sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CAIXA recusa reivindicações sobre previdência e aposentados na primeira rodada


Caixa recusa reivindicações sobre previdência e aposentados na primeira rodada

  
Crédito: Fenae
FenaeCaixa frustra empregados no início da negociação da pauta específica 

A primeira rodada de negociações específicas do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, com a Caixa Econômica Federal, nesta sexta-feira (2), começou frustrando os bancários. O banco se negou a atender reivindicações dos trabalhadores em relação à Funcef, aos aposentados e à Prevhab. 

A Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que assessora o Contraf-CUT nas negociações com o banco, cobrou que a empresa não utilize o voto de minerva na Funcef como instrumento para limitar os avanços dos trabalhadores. 

A recomposição do poder de compra dos benefícios, por exemplo, sofreu uma perda significativa devido ao voto de minerva da patrocinadora, que definiu um índice de reajuste de 2,33%, muito menor do que o permitido pelo Regulamento e pela conjuntura econômica. A empresa desconsiderou que o reajuste de 3,57%, aprovado pela diretoria executiva da Funcef e defendida pelos conselheiros eleitos, não causaria qualquer risco ao equilíbrio dos planos de benefícios. 

A Caixa mostrou também insensibilidade com os aposentados e pensionistas ao revelar que o processo de recomposição dos benefícios vai continuar, só que de forma gradual. Em relação ao pagamento do auxílio-alimentação para os aposentados e pensionistas, a Caixa vai continuar com sua política, contrariando as expectativas da categoria por um pagamento para todos os aposentados, de forma contínua. 

Discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado 

O Comando reivindicou mudança de postura em relação aos participantes do REG/Replan não-saldado, que vêm sofrendo inúmeras discriminações por parte da empresa. Esses empregados ficaram, por exemplo, impossibilitados de aderir à tabela salarial unificada do PCS de 2008 e, em 2010, eles foram excluídos do Plano de Funções Gratificados, entre outros prejuízos. 

A empresa respondeu que não enxerga esses fatos como discriminações e que vai manter essa política.

Incorporação do REB 

O Comando solicitou empenho da Caixa para pressionar as instâncias governamentais a aprovarem a incorporação do REB ao Novo Plano. A empresa manifestou interesse em concluir a incorporação e se comprometeu a agilizar o processo. 

Contencioso jurídico 

O Comando também pressionou a empresa para reduzir o número de processos da Funcef, pois muitas demandas estão relacionadas a questões trabalhistas que são decorrentes de descumprimento de obrigações da patrocinadora. 

Os representantes do banco sinalizaram que existe um plano para a criação de um Grupo de Trabalho conjunto entre os departamentos jurídicos da Funcef e da Caixa para tratar com mais eficiência os processos judiciais. Os empregados reivindicaram uma solução para esse contencioso de forma a dar mais segurança ao patrimônio dos participantes da Funcef. 

Prevhab 

A Caixa negou qualquer possibilidade de viabilizar a transferência dos participantes e assistidos da Prevhab para a Funcef e que esse procedimento é tecnicamente inviável. Além disso, no passado já foi oferecida a alternativa para transferir e quem quis mudar já está na Funcef. 

Segurança 

O Comando ainda cobrou da empresa a instalação de biombos em guichês de caixas e de penhor. A empresa informou que instalou biombos e fez mudanças nas agências situadas nos municípios em que a lei exigiu essas adaptações. T

A Caixa também afirmou que as instalações serão feitas em todas as agências até o mês de dezembro deste ano. Os empregados também reivindicaram aumento nos valores das indenizações para vítimas de assalto/sinistro. A empresa negou aumento e informou que seguirá os índices propostos pela Fenaban.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

COMANDO NACIONAL NEGOCIA SAÚDE E SEGURANÇA COM FENABAN NESTA SEGUNDA


Comando Nacional negocia saúde e segurança com Fenaban nesta segunda

  
Nesta segunda e terça-feira (5 e 6), acontece a segunda rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2011, em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne com a Fenaban para discutir os itens da pauta de reivindicações ligados à saúde e condições de trabalho e à segurança bancária.

Clique aqui para saber o resultado da primeira rodada de negociação

Entre as reivindicações de saúde, destacam-se o combate ao assédio moral e o fim das metas abusivas, ambos eleitos pelos bancários como prioridades da campanha nas consultas realizadas pelos sindicatos e na pesquisa nacional realizada pelo Dieese a pedido da Contraf-CUT. Dos 27.644 bancários ouvidos, 63% apontaram os dois problemas como prioritários nos temas de saúde do trabalhador.

"São temas fundamentais e inseparáveis, uma vez que a lógica da cobrança por metas está na raiz do crescimento dos casos de assédio moral", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Os bancos instalaram um clima de pressão constante sobre seus funcionários que beira o terror. Não é à toa que os casos de adoecimento psíquico têm crescido rapidamente entre os bancários. Não é possível falar em emprego decente numa situação como essa", completa.

As reivindicações da pauta de Saúde do Trabalhador incluem ainda itens importantes, como o reembolso de consultas médicas e do valor gasto em medicamentos de uso contínuo, e ampliação do número de horas para a amamentação no caso de filhos gêmeos, entre outros.

Segurança Bancária

As reivindicações relativas à segurança bancária também estão na pauta da próxima reunião com os banqueiros. Os trabalhadores reivindicam melhoria da assistência médica e psicológica às vítimas da violência e insegurança nos bancos; instalação de mais equipamentos de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões; adicional de 30% de risco de morte no valor da remuneração mensal; entre outras demandas.

"Os bancários estão expostos ao risco cada vez maior de assaltos. Somente no primeiro semestre deste ano foram 838 ataques a bancos e ocorreram 20 mortes em assaltos envolvendo bancos no mesmo período, segundo levantamentos feitos pela Contraf-CUT e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). É uma situação inaceitável", afirma Cordeiro.

Comando Nacional orienta mobilização

Para pressionar os bancos e buscar novas conquistas na mesa de negociação, o Comando Nacional, reunido na segunda-feira (29), em São Paulo, decidiu orientar os sindicatos a intensificar a mobilização e a realizar semanas nacionais de luta, focando o tema que estará em negociação na mesa da Fenaban, conforme abaixo: 

- 5 a 9 de setembro: saúde, condições de trabalho e segurança; 
- 12 a 16 de setembro: remuneração.

O objetivo é aumentar a mobilização da categoria e dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando a importância das reivindicações dos bancários, que visam emprego decente e melhoria do atendimento bancário para todos os cidadãos brasileiros.

Calendário de negociações com Fenaban

2ª rodada: 5 e 6 de setembro - saúde, condições de trabalho e segurança
3ª rodada: 13 de setembro - remuneração

Calendário de negociações específicas com os bancos públicos

2 de setembro: Caixa e Banco do Nordeste
8 de setembro: Banco do Brasil e Caixa
9 de setembro: Banco do Brasil e Banco da Amazônia
14 de setembro: Caixa


Fonte: Contraf-