segunda-feira, 9 de maio de 2016

Só 6% se planeja para a aposentadoria com planos de previdência privada

09/05/2016


Maioria dos aposentados do INSS (63%) ganha um salário mínimo e poucos investem; novas regras devem diversificar carteira da indústria


Enquanto quase 63% da população aposentada recebe do governo uma previdência pública de um salário mínimo, apenas 6% planeja complementar o benefício investindo em fundos de previdência privada. Para especialistas, a indústria ganhou fôlego em um período recente, nos últimos 20 anos, mas ainda é baixa a porcentagem de pessoas que consegue se planejar para o futuro.

A partir desta quarta-feira, porém, o mercado passará a contar com mais opções na indústria de previdência. Entrará em vigor a resolução 4.444 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que permite que fundos de previdência do varejo comprem fundos de índice (os chamados ETFs), Certificados de Operações Estruturadas (COE) ou mesmo apliquem um porcentual de até 70% em ações (antes o limite era de 49%).



A medida é importante porque, segundo especialistas, um dos erros na hora de escolher a previdência é se considerar muito conservador. “Deve-se ter clareza dos objetivos. Se a pessoa quer realizar um projeto no curto prazo, talvez a previdência nem seja o produto ideal”, diz o superintendente de produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim. Já se o interessado tem um prazo maior, pode buscar opções mais sofisticadas, fundos que não aplicam só em títulos de renda fixa.


O planejamento da aposentadoria tem ganhado importância no debate econômico. “Não só o Brasil, mas o mundo todo discute o ajuste previdenciário, a ideia do Estado como provedor de todo o benefício. Cada vez mais se caminha para um modelo no qual a previdência pública garanta um salário base e haja necessidade da complementação”, afirma o vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e presidente da BrasilPrev, Paulo Valle.

Repensar o futuro se tornou necessário à medida que a expectativa de vida aumenta. “A notícia boa é que o jovem vai viver mais. A ruim é que, se não estiver preparado, não vai ter como arcar com os custos”, diz o superintendente de produtos de previdência da Icatu Seguros, Felipe Bottino. Gastos com saúde, por exemplo, que somam R$ 1 mil por ano para pessoas com menos de 18 anos, sobem para R$ 1 mil por mês para quem tem mais de 80 anos, aponta uma pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O arrependimento de não ter poupado mais vem depois. Oito em cada dez aposentados lamentam não ter guardado mais dinheiro, segundo estudo do HSBC.

A poupança, lembram especialistas, pode ser feita em outros produtos diferentes de fundos de previdência, desde que o investidor mantenha o hábito de aplicar constantemente. “Gosto da previdência privada no sentido da disciplina. Muita gente começa a fazer investimentos por conta própria para economizar a taxa de administração cobrada nos fundos, mas não mantém a regularidade. Inventam uma desculpa para parar”, diz o professor do Instituto Educacional da BM&FBovespa Arthur Vieira de Moraes.

Como escolher. Por ser um investimento indicado para o longo prazo, na previdência vale a regra de quanto mais cedo o início, melhor. Para ter R$ 1 milhão aos 60 anos, por exemplo, investindo a um juro real de 4,5% ao ano, seria preciso guardar R$ 586 por mês caso o plano fosse iniciado aos 15 anos. Se começar com 45 anos, a quantia sobe para R$ 3.915 por mês, calcula a BrasilPrev.

O custo dos planos é um dos pontos a serem observados. “Com os juros elevados, as pessoas ficaram menos preocupadas com a taxa de administração. Como a tendência agora é de queda, o investidor vai voltar a olhar melhor o custo”, diz o diretor da Rio Bravo, Julio Ortiz. No fundo de previdência de renda fixa, em geral com gestão mais passiva, recomenda-se que a taxa seja de, no máximo, 1% ao ano. Em fundos com uma gestão um pouco mais ativa, como multimercados, é aceitável pagar até 2%.

A taxa de entrada dos fundos hoje está quase extinta. A maioria não cobra mais a tarifa, que funciona como um pedágio na entrada do investimento: se for de 5% e o investidor aplicar R$ 100, por exemplo, na verdade só alocará R$ 95 no fundo. A taxa de saída ainda é cobrada em alguns planos, no momento do resgate. “É aceitável para inibir a saída no curto prazo, mas deve zerar em algum momento, senão penaliza a rentabilidade”, diz Bottino.

Taxas elevadas, porém, sempre devem ser contrastadas com o histórico de retorno do fundo. Por vezes, a taxa pode ser alta, mas o desempenho do gestor é muito acima da média do mercado. Histórico bom não é garantia de futuro rentável, mas é um indicador.

Como escolher um plano

1. Objetivo

Defina o que será feito com o dinheiro e em quanto tempo. Se pretender resgatar a quantia no longo prazo, a previdência que envolva um pouco mais de risco pode ser uma opção

2. Taxa de carregamento

A maioria dos fundos não cobra o pedágio de entrada. O ideal é pesquisar as alternativas

3. Taxa de administração

Para fundos conservadores, como os de renda fixa, cobrar 1,5% é o limite recomendado. Em carteiras que assumem um pouco mais de risco, o teto é 2%, indicam especialistas

4. Histórico de rentabilidade

Como o investimento em previdência dura alguns anos, recomenda-se observar se o gestor conseguiu no longo prazo bater semelhantes da categoria

5. De olho no mercado

Mesmo para quem já tem um fundo é indicado sempre olhar o mercado. Se achar produtos mais baratos e rentáveis, use a portabilidade de carteira

6. Planejamento tributário

Por oferecer benefícios fiscais, como abatimento da base de cálculo do Imposto de Renda, a previdência privada torna-se interessante somente se aliada a um planejamento tributário, defende parte do mercado


Previdência pode gerar economia de IR

Nos planos de previdência privada, o Imposto de Renda varia de zero a 35%; na renda fixa, a menor alíquota é de 15%



Se a primeira regra para o investimento em previdência privada é a aplicação com objetivos de longo prazo, o segundo conselho mais dado por especialistas é que os planos só devem entrar no radar dos investidores se forem acompanhados de um planejamento tributário. Com tarifas que variam de zero a 35%, a depender da tabela de Imposto de Renda escolhida, os planos devem ser selecionados cada vez mais com foco no prazo de resgate e no valor do benefício.

Se o modelo de previdência é o regressivo, quanto maior o tempo da aplicação, menor é o IR. A alíquota cai a 10% após dez anos de investimento. Já na progressiva, o que vale é o valor resgatado: quanto menor a quantia, menos imposto. Se o benefício for de até R$ 1.710, o investidor cai na faixa de isenção.

“Por vezes, o cliente nem terá a opção dos dois tipos de tabela, pois a indústria oferece mais a regressiva, mas é bom se planejar”, diz o superintendente de produtos de previdência da Icatu Seguros, Felipe Bottino, ao lembrar que a tabela regressiva é muito mais usual.

Ainda que caia na segunda faixa, dos 7,5%, o porcentual é menor que o mais baixo da tabela regressiva (10%). Quando comparadas a produtos de renda fixa, como fundos e títulos públicos, do ponto de vista tributário e pensando no longo prazo, ambas as tabelas oferecem vantagens. Isso porque, na renda fixa, o IR chega a no mínimo 15%, após dois anos de aplicação.

“Pode parecer fácil, mas não é tão trivial imaginar como será a sua vida e a sua renda daqui a 20 anos, quando se aposentar”, afirma o diretor da Rio Bravo, Júlio Ortiz, ao dizer que a pessoa pode contar com uma renda e ser surpreendido negativamente ou, pelo contrário, achar novas formas de remuneração e precisar sacar valores menores do que o imaginado.

Outro ponto para o qual especialistas chamam a atenção é quanto à opção entre o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A sugestão é que o primeiro seja escolhido pelas pessoas que declaram o IR pelo modelo completo. Isso porque, das aplicações feitas, a pessoa pode abater até 12% da renda tributável. Ou seja, se recebeu R$ 100 mil de salário no ano e investiu R$ 12 mil em um PGBL, irá “declarar” R$ 88 mil à Receita.

Para investimentos acima de R$ 12 mil já vale a pena ir para o VGBL. Nesta opção, o IR é cobrado sobre o rendimento e não sobre o valor sacado, como é no PGBL. “O benefício de abatimento só é uma postergação do imposto”, comenta Ortiz. O VGBL é recomendado para a declaração simplificada de IR.

Fonte: Estadão – Yolanda Fordelone

Federação participa da 1ª Conferência Nacional dos Financiários

09/05/2016

Entre os dias 12 e 14 de maio, acontece a 1º Conferência Nacional dos Financiários, na sede da Contraf-CUT (Rua Libero Badaró, 158, 1º andar), em São Paulo.

O evento irá debater a organização da base sindical, estratégias e fechamento da minuta 2016-2017, além do calendário (definição de datas das assembleias, entrega da minuta e etc.). A Conferência contará também com três grupos de trabalho, que discutirão temas, como Emprego, Saúde, Condições de Trabalho, Remuneração e Igualdade de Oportunidades e terá ainda apresentação sobre o ramo financeiro e do DIEESE, sobre os números do setor, com base em dados fornecidos pelas entidades.

A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) participará com os delegados Walmir Gomes (Seeb Santos), Cláudio Fasanaro (Sindiban Piracicaba) e Odair Balioni (SindBan Piracicaba). Jeferson Boava e Reginaldo Breda, vice-presidente e secretário geral da FEEB-SP/MS, respectivamente, também participam do evento.

Confira abaixo, a programação do evento.

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DOS FINANCIÁRIOS – SÃO PAULO, 12,13 E 14 DE MAIO DE 2016

12 de maio (quinta-feira)

18h - Abertura (CONTRAF/CUT e presidentes das Federações)

13 de maio (sexta-feira)

09h - Análise de conjuntura sobre o setor financeiro
11h - Exposição e debate sobre o Ramo
12h - Painel sobre organização dos financiários
13h - Intervalo para almoço
14h às 18h Trabalho em Grupos

Grupo 1 - Emprego e Remuneração;
Grupo 2 - Saúde, Condições de Trabalho e Igualdade de Oportunidades
Grupo 3 - Sistema Financeiro e Organização do Ramo

14 de maio (sábado)

09h – Apresentação dos relatórios dos grupos
10h – Encaminhamentos
13h – Encerramento

Mesa Temática Igualdade de Oportunidades discutiu licença-paternidade e Programa de Valorização da Diversidade

06/05/2016

Representante da Federação, Angela Savian avalia posicionamento da Fenaban


A mesa temática Igualdade de Oportunidades, formada pelo Coletivo de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) e pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) discutiu dois temas na última terça-feira (03): licença paternidade de 20 dias e a criação de um Programa de Valorização da Diversidade.

Licença-paternidade

A reivindicação do movimento sindical é que a licença-paternidade, lei sancionada no ultimo dia 08 de março, seja incluída na Convenção Coletiva de Trabalhos (CCT) dos bancários. A Fenaban, porém, afirmou apesar de fazer parte do programa Empresa Cidadã, a isenção fiscal só passará a valer com a lei orçamentária que prevê o benefício para o exercício do ano seguinte. O assunto voltará a ser discutido na mesa de negociação da Campanha Nacional 2016.
A representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) no CGROS, Ângela Savian avaliou a posição da Fenaban.

“Infelizmente eles vão aguardar para discutir na mesa única de negociação da Campanha Salarial para poder implantar só no ano que vem, sendo que já fazem parte da empresa cidadã e poderiam fazer isso, mas alegam que para terem isenção precisam entrar somente no orçamento do próximo ano. Mais uma vez ficamos para trás. Então esperamos que pelo menos na Campanha Salarial, eles incluam realmente e a partir do ano que vem possamos fazer com que a licença-paternidade seja efetivada para os trabalhadores bancários”

Programa de Valorização da Diversidade

A Fenaban realizou, conforme havia ficado combinado desde a primeira reunião do ano, em fevereiro, a apresentação de um conjunto de iniciativas feitas pelos bancos em relação ao Programa de Valorização da Diversidade.

Os representantes dos trabalhadores pressionaram por um debate mais amplo e aprofundado sobre cada tema. Serão discutidos no próximo encontro, dia 27 de julho os temas: pessoas com deficiência e combate ao racismo, cujo debate será pautado por contratações e ascensão na carreira profissional.
Em 10 de novembro, será abordada a temática LGBT e Mulheres.

“Com relação ao Programa de Valorização da Diversidade, faz bastante tempo que o movimento sindical vem reivindicando sua participação, por que o que eles têm feito ainda é insuficiente e queremos participar das elaborações, das pesquisas, dos trabalhos que vem sendo realizado dentro das agências para que realmente as pessoas, no caso, os negros e negras, as pessoas com deficiências, os transgêneros possam ter acesso aos bancos, que de fato hoje ainda não têm. Temos muitas pessoas muitas no mercado capacitadas para trabalhar dentro do sistema financeiro, diferentemente do que é alegado pelos bancos, mas o que falta é a oportunidade. Por isso é importante nossa participação nestas formulações, pois por mais que eles tenham realizado algumas iniciativas neste sentido, elas ainda são insuficientes, não têm surtido resultado. Nas agências e locais de trabalho continuamos não vendo aumento na contratação de negros, deficientes ou LGBTs, principalmente em cargos e ascensões”, conclui Ângela.


Fonte: Com informações da Contraf-CUT
Caixa Econômica lucra R$ 838 milhões no 1º trimestre; queda de 45,9%
09/05/2016
 
A Caixa Econômica Federal registrou lucro de R$ 838 milhões no primeiro trimestre, de acordo com o balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (9). O montante representa queda de 45,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O índice de inadimplência caiu 0,04 ponto percentual e ficou em 3,51%, abaixo da média de mercado, que é de 3,55%. As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa apresentaram recuo de 24,2% em 12 meses e 3,6% no comparativo ao trimestre anterior, totalizando R$ 3,8 bilhões.
As operações comerciais com pessoas físicas e jurídicas acumularam R$ 198,1 bilhões, alta de 3% em 12 meses.
Montante representa queda de 45,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a captação geral da instituição teve saldo de R$ 921,1 bilhões nos primeiros três meses. A alta foi de 8,2% em 12 meses. O volume é suficiente para cobrir 134,6% da carteira de crédito. Esse resultado positivo foi influenciado pelos acréscimos de 18,3% no CDB (Certificado de Depósito Bancário), 14,8% nas letras de crédito imobiliárias, 10,9% nas emissões internacionais e 14,9% em Empréstimos e Repasses.

O número de clientes cresceu na comparação com os últimos 12 meses. Em março de 2016, o número de correntistas e poupadores somaram 83,5 milhões, representando, assim, avanço de 4,6%. Desse total, 81,2 milhões são pessoas físicas e 2,3 milhões, pessoas jurídicas.

Fonte: Jornal do Brasil


Texto disponível no site: www.feeb-spms.org.br