quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O cigarro, por Drauzio Varella.

O cigarro é o mais abjeto dos crimes já cometidos pelo capitalismo internacional. Você acha que exagero, leitor? 
Compare-o com outros grandes delitos capitalistas; a escravidão, por exemplo: quantos viveram como escravos?

E quantas crianças, mulheres e homens foram escravizados pela dependência de nicotina desde que essa praga se espalhou pelo mundo, a partir do início do século 20?
O primeiro crime foi perpetrado contra algumas centenas de milhares de pessoas; o segundo contra mais de 1 bilhão.

Na história da humanidade, jamais o interesse financeiro de meia dúzia de grupos multinacionais disseminou tantas mortes pelos cinco continentes: 5 milhões por ano – 200 mil das quais no Brasil.

Faço essas reflexões por causa de uma série que estamos levando ao ar no Fantástico, da TV Globo, com o objetivo de dar força aos que pretendem parar de fumar.
Para escolher os personagens, pedimos aos espectadores que nos enviassem vídeos explicando por que razões pediam ajuda para livrar-se do cigarro.

As cenas são dramáticas. Mulheres e homens de todas as idades que se confessam pusilânimes diante do vício, incapazes de resistir às crises de abstinência que se repetem a cada vinte minutos.

Mães e pais cheios de remorsos por continuar fumando apesar do apelo dos filhos; avós que se envergonham do exemplo deixado para os netos; doentes graves que definham a caminho da morte sem conseguir abandonar o agente causador de seus males.

Em 22 anos nas cadeias, adquiri a convicção de que a nicotina causa a mais devastadora das dependências químicas. Largar da maconha, da cocaína e até do crack é muito mais fácil: basta afastar o dependente da droga, da companhia dos usuários e dos locais de consumo.

Em contrapartida, a vontade de fumar é onipresente; mesmo sozinho, num quarto escuro, o corpo abstinente suplica por uma dose de nicotina. No antigo Carandiru, vi destrancar a porta de uma solitária, na qual um homem havia cumprido trinta dias de castigo. Com as mãos a proteger os olhos ofuscados pela luz repentina, dirigiu-se ao carcereiro que acabava de liberta-lo: “me dá um cigarro pelo amor de Deus”.

Cerca de 75% dos fumantes se tornam dependentes antes dos 18 anos; muitos o fazem aos 12 ou 13, e até antes. Somente 5% começam a fumar depois dos 25 anos. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde classifica o tabagismo no grupo de doenças pediátricas.

Conhecedores das estatísticas, os fabricantes fazem de tudo para aliciar as crianças. Quando tinham acesso irrestrito ao rádio e à TV, associavam o cigarro à liberdade, ao charme, ao sucesso profissional e à rebeldia da adolescência.

Hoje, espalham pontos de vendas junto às escolas, com os maços coloridos expostos ao lado de balas e chocolates nas padarias e das revistas infantis nas bancas de jornal.

Por que razão brigam tanto para patrocinar shows de rock e corridas de Fórmula 1? Seria simplesmente para aprimorar o gosto musical e incentivar práticas esportivas entre jovens?

Que motivos teriam para opor-se visceralmente à Anvisa, quando pretende proibi-los de acrescentar substâncias químicas que conferem ao cigarro sabores de chocolate, maçã, menta ou cerveja?

Existiria outra explicação que não de torná-lo menos repulsivo ao paladar infantil?

Qualquer tentativa de conter a epidemia de fumo através da legislação é combatida com as estratégias mais covardes por lobistas, deputados e senadores a serviço da indústria. Na contramão do que deseja a sociedade, pressionam até contra a lei que proíbe fumar em bares e restaurantes.

O que esses senhores ganham com essa conduta criminosa? Estariam apenas interessados no destino das 180 mil famílias que trabalham nas plantações ou nas doações dos fabricantes?

Nós temos o dever de impedir o crime continuado que a indústria do fumo pratica impunemente contra as crianças brasileiras. Fuma não pode ser encarado como um simples hábito adquirido na puberdade. Hábito é escovar os dentes antes de dormir ou colocar a carteira no mesmo bolso.

O cigarro deve ser tratado como o que de fato é: um dispositivo para administrar nicotina, a droga que provoca a mais torturante das dependências químicas conhecidas pelo homem.

Drauzio Varella é médico oncologista e escritor.

Artigo publicado na Folha de S. Paulo

Santander demite vítima de sequestro com 22 anos de casa em Santo André.

Sindicato do ABC está na briga pela reintegração do trabalhador para corrigir a injustiça
Bastou um descuido por parte de um bancário em não se afastar pelo INSS e ainda ter acreditado na boa-fé da administração do banco - pois fora orientado a ficar algum tempo em casa - para que, após quatro meses de ocorrido o fato, fosse dispensado. O trabalhador, que atuava na agência Parque das Nações, em Santo André, na Grande São Paulo, exercia a função de Gerente de Atendimento.

No dia 20 de julho, ele foi vítima de sequestro e extorsão, ficando em cárcere privado, numa ação criminosa que envolveu e ameaçou toda a sua família. A quadrilha de assaltantes, especializada em sequestro de bancários, caiu nas mãos da polícia e foi desmantelada e presa há alguns dias, conforme a imprensa divulgou recentemente.

Para o secretário-geral do Sindicato e funcionário do Santander, Eric Nilson, o banco agiu de forma desumana com o funcionário e sua família. "São 22 anos de compromisso com a empresa, que foram reduzidos a um simples até logo e passar bem", indigna-se.

"Já estamos na briga pela reintegração do colega e pelo reparo dessa injustiça", informa o diretor Ageu Ribeiro, que junto com o também diretor Orlando Puccetti Jr, cuidam do caso no Sindicato.

A direção do Sindicato, num primeiro contato com o banco, não obteve nenhum sinal positivo para uma possível reintegração. O bancário está se tratando com médicos especializados para este tipo de trauma e, agora, orientado pelos diretores da entidade e com assessoria jurídica, inclusive.

"Estamos juntando material para mostrar que ele estava inapto para o trabalho pela falta de condições físicas e psicológicas", esclarece Orlando. "O Santander precisa reconhecer isso e temos como provar", assegura o dirigente sindical, que coordena o departamento jurídico da entidade.

Santander é o preferido da bandidagem

Se o Santander fosse demitir todos os funcionários que passaram pelo trauma de roubo, assalto ou sequestro, teria que fechar as portas de grande parte das agências por falta, obviamente, de gente para atender.

No dia último dia 7, ladrões se aproveitaram de um descuido na segurança e invadiram a agência Mauá. Os bandidos usavam roupas da própria empresa que faz a segurança.

Na sexta, dia 11, após às 16h, quatro homens praticaram novo assalto, rendendo os vigilantes e permanecendo cerca de 40 minutos no local. O curioso é que o assalto ocorreu na mesma agência Parque das Nações, onde estava lotado o bancário demitido. Nas duas ocorrências felizmente não houve violência física.

"Restaram traumas que, a exemplo do que constatamos aqui, precisam ser tratadas e reconhecidas efetivamente pelo banco", diz Eric Nilson. "Hoje, quando há uma ocorrência, a vítima, além de temer pela própria vida, também teme pelo risco de perder o emprego", finaliza.

Seeb ABC

Violência: família de gerente do Santander é feita refém por 14h em Indaiatuba

Sequestro ocorreu na região de Campinas entre terça e quarta-feira . Ninguém ainda foi preso.
A família de uma gerente de agência do Santander de Indaiatuba foi mantida refém por 14h entre terça-feira 22 e quarta-feira 23 por bandidos que tinham como alvo o cofre do banco. Os criminosos pediram resgate de R$ 600 mil reais.

Três homens armados abordaram o marido de Célia Regina Castilho Smanioto, de 36 anos, na garagem da casa da família, quando ele chegava no local. Dois filhos do casal, a irmã e o cunhado da gerente, também foram mantidos reféns durante a noite.

Na manhã de quarta-feira, a família foi levada por outros três homens para um canavial de uma fazenda no limite entre Indaiatuba e Salto. A gerente foi chantageada e obrigada a trabalhar normalmente até o início da tarde, quando conseguiu reunir R$ 593 mil dos caixas eletrônicos e do cofre da agência.

O dinheiro foi entregue aos sequestrados no canavial onde a família estava. Os criminosos ainda levaram R$ 230 reais de Célia Smanioto, o carro da vítima, um óculos de sol e relógios de pulso.

Ninguém ficou ferido durante o sequestro. As vítimas foram liberadas às 14h de quarta-feira. A quadrilha fugiu levando o dinheiro no carro do casal. Até a manhã da quinta-feira 24, ninguém havia sido preso.

A assessoria de imprensa do banco informou que lamenta o ocorrido e que já está colaborando com a polícia nas investigações.


EPTV.com

PORQUE CRIAR DIFICULDADES?

A vida do bancário esta cada dia pior ou como queiram os conservadores, mais difícil.
Estamos sacrificados pelo excesso de trabalho, pela cobrança sem fim das metas abusivas e quando menos se espera “TRABALHO AO SÁBADO”?!
Temos individualmente um contrato de trabalho assinado com o patrão onde reza a jornada de trabalho diária, de 2ª a 6ª feira entre oito e dezoito horas. Sábado e domingo são computados como descanso semanal.
Seguindo este roteiro já estamos desgastados o suficiente para chegar em casa chutando o cachorro e nervosos o bastante para criar atritos irreparáveis com os familiares.
Não precisamos de mais este agravante para detonar de vez com nossa já debilitada saúde.
As denuncias são importantes, pois não temos condição de saber tudo o que acontece entre quatro paredes dentro das empresas. Vamos buscar solução para mais esta agressão corporal e psicológica contra o trabalhador do Banco do Brasil.

CASAS LOTÉRICAS, BANCOS E AGÊNCIAS DE VIAGEM CHEGAM ÀS ALAS NOBRES.

Em 1999, quando a CVC abriu sua primeira loja no Shopping Plaza Sul, na capital paulista, encontrou espaço em uma minguada alameda de serviços, ao lado de um caixa eletrônico e um pet shop. Pouco mais de uma década depois, a agência ganhou os corredores mais nobres dos principais shoppings centers do país, nos quais instalou 297 das suas 712 lojas. "A diferença é que a oferta de serviços passou a ser olhada de uma forma diferente na composição do mix dos shoppings e os próprios operadores entenderam que era preciso adaptar seus negócios ao perfil de cada mall", afirma Roberto Vertemati, 39 anos, diretor de expansão da CVC. "Nós transformamos o jeito de vender pacotes de viagens, as ofertas compõem a vitrine da loja, convidando o cliente a entrar."
Outro ponto destacado pelo executivo é que 70% das decisões de compra de viagens para a família é das mulheres, as principais frequentadoras de shoppings pela segurança, conveniência e maior facilidade de estacionamento. "Era essencial estar presentes onde elas gostam de circular, com uma maior flexibilidade de horários, facilitando a vida de quem trabalha fora", diz Vertemati. Os resultados foram tão positivos que hoje a CVC planeja sua expansão na cadência da abertura dos novos centros comerciais em cidades de médio porte no interior do país.
Assim como as agências de viagem, muitos prestadores de serviço encontraram nos shopping centers um canal de expansão. De lavanderia a agência dos Correios, passando por sapataria, ateliê de costura, conserto de computadores, salão de beleza, agências de viagem e até financeiras fazem parte do grupo de lojistas. Atualmente, o segmento de serviços ocupa em média 4% da Área Bruta Locável (ABL).
"Assim como o mix do varejo de produtos, o conjunto de serviços também deve ser determinado com base em pesquisas de oferta e demanda na região e em seu em torno", afirma Luiz Goes, sócio-senior da consultoria GS&MD-Gouveia de Souza. "A expansão dessas ofertas é decorrente da mudança de comportamento dos consumidores, inclusive os da nova classe média, que buscam a facilidade de resolver a vida em um único endereço, com estacionamento, segurança e variedade de ofertas."
Em pesquisas internas realizadas em shoppigns centers geridos pela administradora Lumine, 14% dos clientes declaram que vão aos shoppings em busca de serviços. "O Shopping Uai Céu Azul, em Belo Horizonte, teve um aumento de 40% no tráfego de pessoas com a chegada de uma lotérica na alameda de serviços", revela Weverton Luiz Jorge, diretor executivo da UAI. "Como não havia nenhuma unidade da Caixa Econômica num raio de 5 km, a lotérica funcionou como posto bancário e aumentou o movimento do shopping." Hoje, as lotéricas operam em 70% dos 419 shoppings do país.
Concentrados na maioria das vezes em uma alameda instalada em áreas menos nobres dos shoppings, os prestadores de serviço pagam aluguéis menos salgados que os demais lojistas, porém ainda considerados altos quando comparados a pontos de rua. Para os administradores de shoppings, é certo que a cada ano cresce a participação dos serviços no mix dos centros de compra. "Hoje, o que se pratica é o conceito de shopping completo, com uma ampla oferta de serviços", diz Hélcio Povoa, diretor-presidente da AD Shopping.
A percepção de que a praticidade e a demanda dos serviços é cada vez maior levou a Damha Urbanizadora a integrar aos seus projetos de condomínios de alto padrão malls com uma oferta de 14 a 22 lojas, a maioria de serviços, para atender não só os moradores, mas a região.

Fonte: Valor Econômico