Crédito: Contraf-CUT
Entidades sindicais querem inclusão de todos os direitos e conquistasEm negociação ocorrida na manhã desta quarta-feira (29) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em São Paulo, o HSBC apresentou uma minuta para a construção de um acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os dirigentes sindicais ficaram de analisar a redação proposta.Para Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT , "o principal objetivo dos bancários é assegurar a inclusão de todos os direitos e das conquistas dos funcionários no aditivo, pois, após anos e anos de luta, eles ainda se encontram listados em normativos internos do banco". A preocupação é evitar que haja descumprimento ou mudanças unilaterais. "Atualmente, muitos direitos dos funcionários, que já deveriam estar assegurados, mudam ao sabor do banco", afirma Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco."O HSBC precisa olhar pra frente, garantindo as conquistas dos funcionários em acordo aditivo, a exemplo de outros bancos. Por diversos motivos, o debate acabou ficando parado, mas agora foi retomado e esperamos uma solução", explica Cristiane, que é também diretora do Sindicato dos Bancários de Curitiba. Outra questão divergente é a inclusão na minuta de alguns temas, que na avalição dos representantes dos bancários precisam ser debatidos separadamente, como o sistema de controle do ponto eletrônico e a instalação de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV). Após os debates, a Contraf-CUT ficou de finalizar a análise da minuta de aditivo dentro de 15 dias, formulando sugestões e inclusões a serem debatidas na próxima reunião, que deve acontecer em novembro. Os dirigentes sindicais enfatizaram também que é importante o diálogo do HSBC com o movimento sindical. "Precisamos encontrar saídas para diversos problemas relatados pelos trabalhadores e que chegam às entidades, como a criação de uma mesa permanente de saúde, entre outros temas. A efetivação do diálogo é fundamental para resolver as demandas dos funcionários", finaliza Miguel. LosangoDurante a negociação, o HSBC trouxe novas informações a respeito da proposta de bancarização de 1.064 trabalhadores da Losango. O banco pretende implementar as mudanças a partir de dezembro, mas ainda precisa encaminhar a formalização da proposta para o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio de Janeiro e às entidades sindicais, visando a discussão e a deliberação em assembleias dos empregados."A proposta global do banco prevê a aplicação total da CCT dos bancários e a contratação especial para trabalho aos finais de semana, com devido pagamento das horas extras. É muito importante resolver a situação desses trabalhadores ainda este ano. Eles executam o trabalho como bancários, mas recebem como comerciários. É preciso corrigir tal distorção, que há muito tempo é reivindicada pelo movimento sindical", enfatiza Valdeci Rios, o Vavá, representante da Fetec Centro Norte e diretor do Sindicato dos Bancários de Campo Grande (MS).Fonte: Contraf-CUT
Crédito: Seeb São Paulo
Negociação discute processo e Contraf-CUT propõe suspensão imediataEm negociação ocorrida nesta terça-feira (28), em Brasília, a Contraf-CUT, federações e sindicatos debateram com o Banco do Brasil o processo de reestruturação na Diretoria Corporate Bank (Dicor), envolvendo as Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) e os Centros de Suporte do Atacado (CSA)."Havia a previsão de o banco apresentar dados detalhados sobre quais localidades serão afetadas e quantos funcionários serão envolvidos", afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.No início da reunião, a Comissão de Empresa repudiou a atitude do banco em fazer uma reunião com a representação dos trabalhadores e, ao mesmo tempo estar comunicando o processo nos locais de trabalho. Por falta de algumas informações, a reunião foi interrompida a pedido da Comissão de Empresa para que o BB pudesse trazer dados mais detalhados sobre o processo.Após a suspensão, o banco apresentou que haverá processos de centralização dos processos nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo.Essa centralização provocará fechamento ou redução de quadros da área operacional de algumas Gecex e CSA em Fortaleza, Vitória e Caxias do Sul, que ficarão apenas com a área negocial vinculada ao prefixo centralizador.Sem diálogo com os funcionáriosHaverá redução total de 50 vagas nos prefixos de CSA e de 90 vagas nas Gecex, ao tempo em que serão criadas novas dotações em São Paulo (220 vagas), Curitiba (120 vagas) e Belo Horizonte (90 vagas). O processo de centralização cortará vagas nas seguintes cidades:- Campinas: 33- Brasília: 19- Porto Alegre: 37- Rio de Janeiro: 30- Blumenau: 37- Ribeirão Preto: 3- Caxias do Sul: 20- Salvador: 1- Recife: 12- Fortaleza: 9- Vitória: 13A previsão é de conclusão da reestruturação até março de 2015, sendo que algumas áreas já serão afetadas em janeiro.A Comissão de Empresa cobrou do banco a quantidade de cargos afetados em cada localidade e as respostas sobre a obrigação de migração para o novo plano de funções. A representação dos funcionários reivindicou o cumprimento do acordo de que nenhum funcionário seja obrigado a migrar para o novo plano com perda de salários.Os dirigentes sindicais solicitaram também ao banco um diálogo maior para todos os atingidos sejam realocados sem nenhuma perda salarial e que tenham garantia de realocação.Pedido de suspensão imediata da reestruturaçãoApós a negociação, a Comissão de Empresa se reuniu e tomou a decisão de encaminhar ao Banco do Brasil, através da Contraf-CUT, um ofício com o pedido de suspensão imediata de todos os processos de reestruturação, considerando que faltam garantias aos trabalhadores e, ainda, por estarmos num momento de transição na empresa, conforme tem sido noticiado na imprensa.Para Wagner Nascimento, "o BB parece não ter entendido que a palavra mais falada pela presidenta Dilma após a sua reeleição foi diálogo. Esse diálogo não está havendo nos processos de reestruturação. O banco quer apresentar aos trabalhadores pacotes prontos em forma de comunicados, o que repudiamos"."O diálogo que queremos estabelecer de forma séria é para proteger os trabalhadores dos traumas que as centralizações e reestruturações causam, com garantia de salário e emprego. Mas para isso temos que conhecer o processo", salienta o coordenador da Comissão de Empresa. Para ele, "ficou evidente que os problemas do mal estruturado plano de funções ainda trarão muita dor de cabeça aos funcionários do BB".Fonte: Contraf-CUT
O Bradesco abriu na manhã desta quinta-feira (30) a temporada de balanços das instituições financeiras e anunciou ter registrado lucro líquido contábil de R$ 3,875 bilhões no terceiro trimestre de 2014. O valor ficou 2,6% acima do registrado no trimestre anterior (R$ 3,778 bilhões) e 26,5% superior ao resultado do terceiro trimestre do ano passado.No ano, o lucro líquido ajustado do banco soma R$ 11,227 bilhões, uma alta de 24,7% em relação ao mesmo período de 2013. O lucro foi parcialmente afetado pelo efeito contábil negativo de R$ 598 milhões após o colapso do português Banco Espírito Santo, no qual o Bradesco tinha 3,9% do capital.CréditoA estoque de financiamentos do banco no final de setembro era de R$ 444,195 bilhões, avanço de 7,7% em 12 meses. O banco revisou a previsão de crescimento da carteira de crédito em 2014, de 10% a 14% para a de 7% a 11%.O índice de inadimplência acima de 90 dias da instituição foi de 3,6% no trimestre, ante 3,5% no fim de junho e 3,6% em setembro de 2013.As despesas do grupo com provisões para perdas com inadimplência somaram R$ 3,348 bilhões entre julho e setembro, avanço de 16,2% ante igual etapa do ano passado.ReceitasAs receitas com tarifas e serviços atingiram 5,639 bilhões de reais, após terem crescido 13,3% ano a ano. Os ativos totais, em setembro de 2014, registraram saldo de R$ 987,364 bilhões, crescimento de 8,8% em relação ao saldo de setembro de 2013.Análise do DieeseA subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do terceiro trimestre do Bradesco, cujos resultados envolvendo emprego e outros indicadores serão divulgados até o final do dia.O Itaú e o Santander Brasil anunciam os seus balanços no dia 4 de novembro e o do Banco do Brasil está previsto para o dia 5.Fonte: Contraf-CUT com G1 e Valor