sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fenaban sobe proposta: 8,5% no salário, 9% no piso e 12,2% no vale-refeição

  
Na nona rodada de negociação da Campanha 2014, realizada nesta sexta-feira 3 em São Paulo no quarto dia da greve nacional da categoria, a Fenaban apresentou uma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários, que eleva o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição. O Comando está reunido neste momento para avaliar a proposta e tirar. 

Os bancos incluirão na Convenção Coletiva o compromisso de que "o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho".

Em relação aos dias parados, a Fenaban propõe compensação de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.

A proposta é a seguinte:

Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real).

Piso portaria após 90 dias - 1.252,38 (9,00% ou 2,49% de aumento real).

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.796,45 (2,49% acima da inflação).

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,76 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando reajuste de 8,37% e 2,37% de aumento real).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.675,98.

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Antecipação da PLR

Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.


Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99.
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Auxílio-refeição - R$ 26,00 (R$ 572,00 ao mês), reajuste de 12,2%.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,16. 

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 358,82.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 306,96.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 139,44.

Requalificação profissional - R$ 1.227,00.

Auxílio-funeral - R$ 823,30.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 122.770,20.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 85,94.


Fonte: Contraf-CUT

Força da greve arranca nova negociação com a Fenaban nesta sexta, às 17h

 
Crédito: Seec Pernambuco

Seec PernambucoAgência do Itaú paralisada em Recife no terceiro
 dia da greve nacional

A Fenaban enviou ofício à Contraf-CUT agora de manhã, no quarto dia da greve nacional da categoria, chamando uma nova rodada de negociação com o Comado Nacional dos Bancários para hoje às 17h, em São Paulo, no hotel Macksoud Plaza. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNB também chamaram novas rodadas de negociações das reivindicações específicas para esta sexta-feira, às 18h. 

As reuniões do Comando com o BB e a Caixa serão em São Paulo, no mesmo local da reunião com a Fenaban. A negociação com o BNB será em Recife.

"É a força da greve que arrancou essa nova negociação. Esperamos que os bancos apresentem uma proposta decente aos bancários para que possamos levar às assembleias da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

As novas rodadas de negociações ocorrem no momento em que a greve nacional está crescendo em todo o país. Nesta quinta-feira 2 as paralisações atingiram 9.379 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal. Foram 1.706 novas unidades que aderiram à greve em relação à quarta-feira, um crescimento de 22,2%. Desde o primeiro dia da greve, a paralisação cresceu 42,7%. 

Veja aqui como foi a greve nacional na quinta-feira. 

(Atualizado às 10h45) 

Fonte: Contraf-CUT