Os bancários realizam nesta terça-feira, 14 de setembro, manifestações nas agências bancárias, diante do descaso dos banqueiros às reivindicações da categoria, após a terceira rodada de negociação, que estão acontecendo desde o dia de 24 de agosto; temas já negociados e negados pelos bancos como: combate ao assédio moral e as metas abusivas, emprego, saúde e as condições de trabalho dos bancários. Ante o descaso, a proteção contra as demissões imotivadas e a geração de novos postos de trabalho são importantes reivindicações dos trabalhadores para a redução das filas, a qualidade de atendimento aos clientes e a melhoria das condições de trabalho.
Os bancos continuam lucrando muito e batendo recordes. No primeiro semestre deste ano, lucraram R$ 24,7 bilhões, mas somente criaram 9.048 novos postos de trabalho, conforme a Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, com base nos dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego.
A geração de empregos vem sendo travada pela rotatividade que os bancos praticam para reduzir os custos
e turbinar os lucros. Em um ano e meio, os bancos desligaram 48.295 empregados, o que representa mais de 10% da categoria.
Muitos trabalhadores foram dispensados porque não cumpriram as metas abusivas para a venda de produtos. Outros pediram demissão porque não suportaram o assédio moral e as precárias condições de trabalho, que tem trazido estresse e adoecimento. Esse aumento da rotatividade reduziu a massa salarial da categoria, aumentando ainda mais os lucros dos bancos.
A remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses de 2010 foi 38,04% inferior à dos desligados. E as mulheres continuam recebendo salários inferiores aos dos homens nos bancos.
Esse descaso com o emprego é um desrespeito com os trabalhadores e suas famílias e revela falta de contrapartida social dos bancos no momento em que a economia brasileira está crescendo e o PIB do primeiro semestre bateu recorde de 8,9% segundo o IBGE. Em outros países, bancos que aqui desempregam agem de forma diferente, valorizando o emprego. Na Campanha Nacional dos Bancários 2010, a luta é para mudar essa realidade.
É necessário acabar com essa rotatividade e ampliar a geração de empregos. Os bancários querem proteção contra demissões imotivadas, conforme estabelece a Convenção 158 da OIT, mais contratações, melhores condições de trabalho, igualdade na remuneração, reversão das áreas terceirizadas e fim dos correspondentes bancários mediante substituição por agências e postos de atendimento, dentre outros itens. A quarta mesa de negociação será realizada nos próximos dias 15 e 16 de setembro, cujo tema é REMUNERAÇÃO. A mobilização é fundamental para pressionar os bancos, visando o atendimento das reivindicações da categoria. Além da melhoria do emprego que precisa ser assumida pelos bancos como fator de responsabilidade social; também o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e um reajuste salarial de 11% (onze por cento).
Sindicato dos Bancários de Presidente Venceslau e Região.
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