segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE AGOSTO DE 2011


 O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Presidente Venceslau e Região, através de sua Diretoria parabeniza a todos por esta data festiva.

Dia
Associado
Agência/Banco
Cidade
02
Paulo Sergio Pereira da Fonte
Caixa Econômica Federal
Santo Anastácio
04
João Israel Mônico de Novaes
Banco Itaú Unibanco – R. Campos Sales
Presidente Venceslau
07
Wilson Roberto Corral Ozores
Banco Santander
Santo Anastácio
09
Maria de Lourdes C. Benedecte
Banco do Brasil – R. Osvaldo Cruz
Santo Anastácio
12
Álvaro Cesar Nonato Marques
Banco do Brasil
Marabá Paulista
14
Mario Martins de Labio
Caixa Econômica Federal
Presidente Epitácio
16
Kennedy Yukishigue Hara
Banco Santander
Presidente Venceslau
20
Jaime Bordão Junior
Banco Bradesco
Presidente Venceslau
22
José Carlos Chrisostomo
Banco Santander
Caiua
31
Lucilene Cristina Gervazoni Silva
Banco Bradesco
Santo Anastácio
31
Carlos Henrique Sanches
Banco do Brasil
Piquerobi

OBS. OS ASSOCIADOS ANIVERSARIANTES DESTE MÊS, QUE NÃO CONSTARAM NESTA RELAÇÃO, FAVOR ATUALIZAR O CADASTRO JUNTO A ESTE SINDICATO, FONE: 018-3271-3600, FAX: 018-3271-5950 OU E-MAIL: seebpv@terra.com.br

Bancária receberá por intervalo não concedido em jornada superior a seis horas

Quando o trabalho contínuo ultrapassa seis horas, o empregador deve conceder ao empregado um intervalo para repouso ou alimentação de, no mínimo, uma hora, conforme o artigo 71 da CLT. Por isso, como o Banco Nossa Caixa concedeu apenas 15 minutos de intervalo a ex-empregada com jornada de trabalho de seis horas e ampliação até oito horas, a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa ao pagamento de todo o período, ou seja, uma hora, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal.

A bancária recorreu ao TST depois que o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) reformara a sentença de origem para autorizar o pagamento equivalente a 45 minutos - a diferença entre a previsão legal de uma hora e os 15 minutos efetivamente concedidos. Embora tenha reconhecido que a bancária usufruíra somente 15 minutos de intervalo, o TRT entendeu também que a legislação (artigo
71, parágrafo 4º, da CLT) determina o pagamento do tempo suprimido, e não do período integral.

Mas, ao analisar o recurso de revista, o ministro José Roberto Freire Pimenta deu razão à empregada. O relator esclareceu que a jurisprudência do TST dirimiu a questão ao editar a Orientação Jurisprudencial nº 307 da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais e estabelecer que é devido o pagamento do intervalo intrajornada correspondente a todo o período (uma hora) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho em caso de concessão parcial do intervalo ou supressão.

Desse modo, o relator condenou o Banco Nossa Caixa (sucedido pelo Banco do Brasil) a pagar por todo o período de uma hora de intervalo como hora extra, e não apenas os quarenta e cinco minutos que faltavam para completar esse tempo. A decisão da Turma foi unânime.
São Paulo - Está definida a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional Unificada 2011. Delegados eleitos por empregados de bancos públicos e privados de todo Brasil debateram entre os dias 29 e 31 de julho, na 13ª Conferência Nacional, os itens que serão negociados este ano. A pauta deve ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto.

> Fotos: galeria com imagens dos três dias de conferência
> Vídeos: todas as reportagens feitas pela TVB

A categoria bancária quer reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500; valorização do piso; aumentos nos vales refeição e alimentação. Os bancários querem, ainda, plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas e do assédio moral – para ter melhores condições de trabalho –, além de mais segurança e empregos.

“Foram três dias de amplo e democrático debate para que a nossa pauta reflita a vontade e as necessidades dos bancários de todo o Brasil. Agora, começamos nossa campanha e a luta para arrancar dos bancos aumento real de salários, participação maior nos lucros, valorização do piso e condições muito melhores de trabalho, com o fim do assédio moral e das metas abusivas. E os bancos, setor mais rentável do país, têm total condição de atender a todas as nossas reivindicações”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Nós bancários saímos da nossa Conferência unidos e mobilizados para fazer mais uma campanha vitoriosa”, destaca a dirigente, lembrando que a categoria mantêm há 18 anos uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que vale para os mais de 484 mil empregados de bancos em qualquer cidade do Brasil.

> Vídeo: entrevista de Juvandia e Raquel Kacelnikas sobre a conferência
> Vídeo: entrevista com Daniel Reis sobre a pauta de segurança

Inclusão bancária – Os delegados reunidos na Conferência Nacional querem a inclusão bancária, para que todos tenham direito a atendimento de qualidade feito por bancários em agências e postos de atendimento, independentemente da região do país. Quase 40% dos cidadãos ainda não têm acesso a contas-correntes no Brasil. O objetivo da categoria é acabar com esse quadro e com a precarização do trabalho bancário, feita por meio do uso dos correspondentes. Além disso, garantir a proteção ao sigilo e a aplicação do plano de segurança para funcionamento das agências.

Assim, a categoria definiu apoio ao Projeto de Decreto Legislativo do deputado Ricardo Berzoni (PT-SP), pela revogação das resoluções do Banco Central que ampliaram as possibilidades de atuação dos correspondentes bancários.

> "BC funciona como sindicato de banqueiros", diz Berzoini
> Vídeo: Juvandia convoca para audiência do dia 16 sobre correspondentes

Venda responsável – Junto com a pauta de reivindicações, os bancários entregarão à Fenaban a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros. O objetivo é que os banqueiros assinem o documento – elaborado pela Uni Finanças, ligada à UNI Sindicato Global – e se comprometam com a venda ética de produtos e o cumprimento de seu papel social.

> Vídeo: Rita Berlofa fala sobre a venda responsável de produtos


Confira os principais itens da pauta de reivindicação
Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)
PLR
três salários mais R$ 4.500
Piso
Salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51)
Vales Alimentação e Refeição
Salário Mínimo Nacional (R$ 545)
PCCS
Para todos os bancários
Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós
Emprego
Ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT
Outras
Cumprimento da jornada de 6 horas;
Fim das metas abusivas;
Fim do assédio moral e da violência organizacional;
Mais segurança nas agências e departamento;
Previdência complementar para todos os trabalhadores;
Contratação da remuneração total;
Igualdade de oportunidades


Redação - 31/07/2011
Seeb São Paulo

HSBC tem lucro acima do esperado, mas corta 30 mil empregos

O HSBC eliminará 30 mil empregos, enquanto se retira de países onde está enfrentando dificuldades para competir, afirmou o maior banco da Europa nesta segunda-feira, após apresentar um surpreendente aumento no lucro do primeiro semestre.
A instituição teve lucro antes de impostos de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho, acima dos US$ 11,1 bilhões apurados um ano antes e melhor que a média das estimativas de analistas, de US$ 10,9 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
O HSBC também informou que cortou 5.000 empregos em meio à reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Oriente Médio, e que eliminará outros 25 mil postos até 2013.
"Haverá mais cortes de empregos", disse o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver, em teleconferência. "Será algo em torno de 25 mil vagas eliminadas entre agora e o final de 2013."
Os cortes equivalem a quase 10% do quadro de funcionários do HSBC e integram o programa de redução de custos da instituição, que planeja focar suas operações na Ásia.
"É um número grande (de cortes de empregos), mas faz sentido porque os custos do HSBC são razoavelmente altos", disse Daniel Tabbush, analista da CLSA em Bangkok.
No domingo, o HSBC anunciou que venderá 195 agências nos EUA ao First Niagara Financial por cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro, além de fechar outras 13 das 470 filiais que possui naquele país.
O banco também planeja vender o portfólio de cartão de crédito nos EUA, que soma mais de 30 bilhões de dólares em ativos, como forma de levantar capital. Capital One Financial e Wells Fargo estariam entre os possíveis compradores, segundo fontes. O Barclays também pode estar entre os interessados.

Bancários definem reivindicações para combater insegurança nos bancos


Crédito: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários
Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos BancáriosGrupo cobrou melhores condições de segurança nas unidades bancárias

Rede de Comunicação dos Bancários
Jammal Makhoul

A melhoria da assistência médica e psicológica aos bancários vítimas da insegurança nos bancos deverá ser uma das prioridades da categoria na Campanha Nacional que está começando. O assunto foi debatido profundamente neste sábado, dia 30, pelo grupo de trabalho que discutiu as reivindicações dos bancários sobre segurança, no segundo dia da 13ª Conferência Nacional, em São Paulo. A pauta final será fechada neste domingo.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, as discussões no grupo de trabalho foram altamente qualificadas e serviram para atualizar por consenso a pauta de reivindicações. "A falta de segurança nos bancos é um tema que os bancários têm discutido há anos. Esse problema já deveria ter sido resolvido faz tempo, se não fosse o descaso dos bancos", comenta Ademir.

A categoria também vai reivindicar que as instituições financeiras instalem mais equipamentos de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões. "Com lucros acima de R$ 12 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano, os bancos têm recursos de sobra para colocar portas de segurança em todas as agências e antes do autoatendimento, além da implantação de mais câmeras de filmagem internas e externas e vidros blindados nas fachadas", diz Ademir.

Os bancários reafirmaram a proposta de instalação das portas individualizadas de segurança antes do autoatendimento, com pequeno recuo em relação à calçada para colocação de um guarda-volumes para evitar qualquer constrangimento aos clientes. "Queremos segurança em todos os espaços das agências, começando pelo autoatendimento, onde ocorrem cerca de 31% das operações dos clientes", destaca o diretor da Contraf-CUT.

Outra reivindicação importante dos bancários é o adicional de risco de morte no valor equivalente a 30% da remuneração total que o trabalhador recebe no mês. "O problema da insegurança está tão assustador que agora não estamos mais reivindicando um adicional por risco de vida, mas sim por risco de morte", salienta Ademir. Ele lembra que, no primeiro semestre deste ano, 20 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em todo país.

Os debates contaram com a participação do presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos. Ele destacou a importância da luta conjunta pela segurança. "Pesquisa nacional da CNTV e da Contraf-CUT revelou 838 ataques a bancos no primeiro semestre, sendo 537 arrombamentos e 301 assaltos, o que exige mobilização permanente dos vigilantes e bancários para mudar esta situação", afirma.

"Saidinha de banco"

O diretor executivo do Sindicato de São Paulo, Daniel Reis, destaca ainda que os bancários também estão preocupados com os crimes de "saidinha de banco". Foi reforçada a instalação de biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas. "Essa proposta já é lei estadual em São Paulo, mas não está sendo cumprida pelos bancos", afirma o autor do projeto e ex-deputado Wanderlei Siraque (PT), que acompanhou os debates para saber mais sobre os problemas de segurança da categoria.

Outra reivindicação é a instalação de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, para que os saques em dinheiro sejam feitos com privacidade. "Também foi reafirmada a necessidade de isenção das tarifas de transferência de recursos (TED, DOC e ordens de pagamento), o que, se aprovado pelos bancos, vai reduzir a circulação de dinheiro e combater a 'saidinha de banco'", explica Daniel. 

Ainda foi proposta a instalação de caixas eletrônicos somente em locais seguros. "Avaliamos que a solução não é propor o uso de tinta rosa para manchar cédulas, o que já se mostrou ineficiente, ou mesmo incenerar cédulas diante da onda de explosões, mas sim melhorar as condições de segurança para evitar o ataque das quadrilhas", destaca Ademir. Além disso, a Contraf-CUT e a CNTV já cobraram maior controle e fiscalização do Ministério do Exército no comércio de explosivos em todo Brasil.

"Agora, vamos levar todas as propostas para aprovação na plenária final deste domingo. Além disso, como forma de pressão, o grupo de segurança vai propor ao Comando Nacional a realização de um Dia Nacional de Luta por mais segurança nos bancos durante o calendário de mobilização da Campanha Nacional, em parceria com a CNTV", finaliza Ademir.

Grupo de saúde prioriza combate ao assédio moral e fim das metas abusivas

  
Crédito: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários
Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos BancáriosGrupo aprofundou debate sobre igualdade de oportunidades

Rede de Comunicação dos Bancários
Cícero Bittencourt e Júnior Barreto

Os temas de combate ao assédio moral e fim das metas abusivas tiveram destaque na discussão do grupo de Saúde e Condições de Trabalho, realizado neste sábado, 30 de julho, durante a 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Ambos os temas foram remetidos para plenária final que acontece neste domingo. Ao todo, foram aprovados 21 itens consensuais que serão referendados na plenária e deverão integrar a pauta de reivindicações.

"Os debates foram ótimos. Os participantes expuseram suas ideias com muita clareza, sendo a maior parte das propostas aprovadas por consenso", afirmou Plínio Pavão, secretário de saúde da Contraf-CUT e coordenador do grupo de Saúde e Condições de Trabalho.

Os 120 membros participantes do grupo discutiram o artigo que trata do "fim das metas abusivas", que será encaminhado para plenária final, assim como a discussão sobre o combate ao assédio moral e a violência organizacional, em especial a cláusula aditiva, assinada em janeiro deste ano que trata da prevenção de conflitos no ambiente de trabalho.

Foram debatidas questões como o reembolso de consultas médicas e do valor gasto na compra de medicamentos de uso contínuo e que os trabalhadores tenham direito de escolher em qual clínica irão realizar seus exames médicos periódicos. Além disso, vai para plenária final a proposta de elaboração de formulários para a avaliação das empresas de saúde que realizam estes exames, prevendo punição com rescisão contratual para as que forem reprovadas pelos usuários.

Outra novidade aprovada pelo grupo e que pode fazer parte da minuta deste ano é a inclusão do item de ausência remunerada para os bancários homoafetivos que firmarem a união civil estável, anteriormente concedido apenas a casais heterossexuais.

Direitos em favor das mulheres e dos aposentados também foram aprovados, como, por exemplo, o aumento do número de horas para a amamentação no caso de filhos gêmeos e a alteração da estabilidade de 24 meses para até o período da aposentadoria de funcionários que tiveram o benefício por invalidez revisto pelo INSS e retornaram ao trabalho.

Igualdade de Oportunidades

Os participantes também discutiram a igualdade de oportunidades, tema presente em todos os grupos. Todos os itens discutidos serão encaminhados para a plenária deste domingo. Foram tratadas questões como acessibilidade, promoção da igualdade de oportunidades para todos e todas, contratação, inclusão e capacitação de pessoas com deficiência.

"Promovemos um ótimo debate sobre o tema da igualdade de oportunidades e o processo das pessoas com deficiência. O assédio moral, metas abusivas e a igualdade de oportunidades são temas que atualmente muito tem chamado a atenção dos bancários", conclui Plínio.

Trabalhadores vão cobrar dos bancos compromisso com venda ética de serviços

  
Crédito: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários
Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos BancáriosDeclaração da UNI Finanças foi aprovada pelo plenário da 13ª Conferência

Rede de Comunicação dos Bancários
Nicolau Soares

A venda ética de produtos e serviços bancários e a orientação adequada aos clientes sobre as melhores opções para fazer investimentos estão entre as reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2011. Foi aprovada na 13ª Conferência Nacional cobrar dos bancos que assinem a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros, documento elaborado pela UNI Finanças, que prevê, entre outros itens, o fim das metas abusivas e a garantia de uma "cultura interna de negócios e procedimentos operacionais que conduzam à venda responsável de produtos".

A carta foi aprovada pelo Comitê Diretivo da UNI Finanças, em junho de 2010, durante reunião realizada em Copenhague, na Dinamarca. Entre os pontos com os quais os trabalhadores querem que os bancos se comprometam, estão a garantia de que os sistemas de incentivo para os empregados "sejam realistas, justos e transparentes; baseados em objetivos sustentáveis e de longo prazo; e não prejudiquem os empregados". Além disso, os trabalhadores querem garantia de que os produtos financeiros sejam adequados para as necessidades dos consumidores.

"Os bancários querem acabar com as pressões que sofrem nos bancos, com remuneração vinculada a metas abusivas e assédio moral, para vender a qualquer custo", afirma Carlos Cordeiro, presidente da UNI Américas Finanças e da Contraf-CUT. "Queremos oferecer aos clientes um atendimento ético, esclarecendo as pessoas sobre os serviços, taxas de juros e tarifas de forma clara e transparente, e garantir que esses serviços atendam de fato às necessidades de cada cliente. Queremos acabar com procedimentos como a venda casada, que os bancos pressionam os trabalhadores a realizar", conclui.

O texto também cobra o fim das metas abusivas de produção, com o compromisso de que os objetivos, quando existirem, sejam razoáveis, alcançáveis e tenham remuneração determinada em negociações com as entidades sindicais. No mesmo sentido, os bancários reivindicam o fim do clima acirrado de competição e o estabelecimento de uma "cultura gerencial baseada na confiança, motivação e trabalho em equipe, sem controle abusivo e pressão sobre as vendas e sem ranqueamento individual de performance."

A UNI Finanças é o braço para o setor financeiro da UNI Sindicato Global, entidade internacional à qual a Contraf-CUT é filiada.

Bancários querem aumento real de 5%, PLR e piso maiores e emprego decente

  
Crédito: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários
Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos BancáriosOs 695 delegados aprovam a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2011

Rede de Comunicação dos Bancários
Os 695 delegados e observadores de todo o país aprovaram na plenária final da 13ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada neste domingo 31 em São Paulo, a pauta de reivindicações da Campanha de 2011, que inclui 5% de aumento real, emprego decente, PLR equivalente a três salários mais R$ 4.500 fixos, piso da categoria igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.293,31 em maio) e combate às metas abusivas e ao assédio moral. Também definiram apoio total ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que revoga as resoluções do Banco Central que ampliaram o escopo de atuação dos correspondentes bancários, bem como reivindicar do governo a convocação de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro. Decidiram ainda intensificar a campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços financeiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profissionais bancários de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário. A 13ª Conferência, que começou na sexta-feira 29, foi o ponto culminante de um processo de discussão democrática com a categoria em todo o país, que passou por assembleias, consultas dos sindicatos junto às suas bases, pesquisa nacional, encontros estaduais e conferências regionais.'Queremos emprego e remuneração decente'"Estamos iniciando uma grande campanha nacional pelo emprego decente, contra a violência do assédio moral e contra a pressão pelo cumprimento de metas abusivas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Exigimos ainda aumento do número de bancários nas agências e remuneração decente. Altos executivos ganham até 400 vezes mais do que o salário do bancário. Precisamos acabar com essa indecência."Carlos Cordeiro também considera importante a carta, aprovada por unanimidade pela Conferência, que será enviada à presidenta Dilma Rousseff, pedindo a ratificação da Convenção 158 da OIT, que dificulta a demissão injustificada. "Queremos emprego com estabilidade, com segurança. Vamos denunciar a rotatividade promovida pelos bancos, como forma de aumentar a rentabilidade. Desde já estamos conclamando todos os bancários do país a fazer uma grande mobilização nacional para que tenhamos a melhor Campanha Nacional que já fizemos", acrescenta o presidente da Contraf-CUT. Em relação ao sistema financeiro, Carlos Cordeiro avalia como fundamental a decisão aprovada pela 13ª Conferência Nacional de fazer "uma grande mobilização, levando o debate para toda a sociedade sobre o papel dos bancos no desenvolvimento econômico do país. Precisamos de um outro sistema financeiro".Fortalecimento da unidade"Como em anos anteriores, o formato de debates realizados pelas federações e sindicatos por todo o Brasil, que envolveram milhares de trabalhadores bancários, fez com que a conferência fosse coroada de êxito, uma vez que refletiu um pensamento que foi sendo cristalizado através de um debate democrático e amplo", avalia Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT. "O resultado da conferência é o fortalecimento da unidade e a reafirmação do desejo de vitórias e conquistas dos bancários de todo o Brasil."Para Marcel, além as reivindicações sobre remuneração, emprego e saúde, um item fundamental da pauta aprovada é o apoio ao PDL 214/2011, que revoga as recentes resoluções do Banco Central sobre o funcionamento dos correspondentes bancários.'Discussão feita em todos os sotaques do Brasil'"A Conferência foi um sucesso. As correntes políticas apresentaram suas propostas para os delegados do país inteiro, avaliando e escolhendo as pautas mais representativas. A pauta de reivindicações foi discutida neste domingo em todos os sotaques do Brasil", destaca o Secretário de Finanças da Contraf-CUT, Roberto von der Osten (Betão).Os delegados participaram de diversos painéis temáticos que enriqueceram a discussão da categoria. Segundo Betão, os debates sobre emprego decente foram bastante intensos durante toda a Conferência. "Além disso, conseguimos encontrar os eixos que vão nortear nossa Campanha Nacional 2011", afirma o dirigente.