sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Gerente assediador do BB de Apiaí é transferido após intervenção do sindicato
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12/08/2016




Acabou com final feliz um caso de assédio moral acontecido no Banco do Brasil da cidade de Apiaí (SP). O gestor dessa agência assediava moralmente e constantemente seus funcionários. Tal comportamento foi denunciado ao Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, que passou a acompanhar o caso, intervindo junto à Gepes (departamento de Gestão de Pessoas do BB) local. “Nenhum funcionário suportava esse gestor. E para felicidade de todos, essa semana o assediador foi transferido”, conta Ricardo Santos Filho, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, responsável pela região de Apiaí.

Entenda o caso

Diante de uma denúncia do movimento sindical, baseada em informações obtidas junto aos funcionários do banco, a ouvidoria do Banco do Brasil entrou no caso para investigar as ocorrências e prometeram um desfecho para o caso. Durante o período o denunciado seria acompanhado por profissionais que analisariam a postura do gestor que agredia moralmente seus comandados.

O gestor retornou ao trabalho, continuando a tratar seus comandados com ofensas como “idiota”, implicando com as vestimentas, humilhando com gestos e palavras. Nesse intervalo de tempo, um funcionário daquela agência precisou ser internado em uma clínica de tratamento por conta dos assédios sofridos. Somados a este fato, outros também necessitaram de atendimento médico e o gestor ainda fez uso do telefone para difamar os adoecidos para os demais gerentes da região, com o intuito de não aceitá-los, no caso de pedido de transferência.

Começaram chegar reclamações de clientes do banco referindo-se aos maus tratos no atendimento por parte daquele gestor. A ouvidoria do banco, que havia informado sobre o acompanhamento, não se pronunciou a respeito do caso, não respondendo outras reclamações e não gerando protocolos neste sentido, dando a impressão de descaso. O sindicato então, de posse de gravações que comprovavam o assédio moral, avisou a ouvidoria do banco que usaria o material caso não fossem tomadas providências, o que acabou acontecendo nesta semana.

“Em visita ao banco após a transferência do gestor, o quadro já era outro, com clima de tranquilidade e harmonia”, relata o dirigente Ricardo.

Itaú atende reivindicação do sindicato e coloca porta giratória em Piedade

BB lucra, mas continua extinguindo empregos

Resultado do primeiro semestre foi de R$ 4,8 bi; ainda assim, banco público eliminou 2.710 postos de trabalho em 12 meses
São Paulo – O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 4,824 bilhões no primeiro semestre de 2016. O montante é 45,3% menor que o registrado no mesmo período de 2015, mas este decréscimo deve-se à criação da Cateno – o BB participa de 50% da empresa por meio da Elo Cartões – naquele período, o que impulsionou o resultado de 2015.

Além disso, o resultado do BB no primeiro semestre deste ano foi impactado pela provisão relacionada a caso específico do segmento empresarial de óleo e gás. A provisão para devedores duvidosos (PDD), que entra como despesa no balanço e, portanto, reduz o lucro, cresceu 30% no período, atingindo R$ 14,2 bi.

No segundo trimestre de 2016, o lucro líquido foi de R$ 2,465 bilhões, com crescimento de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Para o diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Cláudio Luis, o resultado mostra que o banco tem plenas condições de atender as reivindicações gerais da categoria, e as específicas dos funcionários. A pauta para discutir o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi entregue à direção da empresa na quinta-feira 11. “Iniciamos nossa Campanha Nacional, e o Banco do Brasil, assim como o setor bancário como um todo, continua lucrando alto. Portanto, não há justificativa para que não atenda as demandas da categoria”, afirma.

> Na entrega da pauta, funcionários cobram do BB que valorize negociações

Emprego – O dirigente destaca que uma das principais reivindicações é que o banco contrate e reponha as vagas deixadas por quem saiu por meio de PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada). “O BB deveria gerar empregos bancários, mas ao invés disso, está extinguindo postos de trabalho.”

Em doze meses (junho de 2015 a junho de 2016), a direção eliminou 2.710 empregos, sendo 249 apenas nos últimos três meses. Hoje o banco conta com 109.615 empregados. “A situação nas agências e departamentos está cada vez pior. Os trabalhadores estão sobrecarregados e adoecendo. Nossa pauta também conta com uma série de reivindicações por melhoria das condições de trabalho que podem muito bem ser atendidas pelo banco”, acrescenta Claudio Luis.

Outro dado do balanço aponta que somente com o que ganhou com tarifas (R$ 11,621 bilhões, crescimento de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior), o BB cobre em 104% do total das despesas de pessoal (inclusive PLR), que cresceram apenas 1,6% no período. Em doze meses, a instituição financeira fechou 116 agências.

Caráter público – “Outro ponto fundamental da nossa campanha é a defesa do caráter público do BB, ameaçado pelo governo interino de Temer. As instituições financeiras públicas desempenham um papel muito importante na economia de um país, com oferta de crédito em momento de recessão, quando os privados em geral retraem. O governo Temer já anunciou sua intenção de privatizar o BB, assim como a Caixa, mas nós trabalhadores estamos mobilizados para fazer frente a isso”, reforça Cláudio Luis.

Outros números – O banco teve uma rentabilidade de 10,4% ao ano no primeiro semestre. O resultado estrutural, que representa a performance antes das despesas com provisões e tributos, cresceu 10,8% na comparação com o mesmo período de 2015.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil apresentou decréscimo de 1,2% em 12 meses, influenciada pela queda da carteira do segmento empresarial.

A carteira de pessoa jurídica alcançou R$ 327,6 bilhões em junho de 2016, decréscimo de 5,4% em 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento decresceram 8,7%, reflexo principalmente do desempenho da economia doméstica. As operações de crédito com micro e pequenas empresas atingiram R$ 81,2 bilhões em junho, queda de 13,7% em 12 meses.

Já no segmento de pessoas físicas houve crescimento de 20,9% no mesmo período, alcançando saldo de R$ 39,7 bilhões em junho de 2016.

O crédito imobiliário total atingiu R$ 51,6 bi no fim do primeiro semestre, expansão de 17,1% em 12 meses.

A carteira de crédito ampliada de agronegócio, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, cresceu 9,6% em 12 meses, influenciado pelas operações de custeio e investimento. Esse segmento representou 24,6% da carteira total do BB. O Banco do Brasil é líder no crédito ao agronegócio, com 62% de participação de mercado.

O índice de inadimplência alcançou 3,27% em junho de 2016. Excluindo-se o efeito de caso específico do segmento empresarial de óleo e gás, o índice de inadimplência foi de 2,85%.

Fenaban já está com a pauta dos bancários

Durante entrega do documento, presidenta do Sindicato destacou que setor continua um dos mais lucrativos e pode atender reivindicações da categoria; primeiras rodadas de negociação serão dias 18 e 19
São Paulo – Com lucros nas alturas, os bancos têm plenas condições de atender às reivindicações da categoria bancária. Esse foi o recado do Comando Nacional dos Bancários à federação dos bancos (Fenaban), durante a entrega da pauta da categoria, no final da manhã da terça-feira 9, na sede da Fenaban, em São Paulo. As primeiras rodadas de negociação já foram marcadas para os dias 18 e 19 e tratarão das reivindicações em geral.

A pauta, aprovada pela 18ª Conferência Nacional dos Bancários, visa a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que reúne os direitos de todos os bancários do país. A data-base é 1º de setembro.

Na mesa com os representantes dos banqueiros, a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, apresentou dados que comprovam que o setor continua sendo um dos mais lucrativos da economia, mesmo em um momento de recessão. “A consultoria Economatica avaliou 25 setores que envolvem 300 empresas de capital aberto, e desses, o setor bancário foi o mais lucrativo no primeiro trimestre do ano: 21 bancos alcançaram R$ 14,3 bilhões de lucro.”

> Bancos integram setor com maior lucratividade

Em outro estudo citado por Juvandia, a Economatica aponta que os brasileiros Bradesco, Itaú, Santander e BB ocuparam as quatro primeiras posições em crescimento do valor de mercado dentre os bancos de capital aberto da América Latina e dos EUA, no primeiro semestre de 2016.

Emprego é prioridade – Diante dos números que apontam a saúde financeira dos bancos brasileiros, a dirigente destacou outro dado: no primeiro semestre de 2016, o setor bancário extinguiu 6.785 postos de trabalho no país, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. “Emprego com certeza é uma grande preocupação dessa campanha e uma grande prioridade para bancários e bancárias”, ressaltou Juvandia, que é uma das integrantes do Comando Nacional dos Bancários.

> Bancos extinguiram 6.785 empregos no semestre

Conjuntura – A presidenta do Sindicato também destacou que a Campanha Nacional Unificada 2016 está se dando em um momento difícil para o país, de ameaça a direitos sociais e trabalhistas. “A gente tem outra grande preocupação nessa conjuntura que é a tentativa de flexibilização das leis trabalhistas, da investida contra os direitos da grande maioria da população e dos trabalhadores em especial, seja na Previdência, seja na terceirização. Isso também está na agenda da nossa campanha e não poderia ficar de fora porque não adiantaria fazer uma campanha salarial boa, se perdermos todos os avanços com a terceirização [PLC 30/2015 que tramita no Congresso] e a flexibilização da CLT [proposta pelo governo Temer].”

"Vamos defender nossos direitos e lutar contra a terceirização e qualquer tipo de retirada de direitos. Não aceitaremos nenhum direito a menos", reforçou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, o Betão, também um dos coordenadores do comando.

Juvandia lembrou ainda que o governo interino tenta jogar todo o déficit fiscal sobre os mais pobres, eximindo os mais ricos. “Existe um déficit fiscal, mas essa conta não pode ser repassada para os trabalhadores e para o segmento mais carente da população, que mais necessita do amparo das políticas públicas e de emprego.” E destacou ainda que apenas com sonegação de impostos, o Brasil perde cerca de R$ 500 bilhões por ano, segundo levantamento de procuradores da Fazenda. “Portanto, esse déficit poderia ser coberto tirando de quem tem mais e não de quem tem menos.”

"Não vamos aceitar reforma da Previdência que prejudique os trabalhadores", acrescentou a dirigente.

Campanha – É nesse contexto difícil, destacou Juvandia, que a campanha dos bancários se inicia. “Esperamos que essa conjuntura não nos impeça de fazer uma campanha tranquila e boa, que traga avanços para os trabalhadores.”

Ela também lembrou aos representantes da Fenaban que a pauta foi amplamente debatida e representa os anseios dos milhares de bancários e bancárias de todo o país.

Após a entrega, os bancários lançaram oficialmente a campanha nas ruas, com passeata pelo centro de São Paulo.

> Bancários tomam as ruas do Centro Velho

Caixa e BB – A pauta com reivindicações específicas dos empregados da Caixa foi entregue logo em seguida. A dos funcionários do Banco do Brasil será levada à direção da instituição na quinta-feira 11.

BB tem lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2015

Dieese prepara análise detalhada do balanço, a qual será divulgada em breve pela Contraf-CUT

12/11/2015
Agência Brasil
O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) atingiu R$ 3,062 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado hoje (12) pela instituição financeira. No período de janeiro a setembro, o BB registrou lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, o que representa crescimento de 43,5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.
Os ativos do banco atingiram R$ 1,6 trilhão em setembro, aumento de 10% em 12 meses e 2,7% em relação ao trimestre anterior. De acordo com o comunicado do BB, o aumento foi favorecido principalmente pela expansão da Carteira de Crédito Ampliada.
A carteira de crédito registrou aumento de 9,8%, em 12 meses, e atingiu R$ 804,6 bilhões, em setembro. No trimestre a alta foi 3,6%. O financiamento imobiliário, que registrou aumento de 34% em 12 meses e 6,4% no trimestre, foi o principal responsável pela alta.
O financiamento ao agronegócio encerrou o terceiro trimestre com saldo R$ 171,8 bilhões na carteira ampliada. O montante é 8,5% maior em relação a setembro de 2014. Destaque para o saldo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que totalizou R$ 37,9 bilhões, crescimento de 13,5% frente ao mesmo período do ano anterior. O balanço ressalta também a evolução do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), que totalizou R$ 9,1 bilhões em setembro de 2015, crescimento de 29,9% na comparação anual.
A carteira de crédito ampliada, formada por operações com clientes pessoa física, finalizou o terceiro trimestre com saldo de R$ 189,6 bilhões, crescimento de 8,1% em 12 meses. As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Crédito Imobiliário) continuam expressivas, alcançando 79,5% do total da carteira. Destaque para o crescimento de 36,8% na linha Crédito Imobiliário PF, frente ao terceiro trimestre de 2014.
O saldo de crédito concedido às empresas encerrou setembro com R$ 362,2 bilhões, 5,9% maior nos 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento, que representam 69,8% do total, obtiveram crescimento de 3,8% e 7% em 12 meses, respectivamente. Nos nove primeiros meses deste ano foi desembolsado mais de R$ 32,7 bilhões em crédito para investimentos.
O BB encerrou o trimestre com saldo de R$ 149,8 bilhões em poupança, alta de 1,7% em comparação ao segundo trimestre de 2015, reflexo de estratégias de comercialização do produto. Esta marca permitiu ao banco atingir seu melhor desempenho no ano.
Os índices de inadimplência do BB se mantiveram em patamares menores do que os observados no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ao fim de setembro de 2015, o índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,20% da carteira de crédito classificada, inferior ao patamar do SFN, que registrou 3,1%.
Dieese prepara análise do lucro, a qual será divulgada em breve pela Contraf-CUT.