sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Greve dos bancários fecha 8.951 agências no 11º dia e pressiona Fenaban

Crédito: Caetano Ribas/Seeb São Paulo
Caetano Ribas/Seeb São PauloCarlos Cordeiro e Daniel Reis durante paralisação nos callcenter do Itaú

A greve nacional dos bancários chega a seu décimo primeiro dia nesta sexta-feira (7) ainda mais forte. Os trabalhadores fecharam 8.951 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h.

"A greve segue se fortalecendo a cada dia. Os bancários estão indignados com o silêncio e a hipocrisia dos bancos. Se de um lado eles não marcam nova negociação e sequer respondem à carta enviada pela Contraf-CUT na terça-feira (4), de outro divulgam informações falsas para confundir os bancários e a sociedade ao dizer que as tratativas continuam e que estão abertos ao diálogo", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

"A culpa pela greve é dos bancos, que mesmo com um lucro altíssimo, que chegou a de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre, se recusam a negociar com o Comando Nacional e apresentar uma proposta decente com avanços econômicos e sociais", destaca Cordeiro.

A greve da categoria já é a maior nos últimos 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país. Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.

"Enquanto dão as costas para as reivindicações de seus funcionários, os bancos gastam cada vez mais com a remuneração dos altos executivos", diz Cordeiro. Segundo dados do Dieese, entre junho do ano passado e o mesmo mês de 2011 o crescimento foi de 12% em média. No Itaú Unibanco, por exemplo, os gastos com os executivos aumentaram de R$ 297,6 milhões para quase R$ 333 milhões.

"Além de ignorar as reivindicações da categoria, os bancos desrespeitam o direito constitucional de greve ao utilizar práticas antissindicais, pressionando e intimidando seus funcionários para que furem o movimento. Eles chegam a utilizar helicópteros para levar bancários para os centros administrativos", indigna-se Cordeiro. "Mesmo assim, a participação na greve continua aumentando e nesta sexta, os trabalhadores fecharam áreas de callcenter de vários bancos", completa. 

Fonte: Contraf-CUT

Itaú Unibanco transporta bancários irregularmente de helicóptero

Crédito: Caetano Ribas/Seeb São Paulo
Caetano Ribas/Seeb São PauloO uso de helicópteros pelo Itaú, para forçar seus funcionários a entrar nos locais de trabalho que estão parados pela greve, além de prática antissindical também é uma grave irregularidade. O banco não tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar pousos e decolagens do prédio do ITM, zona oeste da capital, onde funciona o Serviço de Atendimento ao Cliente da instituição financeira.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo já encaminhou denúncia contra o banco à Anac e à Defesa Civil solicitando vistoria dos órgãos competentes. "Também estamos estudando outras medidas judiciais para interromper tal irregularidade", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Pressão - Muitos bancários estão sendo obrigados a entrar nas aeronaves para para ingressar nos principais centros administrativos do banco, fechados pela greve.

Um bancário relatou, no início da semana, que somente no CAU (Centro Administrativo do Itaú Unibanco) são usados dois helicópteros levando cinco passageiros em cada. "Começam a embarcar às 7h e vão até cerca de meio-dia, num vai-e-vem constante. Duzentas pessoas vieram trabalhar assim", relatou. Outra funcionária contou que algumas funcionárias choraram e passaram mal durante o trajeto. "Foram mesmo com muito medo. Elas fizeram o vôo apavoradas e com os olhos fechados. Além disso esperaram por horas na fila para embarcar." 

O transporte custa caro: cerca de R$ 2,5 mil a hora. "Os bancos investe tempo e dinheiro para tentar atrapalhar a greve e não conseguem. Deveriam usar toda essa energia para retomar as negociações e oferecer proposta decente aos seus funcionários. Isso sim poderia encerrar a justa greve dos bancários", finaliza a presidenta do Sindicato. 

Fonte: Seeb São Paulo

Assédio no Banco do Brasil leva gerente ao enfarto

A prática do assédio moral nas dependências do Banco do Brasil levou um de seus funcionários para o hospital. O bancário, que desempenha o cargo de Gerente de Serviços da Agência Independência, sofreu um enfarto na sexta-feira, dia 30, e está internado no Moinhos de Vento, em Porto Alegre - RS.

O gerente havia ingressado na greve na terça-feira, dia 27, juntamente com o restante da categoria no Rio Grande do Sul e no Brasil. Pressionado por seus gestores para retornar ao trabalho, o bancário voltou na sexta-feira e sofreu o mau súbito.

“Será que este caso não será encaminhado para apuração do Comitê de Ética? Quantos mais terão que acontecer para que o Comitê passe a funcionar e saia, efetivamente, da inércia?”, questiona a diretora de Saúde do Sindicato dos bancários de Porto Alegre, Karen D’Avila, eleita pelos colegas do BB para representá-los no Comitê de Ética em agosto de 2010. Até a presente data a dirigente jamais foi convocada para uma reunião.

Contrariando os acordos assinados entre os bancos e os sindicatos para combater o assédio moral, verificou-se que essa prática de violência organizacional continua nos locais de trabalho. Uma pesquisa sobre clima organizacional realizada pelo Sindicato de Brasília revela que dos 428 bancários de bancos públicos e privados do DF que responderam à pesquisa, 31% afirmam sofrer assédio dos chefes e 53% dizem conhecer alguém que está nessa situação.

Se os bancos viram as costas para a situação, o bancário deve denunciar o assédio e outros tipos de violência, para que situações como essa não fiquem impunes. 

Sindicatos de todo mundo apoiam greve e cobram negociação da Fenaban

A UNI Sindicato Global e entidades sindicais de 14 países de todos os continentes manifestaram apoio à greve nacional dos bancários no Brasil e enviaram cartas à Fenaban, solicitando a retomada imediata das negociações e o atendimento das reivindicações da categoria. Na sua maioria, são sindicatos de bancários e de trabalhadores da área de serviços que, desta forma, fortalecem a solidariedade internacional e valorizam a luta dos bancários brasileiros, que é referência no cenário mundial. 


Segundo cópias recebidas pela Contraf-CUT, foram 28 mensagens vindas de países como Argentina, Chile, França, Reino Unido, Espanha, Itália, Suíça, Áustria, Finlândia, Hungria, Paquistão, Malásia e Nova Zelândia. As entidades expressam sua preocupação com o impasse, reconhecendo a legitimidade da greve por tempo indeterminado, como forma de pressão para uma solução negociada.

UNI

A UNI, entidade a qual a Contraf-CUT é filiada e representa 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo o mundo, e os sindicatos demonstram não entenderem a intransigência dos banqueiros. 

"Não entendemos a resistência do setor empresarial em cumprir as demandas apresentadas pelos trabalhadores, pois os bancos brasileiros, mesmo em um cenário de crise econômica, são donos de uma saúde financeira que se sobressai em relação a outras regiões, sendo responsáveis por remessas importantes de lucros para suas matrizes, que contribuem significativamente para garantir bons resultados, não só no Brasil, mas, sobretudo globalmente", afirma o secretário-geral do UNI, Philip Jennings. 

Na carta a UNI solicitou à Fenaban "a retomada imediata das negociações e o estabelecimento do diálogo social verdadeiro, que condiga com o momento político que vive o Brasil atualmente, marcado pelo fortalecimento da democracia, pela inclusão social, e pelo reconhecimento da importância dos sindicatos como atores sociais".

Chile

A Confederación Bancaria de Chile (CSTEBA) enviou carta, solidarizando-se com a luta dos bancários brasileiros.

"Estamos siguiendo atentamente el conflicto. Para los trabajadores bancarios de Chile, el éxito de nuestros compañeros en Brasil en sus justas demandas salariales es muy importante. Brasil es el país más grande de Sudamérica, con un movimiento sindical sólidamente organizado en la banca, por ello las victorias que Ustedes consiguen repercuten finalmente también en nuestro país", afirma o documento.

"Ante las justas demandas y reivindicaciones nuevamente la patronal se muestra indolente e intransigente, pero la fuerza y la unidad de los trabajadores se impondrán en esta lucha contra los abusos de los dueños del Capital, que se enriquecen a costa de nuestro trabajo, esfuerzo y humanidade", defende a mensagem dos chilenos.

Unidade

"Agradecemos imensamente o apoio da UNI e de todos esses sindicatos, pois são de muita importância para o fortalecimento do movimento e servem para pressionar ainda mais os bancos a retomar as negociações e apresentar uma proposta decente aos bancários. A intransigências dos banqueiros levou os trabalhadores à greve e o impasse expõe negativamente a imagem dos bancos também em nível internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças. 

Para ele, "a solidariedade é fundamental neste processo de globalização financeira em que vivemos, e prova que a luta dos trabalhadores não tem fronteiras e que devemos batalhar juntos por melhores condições de trabalho em todos os países e por um sistema financeiro a serviço do desenvolvimento econômico e social de todos os povos", conclui.

Fonte: Contraf-CUT

Veja as orientações para a greve


  • A Constituição e a Lei de Greve garantem o direito à greve.
  • A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.
  • Denuncie ao Sindicato o assédio moral e a coação dos bancos para furar a greve ou trabalhar em outro site ou por acesso remoto.
  • Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. É contra a lei de greve. Grave o registro da mensagem de celular, com hora e data e encaminhe ao Sindicato.
  • Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta dos seus colegas, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.
  • Os bancos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas pelo Sindicato.
  • Caso a polícia ou oficial de Justiça apareça, permaneça na agência sem fazer o confronto. Exija a identificação do oficial de Justiça, leia o ofício na íntegra, anote dados e comunique o coordenador e o Sindicato imediatamente.
  • Convença os colegas bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria. Convença-os a participar das manifestações em agências de outros bancos.
  • Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e população. Procure ajudar a clientela.
  • Permaneça no comitê de esclarecimento pelo menos até as 16 horas.
  • Vá às atividades, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.
Tenha sempre em mãos o telefone do Sindicato: 3271-3600 ou via e-mail: seebpv@terra.com.br. 

Em comunicado interno, direção do BB tenta desqualificar a greve e confunde funcionalismo


Qua, 05 de Outubro de 2011
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Em novo comunicado aos funcionários, encaminhado no dia 30 de setembro, a direção do Banco do Brasil voltou a confrontar de maneira ácida o movimento grevista.

No Boletim Pessoal 45 - Mensagem aos funcionários, o diretor de Relações com os Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Eduardo Leal Neri, diz que o banco reafirma sua “satisfação em ver a maioria do funcionalismo confiando no processo negocial sem conflito”, numa clara tentativa de desqualificar todo o processo negocial e a greve da categoria, que foi deflagrada justamente por falta de propostas que atendam as reivindicações dos trabalhadores.

“Se o banco realmente tinha interesse no diálogo, por que ameaçou em mesa de negociação o desconto de dias parados, num momento em que buscávamos uma contraproposta da empresa para nossa pauta?”, questiona o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo.

Outra tentativa de confundir os trabalhadores vem no texto de forma irresponsável: “Não paramos de conversar nem mesmo no final de semana. Não faltará empenho por parte do Banco do Brasil em buscar o acordo com as entidades de representação dos bancários”. “Como pode um texto escrito e disparado na sexta falar de conversas no final de semana? Com quem não parou de conversar?”, pergunta Araújo.

“É nosso dever deixar claro aos bancários que o empenho demonstrado de fato pela direção do banco, até o momento, foi o de dizer que vai excluir a cláusula que garante três ciclos avaliatórios para descomissionamento por desempenho e de negar a discussão da jornada de 6 horas e do plano de cargos comissionados, objeto sagrado e intocável da Direo”, acrescenta.

O movimento sindical espera que o banco venha realmente fazer “conversas” com os trabalhadores na mesa de negociação, apresentando suas posições definitivas sobre as nossas reivindicações. “Trabalhamos o ano inteiro para essa empresa, gerando resultados cada vez maiores, mas a diretoria do banco está interessada na subserviência ou no medo do funcionalismo, que é oprimido com as metas abusivas diariamente. Contra isso nossa resposta é ampliar a greve!”, conclui Araújo.

Leia abaixo a carta da direção do BB na íntegra:

"Colegas

A negociação segue. A representação dos bancários, a Fenaban e o Banco do Brasil estão em debate permanente no sentido de buscar o entendimento sobre algumas questões importantes, que precisam ser resolvidas antes de se apresentar uma proposta global.

Os cálculos para concluirmos os estudos e apresentarmos proposta para o acordo da PLR estão em fase de conclusão. Apesar disso, o funcionalismo sabe que um dos módulos de nossa PLR é baseado na Fenaban e, portanto, não temos como terminar nossos cálculos sem a conclusão da negociação na mesa única.

Não paramos de conversar nem mesmo no final de semana. Não faltará empenho por parte do Banco do Brasil em buscar o acordo com as entidades de representação dos bancários. Reafirmamos nossa satisfação em ver a maioria do funcionalismo confiando no processo negocial sem conflito, comparecendo pacificamente a seus locais de trabalho, certos de que chegaremos a um entendimento breve.

Carlos Eduardo Leal Neri
Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas”

Lucro dos maiores bancos supera pela 1ª vez R$ 10 bilhões

Os quatro principais bancos brasileiros - BB, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander - completaram, após os balanços do primeiro trimestre de 2011, um ciclo de dez anos de expansão e recordes, segundo estudo realizado pela Austin Rating. Em março último, Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco e Santander superaram pela primeira vez a marca simbólica de R$ 10 bilhões de lucro, representando um aumento de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Para se ter uma idéia, no primeiro trimestre de 2001 o lucro conjunto somou R$ 1,5 bilhão.
“São dez anos de performance notável”, diz Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, em nota. “Esses quatro bancos formam a elite do setor financeiro mundial em qualidade e eficiência”, continua. O lucro consolidado desse grupo de quatro bancos apresentou um ligeiro recuo apenas no primeiro trimestre de 2009, por conta da crise financeira global. “Mesmo assim, a retomada já foi forte em 2010.”
Rodrigues acrescenta que outras contas, como ativos e crédito, também apresentaram crescimento ininterrupto nestes dez anos. "O crédito já supera a casa do primeiro trilhão de reais”, afirma. Essa sucessão de recordes do setor bancário pode ser atribuída ao crescimento do crédito, puxado por um crescimento do país que foi acompanhado de aumento dos empregos e da renda, analisa o presidente da Austin. Além de terem expansão nas carteiras de crédito, os bancos também apresentaram evolução na qualidade dos empréstimos, com índices de inadimplência em declínio.
O período também foi marcado pelo fenômeno da bancarização, com o sistema financeiro ultrapassando os 120 milhões de clientes. “Nos últimos dez anos, o volume de domicílios bancários dobrou, formando um conjunto de fatores que fez os ativos evoluírem expressivamente”, diz Rpdrigues. “Hoje, os quatro grandes bancos têm R$ 2,7 trilhões, somando a Caixa Federal, já totalizam mais de R$ 3 trilhões em ativos, um número bastante relevante no contexto global.”
Ele lembra que os últimos dez anos não foram um mar de rosas para o setor financeiro. “Houve um grande estouro da bolha de crédito nos países desenvolvidos, mas os bancos brasileiros souberam superar essa turbulência graças à qualidade de gestão e ao nível de regulação e supervisão bancária do Banco Central do Brasil”, afirma.

TODOS À ASSEMBLÉIA DIA 10 (SEGUNDA-FEIRA) ÀS 08h DA MANHÃ!!

Paralisação entra no 11º dia Bancários das concentrações e agências dos principais bancos do país mantêm mobilização forte para quebrar silêncio da Fenaban


ão Paulo – Concentrações do Itaú Unibanco, HSBC, Banco do Brasil, Santander e Caixa Federal, além de agências de todos os bancos, amanheceram com as atividades paralisadas nesta sexta 7, quando a greve nacional da categoria chega ao 11º dia.

Aderiram ao movimento as concentrações do ITM, CAT e Ruas Fábia e Cláudia, do Itaú Unibanco; Telebanco do HSBC; SP1 e SP2, do Santander; complexos São João, Verbo Divino e 15 de Novembro do Banco do Brasil; Rerop, Prédio da Sé, Redea, da Caixa Federal.

Na quinta-feira 6, décimo dia da greve, 8.758 unidades foram fechadas no Brasil. Em São Paulo, Osasco e região mais de 30 mil trabalhadores pararam em 807 locais, sendo 17 grandes concentrações.

Assembleia - Como não houve novidade nem negociação marcada, não haverá assembleia nesta sexta-feira 7. A data da próxima assembleia será divulgada pela Folha Bancária e no site. O Comando de Greve reúne-se nesta sexta-feira, às 16h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413).

Quinto dia útil - Cliente, se a agência que você procura está fechada, a culpa é dos banqueiros. A paralisação foi o último recurso dos trabalhadores, após um mês e meio de negociações em que os representantes dos bancos só disseram não a necessidades importantes da categoria, que visam reduzir o alto grau de adoecimento dos bancários e melhorar o dia a dia nos locais de trabalho.

E isso tem tudo a ver com os usuários. Se, por exemplo, os bancos contratarem mais – uma das coisas que os bancários querem –, além de melhorar a rotina dos trabalhadores, essa medida pode reduzir as filas e melhorar muito a qualidade do atendimento.

Além disso, os bancários também querem o fim das metas abusivas na venda de produtos, por meio das quais os bancos ganham tanto, cobrando altas tarifas dos clientes. A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos arrecadam com essa prestação de serviços muito mais do que pagam aos seus funcionários. “Isso quer dizer que, somente com o que cobram dos clientes, os bancos poderiam ter bem mais bancários para atender mais e melhor. É isso que queremos.”

Salário – Os bancários também querem aumento real de salário. “Os bancos viram, nos primeiros seis meses deste ano, o lucro crescer 20%, mas querem pagar somente 8%, o que significa 0,56% acima da inflação”, explica Juvandia. “Eles podem pagar mais e atender às outras demandas da categoria. Por que somente os banqueiros precisam ganhar tanto? Eles devem muito à sociedade brasileira, e podem gerar mais empregos para melhorar a qualidade de atendimento e preservar a saúde de seus funcionários.”


Redação - 07/10/2011 - fonte: Seeb-SP