empresa lembrou ao BB que a atual legislação não obriga o fornecimento do número equivalente ao problema de saúde.

"O trabalhador tem o direito de não ter sua doença revelada", lembrou Araújo, ao pedir privacidade do bancário nesses casos. Um dos técnicos do banco que participou da rodada de negociação explicou que a instituição já adota um sistema que preserva o trabalhador. Segundo ele, quem não quiser o CID no atestado basta entrega um envelope lacrado com um laudo que justifica seu afastamento apenas ao médico da Cassi.

Transferências

Os dirigentes sindicais pediram agilidade nas transferências ocasionadas por problemas de saúde do próprio funcionário ou parente. O banco garantiu que, nos casos das grávidas, a transferência é imediata.
A Comissão de Empresa exigiu o fim da discriminação no programa antitabagismo. O programa não é oferecido da mesma forma aos bancários pós-98. "É preciso corrigir esse tratamento diferenciado aos colegas mais novos", frisou Araújo. O banco ficou de corrigir essas e outras distorções nas instruções internas o mais breve possível.

Descanso

Em virtude da rotina estressante dos caixas, a Comissão de Empresa pediu o repouso de 10 minutos a esses bancários, além de incluir os 15 minutos diários em sua jornada de trabalho. "Ampliar o descanso para os funcionários que trabalham com atividades repetitivas é fundamental para que exerçam suas tarefas com dignidade e saúde", completou Araújo.

Ambulatórios

A Comissão de Empresa não se esqueceu de pedir a volta dos ambulatórios. O banco, por sua vez, explicou que os novos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) serão dotados de uma nova estrutura, sem os ambulatórios convencionais.
De acordo com o BB, os Sesmts terão consultórios, inclusive, com orçamento já aprovado. Segundo os negociadores, todo Sesmt vai ter no mínimo um profissional de segurança e de saúde, de acordo com a dotação estadual.

Democracia nas Cipas

Insatisfeita com o atual modelo de composição das Comissões Internas de Prevenções de Acidentes (Cipas), a Comissão de Empresa solicitou eleição para todos os cargos do órgão. O banco insistiu na tese de que a Cipa deve ser paritária.

"Não concordamos. Além de democrático, o processo deixa de ser instrumento de barganha do administrador ao escolher determinados trabalhadores para prevenção de acidentes que efetivamente não militem ou gostem da área", afirmou Araújo.

Portas giratórias

Preocupados com a retirada de portas giratórias de algumas agências, a Comissão de Empresa pediu explicações ao banco. Em resposta, o BB disse que não se trata da retirada do dispositivo de segurança.

"A iniciativa faz parte de um projeto do banco, baseado em pesquisas com clientes, de reformulação das agências. O BB havia iniciado essa mudança de layout em 2006, no entanto, suspendeu as mudanças e agora voltou a implementá-las", justificou o negociador.

Segundo ele, a ideia inicial é reformar 45 agências em todo o país. "A retirada da porta de segurança implica na adoção de outras medidas para garantir a segurança dos bancários e clientes", disse.

O banco pretende iniciar a mudança em 15 de outubro e não soube explicar se haverá ou não a extensão do projeto para outras unidades. De acordo com o banco, o projeto incluiria, inicialmente, as agências que concentram os clientes com alta renda. A estranha prática já é adotada em outros bancos, como o Itaú Unibanco.

"Não concordamos com esse projeto e faremos as manifestações contrárias ao projeto nos locais em que ocorrer a mudança, mas aceitamos conversar com o banco para saber mais detalhes sobre a ideia. Com tanta insegurança no país, não dá para imaginar um banco sem portas giratórias", criticou Araújo.

Calendário de negociação

A Comissão de Empresa acertou com os negociadores do banco o calendário de negociações específicas. O próximo encontro será no dia 17 de setembro, em São Paulo, e vai ter na pauta assuntos como emprego, cláusulas sociais e também itens relacionados aos funcionários egressos dos bancos incorporados pelo BB, além da discussão principal sobre remuneração e PCS. E no dia 21 de setembro as partes voltam a se reunir para debater assuntos pendentes da rodada do dia 17.

Outros assuntos:

Os bancários cobraram ainda a garantia da comissão aos funcionários afastados por doenças, a extinção das centrais de cobrança clandestinas, programa de prevenção aos funcionários do teleatendimento, reformulação do BB 2.0, aumento da idade dos filhos que poderão ser acompanhados pelos pais bancários em caso de consulta médica.

O banco ainda ficou de agendar uma data para apresentar mais detalhes sobre o plano odontológico. Assim que for divulgada, o Sindicato informará em seus veículos de comunicações.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Terceira rodada de negociação discute emprego

Bancos banalizam Convenção 158 da OIT e dizem não ao emprego





O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltaram à mesa de negociação da Campanha Nacional na tarde desta quarta-feira, 8, com a discussão do tema emprego. Os representantes da Fenaban reagiram com descaso aos dados sobre o emprego no setor bancário apurados com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego apresentados pelo Comando durante o debate.

Os dados apontam que, em um ano e meio (janeiro de 2009 a junho de 2010) os bancos desligaram 48.295 empregados, que representa 10,25% da categoria. No mesmo período geraram apenas 9048 novos postos de trabalho. Na mesa, os bancos deixaram claro que não aceitam discutir este assunto e mais: “avaliam que o emprego nos bancos está excelente em comparação com a última década! Emprego é uma questão de gestão e deve ser tratada pelos bancos, sem interferências”.




A proteção contra a demissão imotivada através da adoção da Convenção 158 da OIT foi banalizada e não voltam a falar no assunto. Embora tenham resistido a discutir os correspondentes bancários, numa tentativa de desqualificar o tema como pauta de Convenção entre bancários e bancos, o tema volta à mesa nesta quinta-feira, quando o Comando apresentará aos bancos onde estão os correspondentes bancários e todos os trabalhadores excluídos da Convenção Coletiva da categoria.

Sobre a reversão das terceirizações, ficou acertado o que já havia sido decidido na última reunião da mesa temática de terceirização (27/07), quando a Fenaban concordou em iniciar um processo de reversão através da escolha de uma área ainda a definir pelas partes. Outras áreas seriam avaliadas numa etapa posterior. A adesão ao processo, segundo a Fenaban, seria através de Acordo Coletivo por Adesão, ou seja, não obrigatório pelos bancos. O processo será retomado logo após o fechamento da Campanha Salarial deste ano.

A terceira rodada prossegue nesta quinta-feira, a partir das 10h, em São Paulo.

Fonte: Feeb SP/MS