sexta-feira, 27 de julho de 2012


Contraf-CUT e CNTV defendem mais investimentos dos bancos na segurança

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Categoria: Noticias
Publicado em Terça, 24 Julho 2012Escrito por Super User
Rede Comunicação dos Bancários
Alan de F. Brito e Maricélia Franco 
Pela primeira vez uma Conferência Nacional dos Bancários teve um painel para discutir especificamente segurança bancária. O tema foi debatido na tarde desta sexta-feira, dia 20, e contou com a participação do coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, e do presidente da CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes), José Boaventura.
Ademir fez uma exposição com números de pesquisas nacionais feitas em conjunto pelas duas entidades, focando dados da violência que afetam trabalhadores e clientes dos bancos. Boaventura analisou as principais lutas travadas por mais segurança, na busca da proteção da vida das pessoas.
Para eles, o cenário de descaso dos bancos torna necessária a ampliação da discussão sobre o tema e a pressão para que haja mais investimentos em segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 50,7 bilhões em 2011, mas os investimentos em segurança e vigilância somaram apenas R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com os lucros.
Conforme Boaventura, "o investimento em segurança feito pelos bancos é para a segurança do dinheiro, não das pessoas". "Agência bancária é um local de risco e é preciso responsabilizar os bancos pela segurança dos bancários, vigilantes e clientes", completou Ademir.
Mortes
Pesquisa nacional de mortes e assaltos envolvendo bancos, realizada pela CNTV e Contraf-CUT e divulgada nesta quinta-feira, 19, demonstra que 27 pessoas foram assassinadas no primeiro semestre de 2012, uma média de 4 vítimas fatais por mês, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes.
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime conhecido como "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1). Segundo Boaventura, esse crime é originado dentro do banco, e deve ser combatido por meio da utilização de biombos e divisórias entre as filas e os caixas. 
Foi destacada também a estatística da Febraban que mostra a redução de assaltos após instalação da portas de segurança a partir do final dos anos 1990. O número caiu de 1.903 em 2000 para 369 em 2010. "No entanto, houve um aumento para 422 ocorrências em 2011, ano em que o Itaú retirou portas giratórias nas reformas das agências e o Bradesco inaugurou unidades sem esse equipamento e muitas com número insuficiente de vigilantes, o que é inaceitável", denunciou Ademir.
Atualização da Lei Federal 7.102/83
Para os painelistas, todos os dados apresentados reforçam a necessidade de atualização da legislação federal de segurança que se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Foi citado que o Ministério da Justiça está elaborando um projeto de lei que cria o Estatuto da Segurança Privada, ouvindo as entidades que integram a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), a fim de atualizar a Lei nº 7.102/83.
"Precisamos de um estatuto de segurança privada sim, mas com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes", disse Boaventura. " Queremos a obrigatoriedade das portas giratórias nas agências e postos de atendimento", salientou Ademir.
Mais parcerias entre bancários e vigilantes
O aumento das parcerias entre bancários e vigilantes foi reforçado durante o painel. Ademir defendeu a ampliação da luta por mais segurança e a unificação da data-base para unir ainda mais as lutas das categorias e aumentar as conquistas. 
Para Boaventura, a parceria é importante. "É preciso também ampliar legislações municipais que preencham os vácuos da legislação federal. Além disso, é necessário trazer a opinião pública para a discussão, já que o debate é também de interesse da população", complementa. 
Boaventura defendeu ainda que os vigilantes que trabalham em agências bancárias sejam preparados especificamente para atender o setor financeiro. Outra demanda levantada é a responsabilidade pelo guarda das chaves das agências. "O porte da chave pelo vigilante fora do expediente é um perigo tanto para o vigilante, quanto para o bancário. Não queremos essa responsabilidade", destacou.
Mesa temática
Na próxima mesa temática de segurança bancária com os bancos, a ser realizada no próximo dia 30 de julho, a Fenaban apresentará a estatística de assaltos a agências e postos no primeiro semestre desse ano. Além disso, a Contraf-CUT pautou o debate sobre os sequestros, buscando medidas de prevenção contra esse crime que, além de traumatizar, tem causado a demissão de muitos bancários.
Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil abusa de clientes e funcionários.



Para o movimento sindical trata-se de uma prática institucionalizada pelo banco em todo país
São Paulo – A denúncia de prática abusiva contra clientes do Banco do Brasil, feita por um ex-gerente do banco de Juiz de Fora em Minas Gerais não é um caso isolado e nem pontual. O bancário Orlando Ângelo da Silva, que tornou o escândalo público ao participar de uma audiência no dia 17 de julho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, disse que foi obrigado a implantar pacotes indiscriminados de serviços, sem que houvesse consentimento dos clientes.
O funcionário do Banco do Brasil relatou que houve perseguição em consequência da negativa de fornecer acesso a sua senha com o objetivo de incluir serviços na conta dos clientes. “Sofri assédio e me vi obrigado a sair do banco após 28 anos”, afirmou. Além de Orlando, mais 20 gerentes foram penalizados com perda de comissão.
Em São Paulo, um caso semelhante também teve repercussão e motivou prática de assédio moral e perseguição aos trabalhadores.
Na agência USP, funcionários denunciaram à Gepes (Gestão de Pessoas) que eram forçados a implantar pacotes de serviços pela gerente da agência e impedir que fossem quitados empréstimos de clientes. Diante do questionamento feito por representantes dos trabalhadores, a resposta era que apenas cumpria ordem da superintendência do BB de SP.
Fonte: Seeb Jau-SP

Assembleia dia 31 vota pauta.
Conheça as principais reivindicações


- Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%)
- PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 
- Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
- Auxílio-refeição, vale-alimentação e cesta equivalente (cada um) ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
- Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
- Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
- Mais segurança nas agências e postos bancários.
- Previdência complementar para todos os trabalhadores.
- Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração. 
- Igualdade de oportunidades.


SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE PRES.  VENCESLAU E REGIÃO
Rua Antonio Marques da Silva n° 2.245 – Jd. Morada do Sol – CEP 19400-000
Fone: 018-3271-36-000 – Fax: 018-3271-5950 – CNPJ: 53.308.524/0001-00 –
Presidente Venceslau SP - email: seebpv@terra.com.br



  
EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Presidente Venceslau e Região, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 53.308.524/0001-00, Registro sindical nº 24440-019065/90-00, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato: Presidente Venceslau, Caiuá, Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Piquerobí, Presidente Epitácio, Primavera, Rosana, Santo Anastácio e Teodoro Sampaio, para a Assembléia Geral  Extraordinária   que  se   realizará dia 31/07/2012, às 19h, em primeira convocação, e às 20h, em segunda convocação, no endereço à Rua Antonio Marques da Silva nº 2.245, Jardim Morada do Sol, CEP 19400-000, Presidente Venceslau-SP, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1. Autorizar à diretoria para realizar negociações coletivas, celebrar convenção coletiva de trabalho, convenções/acordos coletivos aditivos, bem como convenção/acordos de PLR e, frustradas as negociações, defender-se e/ou instaurar dissídio coletivo de trabalho, bem como delegar poderes para tanto;
      
2. Deliberar sobre aprovação da minuta de pré acordo de negociação e minuta de reivindicações da categoria bancária 2012/2013 definida na 14ª Conferência Nacional dos Bancários;

3. Deliberar sobre desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada;

Presidente Venceslau-SP, 26 de julho de 2012.




SIDNEI DE  PAULA CORRAL
Presidente

Santander lucra R$ 1,46 bilhão no 2º trimestre, mas fecha 135 empregos.


O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (26) lucro líquido de R$ 1,464 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 17,1% ante o primeiro trimestre. Já no primeiro semestre, o ganho foi de R$ 3,230 bilhões, recuo de 4,3% em relação a igual período do ano passado, conforme o padrão contábil brasileiro (BR Gaap). A filial brasileira respondeu por 26% do resultado do Santander em todo mundo.

O banco também divulgou o resultado segundo o padrão contábil internacional, o IFRS. O Santander Brasil apurou lucro líquido consolidado de R$ 1,459 bilhão no segundo trimestre, o que representa uma queda de 15,3% diante do primeiro trimestre deste ano. Já o ganho do primeiro semestre atingiu R$ 3,182 bilhões, um recuo de 4% em relação ao mesmo período de 2011.

Corte de empregos

Apesar do lucro bilionário, o Santander fechou empregos no Brasil. O banco cortou 135 vagas no segundo trimestre. No final do primeiro trimestre, o quadro era de 55.053 funcionários, sendo reduzido agora para 54.918.

"É injustificável a redução de empregos no Santander, seguindo o mau exemplo do Itaú, do HSBC e do Bradesco, mostrando também falta de compromisso com o desenvolvimento do Brasil", afirma o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. 

"Apesar do desaquecimento da economia, o país está crescendo e a geração de empregos precisa ser assumida pelo sistema financeiro como contrapartida social, contribuindo para incentivar a produção e o consumo", destaca.

"Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano", aponta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Provisões disparam e reduzem lucro

O resultado foi muito afetado pelas provisões para devedores duvidosos (PDD), que são feitas para cobrir possíveis perdas com inadimplência e, como entram na condição de despesa no balanço, acabam por diminuir o lucro.

As despesas com créditos duvidosos, descontados os valores que foram recuperados, subiram no primeiro semestre para R$ 6,899 bilhões: alta de 47% em relação às do mesmo período de 2011 e de 23,2% na comparação com a do primeiro trimestre deste ano. 

Já a inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,9% em junho, com aumento de 0,4 ponto percentual no segundo trimestre e de 0,6 ponto percentual na comparação com a do primeiro semestre do ano passado. 

"Enxergamos que a inadimplência pode estar no pico e com possibilidade de estabilização a partir do terceiro trimestre", explicou o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela. "É a mesma situação de crédito apontada pelos nossos concorrentes nos últimos dias", alegou. 

O índice de Basileia do Santander terminou o segundo trimestre em 21,9%, abaixo dos 27% do mesmo período do ano passado.

Lucro mundial cai pela metade

Já o lucro mundial do Santander caiu pela metade após ter feito baixa contábil de desvalorizados ativos imobiliários espanhóis, apesar de os depósitos na Espanha terem saltado durante o período. 

O banco espanhol teve lucro líquido de 1,7 bilhão de euros após a baixa contábil de 2,78 bilhões de euros em ativos imobiliários espanhóis. O lucro para o período antes das provisões foi de 3 bilhões de euros. 

A instituição sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino Unido. A América Latina respondeu por metade do lucro global do Santander.

Espanha

O Santander informou que na Espanha teve um lucro líquido de 100 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, queda de quase 93% em comparação com o 1,39 bilhão de euros apurado no mesmo período do ano anterior.

Os ganhos foram impactados com provisões contra perdas imobiliárias em seu mercado doméstico. O Santander reservou 1,304 bilhão de euros para cobrir perdas em sua exposição ao mercado imobiliário espanhol. 


Fonte: Contraf-CUT com agências de notícias

Itaú lucra R$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 mil empregos em um ano.

  
Entre junho de 2011 e junho deste ano o Itaú fechou 9.014 postos de trabalho (8,8% do quadro de funcionários), dos quais 3.777 apenas no segundo trimestre de 2012, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira 24 pelo maior banco privado do país. O brutal corte de empregos ocorreu mesmo com o lucro líquido de R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, que representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011. 

"É inadmissível que um banco com esse resultado gigantesco, que não enfrenta nenhum problema, demita tantos trabalhadores, como também estão fazendo o Bradesco e o HSBC. É uma política socialmente irresponsável, que joga contra o desenvolvimento e os interesses do país", acusa Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano."

Compare aqui os balanços do Itaú nos primeiros semestres de 2011 e 1012. 

O lucro do semestre seria ainda maior se o Itaú não tivesse aumentado em 26,7% as despesas para provisões para crédito de liquidação duvidosa, no comparativo entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, chegando a R$ 12 bilhões. Essas provisões representam 38 vezes o aumento de 0,7% na inadimplência registrada pelo banco no mesmo período.

"Seguindo a mesma política do Bradesco, que divulgou o balanço na segunda-feira, o Itaú eleva de forma descabida as provisões para créditos duvidosos em relação à inadimplência real. Esse é um truque manjado dos bancos para maquiar o balanço", denuncia Carlos Cordeiro. 

"Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensionando as provisões para uma inadimplência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justificar as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos", acrescenta Carlos Cordeiro. "E com isso ainda reduzem a distribuição de PLR aos trabalhadores."

Receitas com tarifas crescem

Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita de prestação de serviços aumentou em 8,17% nesse período (para R$ 7,2 bilhões), o que significa que apenas com essa rubrica o Itaú paga uma vez e meia todas as despesas de pessoal. As rendas com tarifas bancárias cresceram ainda mais: 16,06%.

"Ou seja, a exemplo do Bradesco a redução da taxa Selic também no Itaú não teve efeitos. O banco não baixou os juros e ainda aumentou as tarifas, afrontando os esforços do governo de reduzir o custo do crédito e realizando um verdadeiro saque de toda a população", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT