sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CAMPANHA SALARIAL 2011: Sem nova contraproposta


Nesta sexta-feira (30/09), não houve nenhuma contraproposta por parte da FENABAN, além dos 8% oferecidos no dia 23 do corrente. Por isto, devemos intensificar, fortalecer e ampliar a mobilização dos bancários em toda a base sindical. 
As ações de mobilização em todo o território nacional tem demonstrado a união e a força da nossa categoria. É importante seguirmos com as assembleias abertas para que todos fiquem bem informados. 
REUNIREMOS ÀS 08 HORAS DA MANHÃ NA SEDE DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS, DIA 03.10.2011. COMPAREÇAM!!!

Itaú fecha hoje compra da unidade chilena do HSBC


O Itaú Unibanco está fechando a compra da unidade chilena de varejo do HSBC, banco que está revendo seu portfólio no mundo inteiro. Ambas as instituições devem comunicar a transação ao mercado hoje de manhã, segundo o Valor apurou.
Ontem, procurados pela reportagem, os bancos informaram que não comentariam o assunto.
Apesar de ser um negócio pequeno, já que o braço varejista do HSBC no Chile soma apenas US$ 20 milhões em ativos e quatro agências bancárias, a operação mostra o apetite dos bancos brasileiros em expandir suas atividades no exterior, principalmente na América Latina.
Em diversas partes do mundo, o HSBC está se desfazendo das operações de varejo, como já ocorreu na Rússia, na Polônia e em alguns pontos dos Estados Unidos. O objetivo é se concentrar principalmente nas atividades voltadas para o atendimento a empresas das mais variadas.
Na semana passada, em entrevista ao Valor, Stuart Gulliver, presidente mundial do HSBC, afirmou que também poderá rever alguns ativos no Brasil, entre eles a Losango.
O objetivo do banco é se concentrar nas atividades mais rentáveis e nas quais já tenha atingido escala. Por isso o varejo no Chile, cujas atividades começaram em abril do ano passado, deixou de ser uma prioridade. Em apresentação recente a investidores, o HSBC destacou que, na América Latina, seus maiores interesses estão no Brasil, no México e na Argentina.
Enquanto os bancos europeus e americanos estão revendo sua atuação mundo afora para resolver problemas domésticos, os brasileiros estão aproveitando algumas oportunidades que surgem para se internacionalizar e crescer.
O Itaú já está no Chile desde 2006, quando comprou as operações do BankBoston, mas vem intensificando recentemente sua presença no país. No mês passado, a instituição anunciou a criação de uma nova empresa no Chile com a Munita, Cruzat & Claro (MCC), líder em gestão de fortunas no país, com US$ 2 bilhões de ativos.
Na época, em entrevista ao Valor, João Medeiros, diretor de private banking do Itaú, afirmou que a instituição estava interessada em oferecer produtos brasileiros para os chilenos. Agora, com a aquisição da divisão de clientes de alta renda do HSBC no Chile, o Itaú reforça sua carteiras de clientes endinheirados.
O Chile também atraiu recentemente o interesse do BTG Pactual, que assinou um memorando de entendimentos para comprar a corretora Celfin por cerca de US$ 600 milhões, valor que será em sua maior parte pago com ações do banco brasileiro.
Com a Celfin, o banco controlado por André Esteves já ganharia uma posição de liderança em corretagem, fusões e aquisições e gestão de recursos e fortunas no Chile e no Peru, além de uma porta de entrada para a Colômbia, onde a empresa inicia operações.
Jornais colombianos também têm noticiado o interesse de bancos brasileiros em instituições no país. O BTG teria como alvo a Correval, segunda maior corretora da Colômbia, e o Itaú estaria negociando com o banco Colpatria. Ambas as instituições brasileiras, porém, negam rumores.
Também de olho no crescente fluxo de negócios entre a América Latina e a China, o BTG está investindo cerca de US$ 100 milhões na Citic Securities, maior corretora chinesa por valor de mercado.
É uma transação que deve evoluir para uma participação acionária cruzada entre as duas instituições para selar o interesse de ambas de fazer negócios juntas entre companhias latino-americanas e chinesas.
O BTG e o Citic avaliam que hoje os negócios entre Brasil e China está ficando concentrado nas mãos de instituições americanas e europeias, abrindo espaço para a aliança entre os bancos de países emergentes.
Fonte: Valor Econômico

Bancários param 7.672 agências no terceiro dia da greve nacional


A greve nacional dos bancários seguiu crescendo em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), ao paralisar 7.672 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O número representa um aumento de 1.424 unidades fechadas a mais do que ontem. Em relação à terça-feira, primeiro dia do movimento, são 3.481 unidades a mais.

O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (3).

"O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve, que caminha para ser uma das maiores dos últimos anos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o país. Mantemos a disposição para o diálogo para construirmos uma convenção coletiva com avanços econômicos e sociais para a categoria. A retomada das negociações depende dos bancos e do governo", sustenta.

Carlos Cordeiro destaca a reivindicação dos trabalhadores pela geração de mais empregos pelos bancos. "Queremos mais contratações para melhorar o atendimento aos clientes, reduzir as filas intermináveis nas agências e garantir condições dignas de trabalho aos bancários, que estão estressados com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas, impostas pelos banqueiros", diz o presidente da Contraf-CUT. "Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, diante dos lucros gigantescos que vêm acumulando", sustenta.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Solidariedade 

Os bancários estão realizando em várias capitais passeatas e atos conjuntos com os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias. "Estamos realizando atividades de esclarecimento da população e mobilização dos trabalhadores. A intransigência dos patrões e do governo tem aumentado a união e solidariedade entre as duas categorias na luta por melhores condições de vida", sustenta Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-