sexta-feira, 26 de abril de 2013

Santander lucra R$ 1,519 bilhão no 1º trimestre, mas corta 508 empregos
 
O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (25) lucro líquido gerencial de R$ 1,519 bilhão no primeiro trimestre de 2013, o que significa uma queda de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado e uma redução de 5,5% em relação ao último trimestre de 2012.

Esse resultado bilionário continua representando 26% do lucro mundial do banco espanhol. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Santander Brasil permanece alto, apesar da queda de 12,8% no quarto trimestre de 2012 para 12,0% nos três primeiros meses deste ano.

"Mesmo com esse lucro estrondoso, fruto do empenho e dedicação dos bancários, o Santander continua andando na andando na contramão do emprego em vez de oferecer contrapartidas sociais, como a manutenção e a ampliação de postos de trabalho", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Corte de 1.569 empregos em um ano

Conforme análise do Dieese, a instituição fechou 508 empregos nos primeiros três meses do ano. Em dezembro de 2012, o Santander contava com 53.992 empregados, mas encerrou o primeiro trimestre com 53.484. Em relação ao quadro de pessoal em março de 2012, a redução foi de 1.569 funcionários.

As despesas de pessoal, incluindo PLR, caíram 4,2% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2012, passando de R$ 1,829 bilhão para R$ 1,753 bilhão. "Esse é o efeito perverso das demissões e da política de rotatividade do banco", aponta Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

Crescimento das receitas de tarifas

Já as receitas de prestação de serviços e tarifas subiram 9,1% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 2,699 bilhões (alta de 2,3% no trimestre), valor suficiente para cobrir 153,96% do total de despesas de pessoal do banco (incluindo a PLR), aponta o Dieese.

Mais uma vez, o lucro do banco não foi maior por causa da alta provisão para devedores duvidosos (PDD), que atingiu R$ 3,371 bilhões, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2012.

Para a Contraf-CUT, essa enorme provisão não se justifica diante da pequena elevação da inadimplência, que ficou em 5,8% no primeiro trimestre, alta de 1 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2012 e de 0,3 ponto percentual na comparação com os últimos três meses de 2012.

Redução do crédito

Além da PDD, impactaram o lucro a queda anual de 3,8% nas receitas das operações de crédito (-4,8% no trimestre) e a redução anual nas receitas de depósitos em 29,8% (-12,8% no trimestre).

"Os bancos privados, como o Santander, deviam ampliar a oferta do crédito, reduzir juros e apostar no ganho em escala, como têm feito os bancos públicos, em vez de travar o crédito e elitizar cada vez mais o atendimento", avalia Cordeiro.

A carteira de crédito ampliada atingiu o patamar de R$ 256,152 bilhões, com crescimento de 8,3% em 12 meses e queda de 0,1% no trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 7,3% em um ano, com destaque para as linhas de crédito imobiliário e leasing (veículos), com crescimento de 31,2% e 22,7%, respectivamente.

No crédito para pessoa jurídica, o Dieese salienta o crescimento de pequenas e médias empresas (9,2%), enquanto o crédito para grandes empresas apresentou expansão de 7,4% em um ano. Destaca-se, aqui, uma elevação de 42% no crédito rural e o crescimento do crédito imobiliário em 19,9%.

O Santander Brasil encerrou o primeiro trimestre com patrimônio líquido de R$ 51,133 bilhões, 6,5% maior que o visto em 12 meses e 1,2% superior ao obtido no último trimestre de 2012.

O lucro líquido gerencial desconsidera a despesa de amortização de ágio referente à compra do Banco Real, que foi de R$ 909 milhões no trimestre.

Lucro mundial

O lucro mundial do Santander, maior banco da zona do euro, foi de R$ 1,21 bilhão de euros no primeiro trimestre, uma queda de 26% em consequência da crise europeia e da recessão na Espanha, que levou a um significativo crescimento na inadimplência do crédito imobiliário.

Houve também uma desaceleração do crescimento do banco na América Latina, onde o lucro caiu 18%. Além disso, ocorreu uma queda de quase 25% no lucro obtido no Reino Unido.

Terceira troca de presidente desde 2010

O Santander Brasil anunciou na noite de quarta-feira (24) a terceira troca na presidência desde o final de 2010, quando o então presidente Fábio Barbosa deixou o cargo e assumiu o executivo espanhol Marcial Portela.

O novo presidente será outro executivo espanhol, Jesús Zabalza, Zabalza, de 55 anos, que era diretor geral da divisão América, incluindo operações do grupo na Argentina, Chile, México, Peru, Porto Rico e Uruguai. No Santander desde 2002, ele já passou também por BBV Argentaria e La Caixa.

Portela continuará no Santander Brasil como presidente do Conselho de Administração.

Bancários cobram respeito e valorização

"Esperamos que a mudança na presidência abra novos caminhos para o crescimento do banco, com valorização dos funcionários e aposentados. Há muitas demandas pendentes dos trabalhadores que precisam ser atendidas, como o fim das demissões, mais contratações, melhoria das condições de saúde e trabalho, e solução para os problemas na previdência complementar", destaca Ademir.

Fonte: Feeb-SP/MS

TRT-SP equipara empresa de crédito a banco para jornada de trabalho
 
A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região equiparou uma empresa de crédito a estabelecimentos bancários, e, dessa forma, condenou-a ao pagamento de horas extras, sendo considerada a jornada de trabalho de seis horas contínuas.

De acordo com a relatora do processo, juíza convocada Maria Cristina Christianini Trentini, a Súmula nº 55 do TST determina que: "as empresas de crédito, financiamento ou investimento, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do artigo 224 da Consolidação das Leis Trabalhistas", que por sua vez diz: "a duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal, será de seis horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana".

Porém, a empregadora alegava que não exercia atividade bancária ou financiária, de forma que não se justificaria sua condenação por horas extras, considerada a jornada de trabalho especial de seis horas.

Contudo, segundo os atos constitutivos da reclamada, o objeto social da empresa consiste em: assessoria e consultoria técnico-financeira, intermediação de negócios, coleta, preenchimento e encaminhamento de documentos no mercado de veículos automotores e outros bens móveis, compreendendo a identificação e aferição dos potenciais dos vendedores e compradores.

E conforme o artigo nº 17 da Lei nº 4.595/64, que dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícia, consideram-se instituições financeiras as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Nesse sentido, a juíza entendeu que, nos termos do disposto no art. 17 da Lei nº 4.595/64, e de acordo com o entendimento firmado na Súmula 55 do TST, a reclamada, equipara-se a instituição financeira, além do que a referida empresa prestava serviços para um banco.

Portanto, os magistrados da 3ª Turma negaram provimento ao recurso patronal e mantiveram a decisão do juízo originário ao enquadrar a empresa como financiária, aplicando a jornada especial do artigo 224 da CLT, e a condenando ao pagamento de horas extras.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E REGIÃO

TST condena Itaú em dano moral por impedir registro de horas extras

  
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em sessão de julgamento realizada nesta quinta-feira (25), não conheceu de recurso do Itaú Unibanco e manteve a condenação imposta à empresa para pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil. 

O caso teve início com ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, que pleiteou a indenização alegando que o banco não permitia o registro de horas extras no ponto dos empregados e não procedia com os respectivos pagamentos.

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), que condenou a empresa originalmente, o fez dando provimento a recurso ordinário do MPT. Conforme a decisão, ficou demonstrado no processo que o Itaú desrespeitou as normas que tratam da jornada de trabalho ao não registrar e fazer o pagamento das horas extras. O Tribunal considerou a existência de autos de infração expedidos pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego que constataram a irregularidade praticada na agência do banco no município de Bauru (SP).

"Foram lesionados os direitos não apenas dos empregados do banco, mas dos trabalhadores em geral, haja vista que a observância da legislação interessa a todos, caracterizando-se a sua violação como ofensa à moral social", consta na decisão. Foi então determinada a destinação do valor indenizatório ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), segundo o artigo 13 da Lei 7.347/85.

O Itaú recorreu contestando a condenação e o valor a ela arbitrado. Alegou que a própria ideia de dano moral coletivo, no caso, é "absurda", tendo em vista a ausência de prova de lesão à coletividade. Afirmou que o dano moral tem natureza subjetiva individual, não alcançando a coletividade, e sustentou que, "ainda que alcançasse", a condenação imposta não poderia repará-lo, na medida em que o valor foi direcionado ao FAT.

A análise da matéria ficou sob encargo da Primeira Turma do TST, que não conheceu do recurso. O colegiado consignou que, no caso, o bem jurídico a ser protegido é a saúde e a segurança dos trabalhadores. "O elemento cuja gravidade caracteriza o dano moral coletivo é a lesão intolerável à ordem jurídica, e não necessariamente sua repercussão subjetiva", expressa o acórdão.

Quanto ao valor da indenização, a Turma registrou que a medida é punitiva e pedagógica, "funcionando como forma de desestímulo à reiteração do ilícito e sancionando a empresa". A finalidade é "reprimir o empregador que se enriquece ilicitamente" a partir da inobservância da legislação.

Dano questionado

Novo recurso do Itaú, agora de embargos, levou a matéria para julgamento na SDI-1. Conforme sustentado pela defesa da empresa, o acórdão regional fundamentou seu entendimento apenas no desrespeito às normas trabalhistas que tratam da jornada de trabalho, "mas sem fundamentação de prova, ou seja, de comprovação do nexo causal para a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos".

O representante do Ministério Público do Trabalho na sessão destacou que a ação civil pública que deu início ao processo diz respeito a tema tratado pela Constituição Federal em diversas menções. "Sabe-se que, quando o legislador onerou as horas extras, ele quis inibi-las, e não estimulá-las", afirmou o procurador. "O nexo entre a conduta do empregador e a violação do sistema legal é a proteção ao trabalhador, que restou atacada".

O relator dos embargos, ministro Renato de Lacerda Paiva, observou que o conhecimento da matéria é obstado pela Súmula 296 do TST. O verbete determina que, para ter seu recurso conhecido, a parte deve apresentar divergência jurisprudencial específica, que revele a existência de teses diversas na interpretação da lei em casos idênticos. Para o colegiado, a jurisprudência apresentada pela defesa do banco para comparação não abordou a caracterização do dano moral à coletividade em casos nos quais a empresa não registra e remunera as horas extras prestadas pelos seus empregados, hipótese dos autos.


Fonte: TST

Polícia Federal multa 18 bancos em R$ 5,579 mi por falhas na segurança
  

A Polícia Federal (PF) multou nesta quinta-feira (25) 18 bancos em R$ 5,579 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante a 96ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. As instituições financeiras foram punidas em processos abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), em razão do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de normas de segurança.

As principais irregularidades cometidas pelos estabelecimentos foram número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados, transporte de numerário feito por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado pela PF e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras itens. Houve também aplicação de multas e penalidades contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes.

O campeão de multas foi o Banco do Brasil com R$ 2,130 milhões, seguido pelo Santander com R$ 1,064 milhão, Itaú com R$ 876 mil, Bradesco com R$ 776 mil, Caixa com R$ 315 mil e HSBC com R$ 150 mil.

Veja o montante de multas por banco:

Banco do Brasil - R$ 2.130.454,83
Santander - R$ 1.064.715,05
Itaú Unibanco - R$ 876.870,54
Bradesco - R$ 776.293,54
Caixa - R$ 315.699,32
HSBC - R$ 150.749,98
Banestes - R$ 54.979,92
BMB - R$ 47.885,56
Banrisul - R$ 46.114,90
BNB - R$ 35.471,77
BRB - R$ 26.603,56
Intercap - R$ 14.187,65
Schain - R$ 14.187,65
Citibank - R$ 10.642,06
Alfa - R$ 10.642,06
Bonsucesso - R$ 3.902,05

Total - R$ 5.579.400,44

96ª CCASP
A CCASP é integrada por representantes do governo, trabalhadores e empresários. A reunião desta quinta-feira, foi presidida pelo delegado Lucínio de Moraes Netto, que comunicou a saída do delegado Clyton Eustáquio Xavier da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP), em função da nomeação para a Superintendência da PF em Santa Catarina.

Recursos não faltam aos bancos para investir mais em segurança. Segundo estudo do Dieese, os seis maiores bancos do país lucraram R$ 51,3 bilhões em 2012, enquanto as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,1 bilhões, o que representa uma média de 6,1% em comparação com os lucros.

Ao final da primeira reunião da CCASP em 2013, a Contraf e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) entregaram ao delegado Lucínio a 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pelas duas entidades, com apoio do Dieese, que apontou um total de 2.530 ocorrências em 2012, entre assaltos e arrombamentos, um crescimento alarmante de 56,89% em relação a 2011.

Fonte: Feeb-SP/MS

Justiça proíbe Banco do Brasil de cobrar tarifa por boleto bancário

 

·         Decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul vale para todo o Brasil
·         Banco também terá de pagar R$ 2 milhões em indenização por dano moral coletivo
·          
RIO — A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou que o Banco do Brasil não poderá mais cobrar tarifa pela emissão de boleto bancário de seus clientes. A instituição financeira também foi condenada ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 2 milhões. A decisão é do último dia dez, mas só foi divulgada nesta quarta-feira.
A Defensoria Pública do RS ajuizou ação coletiva de consumo contra o Banco do Brasil por prática comercial abusiva na cobrança de tarifa por emissão de boleto bancário. Requereu indenização por dano moral coletivo e a substituição dos carnês que possuem prestações a vencer, subtraindo o encargo indevido.

O desembargador Carlos Cini Marchionatti argumentou, em sua sentença, que a instituição de tarifas “a partir da quantificação de custos operacionais bancários afigura-se como prática abusiva, na medida em que se transfere ao consumidor um encargo que deveria ser suportado pela instituição financeira, justamente por constituir custo operacional de sua atividade”.

Na decisão, o relator informou ainda que, segundo levantamento do Banco Central, as tarifas cobradas no período entre fevereiro de 2004 e maio de 2012 subiram em média 11,8%. Essa elevação das taxas sobre os serviços mais usados pelos consumidores ocorreu paralelamente ao movimento de reduções nas taxas de juros para empréstimos.

O Banco do Brasil também deverá arcar com os custos de publicar a decisão nos jornais.

Procurada, a instituição não possuía representante imediatamente disponível para comentar o assunto.

Fonte: O Globo 

Gerente do Itaú morre em pleno local de trabalho em Curitiba

  
Uma gerente operacional do Itaú Unibanco faleceu no último dia 18 dentro do seu local de trabalho na agência Parolin, em Curitiba. Uma grande tristeza para toda a categoria no Paraná e no Brasil.

A perda da colega escancara uma situação limite de stress a que os trabalhadores estão submetidos por conta da pressão dos gestores, das metas abusivas, do assédio moral, da ameaça de demissão e das reestruturações.

No início deste mês, outro bancário do Itaú Unibanco faleceu em São Paulo, vítima de infarto, após ter seu cargo rebaixado e ter relatado que não estava bem por conta da pressão por metas.

"Os banqueiros, infelizmente, não estão preocupados com a saúde dos trabalhadores ou se mais funcionários perderão a vida em decorrência dos absurdos a que estão sendo submetidos. O que mais nos indigna é que alguns trabalhadores da gerência média servem como instrumentos para as práticas de maldades que estão adoecendo e tirando a vida dos bancários", afirma Júnior Dias, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e funcionário do Itaú Unibanco.

Saúde e condições de trabalho 

O combate ao assédio moral e o fim das metas abusivas figuram entre as principais bandeiras relacionadas ao tema Saúde do Trabalhador nas campanhas nacionais dos bancários nos últimos anos.

A Fenaban insiste em classificar as metas como "desafiadoras" e não abusivas, ignorando os efeitos delas sobre a vida dos bancários. Os banqueiros afirmam que as metas são estratégias privadas de cada banco e que dependem da gestão.

Os patrões também seguem dizendo que os problemas de saúde dos bancários não têm relação com o trabalho. Será?

Segundo estatísticas da Previdência Social, os bancários estão entre as categorias de trabalhadores que mais adoecem, seja por LER/Dort, seja por doenças relacionadas ao sofrimento mental. "O stress do dia a dia da categoria está causando danos irreparáveis à saúde. Não podemos admitir a perda de outras vidas por conta do trabalho", completa Ana Fideli, secretária de Saúde do Sindicato.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

Santander lucra R$ 1,519 bilhão no 1º trimestre, mas corta 508 empregos

O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (25) lucro líquido gerencial de R$ 1,519 bilhão no primeiro trimestre de 2013, o que significa uma queda de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado e uma redução de 5,5% em relação ao último trimestre de 2012. 

Esse resultado bilionário continua representando 26% do lucro mundial do banco espanhol. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Santander Brasil permanece alto, apesar da queda de 12,8% no quarto trimestre de 2012 para 12,0% nos três primeiros meses deste ano. 

"Mesmo com esse lucro estrondoso, fruto do empenho e dedicação dos bancários, o Santander continua andando na andando na contramão do emprego em vez de oferecer contrapartidas sociais, como a manutenção e a ampliação de postos de trabalho", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. 

Corte de 1.569 empregos em um ano

Conforme análise do Dieese, a instituição fechou 508 empregos nos primeiros três meses do ano. Em dezembro de 2012, o Santander contava com 53.992 empregados, mas encerrou o primeiro trimestre com 53.484. Em relação ao quadro de pessoal em março de 2012, a redução foi de 1.569 funcionários.

As despesas de pessoal, incluindo PLR, caíram 4,2% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2012, passando de R$ 1,829 bilhão para R$ 1,753 bilhão. "Esse é o efeito perverso das demissões e da política de rotatividade do banco", aponta Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT. 

Crescimento das receitas de tarifas

Já as receitas de prestação de serviços e tarifas subiram 9,1% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 2,699 bilhões (alta de 2,3% no trimestre), valor suficiente para cobrir 153,96% do total de despesas de pessoal do banco (incluindo a PLR), aponta o Dieese.

Mais uma vez, o lucro do banco não foi maior por causa da alta provisão para devedores duvidosos (PDD), que atingiu R$ 3,371 bilhões, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2012.

Para a Contraf-CUT, essa enorme provisão não se justifica diante da pequena elevação da inadimplência, que ficou em 5,8% no primeiro trimestre, alta de 1 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2012 e de 0,3 ponto percentual na comparação com os últimos três meses de 2012.

Redução do crédito

Além da PDD, impactaram o lucro a queda anual de 3,8% nas receitas das operações de crédito (-4,8% no trimestre) e a redução anual nas receitas de depósitos em 29,8% (-12,8% no trimestre). 

"Os bancos privados, como o Santander, deviam ampliar a oferta do crédito, reduzir juros e apostar no ganho em escala, como têm feito os bancos públicos, em vez de travar o crédito e elitizar cada vez mais o atendimento", avalia Cordeiro. 

A carteira de crédito ampliada atingiu o patamar de R$ 256,152 bilhões, com crescimento de 8,3% em 12 meses e queda de 0,1% no trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 7,3% em um ano, com destaque para as linhas de crédito imobiliário e leasing (veículos), com crescimento de 31,2% e 22,7%, respectivamente. 

No crédito para pessoa jurídica, o Dieese salienta o crescimento de pequenas e médias empresas (9,2%), enquanto o crédito para grandes empresas apresentou expansão de 7,4% em um ano. Destaca-se, aqui, uma elevação de 42% no crédito rural e o crescimento do crédito imobiliário em 19,9%. 

O Santander Brasil encerrou o primeiro trimestre com patrimônio líquido de R$ 51,133 bilhões, 6,5% maior que o visto em 12 meses e 1,2% superior ao obtido no último trimestre de 2012.

O lucro líquido gerencial desconsidera a despesa de amortização de ágio referente à compra do Banco Real, que foi de R$ 909 milhões no trimestre.

Lucro mundial

O lucro mundial do Santander, maior banco da zona do euro, foi de R$ 1,21 bilhão de euros no primeiro trimestre, uma queda de 26% em consequência da crise europeia e da recessão na Espanha, que levou a um significativo crescimento na inadimplência do crédito imobiliário.

Houve também uma desaceleração do crescimento do banco na América Latina, onde o lucro caiu 18%. Além disso, ocorreu uma queda de quase 25% no lucro obtido no Reino Unido.

Terceira troca de presidente desde 2010

O Santander Brasil anunciou na noite de quarta-feira (24) a terceira troca na presidência desde o final de 2010, quando o então presidente Fábio Barbosa deixou o cargo e assumiu o executivo espanhol Marcial Portela.

O novo presidente será outro executivo espanhol, Jesús Zabalza, Zabalza, de 55 anos, que era diretor geral da divisão América, incluindo operações do grupo na Argentina, Chile, México, Peru, Porto Rico e Uruguai. No Santander desde 2002, ele já passou também por BBV Argentaria e La Caixa.

Portela continuará no Santander Brasil como presidente do Conselho de Administração.

Bancários cobram respeito e valorização

"Esperamos que a mudança na presidência abra novos caminhos para o crescimento do banco, com valorização dos funcionários e aposentados. Há muitas demandas pendentes dos trabalhadores que precisam ser atendidas, como o fim das demissões, mais contratações, melhoria das condições de saúde e trabalho, e solução para os problemas na previdência complementar", destaca Ademir. 

"Queremos emprego decente e aposentadoria digna. E que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros", conclui o dirigente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese e agências de notícias

Após faltar a audiência sobre demissões, diretor do BB pode ser denunciado por desobediência e obstrução aos trabalhos, diz MPT

Além de capitanear inúmeras práticas ilegais e persecutórias, a diretoria do Banco do Brasil pode estar tentando obstruir os trabalhos do Ministério Público do Trabalho (MPT). A constatação foi feita pelo próprio órgão durante audiência contra as demissões e descomissionamentos sem justo motivo no banco, que seria realizada na quarta-feira (24), na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília. A ausência do diretor de Gestão de Pessoas do banco sem a apresentação de justificativa provocou a suspensão da audiência.

“Considerando a gravidade do que consta nestes autos, objeto de investigação, entende que o MPT, a priori, até que fatos demonstrem contrário, a ausência do senhor Carlos Alberto de Araújo Neto (diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil), configura obstrução aos trabalhos do MP razão pela qual se não apresentar a justificativa em até 5 dias corridos, vencendo na segunda-feira 29/04/02013, será denunciado ao MPF por crime de desobediência e obstrução dos trabalhos do MP”, disse o procurador do Trabalho Adélio Justino Lucas durante a audiência.

Participaram da audiência representando o Sindicato dos Bancários os diretores Rafael Zanon e Cinthia Damasceno, além do diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN/CUT) Wescly Queiroz.

Nova audiência foi marcada para o próximo dia 2 de maio, às 14h, na Procuradoria do Trabalho, localizada na 513 norte. A audiência é pública e o Sindicato entende que é importante a presença dos trabalhadores do BB.

Sindicato denunciou as demissões ao MPT

O Sindicato encaminhou denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o Banco do Brasil por conta das recentes demissões por ato de gestão (sem justa causa) promovidas pela instituição financeira.

Após a denúncia, o MPT convocou a entidade em audiência para mais esclarecimentos. Na ocasião, os representantes do Sindicato reforçaram a denúncia de que o BB está perseguindo, com demissões e descomissionamentos sem justo motivo, bancários que buscam na Justiça o pagamento das 7ª e 8ª horas. Além disso, ressaltaram que o BB está ignorando a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede a demissão sem justo motivo em empresas públicas.

O Sindicato informou ao MPT que essas demissões estão sendo decididas pelo diretor de Gestão de Pessoas (Dipes). O procurador então decidiu convocá-lo para esclarecimentos em nova audiência.

“Além dessas ações no MPT, o Sindicato disponibilizou a todos os demitidos os serviços da sua assessoria jurídica para o encaminhamento dos pedidos de reintegração”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon, que também é bancário do BB.

Confira, abaixo, o fac-símile da ata da audiência.

mpt223-2013

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília

Santander Brasil anuncia renúncia do presidente Marcial Portela

·         Após três anos no cargo, Portela será indicado ao cargo de presidente do conselho de administração
·          
O GLOBO


RIO - O Banco Santander Brasil informou na tarde de quarta-feira que o conselho de administração recebeu o pedido de renúncia do diretor presidente Marcial Angel Portela Alvarez e nomeou para o cargo Jesús Maria Zabalza Lotina. Segundo comunicado divulgado pela instituição, Portela permanecerá na presidência até a posse do seu sucessor.

A companhia disse ainda que Portela, após três anos como presidente de operações no Brasil, será indicado ao cargo de presidente do conselho de administração. Já para a vice-presidência do conselho de administração, deve ser indicado o atual presidente, Celso Clemente Giacometti.

No período em que esteve à frente dos negócios do Grupo Santander no Brasil, Marcial Portela comandou o processo de incorporação do ABN/Real e coordenou o reposicionamento estratégico do banco no mercado brasileiro, preparando-o para o cenário de profunda transformação pelo que passa o sistema financeiro nacional.

Jesús Zabalza, novo diretor presidente do Santander Brasil, é hoje diretor-geral da divisão América do grupo espanhol. No cargo, é responsável pelas operações do banco na Argentina, Chile, México, Peru, Porto Rico e Uruguai.

Em nota, o banco afirma que essas alterações se tornarão efetivas somente depois de cumpridos os trâmites e aprovações societárias, legais e regulamentares exigíveis.

Fonte: O GLOBO


Santander Brasil sofre queda de 29,5% no lucro do 1º trimestre

·         No mundo, ganho da instituição caiu 26%

JOÃO SORIMA NETO | O GLOBO


SÃO PAULO e MADRI - O Santander Brasil divulgou nesta quinta-feira uma queda de 29,5% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2012, para R$ 609 milhões, seguindo o padrão contábil brasileiro, o BRGaap. Nos três primeiros meses de 2012, o lucro líquido havia sido de R$ R$ 865 milhões. O índice de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias cresceu para 5,8% e o banco também aumentou a provisão para créditos duvidosos. A divulgação da queda do lucro aconteceu um dia depois de o banco anunciar a troca de seu presidente no Brasil, Marcial Portela.

De acordo com Portela, o Brasil respondeu por 26% de todo o lucro do Grupo Santander no mundo. O percentual é maior inclusive do que o banco obteve na Europa, que respondeu por 25% do lucro nos três primeiros meses do ano. Com isso, disse o presidente, a unidade brasileira do grupo foi a mais importante para o resultado da instituição no período.
As receitas com serviços e tarifas cresceram 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 2,7 bilhões.
O resultado ajudou a puxar para baixo o ganho do banco no mundo. O Santander, que é o maior da zona do euro, teve queda de 26% no lucro líquido do primeiro trimestre, pressionado pela desaceleração do crescimento em mercados sul-americanos e pela crise na Espanha. O banco, que conta com a América do Sul para obter cerca de metade de seu lucro, teve resultado abaixo do esperado por analistas com empréstimos na Europa continental encolhendo e juros menores corroendo margens.

O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira à noite a segunda troca de comando em pouco mais de dois anos, na véspera de divulgar seu balanço trimestral. Jesús Zabalza foi nomeado diretor presidente da unidade do banco espanhol no país, substituindo Marcial Portela, que voltará a ser presidente do Conselho de Administração do banco.

Fonte: O GLOBO