sexta-feira, 17 de março de 2017

Retomadas as mesas de Saúde e Prevenção de Conflito





Membros do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram em São Paulo para realização das mesas temáticas de Saúde e Condições de Trabalho e de Prevenção de Conflitos, ocorridas dias 13 e 14 de março (segunda e terça-feira), respectivamente.

As reuniões das comissões bipartites estão previstas na Convenção Coletiva de Trabalho – CCT 2016/2018 da categoria bancária e possuem um calendário de encontros definidos ano longo de 2017. Além destas duas mesas temáticas, existem ainda as de Segurança Bancária e Igualdade de Oportunidades.

Os assuntos tratados na reunião de Saúde e Condições de Trabalho foram a avaliação do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e o Programa de Desenvolvimento Organização para Melhoria Contínua das Relações de Trabalho (cláusula 59 da CCT).

PCMSO 

A Fenaban se restringiu em discutir o questionário de avaliação pelos bancários do exame realizado junto ao médico da empresa. Os Sindicatos exigiram que outras questões referentes ao tema sejam discutidas, como por exemplo as condições de trabalho e os riscos à saúde dos bancários, visando a prevenção dos adoecimentos.

Para o representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) na Comissão, Gustavo Frias. “o objetivo é a prevenção. Inclusive os sindicatos denunciaram que existem bancos que não estão convocando seus funcionários para exame de retorno após a alta do INSS. E isso não é tudo. Existem bancos que convocam os funcionários, mas se recusam em fornecer o resultado da consulta. No caso, se apto ou inapto”. Como o questionário de avaliação do PCMSO está incompleto, os sindicatos se comprometeram em apresentar propostas no prazo de 30 dias.

Desenvolvimento para melhoria das relações de trabalho

Já, sobre o Programa de Desenvolvimento Organizacional para Melhoria Contínua das Relações de Trabalho, a Fenaban informou que ainda estão sendo realizadas reuniões setoriais entre os bancos e as COEs, mas que há reunião prevista para o mês de maio, específica sobre esse tema. Os Sindicatos exigiram a discussão da cobrança de Metas, fator responsável por índices cada vez maiores de adoecimentos na categoria bancária.

A próxima reunião da mesa de Saúde e Condições de trabalho está prevista para o dia 08 de maio.

Na reunião sobre Prevenção de Conflitos em Ambiente de Trabalho, realizada na terça-feira (14), os bancos apresentaram os dados referente às denúncias efetuadas em 2016 pelos bancários via Protocolo de Conflitos em Ambiente de Trabalho tanto nos canais dos bancos, quanto via sindicatos e se comprometeram também em enviar a apresentação feita na reunião aos ao Comando Nacional.

Outros pontos debatidos: os representantes dos trabalhadores cobraram dos bancos a tipificação das cinco maiores incidências de denúncias dos trabalhadores nos canais dos bancos, com o objetivo de investir em prevenção dos conflitos e insistiram também na diminuição do prazo de apuração das denúncias.

A Próxima reunião da mesa temática está marcada para 17 de maio.

Foto: Contraf-CUT

Assédio moral: movimento sindical não está parado

Bancários realizam seminário em Curitiba. Coletivo Nacional de Saúde da Contraf-CUT se reúne na cidade nesta sexta (17)

17/03/2017
Seeb Curitiba
Advogada da Contraf-CUT, Leonor Poço Jacobsen, participou do Seminário - Seeb Curitiba
Advogada da Contraf-CUT, Leonor Poço Jacobsen, participou do Seminário
O Coletivo de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, se reúne em Curitiba, nesta sexta-feira (17), para debater as demandas dos bancários e o resultados das últimas reuniões com a Fenaban sobre saúde. A avaliação do instrumento de combate ao assédio moral, previsto na convenção de trabalho dos bancários, está entre os temas da reunião. O encontro na capital paranaense dá continuidade ao projeto de reuniões itinerantes do Coletivo em todo Brasil. 
Em 2017, completa seis anos da assinatura, entre a Contraf-CUT e a Fenaban, da cláusula do Instrumento de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, dentro da CCT dos bancários .Só no ano passado, foram levantadas 1503 denúncias pelo programa. Desse total, 1325 foram encaminhadas pelos canais internos dos bancos. 178 denúncias foram encaminhadas pelos sindicatos signatários do Instrumento.
“Como o foco do Instrumento é a prevenção – temos que saber qual o universo de problemas que transitam pelos canais internos dos bancos. Assim, teremos condições de apontarmos para os mais frequentes e graves e a partir desse patamar elaborar políticas de prevenção. Estamos cobrando dos bancos mais eficiência na identificação e resolução dos casos”, explicou Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.  
Seminário Assédio moral no ambiente de trabalho
As grandes mobilizações contra a Reforma da Previdência ocorridas no dia 15 de março em todo o país foram no seminário “Assédio moral no ambiente de trabalho”, nesta quinta-feira (16), no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Curitiba.
O evento é promovido pela Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região em parceria com o Instituto Declatra, para apresentar o projeto Vidas do Itaú, que denuncia o assédio moral organizacional praticado pelo banco privado, comprovado com dados de pesquisa feita pelas duas entidades.
A advogada da Contraf-CUT, Leonor Poço Jacobsen, lembrou que falar de saúde do trabalhador é falar do desmonte do mínimo que nós teremos com a Reforma da Previdência em curso no país. “Em dez anos, ocorreram 5 milhões de acidentes de trabalho no país. Esses dados estão ocultos e não conseguimos auferir. Essa pesquisa traz luz ao debate sobre o adoecimento no trabalho”, falou, referindo-se a um levantamento do IBGE sobre os acidentes de trabalho e à pesquisa sobre assédio moral organizacional feita com base em dados fornecidos pelo Sindicato. Ela parabenizou a manifestação que reuniu mais de 40 mil pessoas em Curitiba, incluindo os bancários, que aderiram ao Dia Nacional de Paralisação.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão, saudou os participantes do evento, destacando que não são só trabalhadores do sistema financeiro, mas sim de outras categorias de trabalhadores e de diversas partes do país. Ele estima que o seminário cumpra seu papel de apresentar todo o acúmulo do projeto. “Quem sabe um dia a gente viva a utopia do bancário não adoecer mais”, declarou.
Junior Cesar Dias, presidente da Fetec-CUT-PR, saudou a luta das mulheres, que mesmo sendo a maioria na categoria bancária, continuam ganhando salário até 20% menor para exercer mesmo cargo e cumpri mesma função que os homens. “Para os bancos, nada é suficiente. A busca pela lucratividade infinita quem paga é o trabalhador”, externou o dirigente.
O advogado Mauro Auache, presidente do Instituto Declatra, lembrou que o projeto começou há quatro anos, com o Vítimas do HSBC, lembrando que a pesquisa que originou o projeto Vidas do itaú é retratada no segundo volume do livro “Assédio Moral Organizacional”, que será lançado nesta quinta-feira (16), ao final do seminário.
Sobre a luta dos trabalhadores, Mauro reafirma que o movimento sindical nunca esteve parado, que faz muito todos os dias e continuará fazendo. “Há uma pressão cada vez maior em torno dos trabalhadores. Temos que trabalhar com formação e consciência de classe”. Mauro informou que o livro “O Golpe de 2016 e a reforma previdenciária também será lançado ao final do evento.
A programação continua com a primeira mesa “Transformação do mundo do trabalho”, com a participação da advogada Jane Salvador e do sociólogo Giovani Alves, com mediação de Mirian Gonçalves, do Instituto Declatra.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba