quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Conheça as regras para pagamento da PLR – 

Exercício 2016 - Banco do Brasil S/A.

 

O Acordo Coletivo de Trabalho sobre Participação nos Lucros ou Resultados (2016-2017) prevê que a PLR do segundo semestre de 2016 seja paga em até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos aos acionistas, que está prevista para ocorrer no próximo dia 10 de março. Essa é a data máxima prevista no regulamento, mas o Banco fará esforço para antecipar o pagamento. 
Em conformidade com o Decreto n° 3.735, de 24/01/2001, compete ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a aprovação dos pleitos das empresas estatais, relativos aos Programas de PLR. Para o Programa de PLR, exercício de 2016, foram aprovados os seguintes indicadores:
- Retorno sobre o Patrimônio Líquido Ajustado (RSPL), com peso de 40%. Trata-se da razão entre o lucro líquido ajustado e a média aritmética do patrimônio líquido contábil de início e fechamento de exercício;
- Risco Médio de Crédito, que abrange despesas de PCLD dos últimos 12 meses, com peso de 10%. Esse novo indicador compõe o Guidance do BB e substituiu os indicadores Inadimplência PF 90 dias e PJ 90 dias;
- Placar ATB, que é a média do placar obtido no Acordo de Trabalho de todas as Unidades Estratégicas, com peso de 50%.
O valor da PLR é composto dos módulos FENABAN e BB, respeitado o critério de proporcionalidade em relação aos dias trabalhados e ao exercício de cargos no respectivo semestre de verificação de lucro líquido. O pagamento segue diretrizes e recomendações da SEST, Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, que é um órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva.
A atuação da SEST se dá sobre as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas, denominadas empresas estatais. Conforme recomendou aquela Secretaria, o escalonamento do percentual do lucro a ser distribuído pelo Banco no Programa de PLR, exercício 2016, deve seguir o grau de atingimento das metas e pesos dos citados indicadores, com base na seguinte tabela:
Cumprimento das Metas
Pagamento de PLR
% do Lucro Líquido
x >=100%
Integral
11,25%
99% <= x < 100%
99%
11,13%
98% <= x < 99%
98%
11,02%
97% <= x < 98%
97%
10,91%
96% <= x < 97%
96%
10,80%
95% <= x < 96%
95%
10,68%
90% <= x < 95%
75%
8,43%
80% <= x < 90%
50%
5,62%
x < 80%
Sem Pagamento
Sem Pagamento

A partir do resultado divulgado nesta última quinta-feira, 16, foi verificado que o Banco cumpriu 97,71% das metas, o que implica em uma distribuição de 10,91% do Lucro Líquido no Programa de PLR. Os motivos envolvem um cenário econômico desafiador, especialmente para o setor de crédito e suas margens de ganho. Cenário este que está próximo a mostrar avanços consideráveis, em um ponto de inflexão do atual ciclo recessivo. O BB, inclusive, vem adotando uma série de medidas para recompor margens e rentabilidade. Os efeitos já são percebidos no desempenho da Margem Financeira Bruta (ganho obtido nas operações de intermediação financeira), das Rendas de Tarifas e das Despesas Administrativas.
Sendo assim, a distribuição de lucros ou resultados aos funcionários do BB, referente ao exercício 2016, está mantida, na forma da lei, com os objetivos de reconhecer o esforço individual e da equipe na construção do resultado, estimular o interesse dos colegas na gestão, incentivar novos negócios, além de fortalecer a parceria entre os funcionários e o Banco.

Negociação com o Banco do Brasil conquista manutenção da gratificação de caixa por 4 meses

Caixas Executivos que foram descomissionado em 31/01 terão função mantida até final de maio

22/02/2017
Guina Ferraz
Guina Ferraz
Os funcionários do Banco do Brasil garantiram, nesta quarta-feira (22), à manutenção da gratificação da função de caixa para os funcionários que foram descomissionados em 31 de janeiro, devido processo de reestruturação, durante nova negociação entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e a direção do banco. O Banco chamou o descomissionamento de caixas de “desgratificação”. Um termo até então não usado durante o processo de negociação.
O descomissionamento ocorrido no final de janeiro será revertido e a gratificação de caixa será mantida até 31 de maio. Quem foi realocado no período após 1 de fevereiro vai ter a compensação dos dias que ficou sem comissão de caixa.
Para Wagner Nascimento, o coordenador da Comissão de Empresa, o resultado da reunião foi positivo pois de fato avançamos na negociação em um tema muito importante, que é a manutenção da gratificação de caixa, garantido a remuneração dos funcionários por quatro meses, assim como os demais funcionários em VCP. “Se banco quer chamar descomissionamento de caixa de inventando a palavra “desgratificação”, para nós não muda o conceito do que reivindicamos e essa reversão de descomissionamento vai ajudar algumas centenas de caixas. A atenção quanto ao endividamento e também um retorno positivo às demandas apresentadas e continuaremos a discutir este tema acompanhando os casos pontuais.”
O Banco também ratificou a proposta divulgada na semana passada de não exigir jornada de 8 horas para os funcionários que estão em VCP como escriturários ou em cargo atuais de jornada de 6 horas.
Outra proposta apresentada pelo banco referente as demandas apresentadas pelos sindicatos é a ampliação do programa de readequação de endividamento para que funcionários que perderam renda com descomissionamento ou descenso possam ajustar suas dívidas à nova realidade financeira.
Apresentação de dados
O Banco apresentou mais dados sobre o número de funcionários em VCP como escriturário, bem como a quantidade de vagas e realocações de caixas. A Contraf-CUT solicitou ao banco um mapa regional com o número de funcionários em VCP realocados em descenso, ou seja, realocados em função e salário inferiores.
Redução de quadros piora as condições de trabalho e preocupa
A Contraf-CUT apresentou ao banco uma preocupação com os locais onde houve redução no quadro de funcionário, mas teve absorção de serviços oriundos de agências que foram desativadas. Os funcionários reclamam que a redução na dotação das agências foi feita antes da migração dos serviços, o que tem causado sobrecarga de trabalho e prejudicado o atendimento aos clientes.
Foi abordado também uma preocupação com o atendimento da Gepes que tiveram redução de funcionários e a centralização de serviços na Gepes Brasília sem aumento no quadro.
Preocupação com adoecimento
A redução de quadros com aumento da carga de trabalho, os descomissionamentos e redução salarial tem provocado um número maior de afastamentos por licença saúde e vários locais. A Comissão de Empresa solicitou ao banco relatório com o número de afastamentos com o objetivo de discutir mais profundamente o adoecimento de bancárias e bancários e uma forma de reduzir esse problema.
Escritórios Digitais
Foi cobrado do banco o cuidado com a ambiência e ergonomia nos escritórios digitais. Algumas situações já foram detectadas pelo banco, mas ainda não foram melhoradas, como por exemplo a falta de divisórias entre as bancadas, o excessivo número de funcionários em cada sala e a demora na chegada de materiais ergonômicos solicitados. Os sindicatos solicitaram mais uma vez ao banco o cronograma de instalação dos escritórios digitais.
Foi cobrado uma solução para os comissionamentos dos Gerentes de Atendimento de Fluxo nas agências Estilo. Muitos ainda não foram nomeados porque teriam que voltar ao módulo básico da função com redução de salário.
De acordo com Wagner Nascimento, esta situação dos gerentes de fluxo não faz o menor sentido, uma vez que o banco criou o novo cargo para modificar o modelo de atendimento, mas não previu a ampliação do módulo avançado naquela função. “Ao invés de criar uma solução, criou-se um problema que prometia melhorar o atendimento, mas piora.”
Radar da Gerência Média
Os sindicatos comunicaram ao banco que foram pegos de surpresa com a divulgação do Radar da Gerência Média uma vez que havia o compromisso do banco em apresentar o programa aos sindicatos, assim como fez com o programa Radar do Gestor em mesa específica sobre o assunto.
Foi cobrado do BB uma mesa para a apresentação do programa, uma vez que pode impactar em avaliação funcional e até descomissionamento de funcionários. O banco se comprometeu a marca uma mesa para os próximos dias.
 Economus
Foi cobrado do banco também uma reunião para discutir os problemas no plano de equacionamento divulgado pelo Economus, sem negociação com as entidades sindicais. Os sindicatos denunciam que os cálculos apresentados por aquela entidade estão destoando sobremaneira de outros planos de previdência, inclusive sobre a adoção de cálculos atuariais fora do padrão.
Liberação do TAO e ascensão entre grupos de funções
O Banco informou que muitas vagas já estão com problemas por falta de concorrência, dificultando o processo de nomeações. Por este motivo, estão sendo estudadas medidas para liberar as nomeações em vários níveis, mas que serão comunicadas antecipadamente aos sindicatos antes da divulgação.
Negativas
O Banco adiantou que não vai tomar nenhuma medida para adotar administrativamente os efeitos da Súmula 372 do TST, tema que foi abordado na audiência com o Ministério Público. Foi negado também a intenção de implantar VCP permanente aos funcionários não realocados.
Fonte: Contraf-CUT

Copom faz nova redução dos juros, e taxa vai a 12,25%

23/02/2017
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central recuou pela quarta vez seguida a taxa básica de juros (Selic), desta vez para 12,25% ao ano. O corte, já esperado, nesta quarta-feira ( foi de 0,75% ponto percentual. A decisão foi unânime e sem viés.
A taxa nominal é a menor desde dezembro de 2014, mas o juro real (descontada a inflação) segue elevado. Há um ano, por exemplo, a Selic estava em 14,25%, enquanto a inflação (IPCA) acumulada em 12 meses chegava a 10,36%, o que resultava em menos de 4% em termos reais. Agora, 12,25% indicam mais de 7%, considerando o IPCA de janeiro.
A Selic foi a 14,25% em julho de 2015, e permaneceu assim durante nove reuniões, até outubro do ano passado, quando o Copom iniciou um movimento de cortes, para 14%, 13,75%, 13% e agora 12,25%.
A inflação de fato vem caindo, ainda que em boa parte à custa de recessão e perda do poder de compra dos trabalhadores. Mas parte dos analistas de mercado ainda resiste à ideia de um ritmo mais profundo de corte dos juros. 
"O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017", diz comunicado divulgado ao término da reunião. Segundo o comitê, "o comportamento da inflação permanece favorável". No comunicado, o Copom diz ainda que "o alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação". 
Em nota, a Força Sindical disse considerar "muito tímida e frustrante" a decisão do Copom. "Infelizmente, a taxa básica de juros continua em patamares proibitivos. O governo perdeu uma ótima oportunidade de sinalizar, para o setor produtivo, que gera emprego e renda, que o País não bajula mais o rentismo", diz a nota, assinada pelo presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP).
Apesar de considerar positiva a redução, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a conjuntura "permite um corte mais acentuado nos juros em função da quebra da inércia inflacionária, em que a inflação do passado realimentava os preços futuros". A entidade voltou a defender a emenda de congelamento de gastos públicos e a proposta governista de reforma da Previdência.

Fonte: Rede Brasil Atual