quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Após cobrança do Comando, BB e Caixa voltam a negociar nesta sexta

  



O Comando Nacional dos Bancários retoma as negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal nesta sexta-feira (14), às 14h, em São Paulo. As novas rodadas acontecem após o envio de cartas aos dois bancos pela Contraf-CUT na última quinta-feira (6), a exemplo das correspondências encaminhadas para a Fenaban e aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) com o mesmo teor.

"Acreditamos no diálogo e apostamos na mesa de negociações e, por isso, cobramos responsabilidade dos bancos para que contribuam na construção de uma proposta decente na mesa da Fenaban para a categoria, bem como também atendam as demandas específicas dos trabalhadores de cada instituição", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Esperamos que o Banco do Brasil apresente soluções para os principais eixos de reivindicações dos funcionários, como jornada, carreira, saúde, previdência e condições de trabalho", destaca William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

"Aguardamos uma resposta efetiva da Caixa quanto às reivindicações específicas dos empregados. O banco possui condições concretas para construir uma proposta justa para os trabalhadores", ressalta Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT e empregado da Caixa. 

O envio das cartas foi uma das decisões do Comando Nacional, logo depois da rodada de negociação de terça-feira (4) com a Fenaban, que frustrou os bancários diante da manutenção da proposta insuficiente de reajuste de 6%, o que representa apenas 0,58% de aumento acima da inflação pelo INPC do período. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10,25%, valorização do piso salarial e melhoria da PLR, dentre outras demandas.

Reivindicações específicas dos funcionários do BB

Os funcionários do BB reivindicam o cumprimento da jornada de 6 horas para todos, sem redução de salário; melhorias no Plano de Carreira e Remuneração (piso maior, interstício maior, tempo menor para adquirir mérito); negociação do Plano de Comissões (pagamento das substituições, seleção interna para promoção em todos os cargos, fim dos descomissionamentos); licença prêmio e férias de 35 dias para todos; PLR aditiva ao modelo da Fenaban, sem vinculação com o Sinergia; fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências; carreira de mérito para todos; melhorias nas CABB; Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos; fim das travas para concorrência e remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário; fim do voto de Minerva na Previ; assinatura do protocolo da Fenaban de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho e revisão dos Comitês de Ética; melhorias no plano odontológico; não perder a função após afastamentos de saúde; ter ao menos um delegado sindical por local de trabalho; mais contratações e fim das terceirizações.

Reivindicações específicas dos empregados da Caixa

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores da Caixa estão: a ampliação do quadro de empregados (chegando a no mínimo 100 mil até o fim de 2013), o cumprimento da jornada de seis horas sem redução de salários para todos os empregados independente da função, melhores condições de trabalho, ATS e licença-prêmio para todos, solução dos problemas do Saúde Caixa, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado e do voto de Minerva na Funcef, tíquete para os aposentados e pagamento integral de toda hora extra realizada.

Greve a partir do dia 18

Na última quarta-feira (5), a Contraf-CUT também enviou ofício para a Fenaban, avisando o calendário de mobilização definido pelo Comando Nacional, que orientou os sindicatos a realizarem assembleias nesta quarta-feira (12) para aprovar a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir da zero hora do dia 18, com novas assembleias organizativas no dia 17. Mas até agora, passados sete dias, nenhuma resposta foi encaminhada pelos bancos.

"Aguardamos manifestação da Fenaban com uma nova proposta até o dia 17, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias. Da mesma forma, esperamos também que cada banco apresente até a mesma data propostas sobre as demandas específicas", enfatiza Cordeiro. 

"Assim como estamos abertos ao diálogo, estamos também preparados para defender os nossos direitos e nossa dignidade, recorrendo à greve a partir do dia 18 se continuarmos sendo tratados com esse desrespeito", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

Altos executivos terão aumento de 9,7%

Enquanto tenta economizar com salários e PLR dos empregados, bancos ampliam gastos com alto escalão
São Paulo - Os altos executivos das instituições financeiras, que já ganham salários milionários, terão este ano reajustes de 9,7% no montante destinado a sua remuneração anual nos quatro maiores bancos brasileiros – Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander. Os dados são fornecidos pelas  instituições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A remuneração total dos diretores dos quatro bancos, que inclui as parcelas fixas, variáveis e ganhos com ações, soma este ano R$ 920,7 milhões, contra R$ R$ 839 milhões em 2011.

Cada um dos 92 executivos do Bradesco vai receber R$ 4,4 milhões; paa o 15 do Itaú, R$ 8,3 milhões; no Santander 56 devem receber R$ 6,2 milhões, e R$ 1 milhão para 17 diretores do BB – valores sempre para cada um deles (veja abaixo no quadro).

Acionistas ganham mais – Se entre 2000 e 2005 em média 49,5% das riquezas geradas nos bancos eram destinadas aos trabalhadores na forma de salários, encargos, auxílios e PLR, entre 2006 e 2011 essa média caiu para 36,6%. Já a participação dos acionistas na riqueza gerada, por meio de dividendos e lucros reinvestidos, subiu de 25,6% entre 2000 e 2005 para 40% entre 2006 e 2011.

“Os bancos têm sido generosos com seu alto escalão e os acionistas das instituições financeiras. No entanto, querem economizar com os trabalhadores ao apresentar proposta de 6% na negociação”, diz o diretora executivo do Sindicato, Neiva Ribeiro. “Não vamos aceitar!”

Hoje Assembléia no Sindicato...


AGORA É A HORA,
Quem define a greve é você!
A assembléia é o fórum maior de decisão de todos os integrantes da categoria. Soberana, é nela, por meio do voto direto, que decide tudo o que se refere à mobilização e aos interesses dos trabalhadores. Por isso, bancário, é fundamental sua participação em todas elas. Fique atento aos veículos de comunicação do Sindicato para saber todas as informações referentes à campanha.

ASSEMBLÉIA “Hoje”

1. Avaliação e deliberação sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela FENABAN na reunião de 28/08/2012, à minuta de reivindicações entregue em 01/08/2012;

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 18/09/2012;

DIA: 12.09.2012

HORÁRIO: 20 HORAS

LOCAL: SEDE DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS  Avenida Antonio Marques da Silva, 2245 – Jardim Morada do Sol – Presidente Venceslau-SP