terça-feira, 24 de setembro de 2013
Após parar tecnologia, bancários fazem passeata na Paulista nesta terça
Crédito: Seeb São Paulo

A greve nacional parou seis setores estratégicos de tecnologia dos bancos, além de outros prédios administrativos e agências em toda a base territorial do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. Nesta segunda-feira 23, quando a paralisação por tempo indeterminado completou cinco dias, a entidade calcula que 29 mil trabalhadores aderiram, em 16 centros administrativos e 632 agências.
No país, segundo dados da Contraf-CUT, a mobilização atingiu 9.015 agências e centros administrativos, crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira 20. No primeiro dia de greve, na quinta-feira 19, haviam sido fechadas 6.145 unidades. No segundo foram 7.282 dependências.
Como não houve resposta da Fenaban (federação dos bancos), a greve continua em todo o país nesta terça-feira 24, data agendada pela categoria para uma passeata na Avenida Paulista. A concentração está marcada para começar às 16h, no Masp.
"Os bancários estão de parabéns pela demonstração de força até aqui, mas é essencial que todos se empenhem ao lado do Sindicato para que a greve cresça ainda mais", afirmou a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
"Há outros setores da economia, que não lucram tanto quanto os bancos, nos quais os trabalhadores estão conquistando aumento real. A categoria bancária está deixando claro às instituições financeiras que também não sairá desta campanha sem aumento real nos salários, valorização nos pisos e verbas, PLR maior e soluções para questões de saúde e condições de trabalho", acrescenta.
Tecnologia
Os complexos de tecnologia que pararam nesta segunda foram o CTO e CA Raposo, do Itaú; Casa 2, do Santander; Cepti (antiga Rerop) e Traituba, da Caixa Federal; e Núcleo Bradesco Alphaville. Além deles, não funcionaram as concentrações São João, Verbo Divino e CSA (Bom Pastor), do Banco do Brasil; e, do Itaú, um contingenciamento na Rua Fábia.
Também aderiram empregados de agências de corredores da Avenida Conselheiro Carrão, Praça Silva Romero, bairros Ermelino Matarazzo e Guaianazes na zona leste, unidades da Lapa na zona oeste, bairro do Imirim, Casa Verde, Vila Nova Cachoeirinha e Jaçanã na zona norte.
Além disso, cruzaram os braços funcionários de unidades da Avenida Adolpho Pinheiro na zona sul, da Avenida Paulista, e dos centros da capital e de Osasco.
Assembleia
O Sindicato ainda realizou assembleia na Quadra dos Bancários, na qual foi avaliado o movimento em São Paulo, Osasco e região. A próxima ocorrerá nesta quinta-feira 26, às 17h, também na Quadra. Leve o crachá do banco ou holerite acompanhado de documento com foto para se credenciar.
Comando de Greve
Integrado por dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, da Contraf-CUT, cipeiros, delegados sindicais da Caixa e do Banco do Brasil, o Comando de Greve volta a se reunir na quarta-feira 25, às 17h, no Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro).
Outros bancários que queiram ajudar a organizar o movimento, também podem participar.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
Justiça nega interdito proibitório e desmonta ameaça da direção do BB
Crédito: Seeb Curitiba

"Ora, não é o banco quem vai trabalhar ou acessar serviços, mas são as pessoas! A posse não está e nunca esteve ameaçada", destacou Gusmão. Ele ainda reafirmou o direito de greve dos bancários ao dizer que "entender de modo diverso é provocar a destruição ou esvaziamento do conteúdo do próprio direito fundamental ao exercício de greve que possui, como corolário, o efeito de causar prejuízo ao empregador e, por consequência, afetar sua atividade econômica", enfatizou o juiz.
Clique aqui para ler a íntegra da decisão do juiz.
A decisão judicial desmonta um dos argumentos do banco, que vem ameaçando os funcionários desde o início da greve. No boletim publicado no site de negociação coletiva do BB, no dia 19, primeiro dia da greve nacional dos bancários, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Neri, afirmou que "o interdito proibitório é o instrumento legal que, nessa hipótese, visa garantir o direito de acesso à Empresa para aqueles funcionários que, legitimamente, não concordem com uma paralisação".
Para a Contraf-CUT, o posicionamento do juiz comprova o quanto o BB está errado em persistir com práticas antissindicais e em recorrer a essa manobra jurídica, que vem sendo cada vez mais recusada pela Justiça do Trabalho.
"O BB faz coro com os banqueiros ao intimidar os funcionários em relação ao exercício do seu legítimo direito de greve, em vez de negociar seriamente a pauta de reivindicações específicas, que busca melhorar as condições de trabalho e garantir respeito e valorização profissional", ressalta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba
Greve entra na segunda semana ainda mais forte e paralisa 9.015 agências
Crédito: Seeb Rio de Janeiro

Diante do silêncio dos bancos, a greve nacional dos bancários entrou na segunda semana ainda mais forte, e continua crescendo em todo o território nacional. Nesta segunda-feira 23, quinto dia do movimento, as paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira 20.
As informações foram enviadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na quinta-feira 19, haviam sido fechadas 6.145 unidades. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.282 dependências, um salto de 18,5%.
"Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Os bancos são o setor mais rentável da economia brasileira graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre. Mais de 84% das categorias que fecharam acordo este ano conquistaram reajustes acima da inflação, mesmo nos segmentos com menor rentabilidade. Os bancários não sairão dessa greve sem aumento real de salário, valorização do piso e melhores condições de trabalho", adverte Carlos Cordeiro.
Confira aqui o aumento da produtividade dos bancários.
Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.
As principais reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Contraf-CUT
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