quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ritmo das cooperativas na concessão de crédito é maior que o dos bancos

O cooperativismo de crédito tem apresentado desempenho de depósitos e empréstimos em ritmo mais forte do que o verificado nas instituições financeiras. "A cada dia mais pessoas se conscientizam do potencial operacional das cooperativas no desenvolvimento social e econômico nas regiões de atuação", explica o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti.
O setor tem registrado evolução contínua, segundo ele, especialmente nos momentos de maior aperto de crédito, como aconteceu em 2008 e como ocorre agora com o repique da crise financeira, que afeta principalmente os Estados Unidos e os países da Europa. Giusti diz que o crédito é a força motriz para a geração de grande parte da riqueza brasileira e que quando o acesso aos recursos está difícil no Sistema Financeiro Nacional (SFN) os produtores buscam outras alternativas. "Nesses momentos o cooperativismo evolui."
Com base em números do Banco Central (BC), Giusti disse à Agência Brasil que os depósitos nas cooperativas aumentaram 16,25% no primeiro semestre deste ano, atingindo estoque de R$ 35 bilhões, enquanto no mercado financeiro como um todo a expansão foi 5,53%. Deste dinheiro, proveniente dos associados, R$ 33 bilhões foram emprestado pelas 1.370 cooperativas de crédito do país, que hoje contam com mais de 5,1 milhões de associados. A ampliação nos créditos do setor é 10,4%, ante 9,12% na rede bancária.
"Vivemos um momento favorável para o cooperativismo, que mantém bom desempenho nas regiões Sul e Sudeste e está se consolidando em Mato Grosso e em Rondônia", diz Giusti com base nos indicadores. Ele lamenta que o mesmo não aconteça, ainda, no Norte e no Nordeste, mas acredita que a tendência é aumento da conscientização dos benefícios do sistema cooperativo também naquelas regiões, na medida em que o Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) ampliar a atuação naquelas regiões.
Segundo ele, esse é um trabalho de formação e de informação que já está sendo feito, com palestras para sensibilizar as comunidades sobre os efeitos do cooperativismo. O trabalho do Sescoop já registra resultados, como a criação de 163 postos de atendimento cooperativo no primeiro semestre deste ano, em diferentes regiões. "Temos mais de 4,7 mil postos de atendimento no país, o que se constitui na segunda maior rede de acesso a créditos do Brasil, atrás apenas do Banco do Brasil, que dispõe de 5.087 agências e postos."
De acordo com o gerente da OCB, a maior capilaridade do sistema tem sido fundamental para o aumento da atuação do cooperativismo de crédito, que hoje conta com ativos superiores a R$ 78 bilhões e ampliou seu patrimônio para 14,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. "Somos uma parcela bem modesta", de apenas 2% do universo financeiro do país - constituído por bancos privados (43%), bancos públicos (34%) e bancos estrangeiros (21%) - "mas estamos crescendo em um ritmo mais forte que eles", destacou.
Os indicadores mostram, segundo ele, que o cooperativismo de crédito tem participação forte no desenvolvimento socioeconômico, em especial porque estimula o empreendedorismo local e auxilia na criação de oportunidades de negócio, na distribuição de renda e na inclusão financeira. Estímulo que tende a aumentar mais ainda, no seu entender, por causa da edição da Resolução 4.020 do BC, no início de setembro, que aumenta a capacidade de empréstimo das cooperativas centrais. "Isso certamente trará fortes reflexos para o crédito rural", com efeitos já na safra agrícola 2011/2012.
Fonte: Agência Brasil

Fim de ano: 60% dos brasileiros devem usar 13º salário para pagar dívidas

Seg, 07 de Novembro de 2011 17:28
Do UOL Economia, em São Paulo
Este ano, mais brasileiros pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas já existentes, em vez de comprar presentes.
Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), 60% dos entrevistados disseram que pretendem usar o 'salário extra' para pagar dívidas já contraídas --um aumento de 3 pontos percentuais em relação ao ano passado (57%).
De acordo com o estudo, isso aponta um maior endividamento dos consumidores, graças à redução da atividade econômica e da inflação mais elevada este ano.
Por outro lado, diminuiu o número de pessoas que pensam em gastar parte do 13º salário para comprar presentes neste fim de ano: passou de 19% em 2010 para 17% em 2011.
Para a Anefac, o movimento “demonstra maiores dificuldades e preocupações dos consumidores com os gastos neste ano”.
O levantamento ouviu 631 consumidores de todas as classes sociais.
Dívidas: cartão de crédito e cheque especial
Quase 80% dos consumidores brasileiros que pretendem utilizar os recursos do 13º salário para quitar dívidas devem utilizar o abono para zerar as pendências com o cartão de crédito e o cheque especial.
Segundo a pesquisa da Anefac, 39% dos brasileiros que vão utilizar o dinheiro para pagar dívidas destinarão o benefício para suas pendências com cartão de crédito. Frente a 2010 (38%), houve um aumento de 1 ponto percentual.
Ainda entre os consumidores que decidiram usar o 13° para pagar suas contas em atraso, 37% pretendem regularizar as dívidas com cheque especial. Na comparação anual, houve alta de 1 p.p. nesse volume

Todos os usos

Confira, abaixo, para onde irá o décimo terceiro do consumidor em 2011.
Intenção de uso do décimo terceiro
Opção
 Respostas 2011
 Respostas 2010
Pagamento de dívidas já contraídas
60%
57%
Parte para a compra de presentes
17%
19%
Poupar e aplicar parte para fazer frente às despesas de início de ano
12%
12%
Parte para a compra e reforma da casa
2%
3%
Já usaram ao longo do ano ou fizeram empréstimo de antecipação do 13º
6%
6%
Pretendem poupar parte que sobrará
3%
3%
Fonte: Anefac