quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasil tem maior juro no cartão entre países da América Latina, diz pesquisa

  
Os juros dos cartões de crédito brasileiros são os mais altos, em comparação com outros seis países da América Latina. O levantamento, realizado pela Proteste - Associação de Consumidores, comparou a taxa média de juros cobrada nas operações com cartão de crédito no Brasil com os da Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México.

Dados revelaram que os brasileiros que recorrem ao financiamento por meio do cartão de crédito pagam taxa média de juro anual de 323,14%. Enquanto, o Peru, segundo país a ter a taxa de juros mais alta, cobra 55% ao ano.

Confira as taxas anuais do cartão de crédito, inflação e taxa básica de juros dos países analisados:

Taxas anuais
 
PaísTaxa do cartão de créditoInflaçãoTaxa realTaxa básica
Brasil323,14%4,9% (*)2,96%8%
Peru55%4%0,24%4,25%
Chile54,24%3,1%1,84%5%
Argentina50%9,9%1,14%11,15%
México33,8%4,3%0,19%4,5%
Venezuela33%21,3%-4,66%15,65%
Colômbia29,23%3,2%2,1%5,37%

*Taxa acumulada nos últimos 12 meses
  Fonte: Proteste
 


Endividamento

De acordo com a Proteste, os juros cobrados nas modalidades do crédito rotativo são uma das causas do crescente endividamento dos brasileiros. Além disso, o levantamento reforça o exagero das taxas de juros praticadas no País.


Fonte: InfoMoney

Bancários negociam remuneração e Fenaban fará proposta global dia 28

  
Crédito: Jailton Garcia
Jailton GarciaA Fenaban apresentará proposta global no dia 28

Ao final da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta quarta-feira 22 em São Paulo, em que o Comando Nacional defendeu as reivindicações sobre remuneração da pauta geral, os bancos informaram que apresentarão na próxima terça-feira, dia 28, às 10h, uma proposta global para as demandas da categoria. "Será um presente para o Dia dos Bancários", disseram os banqueiros. 

"Deixamos claro aos bancos que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Mostramos à Fenaban que, como os lucros dos bancos aumentaram mesmo com os superprovisionamentos para devedores duvidosos, e eles pagam bônus milionários aos altos executivos e salários muito baixos aos bancários comparados com outros países da América Latina, as empresas têm totais condições de atender às reivindicações da categoria", acrescenta Cordeiro. 

Essas são as principais reivindicações dos bancários sobre remuneração:

* Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real). 

* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 

* Piso salarial de R$ 2.416,38 (salário mínimo do Dieese).

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 622,00 (salário mínimo nacional).

O Comando Nacional dos Bancários iniciou reunião de avaliação do processo de negociação. Divulgaremos mais informações ao final da reunião. 


Fonte: Contraf-CUT