quinta-feira, 5 de maio de 2011

Itaú apresenta maior lucro e Bradesco tem mais rentabilidade no 1º trimestre

  
O Itaú manteve o posto de banco mais lucrativo entre as grandes instituições privadas no primeiro trimestre deste ano, com ganho líquido de R$ 3,5 bilhões, bem acima dos R$ 2,7 bilhões do Bradesco e de R$ 2 bilhões do Santander. No entanto, o Bradesco teve rentabilidade maior no mesmo período e voltou a reduzir a distância do Itaú Unibanco em ativos.

Entre os meses de janeiro a março deste ano, o Itaú registrou ativos R$ 103 bilhões maiores que os do Bradesco, abaixo dos R$ 113 bilhões do período anterior. No mesmo período de 2010, a diferença estava em R$ 98 bilhões. 

A rentabilidade patrimonial do Bradesco foi de 23,8% no primeiro trimestre do ano ante 22,7% do Itaú, considerando o indicador anualizado referente ao lucro contábil e calculado com base no patrimônio líquido médio. No primeiro trimestre do ano passado, o indicador do Itaú foi maior, de 25% ante 21,7% do Bradesco.

Comparando as duas maiores instituições financeiras privadas do Brasil, o Itaú está um pouco mais capitalizado, com Índice de Basileia de 16,1% enquanto o do Bradesco está em 15%. Esse indicador mostra quanto o banco pode emprestar no crédito sem comprometer seu capital. O mínimo que o Banco Central exige é de 11%. O Santander ainda tem, de longe, o melhor indicador, com 22,7%.

O Bradesco tem inadimplência menor que seu concorrente. No primeiro trimestre, o indicador para atrasos acima de 90 dias ficou em 3,6% no Bradesco em 4,2% no Itaú. Nos dois casos, a inadimplência parou de cair após vários trimestres de redução e ficou estável na comparação com o trimestre anterior.

Na oferta de crédito, o Itaú cresceu mais que o Bradesco na comparação anual (22% a 21%). Os dois bancos reforçaram as operações para pessoas físicas, que lideram o crescimento no crédito no período (29% nos dois bancos). Na comparação com o trimestre anterior, o Bradesco teve desempenho melhor, com aumento de 3,8% nos empréstimos, ante 3,4% de seu concorrente, considerando a carteira de crédito total, que inclui avais e fianças.

O Santander ficou com o pior desempenho no crédito entre os grandes bancos privados, tanto no trimestre como na comparação anual (crescimento de 2% e 19%, respectivamente). Na semana passada, o novo presidente do banco espanhol no Brasil, Marcial Portela, disse que o Santander quer se focar mais em serviços bancários (como distribuição de seguros, contas correntes e cartões) do que no crédito para crescer no Brasil.


Fonte: Contraf-CUT com Estadão - Altamiro Silva Júnior

INFORME CONTEC nº 11/303 – 04.MAIO.2011 – PROBLEMAS NA BASE DO SEEB MARINGÁ CHAMAM REPRESENTANTES DO DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES SINDICAIS DO BANCO ITAU UNIBANCO DE SP E CURITIBA

A diretoria do Sindicato se reuniu, na sexta-feira, 29, às 14h, na sede administrativa da entidade, em Maringá, com representantes do Departamento de Relações Sindicais e do Trabalho do Itaú Unibanco. Romualdo Garbus (São Paulo) e José Carlos Rinaldi (Curitiba) estiveram no Sindicato para discutir, entre outros assuntos, sobre a insatisfação dos bancários com relação às metas abusivas e o assédio moral.
Confira alguns dos itens da pauta:
1- Demissões;
2- Metas abusivas, metas estabelecidas e divulgadas com atraso e cobrança excessiva para os caixas;
3- Cobrança das metas totais, dentro do mesmo mês de férias ou ausência justificada;
4- Assédio moral;
5- Extrapolação de jornada de trabalho;
6- Sobrecarga para gerentes operacionais;
7- Gerente com atuação em várias unidades ao mesmo tempo;
8- Novos gerentes, ainda em formação de carreira, com as mesmas metas dos mais antigos;
9- Deslocamento de funcionários par a suprir falta em outras agências;
10- Sobrecarga de serviço na área comercial e falta de funcionários;
11- Disparidade de salários dentro do mesmo segmento;

12- Valor de Referência não corrigido com índices estabelecidos na CCT;

13- Filas do lado de fora do PAB Delegacia;
14- Funcionários cumprindo serviço externo fora do expediente;
15- Unidades sem estrutura física adequada.

Todos os pontos apresentados pelos diretores do Sindicato foram amplamente debatidos com os representantes do banco, que anotaram as reivindicações e se comprometeram a levá-las às gerências responsáveis de cada área. “Consideramos muito positiva a reunião. Foi aberto um canal importante de diálogo. Agora, continuaremos mais atentos do que nunca, acompanhando o que acontece no banco e cobrando soluções”, frisa o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza.
Motivação da reunião
A reunião foi motivada pela mobilização do Sindicato, no início de abril, quando o banco demitiu quatro bancários – três caixas e um gerente – em Maringá. Ao tomar conhecimento da informação, imediatamente diretores do Sindicato foram às agências para confirmar a informação e convocaram uma assembleia para o dia 7 de abril a fim de definir quais ações adotar: fechamento de agências, protesto, negociação ou mesmo denúncia nos órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho, pois poderia se caracterizar uma ação de pressão pelas metas inatingíveis já denunciadas pelo Sindicato em outra oportunidade ou mesmo um plano de demissões.
Antes da assembleia, porém, o Sindicato conseguiu abrir um canal de negociação com a diretoria do banco para discutir as questões das metas abusivas, assédio moral e demissões. Através de contato telefônico com Romualdo Garbus, diretor de Relação do Trabalho, o Sindicato manifestou sua preocupação com as demissões e com o descontentamento dos funcionários em relação às metas abusivas impostas frequentemente.
Demissões
Em relação às demissões, o diretor do banco garantiu que foram pontuais e esporádicas, não havendo nenhum plano de outras demissões, visto que inclusive o banco contratou 22 novos funcionários em nossa região e outras contratações estão previstas para os próximos dias. Ele se comprometeu em agendar uma reunião com o movimento sindical, que ocorrerá nesta sexta, para aprofundar as questões sobre assédio moral e metas abusivas.
Descontentamento
Ainda no dia 7 a diretoria do Sindicato se reuniu com Rogério Cianca, gerente Operacional de Serviços de Agências que, na oportunidade, representou o banco, onde foi reiterado o descontentamento do Sindicato quanto as demissões e à insatisfação dos funcionários com relação às metas abusivas. Rogério Cianca se comprometeu em levar às esferas superiores a manifestação do Sindicato.
Assembleia
Na assembleia realizada na sede do Sindicato, diante da abertura de negociação com o banco, foi decidido pelo não fechamento das agências.
No dia seguinte, José Carlos Rinaldi, diretor de Relação do Trabalho e Recursos Humanos do Paraná, em Curitiba, entrou em contato com o Sindicato para se inteirar das reivindicações, oportunidade em que foi manifesta novamente a insatisfação dos funcionários em especial no que diz respeito às metas abusivas.
 Sindicato agiu rápido
 Os resultados foram alcançados pela ação rápida do Sindicato que, ao tomar conhecimento das demissões, foi às agências conversar com os funcionários e em seguida chamou uma assembleia. O Sindicato deixou claro, nas notícias veiculadas pela imprensa local e regional, que poderia fechar as agências em protesto, ou realizar outras ações, como denúncia no Ministério Público do Trabalho, caso o banco não abrisse um canal de negociação.
A ação do Sindicato repercutiu também em todo o Estado, com divulgação em diversos meios de comunicação. A divulgação foi feita com destaque ainda pela Federação dos Bancários do Paraná e Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC).

Fonte: SEEB MARINGÁ



Diretoria Executiva da CONTEC

Para Dieese, trabalhadores terão aumento real em negociações salariais

  
Trabalhadores que têm data-base no segundo semestre deste ano, como bancários, metalúrgicos e petroleiros, deverão repetir as conquistas dos últimos anos com ganhos salariais acima da inflação. Essa é a expectativa do coordenador de Relações Sindicais do Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado.


Ele acredita, no entanto, que as negociações serão mais difíceis. "Creio que a trajetória vai ser de ganhos reais, mas temos um cenário mais difícil para as negociações do que em 2010, porque, além das discussões sobre os rumos da inflação, o crescimento da economia será menor".



Dados do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) do Dieese divulgados em março deste ano indicam que, em 2010, a proporção de trabalhadores que conseguiram aumento real é a maior de toda a série histórica do estudo, iniciado em 1996. Segundo o levantamento, 89% das 700 unidades de negociações analisadas (indústria, comércio e serviços) obtiveram ganhos reais. Em 15% dos casos, relativos a 106 negociações, a taxa superou os 3%.



Para Silvestre, reajustes em índices acima da inflação não representam uma ameaça de o país viver um ciclo de repasses contínuos de preços, o que poderia provocar um descontrole inflacionário. "O aumento da renda e da oferta de trabalho impulsionou o mercado interno, inclusive, no período da crise financeira internacional entre 2008 e 2009."



O coordenador do Dieese afirmou que os ganhos obtidos esta semana pelos trabalhadores da construção civil com reajuste de 9,5% (em torno de 3,5% de aumento real) refletem o dinamismo do setor, que vem sendo estimulado pelos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por obras de preparação do país para sediar a Copa do Mundo de 2014, entre outros empreendimentos. Ele lembrou que, neste mês, além dos trabalhadores da construção civil, têm data-base os que atuam no segmento dos transportes.




Fonte: Agência Brasil

Contraf-CUT discute combate à discriminação de bancárias com governo federal

  
Crédito: Agnaldo Azevedo
Agnaldo Azevedo
A Contraf-CUT participou nesta quarta-feira, 4, de audiência com a Secretaria de Política para as Mulheres do governo federal, em Brasília, para discutir a situação da mulher bancária nas instituições financeiras. A representação das trabalhadoras foi recebida pela secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria, Maria Angélica Fernandes.


Estiveram presentes a secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mirian Fochi, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira Leite, e a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello. 



"Foi um encontro muito positivo, que marcou o início de um diálogo com o governo. Percebemos pontos de contato entre a visão do movimento sindical e a da secretaria no combate à discriminação de gênero nas empresas e em toda a sociedade", afirma Mirian. "Discutimos a criação de um cronograma de reuniões periódicas para podermos contribuir com os debates e potencializar as ações do ministério", completa.



"Levamos a pauta da mulher bancária, que envolve principalmente dificuldades de ascensão profissional e salários menores que os dos homens", disse Juvandia, após o encontro. "Existe um 'teto de vidro' que impede a chegada das bancárias aos cargos de chefia e ao alto escalão das instituições financeiras."



As trabalhadoras apresentaram dados do Ministério do Trabalho, que mostram que o salário médio das bancárias é 24% inferior ao dos bancários. A participação feminina nos cargos com maiores salários também é reduzida. Elas ocupam 53% dos cargos funcionais, mas apenas 19% das posições nas Diretorias e Superintendências.



A pesquisa Mapa da Diversidade, aplicada pelos bancos após muita pressão do movimento sindical, também foi apresentada ao governo federal. Segundo o levantamento, as mulheres ganham em média 78,6% do salário dos homens e esta diferença é registrada mesmo quando se considera cargos iguais, em todos os níveis. Dos cargos mais baixos, 53,3% são preenchidos pelas mulheres, enquanto as diretorias e superintendências são compostas em 81% por homens.



"A secretária recebeu nossas reivindicações e falou sobre os planos do governo para a mulher no Brasil. Ela lembrou que a Secretaria de Política para Mulheres assinou recentemente com a Fenaban um protocolo de intenções para estabelecer uma nova política de relações de trabalho entre os bancos e a mulher bancária", conta Jaqueline, destacando que a secretária se comprometeu a manter o diálogo aberto com os sindicatos.



Maria Angélica afirmou também que a Secretaria trabalha em conjunto com outros ministérios para que desenvolvam em suas respectivas pastas políticas prioritárias voltadas à igualdade de oportunidades, como independência financeira, que inclui igualdade salarial; infraestrutura e serviços públicos, cidadania e garantia de direitos, além de saúde e combate à violência.




Fonte: Contraf-CUT, com Seeb SP e Seeb PE

Lucros dos bancos crescem e bancários também querem mais

  

Os bancos continuam mantendo resultados astronômicos. É o que se conclui do cruzamento de dados de estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre o desempenho dos bancos no ano passado, e os resultados das três maiores instituições privadas do país (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) em 2011.


A nota técnica do Dieese indica que o setor, em 2010, mantinha 486 mil postos de trabalho, crescimento de 15% em relação a 2006. Lembrando que parte dessas vagas foram conquistadas nas campanhas nacionais de 2008 e 2009, junto ao Banco do Brasil e Caixa Federal. 



Do total de empregos, 454 mil estão nos seis maiores bancos, ou seja, a concentração aumentou devido a fusões e incorporações como as do Itaú e Unibanco, Santander e Real, BB e Nossa Caixa. Os números não levam em conta outros trabalhadores que prestam serviços aos bancos, como terceirizados, correspondentes e promotores de crédito.



Se os empregos cresceram 15%, os resultados dos bancos foram ainda melhores. Entre 2006 e 2010 o lucro líquido dos dez maiores aumentou 97%.



Além disso, o setor bancário brasileiro está altamente concentrado em poucos grupos que atuam na forma de holdings financeiras. Dados de dezembro de 2009, do Banco Central, mostraram que somente os seis maiores grupos detiveram mais de 50% dos ativos totais do sistema financeiro nacional.



Em 2010, as mesmas seis instituições somaram lucro líquido de mais de R$ 43 bilhões (crescimento de 30% em relação a 2009) lideradas pelo Itaú Unibanco Holding (R$ 13,3 bilhões), seguido pelo Banco do Brasil (R$ 11,7 bilhões) e Bradesco (R$ 10 bilhões). Foram as receitas com operações de crédito e arrendamento mercantil, além das aplicações em tesouraria e as receitas de prestação de serviços que mais contribuíram para esse excelente resultado.



"Assim, fica clara a contribuição do trabalho dos bancários no crescimento do lucro do setor", destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. "O problema é que esse trabalho não vem sendo valorizado como merece. Os bancos distribuem mal os seus lucros, concentrando os maiores valores nas mãos de poucos executivos. E, diante do crescimento da demanda por serviços, podem e devem contratar mais para tornar menos estressante a rotina dos bancários", destaca a dirigente, lembrando que nos próximos meses os bancários dão início à Campanha Nacional Unificada 2011. 



"Vamos para a mesa de negociação debater melhorias para os trabalhadores de um setor que cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Os bancos podem melhorar salários, participação nos lucros e empregar mais bancários, para atender melhor aos clientes dentro das agências bancárias."



Lucros em 2011 continuam crescendo 



Os três maiores bancos privados do país divulgaram seus lucros para o primeiro trimestre de 2011 e o resultado segue o mesmo rumo de crescimento dos últimos anos. 



O Bradesco chegou aos R$ 2,7 bilhões, montante 28% mais alto que o apurado no mesmo período de 2010. Já no Santander Brasil, o lucro entre janeiro e março chegou à casa dos R$ 2,071 bilhões, 17,5% maior que o primeiro trimestre do ano passado. O Brasil contribuiu com cerca de um quarto do lucro mundial da instituição espanhola.



No Itaú, que divulgou seu resultado na terça-feira 3, o lucro líquido foi de R$ 3,53 bilhões no primeiro trimestre de 2011, 9,15% mais que o mesmo período de 2010.



"Estamos chegando às vésperas da nossa campanha salarial com números que indicam que os bancários devem estar mobilizados para exigir mais dos bancos. O Sindicato vai manter a luta para que as instituições financeiras propiciem melhores condições para todos os trabalhadores a partir de uma remuneração mais justa. E também para que os lucros dos banqueiros não venham nem à custa da saúde do trabalhador nem a partir de juros altos que emperram o crescimento da economia", diz Juvandia.




Fonte: Andréa Ponte Souza - Seeb São Paulo