segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Greve dos bancários entra na terceira semana ainda mais forte; 1.618 agências fechadas na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), que reúne 23 sindicatos filiados.

30/09/2013


A greve nacional dos bancários entrou na terceira semana e nada da Fenaban (Federação dos bancos) apresentar proposta. Indignados com a postura intransigente da representação patronal, entidades sindicais e bancários têm ampliado o movimento em todo o país. Nesta segunda-feira, o número de agências fechadas nos 26 estados e no Distrito Federal foi de 10.822, sendo 1.618 na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), que reúne 23 sindicatos filiados.
As principais reivindicações dos bancários 

- Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação;

- PLR de três salários mais R$ 5.553,15;

- Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

- Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Com greve dos bancários, siga orientações para não sair no prejuízo

Jornal GGN - Com a greve dos bancários deflagrada, na busca por reajuste salarial e melhores condições de trabalho, a PROTESTE Associação de Consumidores divulgou orientações aos consumidores. A mesma coisa foi feita pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), para que consumidores não fiquem no prejuízo com suas obrigações normais de pagamentos de contas.
O primeiro ponto é não deixar a greve fazer com que se protele pagamentos. Greve não é motivo para desconsiderar multas e juros por pagamentos atrasados. Então fique esperto com a data de vencimento e busque alternativas para a quitação dos boletos.
No caso de cliente que necessite sacar dinheiro na boca do caixa, a PROTESTE orienta que ligue para o banco e solicite uma alternativa. Já aqueles que movimentam pela internet – nos sites de bancos – ou nos caixas eletrônicos, não serão afetados pela greve, pois esses serviços não serão interrompidos durante a paralisação.
No caso de contas públicas que já estão atrasadas, a orientação é ligar para as empresas e negociar uma forma de pagamento, já que são contas que podem ser quitadas em qualquer banco pois o cálculo de taxas de multas é acordado com a própria empresa que presta o serviço.
Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) podem retirar o dinheiro nos caixas eletrônicos, normalmente. No caso de aposentados e pensionistas que recebem pela Caixa Econômica Federal podem se utilizar do serviço oferecido por casas lotéricas para realização de saques.
A PROTESTE alerta para outro fato: apesar de uma greve ser um direito social garantido pela Constituição, isso não exime as empresas, neste caso os bancos, de garantirem aos consumidores a prestação dos serviços essenciais durante o período de paralisação, além de esclarecimentos quando se fizerem necessários.
O serviço de compensação bancária, explica a associação, é considerado atividade essencial pela legislação brasileira e não pode sofrer qualquer paralisação. Desta forma, cheques e DOCs devem ter a compensação nos prazos normais estipulados pelo Banco Central.
Aos que precisarem pagar a taxa de condomínio e não conseguirem fazê-lo, devem entrar em contato com a administradora, ou mesmo o síndico, para que recebam o pagamento na data estabelecida em boleto.
A associação aponta ainda, para o fato de que o consumidor está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor para responsabilizar o estabelecimento caso não consiga quitar seus boletos pelos meios disponibilizados pelos bancos, mas isso somente se não tiver como fazê-lo de forma nenhuma. A PROTESTE orienta, neste caso, que se formalize a reclamação, por meio de carta ao banco, aos cuidados do gerente, relatando o fato e requerendo as providências cabíveis. Caso não seja atendido pode encaminhar  queixa junto ao Banco Central e órgãos de defesa do consumidor, além do promotor de Justiça de sua cidade.
SERVIÇO 
Meios normais e alternativos para atendimento:
·         Terminais de autoatendimento/caixas eletrônicos/rede Banco 24 Horas: depósitos, pagamentos, saques, transferências, DOCs, retiradas de talonários de cheques, créditos de celulares, etc.
·         Bankfones e internet banking: por esses canais (telefone e internet) é possível realizar quase todos os tipos de operações bancárias, inclusive empréstimos.
·         Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC) dos bancos: geralmente são números de discagem gratuita (0800), que deverão informar qual a agência ou posto bancário ativo nas proximidades da localidade do consumidor e outras informações.
·         Convênios com estabelecimentos comerciais: alguns bancos têm convênios com lotéricas (Caixa Econômica Federal), Correios (Banco do Brasil), supermercados Extra, Compre Bem, Pão de Açúcar e Barateiro (Banco do Brasil), e algumas lojas de departamento e drogarias, onde se pode pagar contas de consumo (água, telefone, energia elétrica, gás, etc.), entre outros serviços. O consumidor pode se dirigir a esses estabelecimentos e consultar quais os serviços disponibilizados no local.
·         Débitos automáticos: os débitos em conta corrente (débitos automáticos) são de responsabilidade exclusiva dos bancos, devendo ser efetuados regularmente, desde que haja saldo na conta.
·         Conta-salário: só recebe créditos da empresa ou fonte pagadora e não pode ser utilizada para débitos decorrentes da quitação de contas de consumo, títulos, boletos bancários, impostos e taxas. Não é movimentável por cheques, mas apenas por cartão magnético, nas agências do banco e nos equipamentos de autoatendimento internos e externos. Portanto, as pessoas não podem ser impedidas de ter acesso ao seu salário, que tem, por lei, caráter alimentar.
·         Pagamentos só aceitos em um único banco: todos os bancos devem propiciar aos consumidores os meios para a utilização de todos os serviços.
·         Cobranças pré-agendadas e não efetuadas: nesses casos, os consumidores têm direito a pedir ressarcimento por perdas e danos sofridos e comprovados. O banco tem que arcar com os prejuízos.
FONTE: PROTESTE

Bancos terão que divulgar balanços com novas regras de Basileia 3

 
DCI - São Paulo

Os bancos brasileiros deverão começar a preparar um balanço especial, o chamado Balancete Patrimonial Analítico - Conglomerado Prudencial, ao Banco Central para cálculo das regras de Basileia III a partir do segundo semestre deste ano. A informação consta da circular nº 3.668 que trouxe procedimentos para elaboração e remessa do documento ao órgão regulador. O índice de Basileia é um indicador de capital e mede o quanto o banco pode emprestar sem comprometê-lo. 

Todas as instituições financeiras, exceto cooperativas de crédito, terão de preparar mensalmente, a partir de julho deste ano, o balancete e remetê-lo ao BC. O documento deve ser enviado até o último dia útil do mês seguinte ao da respectiva data-base Os balanços de julho e agosto de 2013, por exemplo, devem ser remetidos até 31 de dezembro de 2013. 

Para Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating, a padronização dos balancetes dos bancos é necessária para que o Banco Central avalie se o capital das instituições bancárias está enquadrado a Basileia III. 

"O BC está solicitando aos bancos detalharem pontos sensíveis para o cálculo, tal como ágio e investimento em empresas. Não há como medir se o capital está enquadrado, se cada banco calcula de uma forma. Por isso, a padronização é necessária", explica ele. 

No balancete de junho e dezembro os bancos terão de acrescentar, de acordo com a circular do BC, notas explicativas que devem trazer esclarecimentos adicionais sobre a posição patrimonial, econômica e financeira do grupo. 

Além disso, terão que informar os critérios e os procedimentos de consolidação adotados, a composição analítica das participações acionárias entre as instituições incluídas na consolidação e também o nível e tipo de controle operacional exercido. Outros pontos, como ágio ou deságio ocorrido em aquisições de participações societárias, terão que estar no balanço. 


Fonte: DCI - São Paulo

Greve se mantém forte no nono dia e fecha 10.633 agências em todo país

  
Crédito: Gerardo Lazzari/Seeb São Paulo
Gerardo Lazzari/Seeb São PauloAgência do Itaú parada na avenida Paulista, o coração financeiro de São Paulo

A greve nacional dos bancários se manteve forte nesta sexta-feira (27) em seu nono dia, paralisando 10.633 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), demonstrando a disposição da categoria de enfrentar o silêncio da Fenaban, que se recusa a apresentar proposta com aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Em carta enviada nesta sexta-feira ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, o Comando Nacional dos Bancários "reafirmou a rejeição do reajuste de 6,1%, apresentado no dia 5 de setembro, e a disposição para negociar uma proposta que atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários". 

A remessa do documento foi definida pelo Comando Nacional, reunido na quinta-feira 26, após avaliação da primeira semana da greve da categoria. Foi decidido ampliar e fortalecer a greve nacional e reafirmado que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores. 

"As últimas declarações da Fenaban de que os bancários não precisam de aumento real e precisam apenas manter os seus direitos (que já tem) em um momento em que os bancos estão tendo recorde de lucros provocou ainda mais a indignação dos bancários e nos coloca diante de uma única alternativa: ampliar ainda mais a greve, intensificando as paralisações inclusive em áreas estratégicas dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. 

Milhões para executivos e sem aumento real para os bancários

Recursos não faltam aos bancos para conceder aumento real aos bancários. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano a seus executivos, a diferença é de 106 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT