segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

LEI DIZ QUE CELULAR E E-MAIL FORA DO TRABALHO PODE DAR HORA EXTRA

Em tempos de popularização dos smartphones, uma lei que acaba com a distinção entre trabalho dentro da empresa e à distância, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de 2011, já gera polêmica entre empregados e empregadores. A legislação, que alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), diz que o uso de celular ou e-mail para contato entre empresas e funcionários equivale, para fins jurídicos, às ordens dadas diretamente aos empregados. De acordo com advogados especializados, a mudança abre espaço para que funcionários que usam o celular para trabalhar após o horário de expediente, por exemplo, recebam horas extras por isso.
Até agora, a legislação trabalhista colocava no mesmo patamar o trabalho no escritório e o feito de casa, mas não mencionava o uso de tecnologias que permitem que o funcionário possa produzir onde quer que esteja.
"A CLT foi promulgada em 1943, quando não havia os meios de comunicação atuais", diz a advogada trabalhista Aparecida Hashimoto, do Granadeiro Guimarães Advogados. "Mesmo que o funcionário atenda uma ligação por cinco minutos, ele está trabalhando. Deveria ter direito a receber." É uma interpretação oposta à de entidades empresariais, como a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que rebatem que o objetivo do projeto de lei do deputado Eduardo Valente, de 2004, que deu origem à mudança da CLT, era somente regular o trabalho à distância. Ou seja, quando o funcionário tem acesso remoto inclusive ao sistema da empresa. "Para nós essa interpretação foi uma surpresa, porque o objeto, o sentido da lei era regular, garantir segurança, e não gerar insegurança", afirma Emerson Casali, gerente-executivo de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI.

REVISÃO

A mudança na legislação já faz com que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) considere revisar uma súmula, de maio do ano passado, que estabelece que o uso de pagers ou celulares corporativos não caracteriza o "regime de  sobreaviso".
Se o funcionário está de sobreaviso, a lei determina que a empresa pague a ele um terço do valor que desembolsaria na hora do expediente.
Com a alteração na CLT, o tribunal trabalha com três cenários possíveis para revisar a jurisprudência. A primeira seria considerar o pagamento por regime de sobreaviso, um terço da hora trabalhada. A segunda seria considerar o contato via e-mail ou celular como hora normal de trabalho, e a terceira seria manter a súmula e não pagar nada a mais.

Fonte: Folha de S. Paulo

Mesa com BANCO DO BRASIL debate unificação da Cassi e Economus

O representante da Federação dos Bancários de SP e MS,  Jeferson Boava presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, propôs ao Banco do Brasil a unificação da base de atendimento do Economus (ex-Nossa Caixa) e Cassi, durante debate da mesa específica sobre saúde e previdência dos funcionários de bancos incorporados (Nossa Caixa, Besc e BEP), realizada no último dia 23, em Brasília. Jeferson destacou a necessidade de um tratamento igualitário para todos os funcionários e manifestou preocupação com o isolamento dos planos de saúde dos bancos incorporados; no caso de São Paulo, o Economus.


O representante da Federação propôs também que o BB assuma a responsabilidade com a saúde dos atuais e futuros aposentados. “Cabe ao banco, patrocinar, garantir os planos de saúde dos funcionários da ativa e pós-laboral. Inclusive os representantes do BB na mesa disseram que estão sendo realizados estudos visando criar uma nova fórmula de custeio do FEAS (Fundo Economus de Assistência Social). A proposta inicial é criar grupo familiar e não individualizado. O que pode reduzir custos. Claro que essa proposta está condicionada a reabertura do FEAS”.



No que se refere à previdência, a mesa debateu a unificação administrativa da Previ e Prevmais/Economus. “O que também pode resultar em redução de custos, benéfica para todos os participantes dos planos”, observa Jeferson. Os temas voltam à mesa em breve. Apesar de solicitadas pelos sindicatos, o BB não agendou novas reuniões das mesas temáticas e permanente.


Fonte; Seeb-Campinas