segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Greve dos Bancários forte exige respeito nas negociações!
Já vamos para o 8º dia de greve pelo comando nacional nesta terça (13/9). A situação em Presidente Venceslau e Região é de 100% das agências paralisadas em seu primeiro dia.
Os bancários e bancárias continuaram com determinação a greve nesta segunda-feira 12. Vão amanhã para o 8º dia de greve (terça)  e o segundo dia em nossa base. Unificados e fortes para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta justa. O Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a partir das 1400m, desta terça-feira (13). Os banqueiros já sabem que para encerrar a greve no Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú Unibanco, Santander e demais bancos  têm de mudar de fato a proposta.
Nas duas apresentadas até agora, os bancos – setor que mais lucra no Brasil – tentaram impor perdas aos trabalhadores. A primeira proposta, apresentada nos dias 29 e 30, foi de 6,5% de reajuste mais R$ 3 mil de abono – perda de 2,8% para a inflação que até então estava projetada em 9,57%. Rejeitada em assembleias por unanimidade no país todo, levou à greve desde o dia 6. A segunda veio na sexta-feira, 9: índice de 7% mais abono de R$ 3.300 – perda de 2,39% para uma inflação agora já fixada em 9,62% (INPC).
A proposta foi rejeitada pelo Comando na mesa de negociação, já que essa política de reajuste rebaixado levaria a categoria bancária à mesma situação vivida nos anos 1990, de grandes perdas para os trabalhadores. O pagamento de uma parcela de abono não se reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. Além disso, pelo proposto, as regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015 e o vale-cultura seria extinto a partir de dezembro. A Fenaban também não trouxe resposta para reivindicações fundamentais para os bancários, como a proteção aos empregos, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, auxílio-creche maior, vale-refeição durante a licença-maternidade.
A Fenaban apresentou na rodada de negociação iniciada no final da manhã desta sexta-feira (9), em São Paulo, nova proposta de acordo: reajuste de 7% e abono de R$ 3.300,00. Em relação à proposta de reajuste apresentada no último dia 29 de agosto, o percentual aumentou 0,5%, porém não repõe a inflação registrada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (estimada em 9,57%). O reajuste impõe uma perda salarial de 2,39%. Quanto ao abono, aumento de R$ 300,00; a proposta inicial era de R$ 3.000,00.
O processo de negociação continua. O Comando irá avaliar a proposta e apresentar sua resposta à Fenaban.

Proposta rejeitada
Na quarta rodada, realizada no último dia 29, a Fenaban propôs reajuste de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. Os bancários rejeitaram a proposta e aprovaram greve durante assembleia ocorrida no último dia 1º. A citada proposta representa 68% da estimativa de inflação acumulada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (9,57%).

Principais reivindicações
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real).
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação: R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição: R$ 880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 880,00 ao mês..
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).