terça-feira, 20 de setembro de 2016

OAB-GO cobra agilidade dos bancos nas negociações para por fim a greve
20/09/2016
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, oficiou os presidentes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal solicitando que as negociações sejam aceleradas, visando o entendimento entre as partes envolvidas, restabelecendo a normalidade do sistema financeiro em nosso país.
Nos ofícios a OAB sustenta que vem acompanhando com preocupação os efeitos da greve dos bancários, em que os segmentos da sociedade encontram enormes dificuldades para a realização de transações financeiras. “É verdade que os meios alternativos continuam em pleno funcionamento, entretanto, boa parte das movimentações econômicas dependem do atendimento humanizado nas agências bancárias”, afirma Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, presidente da seccional Goiás.
Ainda no documento a OAB-GO registra a preocupação dos vários segmentos da economia nacional e das famílias brasileiras com o rápido deslinde do assunto em tela e cobra celeridade no fechamento de um acordo entre as partes, trilhando o caminho do entendimento.
“O movimento sindical nacional vem cobrando insistentemente da Fenaban a apresentação de oferta econômica que contemple a inflação dos últimos doze meses mais aumento real de salários, além da garantia de emprego, melhores condições de trabalho, contratação de mais bancários e fim do assédio moral. Porém os bancos continuam intransigentes”, afirma Sergio Luiz da Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás e membro da Comissão Bancária Nacional de Negociações.
Greve continua crescente
A paralisação dos bancários continua fortíssima em seu décimo quarto dia e recebendo novas adesões. Hoje mesmo os companheiros das cidades de Ceres, Inhumas e Morrinhos fecharam suas agências.
Além de várias unidades de Goiânia, o companheiro Sergio Luiz da Costa (presidente do SEEB-Goiás e da FEEB-GO/TO) visitou agências bancárias em Anápolis e presenciou a determinação da entidade sindical que representa os bancários daquela cidade na luta por melhores salários e condições de trabalho.
Fonte: SEEB-Goiás
Bancos cobram até 15,49% de juros, mas não pagam a inflação de 9,62%
Os maiores bancos que atuam no Brasil, sejam os nacionais (BB, Caixa, Itaú e Bradesco), ou o Internacional Santander são os que mais lucram no mundo. Um exemplo são as taxas cobradas de quem utiliza o cheque especial num momento de urgência. Conforme o Procon e caso você procure nos sites vai observar que o Santander cobra 15,49% ao mês dos clientes, o HSBC 14,67%, o Bradesco 13,15%, o Itaú absorve 12,95 ao mês, o Safra 12,6%, a Caixa 12,59% e o BB juros mensais de 12,40%. Estas mesmas Instituições oferecem reajuste abaixo da inflação medida em 9,62%.
Para os clientes, a taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês. De acordo com dados, chegam a mais de 400% ao ano conforme a inadimplência. No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos percentuais. A filial do Santander no Brasil é a que dá o maior lucro aos espanhóis, o Itaú, BB e Bradesco figuram entre os primeiros do ranking mundial de rentabilidade. Ainda assim, os bancos, irredutíveis, continuam oferecendo 7% e abono único de R$ 3.300.

Os lucros são astronômicos! Em contrapartida, o emprego só diminui. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
Os bancos não agendam negociação. Os trabalhadores querem reajuste justo e os aguardam. Só dizem que a crise afeta a economia. Sim a inflação está afetando os trabalhadores, os bancos têm lucros todo trimestre. A verdade é que tentam rebaixar o piso e os salários dos bancários e bancárias para continuar recolhendo lucros bilionários recordes como nas últimas décadas. A greve é unificada, nacional e por tempo indeterminado!
Feeb-SPMS