sexta-feira, 17 de agosto de 2012


BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A
Garantida PCR de R$ 1.800
Pagamento em duas vezes
A Participação Complementar nos Resultados (PCR) do Itaú será de R$ 1.800,00. O valor foi assegurado em rodada de negociação entre os sindicatos e o Banco, realizada hoje (16/8), em São Paulo.
O pagamento será efetuado em duas vezes: R$ 1.000,00 serão pagos no período em que for creditada a primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), negociada com a Fenaban durante a Campanha Nacional; os R$ 800,00 restantes serão creditados no período do pagamento da segunda parcela da PLR.
Os sindicatos garantiram também aumento das bolsas de estudo, que passam das atuais quatro mil para 5.500 (cinco mil para funcionários do Banco, sendo mil preferencialmente para portadores de deficiências especiais; e 500 para os trabalhadores das demais empresas da holding). A bolsa corresponde até 70% do valor da mensalidade, limitado ao máximo de R$ 320,00. Os bancários contemplados receberão 11 parcelas, retroativas a fevereiro deste ano.
Para Mauri Sérgio, integrante e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na COE (Comissão de Organização dos Empregados), que participou da rodada, a garantia de uma PCR equivalente a R$ 1.800,00 representa um avanço na atual conjuntura. “O processo de negociação foi complicado. Em função da onda de demissões, o debate emperrou, travou.
Para ilustrar, a última rodada ocorreu no dia 23 de abril e o Itaú insistia em pagar apenas R$ 1.600,00. Conseguimos romper algumas barreiras e garantir o valor de R$ 1.800,00. Sem falar no aumento no número de bolsas”. Segundo o integrante da COE, o acordo negociado hoje tem validade de 12 meses.

David Zaia
Jeferson Boava
Mauri Sergio
Presidente
Sec.Geral da Feeb SP/MS
Rep. Da FEEB na COE Itau

Terceira rodada Fenaban
 Avanço na negociação sobre saúde
- A Fenaban concorda em manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica, até à regularização junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A aceitação dessa proposta da categoria foi manifestada durante a terceira rodada de negociação com o Comando Nacional, ontem (15/8) em São Paulo, que retomou a pauta pendente da segunda rodada (saúde e condições de trabalho), ocorrida no último dia 8.
- Para o secretário-geral da Federação dos Bancários de SP e MS, Jeferson Boava, que participou da rodada, a retirada dos bancários afastados do chamado “limbo” representa um avanço. “Muitos bancários recebem a alta programada do INSS, porém são considerados inaptos no exame de retorno ao trabalho. Resultado: não recebem benefícios e nem salários. A manutenção dos salários até que a situação seja regularizada junto ao INSS representa um passo à frente”. Segundo ele, o Comando reivindicou também a permanência da remuneração dos afastados após o retorno ao trabalho, evitando assim a redução salarial e a perda de função comissionada. A Fenaban não concordou; alega que, se o funcionário mudou de função, não pode continuar comissionado. “O que é uma injustiça. Afinal, os bancários afastados não optaram em adoecer; foram vítimas do processo de trabalho”, frisa Jeferson.
- Outra proposta debatida foi a garantia de intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados nos casos que exijam movimentos repetitivos, como os caixas e as funções que requerem cálculo, contagem de dinheiro e leitura digital de documentos, garantindo que não ocorra aumento da jornada trabalhada. A Fenaban, no entanto, não aceita a pausa para os caixas. Para os bancos o intervalo só se justifica na digitação e call center; porém, manifestaram disposição em fazer uma análise técnica na mesa temática de Saúde sobre as funções mais atingida pelas LER/Dort, ao final da Campanha Nacional. No que se refere ao direito do funcionário marcar consulta médica durante o horário de trabalho, quando for preciso, a Fenaban não aceita.
Cipa: eleição
- A Fenaban discordou da proposta de eleição direta de todos os integrantes das Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidente). O atual modelo (metade indicada pelos bancos), segundo a Fenaban, atende as partes. “O que não é verdade. A interferência dos bancos no processo é visível”, destaca o secretário-geral da FEEB SP e MS.
Rodadas suspensas
- A terceira rodada, bem como a quarta que seria realizada hoje (16/8) foram suspensas a pedido do Comando, após ser informado da morte do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, conhecido por Manolo, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, Deborah Regina Rocco Castaño Blanco.
Nova rodada dia 21
- O processo de negociação será retomado na próxima terça-feira, dia 21. Na pauta, segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

David Zaia
Jeferson Boava
Mauri Sergio
Presidente
Sec.Geral da Feeb SP/MS
Rep. Da FEEB na COE Itau