quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sindicato questiona parceria entre bancos e PM Bancos devem pagar pela própria segurança em vez de retirar efetivo para proteger a população

São Paulo - A federação dos bancos (Febraban) e o comando da Polícia Militar de São Paulo estão acertando uma nova estratégia de segurança. A idéia – de acordo com reportagem do Jornal da Tarde – foi debatida em reunião realizada na sexta-feira 13 entre oficiais da PM e representantes da Febraban.

A proposta é que policiais especializados em patrulhar as ruas façam rondas dentro dos bancos e em estacionamentos conveniados para coibir crimes como ‘saidinha’ de banco, sequestro de gerentes, roubos aos cofres e ataques aos caixas eletrônicos.

A operação passaria a valer a partir de 25 de maio, começando pela capital paulista. 

Para o Sindicato, a iniciativa é absurda e contraria a lei 7.102, que prevê que a segurança bancária deve ser feita por empresas privadas. “Vamos questionar o Ministério da Justiça sobre isso. Os bancos podem pagar pela própria segurança, não precisam retirar efetivo das ruas para cuidar das agências bancárias”, destaca o diretor executivo do Sindicato, Daniel Reis, que faz parte da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada da Polícia Federal, como representante dos bancários.

Daniel destaca que a medida rompe a linha tênue entre público e privado e configura privatização da segurança pública do estado de São Paulo. “Além disso, coloca em risco a segurança dos usuários dos bancos. Esse modelo é adotado em Medelin, na Colômbia, e Cidade do México. São cidades que visitei e onde esse sistema é questionável, inclusive pelas autoridades brasileiras”, completa.

Mesa temática – A proposta construída com a PM contraria também o que foi dito pelos representantes dos bancos na mesa temática sobre segurança bancária – que já teve duas rodadas este ano. “Eles falaram em redução de ocorrências para justificar a retirada das portas de segurança na adequação de layouts, por exemplo, no Banco do Brasil e no Itaú. “Preocupados em tornar o visual mais bonito e moderno colocam trabalhadores e clientes em risco e agora apelam para a segurança da PM. Isso é no mínimo incoerente”, ressalta a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.

Febraban – O site da federação dos bancos não informa sobre a “parceria” com a PM. Apenas fala em uma reunião realizada nesta terça-feira, com os comandantes dos batalhões, sobre a “Operação Conheça seu Comandante, um ciclo de palestras dedicado a treinar agentes bancários sobre questões de segurança e estabelecer relacionamento e troca de informações com os policiais responsáveis pelo policiamento nas áreas das agências bancárias locais”.

Cláudia Motta, com informações da Jornal da Tarde - 17/05/2011
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SINDICATO FIRMA CONVÊNIO COM - COMPLEXO EDUCACIONAL DAMÁSIO DE JESUS - UNIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE









Para fazer jus ao benefício do convênio e para mantê-lo, os alunos devem cumprir as seguintes exigências:
- Requerer por escrito a concessão do desconto; aqui no Sindicato dos Bancários de Presidente Venceslau e Região das 08:00 às 17:00 horas de segunda a sexta-feira.

Sem atendimento na Cassi, bancária oriunda da Nossa Caixa sofre AVC


Uma funcionária do Banco do Brasil viajou a Brasília para uma reunião profissional. Ao chegar às dependências do banco na capital federal, a bancária oriunda da Nossa Caixa, que tem apenas o plano de saúde do Economus, começou a passar mal e foi encaminhada ao ambulatório da Cassi para atendimento médico. Ao chegar lá, porém, a surpresa: teve seu atendimento negado.

A bancária voltou então para São Paulo e, ao chegar ao hospital, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e segue desde então internada na UTI, de onde deve sair para a realização de uma cirurgia para retirada de um coágulo.

"A insistência do Banco do Brasil em adiar a solução da cobertura do plano de saúde para quem veio da Nossa Caixa está criando uma bomba-relógio. Será que será preciso alguém morrer para que o banco acorde e resolva de uma vez por todas esse problema?", questiona a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas. 

Os bancários oriundos da Nossa Caixa que foram transferidos para Brasília têm cobertura de plano de saúde comercial (não da Cassi), mas quem viaja a trabalho ou lazer para fora do estado de São Paulo fica totalmente descoberto em caso de emergência. 

"Quando éramos funcionários da Nossa Caixa também não tínhamos a cobertura fora de São Paulo, mas éramos de um banco estadual. Agora todos somos funcionários de um banco federal, mas apenas parte desse quadro tem cobertura do plano de saúde em todo o país", aponta a dirigente sindical.

"Tem que ser no amor e na dor, é ônus e bônus", diz Raquel. "O Banco do Brasil comprou a Nossa Caixa e outros bancos estaduais, mas parece que só quer o lado bom da aquisição, só quer lucrar com as contas e carteiras, esquecendo que é preciso também dar condições dignas aos seus novos funcionários. Todos os funcionários do BB devem ter tratamento igual, não pode haver diferenciação de nenhum tipo", diz Raquel. 

O Sindicato já entrou em contato com a direção do banco, solicitando uma reunião de urgência para tratar do tema. Raquel afirma que está sendo preparada no Sindicato a campanha "Somos todos BB - saúde e previdência com qualidade para todos". 

"Vamos levar essa situação para a sociedade e fazer a denúncia. Talvez assim a direção do banco finalmente resolva esse problema que está pendente desde 2009", conclui Raquel.


Fonte: Seeb São Paulo

Integração irrita clientes do ex-Real e Santander lidera lista de reclamações

  
Crédito: AE
AE
A última fase da fusão com o Santander deixou muitos clientes do antigo Real irritados e contribuiu para que o banco espanhol chegasse à liderança de reclamações. 

Levantamento feito pelo iG com números de reclamações em São Paulo, estado com a maior quantidade de ocorrências, mostra que os registros contra o Santander este ano, até 14 de maio, subiram 58% na comparação com igual período de 2010. A instituição financeira também superou o Itaú Unibanco em número de reclamações, somando 795.

Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), programa que integra em rede as ações da Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Representa o trabalho do Coordenador do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e dos Procons integrados. 

Na mesma comparação, o Banco do Brasil é o segundo colocado, com 675 registros e aumento de 40%. Itaú Unibanco fica em terceiro lugar, com 645 reclamações, mas queda de 11,7%. Já o Bradesco é o quarto colocado entre os maiores bancos do país, com 531 registros e recuo de 5,3%.

Marcelo Zerbinatti, diretor de processos e gestão de mudanças do Santander, reconhece que o banco passou por problemas técnicos na última fase da fusão, ocorrida em fevereiro. "Quando demos início à integração dos sistemas das agências, tivemos problemas técnicos na Internet, que duraram de três a cinco dias", conta. "Esse fato acabou causando congestionamento nas linhas de Call Center."

Ele acredita que, após esse pico, o ritmo de reclamações tenha caído. "Acompanhamos hora a hora o nível de reclamações no Call Center, e ele está diminuindo", disse. De acordo com o diretor, a tendência é que o ritmo de registro de insatisfações fique num patamar menor que antes da migração.

Integração de sistemas elevou reclamações

Em 1º de novembro de 2007, um consórcio composto pelo Santander Espanha comprou quase a totalidade do capital do ABN AMRO, que controlava o Real. Em 30 de abril de 2009, o Banco Real foi incorporado pelo Santander Brasil e foi extinto como pessoa jurídica independente.

O último passo da integração aconteceu em fevereiro, quando os sistemas tecnológicos das agências foram unificados. Segundo Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo e região, apesar de o processo ter demorado três anos para ser completado, a junção tecnológica foi feita de maneira rápida demais. 

"Nós alertamos o Santander várias vezes, pedindo para que fizessem essa última transição por áreas, numa mudança paulatina, para evitar transtornos", diz. "Mas o banco decidiu fazer isso de uma vez."

Segundo ela, a fusão entre o Banco do Brasil e a Nossa Caixa também gerou muitas reclamações, em função do mesmo problema. Porém, nas uniões entre Bradesco e BCN e Itaú com Unibanco, o nível de reclamação de funcionários e clientes foi menor.

O dinheiro sumiu

Entre as reclamações que envolvem o Santander no sindicato estão erro de endereços e em saldos das contas. "Houve caso de saldo que apareceu zerado", disse Juvandia. O Banco Real era conhecido pela bandeira ligada à sustentabilidade. 

Também facilitava o acesso dos jovens ao sistema bancário, oferecendo contas aos universitários. Muitos de seus clientes continuaram fiéis, em função do tratamento que recebiam. O executivo Rodrigo era um deles. "Sempre gostei muito do Real. Para mim, era o que tinha o melhor atendimento", afirma. 

"Quando mudei de empresa, passei a receber meu salário no Itaú. Mesmo pagando taxas mensais, continuei transferindo tudo para o Real", diz o gerente comercial, que também preferiu não divulgar seu sobrenome.

Mas as coisas mudaram depois que o Real foi comprado pelo Santander. 
Rodrigo diz que teve seu cartão clonado, com a retirada de R$ 2,6 mil de sua conta. "Um problema parecido já tinha acontecido quando eu era cliente do Real, e tudo foi resolvido sem problemas", afirma. "Mas, no Santander, chegaram a sugerir que eu havia fraudado a conta e não queriam me pagar." 

A situação só se resolveu depois que Rodrigo enviou uma carta ao banco dizendo para que ficasse com o produto do roubo. Insatisfeito, o executivo fechou sua conta depois do ocorrido.

Já a secretária Mônica, que também preferiu não divulgar o sobrenome, conta que, depois da mudança de Real para Santander, os funcionários da agência onde tem conta não atendem o telefone. Ela reclama ainda da frenética troca de gerentes na agência. "Combinava tarifas e planos com um gerente para, no mês seguinte, entrar outra pessoa e começarmos tudo do zero", conta. Segundo a secretária, a dança das cadeiras continua até hoje. "Nos contatos que tenho com os funcionários, sinto que estão desmotivados."

No Twitter, os saudosistas

Casos como o de Mônica e de Rodrigo tornaram-se mais frequentes e reclamações podem ser vistas todos os dias nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, continuam sendo postadas frases saudosistas. "De um banco eficaz, pró-ativo e com pessoas com boa vontade .... o #bancoreal passou a ser um banco de má vontade. É geral!" diz Marcos Teles de Farias.

Na Proteste, entidade civil independente de Defesa do Consumidor, semelhante ao Procon, as reclamações sobre o Santander dispararam. A alta foi de 580%, de cinco registros entre janeiro e abril de 2010, para 34 no mesmo período desse ano. No Banco do Brasil o aumento foi de 107%, para 27 registros; no Bradesco foi de 100%, para 26; e no Itaú ficou em 54%, para 68 reclamações.

Tatiana Viola de Queiroz, advogada da Proteste, registrou casos de penhora de salário nessa migração. "Uma pessoa entrou com reclamação pois teve 80% de seu salário penhorado pelo Santander, que alegou estar descontando dívidas atrasadas", disse. Em outra ocasião, uma conta corrente registrou um débito de R$ 3.400,00 por tarifas não pagas.

No mais novo capítulo da fase de pós-integração, sindicato e banco fizeram um acordo sobre demissões. Nessa semana, foi fechado um entendimento para a criação de um centro de realocação interno no banco. O acordo foi assegurado depois que o sindicato recebeu informações, em abril, de que, num estudo interno, o banco avaliava a possibilidade de demitir milhares de pessoas.

"Queremos um relacionamento duradouro com os clientes", diz Santander
Marcelo Zerbinatti, diretor de processos e gestão de mudanças do Santander, disse que fica preocupado ao ouvir reclamações sobre má vontade no atendimento do banco. "A orientação é atender a todos da melhor maneira possível. Não queremos fazer negócios com os correntistas que durem apenas uma semana, 15 dias. Queremos um relacionamento de ganha-ganha."

O executivo afirmou que é difícil discutir cada reclamação feita na reportagem, por não ter o histórico dos clientes. Ele disse, entretanto, que a troca freqüente de gerentes não é praxe. "Na migração, orientamos as agências a manter clientes ligados aos antigos gerentes, para evitar problemas."

Ele também afirma que as agências são orientadas a atender os correntistas o mais rapidamente possível e, quando isso não é possível, retornar. "O cliente pode estar ligando em horário de pico da agência, e encontrar dificuldades. Temos estudos e projetos para melhorar nossos canais de atendimento."

No caso do saldo zerado, Zerbinatti acredita que possa ter havido um problema específico na conta do consumidor. Ele garante que, após os simulados, a migração não apontou nenhuma alteração em saldos. "O que pode acontecer é, às vezes, o cliente não entender o novo extrato, e nossa equipe não ter sanado adequadamente as dúvidas."

Erros de correspondência e clonagem

O executivo disse também que a migração de cadastros foi feita em maio de 2009. "Tínhamos canais abertos para resolver os problemas de endereço."

No episódio da clonagem de cartão, Zerbinatti afirmou que algumas ocorrências exigem um tempo maior de apuração, o que pode ter levado à insatisfação do cliente. "De qualquer maneira, a orientação é primeiro resolver o problema do correntista, e depois partir para os procedimentos de rotina."



Fonte: iG - Aline Cury Zampieri

Contraf discute condições de trabalho nas agências com Santander no dia 23

  
A Contraf-CUT, federações e sindicatos voltam a realizar uma reunião específica com o Santander para discutir as condições de trabalho nas agências na próxima segunda-feira, dia 23, das 14h às 16h30, em São Paulo. A negociação dará continuidade aos temas debatidos no dia 29 de março, sobretudo o caos provocado na vida de bancários e clientes pela mal conduzida integração tecnológica do Real no Santander.

Levantamento feito pelo site iG, com números de reclamações em São Paulo, estado com a maior quantidade de ocorrências, mostra que os registros contra o Santander este ano, até 14 de maio, subiram 58% na comparação com igual período de 2010. O banco espanhol também superou o Itaú Unibanco em número de reclamações, somando 795.

Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), programa que integra em rede as ações da Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. 

Clique aqui para ler a reportagem do iG no site da Contraf-CUT.

"Essa liderança no ranking de reclamações é resultado da barbeiragem na integração tecnológica e da carência de funcionários nas agências para melhorar o atendimento aos clientes e reduzir a sobrecarga de trabalho", destaca o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

As entidades sindicais cobram também soluções do banco para uma série de reivindicações já apresentadas pelas entidades sindicais, tais como:

- contratação de funcionários;
- fim das demissões;
- fim das metas individuais;
- fim das metas para caixas;
- fim das metas para os funcionários da área operacional;
- fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agências;
- venda responsável de produtos financeiros;
- fim do desvio de função (coordenadores fazendo trabalho de caixa);
- fim do acordo de compensação de horas extras;
- realocação dos funcionários no fechamento de centros operacionais.

Reunião da COE do Santander

Antes da reunião, às 10h, a Contraf-CUT reúne os integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, no Auditório Amarelo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, com a finalidade de preparar os debates com o banco. 


Fonte: Contraf-CUT com site iG

Bancários do Itaú protestam contra demissões e exigem garantia de emprego

  

Nesta quarta-feira, 18, os bancários do Itaú Unibanco estão mobilizados em todo o país para protestar contra as demissões que vêm ocorrendo em vários departamentos e agências do banco. As dispensas são uma prova da quebra do compromisso assumido com os trabalhadores e a sociedade de que seriam preservados os empregos no processo de fusão das duas empresas.

"Não aceitamos o processo de fechamento de postos de trabalho que o Itaú vem desenvolvendo, colocando no olho da rua trabalhadores responsáveis pelos seus lucros astronômicos que não param de crescer", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com a empresa. 

"Os presidentes dos dois bancos assumiram um compromisso público de manutenção dos empregos e cobramos que cumpram a palavra empenhada com os bancários e a sociedade", destaca Jair.

Os sindicatos estão distribuindo a edição especial do jornal da Contraf-CUT para os bancários do Itaú Unibanco. 

Clique aqui para ler o jornal da Contra-CUT.

O jornal, que também está disponível na seção de Publicações do site da Contraf-CUT, traz informações sobre a luta contra as terceirizações e pela melhoria das condições de saúde e trabalho. O material aponta ainda que a gestão organizacional é o grande problema.


Fonte: Contraf-CUT