Da Agência Fenae A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgou carta aberta, esta semana, por bancos públicos federais mais fortes. O documento defende a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa). O texto informa que os últimos 15 anos dividem-se em dois momentos distintos para os trabalhadores dos bancos públicos federais. Diz o documento: “o período compreendido entre 1995 e 2002 foi o tempo do medo, do terror, da perda de direitos e de postos de trabalho, do sucateamento e preparação para a privatização. Foram mais de 80 mil demissões, além de uma brutal redução salarial”. De acordo com a Contraf-CUT, entre 2003 e 2010 foi vivido o tempo da retomada, com “mais de 60 mil novas contratações, aumento real de salários em todos os bancos e reconquistas de direitos tomados no período anterior”. O documento lembra que, no atual período, os bancos federais voltaram a ser referência para a população brasileira e foram fundamentais para que o Brasil superasse sem transtornos a crise financeira que se abateu sobre o mundo capitalista. Apesar disso, a Contraf-CUT reconhece que ainda há muito a fazer para consolidar o papel efetivo de banco público, acrescentando: “com essa concepção, os bancários de todo Brasil realizam atos em defesa dos bancos federais. Essas manifestações levam em conta os dois projetos políticos que disputam as eleições no próximo domingo, dia 31 de outubro”. Ao lembrar que para os trabalhadores estão claros os objetivos que cada projeto defende ao ser analisada a história recente, o texto da Contraf-CUT afirma que o projeto tucano é o que prevê a privatização, a retirada de direitos e o enfraquecimento dos bancários federais, tirando deles a possibilidade de intervir positivamente no mercado para garantir recursos e gerar renda para todos. Diferentemente disso, de acordo com o documento, o projeto defendido pela candidata Dilma Rousseff é aquele que pretende continuar o ritmo de retomada do poder e importância dos bancos federais: contratação de mais funcionários, atendimento à população, fortalecimento do papel estratégico indutor do crescimento e gerador de riquezas. Em outro trecho, o texto da Contraf-CUT esclarece que a votação no próximo dia 31 de outubro não é uma simples escolha de quem será o presidente do Brasil, mas a definição de que País queremos para o futuro e, neste contexto, que papel os bancos federais irão cumprir. Também é dito que votar na candidatura tucana significa escolher o retrocesso, a volta das privatizações e da submissão à política neoliberal capitaneada pelos Estados Unidos. E mais: “escolher a candidatura de Dilma Rousseff, por outro lado, significa apontar para o crescimento, para a possibilidade de milhões de brasileiros terem direito à dignidade e à esperança de um futuro melhor e, neste contexto, ter bancos federais fortes, indutores do crescimento e balizadores de um sistema financeiro que inclua e fomente o setor produtivo”. Entidades entregam documento a Dilma Rousseff Em 15 de outubro, durante encontro de movimentos sociais e centrais sindicais com Dilma Roussef, realizado em São Paulo (SP), as entidades representativas dos empregados da Caixa entregaram à candidata do PT à Presidência de República o manifesto “Linhas gerais para a Caixa seguir mudando”. O documento é assinado posiciona-se em apoio à candidatura presidencial de Dilma Roussef, considerada a única capaz de desenvolver o Brasil aprofundando as conquistas democráticas com distribuição de renda e afirmando sua fisionomia soberana e pacífica diante do mundo. O texto faz um comparativo de como a Caixa atuou em dois momentos distintos do cenário político-econômico do país. O primeiro mostra as mazelas perpetradas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, entre os anos de 1995 e 2002, quando a empresa viveu sob a ameaça permanente da privatização e os trabalhadores amargaram acordos seguidos de reajuste zero. O outro momento se refere aos oito anos de governo Lula (2003 a 2010). Nesse período, diferentemente do anterior, os bancos públicos federais reassumiram funções que os tornaram imprescindíveis para o desenvolvimento nacional e para a regulação do sistema financeiro e os empregados voltaram a ser mais valorizados, com o fim da RH 008 (demissões sem justa causa) e conquistas de sucessivos aumentos reais de salários. O manifesto “Linhas gerais para a Caixa seguir mudando” é subscrito pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), pela Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef), pela Federação Nacional dos Gestores da Caixa (Fenag) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). |
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Contraf-CUT divulga carta aberta em defesa de bancos públicos federais
Governo quer padronizar atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Quatro anos após a sanção da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), o Ministério da Justiça e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) lançaram nesta segunda-feira (13) em Brasília uma nova edição das normas técnicas para a padronização de procedimentos nas delegacias especializadas de atendimento à mulher.
A norma técnica revisada tenta incorporar os procedimentos de atendimento, encaminhamento e investigação estalecidos na lei. Entre as mudanças, o governo federal espera que as delegacias especializadas passem a atuar todos os dias da semana, em esquema permanente de plantão (24 horas diárias).
"A violência não escolhe dia da semana nem horário para acontecer", explicou a ministra Nilcéa Freire (SPM) que afirmou ser "comum" ver filas às segundas-feiras pela manhã nas porta das delegacias especializadas com mulheres agredidas em casa durante os finais de semana.
Além da ampliação dos horários de atendimento, Nilcéa Freire espera que a adoção das normas técnicas padronize o registro de ocorrência e a coleta de informações sobre os casos de agressão. "Conhecer o problema é o primeiro passo para combatê-lo", disse ela, explicando que a padronização permitirá a elaboração de estatísticas sobre agressões e crimes e, assim, a elaboração de ações e políticas públicas.
"Nós temos muita dificuldade em termos de estatísticas sobre a violência contra a mulher, com nível de comparabilidade para que possamos ter no cenário nacional um acompanhamento dos crimes contra a mulher da maneira como deve ser", disse.
A ministra também apontou que as normas técnicas dão diretrizes para orientar e encaminhar as mulheres para o atendimento e proteção. "As novas normas incorporam o conceito de rede", explicou.
Há no Brasil 466 delegacias especializadas de atendimento às mulheres. A primeira surgiu em São Paulo há 25 anos. Orientações e denúncias quanto à agressões físicas e qualquer forma de violência contra as mulheres podem ser feitas junto à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).
Fonte: Agência Brasil
MPF aciona Caixa por atraso em obras de acessibilidade nas agências
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal em São Paulo (MFP/SP) entrou na segunda-feira (27) com uma ação de execução contra a Caixa Econômica Federal na 15ª Vara Cível da capital paulista. O MPF exige que o banco estatal pague R$ 42 milhões de multa por atraso na conclusão de obras de acessibilidade para pessoas com deficiência.
Uma cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o MPF previa que as adaptações das agências e postos de atendimento bancário seriam feitas, em todo o país, em três etapas, ao longo de 15 meses.
De acordo com o MPF, o prazo se encerrou em janeiro deste ano. Segundo a perícia do órgão, 80 agências e 25 postos de atendimento básicos ainda não estão completamente acessíveis para as pessoas com deficiência em todo o estado de São Paulo.
A Caixa aderiu ao acordo em 2008, mas, nove meses após o vencimento do prazo para a conclusão das obras, o MPF constatou que 11% das unidades do banco em todo o país ainda não foram adaptadas.
O acordo previa multa de R$ 5 mil diários para cada unidade que não fosse adaptada com obras de acessibilidade. Peritos da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, da Procuradoria-Geral da República (PGR), calcularam que a multa devida pela Caixa é de R$ 42.012.555,90, somente em relação às agências cujas adaptações não foram concluídas em São Paulo.
O MPF informou que a Caixa já foi notificada três vezes pelo Grupo de Trabalho Inclusão da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Cada estado da federação está investigando o descumprimento do TAC pela Caixa. De acordo com o Ministério Público, há outra ação proposta em Sergipe, que cobra R$ 2,7 milhões da Caixa.
A Agência Brasil tentou falar com representantes da Caixa Econômica Federal, mas não teve resposta.
Fonte: Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal em São Paulo (MFP/SP) entrou na segunda-feira (27) com uma ação de execução contra a Caixa Econômica Federal na 15ª Vara Cível da capital paulista. O MPF exige que o banco estatal pague R$ 42 milhões de multa por atraso na conclusão de obras de acessibilidade para pessoas com deficiência.
Uma cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o MPF previa que as adaptações das agências e postos de atendimento bancário seriam feitas, em todo o país, em três etapas, ao longo de 15 meses.
De acordo com o MPF, o prazo se encerrou em janeiro deste ano. Segundo a perícia do órgão, 80 agências e 25 postos de atendimento básicos ainda não estão completamente acessíveis para as pessoas com deficiência em todo o estado de São Paulo.
A Caixa aderiu ao acordo em 2008, mas, nove meses após o vencimento do prazo para a conclusão das obras, o MPF constatou que 11% das unidades do banco em todo o país ainda não foram adaptadas.
O acordo previa multa de R$ 5 mil diários para cada unidade que não fosse adaptada com obras de acessibilidade. Peritos da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, da Procuradoria-Geral da República (PGR), calcularam que a multa devida pela Caixa é de R$ 42.012.555,90, somente em relação às agências cujas adaptações não foram concluídas em São Paulo.
O MPF informou que a Caixa já foi notificada três vezes pelo Grupo de Trabalho Inclusão da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Cada estado da federação está investigando o descumprimento do TAC pela Caixa. De acordo com o Ministério Público, há outra ação proposta em Sergipe, que cobra R$ 2,7 milhões da Caixa.
A Agência Brasil tentou falar com representantes da Caixa Econômica Federal, mas não teve resposta.
Fonte: Agência Brasil
TST obriga Santander a cumpir cota de 5% para pessoas com deficiência
Em decisão unânime, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu provimento ao recurso de revista do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região (SP) para considerar o conjunto dos empregados do Banco ABN AMRO Real (adquirido pelo Santander Brasil) na hora da contratação de pessoas com deficiência ou reabilitado, nos termos da legislação em vigor.
Como explicou o relator, ministro Vieira de Mello Filho, o artigo 93 da Lei nº 8.213/91 refere-se à totalidade dos empregados da empresa, quando prevê a obrigação de preenchimento de cargos com pessoal com deficiência ou reabilitado. Segundo o dispositivo, a empresa com 100 empregados ou mais está obrigada a preencher de 2% a 5% das vagas com esses trabalhadores; até 200 empregados, 2%; de 201 a 500 empregados, 3%; de 501 a 1000, 4%; e de 1001 empregados em diante, 5%.
Ainda de acordo com o relator, a lei visou à proteção do mercado de trabalho das pessoas que, em virtude de dificuldades físicas, mentais ou sensoriais, tenham dificuldades de adquirir ou manter o seu posto de trabalho. Desse modo, a norma limita o poder do empregador, uma vez que a dispensa de empregados reabilitados ou com deficiência só pode ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes.
O MPT recorreu ao TST depois que o Tribunal do Trabalho paulista (2ª Região) considerou que o número de cargos destinado à cota era relativo a cada estabelecimento empresarial. Contudo, na interpretação do ministro Vieira, quando a lei fala de "empresa" diz respeito à atividade desenvolvida pelo tomador dos serviços, do contrário, bastaria que o empresário distribuísse seus empregados em estabelecimentos com menos de 100 trabalhadores para que pudesse burlar o comando legal. (RR- 224600-17.2001.5.02.0057)
Fonte: Lilian Fonseca - TST
Valorização de 16,33% no piso dos bancários beneficia mulheres e negros
O reajuste de 16,33% conquistado pela greve nacional dos bancários no piso - alcançando aumento real de 11,54% e o valor de R$ 1.250 - é uma importante conquista não somente econômica, mas também do ponto de vista da promoção da igualdade de gênero e raça dentro dos bancos. Isso ocorre porque a maioria das mulheres e negros está nas funções mais baixas da carreira, sendo beneficiados diretamente pelo aumento dos pisos.
Além do piso de escritório, o piso de caixa subiu para R$ 1.709,05 (incluindo gratificação de caixa e outras verbas), constituindo um reajuste de 13,82%, com aumento real de 9,15%. Trata-se de outra conquista que melhora a remuneração.
O alcance das medidas para os setores discriminados nos bancos fica comprovado pelos dados do Mapa da Diversidade, pesquisa que comprovou a desigualdade de condições de mulheres e negros no setor financeiro. Os números mostram que as mulheres representam 53,3% dos chamados cargos funcionais, que recebem os menores rendimentos. Por outro lado, apenas 19% estão em cargos de direção e superintendência.
O mesmo ocorre entre os negros, parcela da população que está sub-representada na categoria em relação a sua presença na População Economicamente Ativa (PEA) do país: são 19% dos bancários, enquanto atingem 35,7% da PEA. Nos bancos, também estão majoritariamente na base da pirâmide salarial, ocupando 20,6% dos cargos funcionais e apenas 4,8% dos cargos de superintendência e direção.
"A valorização dos pisos é um avanço nesse sentido por atingir de forma direta as populações discriminadas nos bancos. Esse, porém, é apenas um passo numa situação complexa, como mostram os números", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Deise explica que o pequeno número de mulheres e negros em cargos de chefia reflete discriminações sofridas por essas pessoas na definição das promoções nos bancos. "É preciso que essas pessoas ampliem sua perspectiva de carreira dentro das empresas. Um passo importante para isso seria a implantação de Plano de Cargos, Carreira e Salários em todos os bancos, com critérios objetivos e transparentes para a definição das promoções, acabando com a avaliação subjetiva dos gestores e diminuindo a margem para discriminações", afirma.
No caso dos negros, a situação é ainda pior: os dados mostram que a discriminação começa ainda na contratação. "É preciso combater esse tipo de preconceito e promover a entrada de negros e outros setores discriminados dentro dos bancos. A criação de um ambiente que respeite verdadeiramente a diversidade criará ganhos para todos", defende Deise.
Greve vitoriosa
Como resultado da maior greve realizada pela categoria nos últimos 20 anos, a Fenaban apresentou nesta segunda-feira 11 uma nova proposta, que inclui, além da elevação dos pisos, reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho e a falta de segurança nas agências.
As conquistas dão continuidade a uma série de avanços dos últimos anos. De 2004 a 2010, por exemplo, os bancários tiveram entre 19,6% e 26,3% de aumento real no piso salarial. Veja aqui na tabela.
Outro banco é preciso, com as pessoas em primeiro lugar.
Fonte: Contraf-CUT
Processo que acusa o presidente do STJ de assédio moral chega ao STF
Chegou na terça-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o processo envolvendo o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler. O ministro foi acusado de assediar moralmente um estagiário da corte na terça-feira (19). O processo tem 14 folhas, foi enquadrado como "crime contra a honra/injúria" e tem como relatora a ministra Ellen Gracie.
Pargendler teria ordenado a demissão de Marco Paulo dos Santos, estagiário da Coordenadoria de Pagamento do STJ, após um desentendimento na fila dos caixas eletrônicos bancários instalados no sede do tribunal em Brasília.
Na denúncia, o estudante declarou que estava na fila dos caixas eletrônicos para fazer um depósito quando foi informado que apenas o caixa que Pargendler estava usando funcionava para esse tipo de operação. O estudante afirmou que ficou atrás da linha que marca o início da fila, mas o ministro teria se irritado com a presença dele no local.
Ao mandar o estagiário sair, o presidente do STJ afirmou que ele estava demitido, pegando o crachá para ver o nome do funcionário. Segundo Santos, cerca de uma hora depois do incidente, já havia uma carta de demissão no seu departamento. Indignado com a postura do ministro, o jovem registrou boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, responsável por encaminhar o caso ao STF.
O presidente do STJ cancelou na segunda-feira uma entrevista com a imprensa, agendada na sexta-feira (22), quando o assunto foi divulgado. Segundo a assessoria da corte, Pargendler só falará nos autos do processo, que agora tramita no Supremo.
Fonte: Contraf
Revista dos Bancários destaca greve histórica e alerta para o risco Serra

A mais nova edição da Revista dos Bancários, produzida pela Contraf-CUT , já começou a ser distribuída pelos sindicatos em todo o país. Com a manchete "Avançamos", a publicação traz um balanço sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2010, mostrando como a "maior greve conquistou o melhor acordo em 20 anos" para a categoria.
Além dos ganhos reais nos salários e do aumento da PLR, a revista analisa a conquistas de um instrumento de combate ao assédio moral nos bancos e a melhoria no atendimento das vítimas de assaltos e sequestros. A unidade nacional dos bancários e a força da greve de 15 dias, que chegou a paralisar 8.280 agências em todo o país, são ressaltadas como fatores fundamentais para arrancar avanços nesta campanha.
> Clique aqui para acessar a versão para leitura on-line
A publicação apresenta dados históricos e comparativos sobre a evolução dos reajustes salariais e dos pisos na era FHC e no governo Lula, confrontando o arrocho no período tucano com os ganhos obtidos nos últimos sete anos. Além disso, relembra os tempos sombrios do governo tucano de FHC, do qual o candidato José Serra foi ministro do Planejamento e condutor das políticas de privatização de empresas estatais.
A revista relaciona uma série de fatos que mostram por que a candidatura tucana representa uma ameaça aos trabalhadores e aos bancos públicos, como BB, Caixa, BNB e Banco da Amazônia.
Confira alguns riscos para os trabalhadores:
Tucanos arrocham salários. Nos oito anos do governo PSDB/FHC, os bancários tiveram arrocho salarial, tanto nos bancos públicos como privados (veja nas tabelas acima). Serra fez o mesmo no governo de São Paulo.
Serra coordenou privatizações. Como ministro do Planejamento de FHC, Serra coordenou o programa de privatizações, entre elas Vale do Rio Doce, Embraer, todo o sistema Telebrás, Light, CSN, Escelsa entre outras.
Privatizações de bancos públicos. A política do governo do PSDB privatizou Banespa, Banerj, Banestado, Bemge, Baneb, Bandepe, Credireal, Meridional, BEA, BEG e Paraiban.
Serra vendeu último banco público paulista. A Nossa Caixa só não foi privatizada porque o BB comprou, mas as negociações já estavam avançadas com o Bradesco.
Desmonte do BB e da Caixa. Quando FHC assumiu, em 1995, o BB tinha 119 mil funcionários e a Caixa 76 mil. Quando saiu, o BB tinha 77 mil e a Caixa 53 mil. Além das demissões, a reestruturação brutal arrochou salários (veja no quadro), retirou direitos, precarizou o trabalho, acabou com o PCS e humilhou os trabalhadores. Os dois bancos também ficaram praticamente sem PLR nos governos tucanos.
Objetivo era privatizar BB e Caixa. O desmonte dos dois bancos públicos federais visava enfraquecê-los para privatizá-los. Isso estava explicitado em documentos enviados pelo governo FHC ao FMI e em estudo encomendado ao consórcio Booz-Allen, Hamilton & Fipe.
Prejuízos aos aposentados, com a implantação do fator previdenciário que reduziu os novos benefícios de aposentadoria em até 40%.
Desrespeito aos trabalhadores. Intervenção branca (bloqueio de contas), no início do governo FHC, em sindicatos de petroleiros do país, demissão de mais de 70 grevistas e uso de força militar contra os trabalhadores do setor. O governador Serra, em São Paulo, tentou criminalizar os movimentos sociais e sindicais, jogando a polícia contra professores, entre outras arbitrariedades.
Fonte: Contraf-CUT
PLR sai até dia 29 em seis bancos
Confira as datas e o que vem para os bancários da Caixa Federal, HSBC, Itaú Unibanco, Bradesco, Safra e Santander
São Paulo – Cinco bancos pagam entre os dias 27 e 29 de outubro a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e também a primeira parcela do adicional conquistadas na Campanha Nacional 2010. São eles: Caixa Federal, HSBC, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. O restante da PLR vem até 3 de março de 2011. O Safra credita a primeira parcela do adicional, já que a antecipação foi depositada em junho passado (veja tabela abaixo).
Os bancários do Santander, do Bradesco e do HSBC recebem também a 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 311,08 e as diferenças salariais retroativas a 1º de setembro dos vales e auxílios decorrentes da aplicação do reajuste de 7,5%, o que garante aumento real de 3,08% e atinge 80% dos bancários. Os salários superiores a R$ 5.250 terão correção de R$ 393,75 ou 4,29%, o que for maior. O Santander paga, ainda, R$ 540 do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).
O HSBC e o Itaú Unibanco pagam na quarta 27; o Bradesco, na quinta 28; Safra, Caixa e Santander na sexta-feira 29. O Banco do Brasil pagou no dia 21.
Para todos, exceto a Caixa e Safra, a antecipação corresponde a 60% da regra básica, ou seja, 54% do salário mais o valor fixo de R$ 660,48 com teto de R$ 4.308,60.
A primeira parcela do adicional corresponde a 2% do lucro líquido do primeiro semestre com teto de R$ 1.200, valor que será pago por Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. No HSBC, esse valor será de R$ 423,87. No Safra, após negociação entre a direção do banco e do Sindicato, a antecipação do adicional será 20% maior, de R$ 1.440.
Caixa – Para a antecipação na Caixa, a regra básica corresponde a 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181 ou limitado a 13% do lucro líquido projetado de 2010 (R$ 2,550 bilhões), o que prevalecer. No entanto, pela projeção, o total de 13% do lucro será insuficiente para a aplicação integral da regra básica. Desta forma, nos moldes do ano passado, será usado um redutor de 35%, garantindo a distribuição de 13% do lucro. Assim, cada empregado terá um crédito de 90% da remuneração-base mais a parcela de R$ 1.100,80, deduzindo-se do total apurado o redutor de 35%.
O pagamento deste mês refere-se a uma antecipação baseada num lucro anual estimado pela empresa. Segundo o Dieese, esta estimativa é conservadora. O valor final da PLR será conhecido depois de apurado o lucro, com o fechamento do balanço anual, e pago até o dia 3 de março de 2011.
Os bancários do Santander, do Bradesco e do HSBC recebem também a 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 311,08 e as diferenças salariais retroativas a 1º de setembro dos vales e auxílios decorrentes da aplicação do reajuste de 7,5%, o que garante aumento real de 3,08% e atinge 80% dos bancários. Os salários superiores a R$ 5.250 terão correção de R$ 393,75 ou 4,29%, o que for maior. O Santander paga, ainda, R$ 540 do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).
O HSBC e o Itaú Unibanco pagam na quarta 27; o Bradesco, na quinta 28; Safra, Caixa e Santander na sexta-feira 29. O Banco do Brasil pagou no dia 21.
Para todos, exceto a Caixa e Safra, a antecipação corresponde a 60% da regra básica, ou seja, 54% do salário mais o valor fixo de R$ 660,48 com teto de R$ 4.308,60.
A primeira parcela do adicional corresponde a 2% do lucro líquido do primeiro semestre com teto de R$ 1.200, valor que será pago por Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. No HSBC, esse valor será de R$ 423,87. No Safra, após negociação entre a direção do banco e do Sindicato, a antecipação do adicional será 20% maior, de R$ 1.440.
Caixa – Para a antecipação na Caixa, a regra básica corresponde a 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181 ou limitado a 13% do lucro líquido projetado de 2010 (R$ 2,550 bilhões), o que prevalecer. No entanto, pela projeção, o total de 13% do lucro será insuficiente para a aplicação integral da regra básica. Desta forma, nos moldes do ano passado, será usado um redutor de 35%, garantindo a distribuição de 13% do lucro. Assim, cada empregado terá um crédito de 90% da remuneração-base mais a parcela de R$ 1.100,80, deduzindo-se do total apurado o redutor de 35%.
O pagamento deste mês refere-se a uma antecipação baseada num lucro anual estimado pela empresa. Segundo o Dieese, esta estimativa é conservadora. O valor final da PLR será conhecido depois de apurado o lucro, com o fechamento do balanço anual, e pago até o dia 3 de março de 2011.
Quando vem e o que vem | ||
Banco | O que paga | Quando paga |
Itaú Unibanco | PLR: Antecipação e 1ª parcela do adicional | 27/10 |
Diferenças VR e VA retroativas a 1/9 | 12/11 | |
Diferenças salariais retroativas a 1/9; 13ª cesta (R$ 311,08) | 26/11 | |
HSBC | PLR: Antecipação e 1ª parcela do adicional; Diferenças salariais, de vales e auxílios, retroativas a 1/9; 13ª cesta (R$ 311,08) | 27/10 |
Bradesco | Diferenças VR e VA retroativas a 1/9; 13ª cesta (R$ 311,08) | 27/10 |
PLR: Antecipação e 1ª parcela do adicional; Diferenças salariais retroativas a 1/9; | 28/10 | |
Caixa Federal | PLR: Antecipação e 1ª parcela do adicional | 29/10 |
Santander | PLR: Antecipação e 1ª parcela do adicional; Diferenças salariais, de vales e auxílios, retroativas a 1/9; 13ª cesta (R$ 311,08); PPRS (R$ 540) | 29/10 |
Safra | 1ª parcela do adicional; Diferenças salariais retroativas a 1/9 | 29/10 |
Redação - 26/10/2010
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