quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dados mostram: bancos podem valorizar categoria

A contraproposta dos Bancos apresentada pela FENABAN na última sexta-feira (19/09), de reajuste geral dos salários de 7% (sete por cento) e 7,5% (sete e meio) nos pisos, ainda é insuficiente porque repõe apenas 0,61% a título de ganho real.

Isto é pouco mais de meio por cento.

E os lucros dos bancos neste ano são superiores aos de anos anteriores.

Em anos anteriores, os ganhos reais obtidos foram superiores aos atuais 0,61% oferecido no último dia 19.

Em 2004, o ganho real foi de 1,74% para 30 dias de greve;
2005, ganho real de 0,94%, para 6 dias de greve;
2006, o ganho real de 0,63%, para 30 dias de greve;
2007, ganho real de 1,13%, para 7 dias de greve;
2008, ganho real de 2,66%, para 15 dias de greve;
2009, ganho real de 1,50% para 28 dias de greve;
2010, 3,08%, para 14 dias de greve;
2011, 1,50%, para 14 dias de greve;
2012, ganho real de 2,00%, para 9 dias de greve; e,
2013, ganho real de 1,82% para 23 dias de greve.

- Tudo isto só foi possível depois de muita luta e sacrifício dos bancários, onde tivemos nesses últimos 10 anos um percentual de 17% de ganho real.

Assim sendo, está provado para que nossas reivindicações sejam atendidas, é  necessária muita luta, firmeza, equilíbrio e determinação nesta Campanha Salarial, sem descartar a possibilidade clara de paralisação.

A categoria lembra que 93% das campanhas salariais do primeiro semestre conquistaram reajustes acima da inflação (análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/ Dieese para 340 categorias). A maioria resultou em ganhos reais médios de até 1,54%.

BNDES supera Bradesco e é o quarto maior banco do país em ativos

Em junho deste ano, o banco federal de desenvolvimento se tornou o quarto maior banco do país em ativos, com R$ 803 bilhões, segundo o Banco Central.
O banco está agora atrás de Banco do Brasil (R$ 1,3 trilhão), Itaú Unibanco (R$ 1 trilhão) e Caixa Econômica Federal (R$ 963 bilhões).
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A carteira de crédito do BNDES soma R$ 293 bilhões, 1% menor que a do Bradesco. Em março, essa diferença era de 4%. Nesse caso, a instituição está na quinta posição.
O banco estatal de desenvolvimento se tornou ainda a segunda instituição no crédito a empresas, superando o Itaú Unibanco nesse segmento, que é liderado pelo BB.
No total, os bancos públicos respondem por 51% do crédito à pessoa jurídica.
Para manter essas instituições operando, o governo tem hoje o equivalente a 10% do PIB em recursos concedidos aos bancos federais. No fim de 2008, esses recursos correspondiam a 1,5% do PIB.
Fonte: Folha de S. Paulo