quinta-feira, 3 de maio de 2012

Santander lucra R$ 1,76 bilhão no trimestre.


Resultado mundial também foi anunciado. No Brasil, ativos totais do banco cresceram 3,5% em 12 meses

São Paulo – O Santander anunciou na quinta-feira dia 26 que o lucro líquido registrado no primeiro trimestre de 2012 alcançou R$ 1,76 bilhão.

Embora a comparação do lucro ao mesmo período do ano anterior mostre a retração de 3,3%, na comparação com os três últimos meses de 2011, os ganhos líquidos da instituição financeira registraram alta de 7,5%. “Essa margem menor não quer dizer que o banco ganhou menos dinheiro, mas quer dizer que ele provisionou muito mais”, explica a dirigente sindical Maria Rosani.

Os ativos totais do banco somaram R$ 415,63 bilhões em março de 2012, crescimento de 3,5% em 12 meses. Já a carteira de crédito da instituição financeira totalizou R$ 199,3 bilhões, o que corresponde a aumento de 17,3% em 12 meses. A inadimplência ficou estável em relação a igual período do ano passado em 4,5% da carteira de crédito.

Lucro mundial - O Santander também anunciou o lucro mundial. O valor líquido trimestral alcançou 1,604 bilhão de euros, queda de 23,9% em ritmo anual, em consequência das reservas superiores a 3 bilhões de euros para proteger a instituição de seus ativos imobiliários.

Itaú, Bradesco e Santander ganham R$ 11,594 bi em tarifas no 1º trimestre


Juntos, os três maiores bancos privados no Brasil obtiveram R$ 11,594 bilhões em receitas com a prestação de serviços e tarifas bancárias durante os três primeiros meses de 2012. 
No Bradesco, o crescimento foi de 17,3% na comparação com o primeiro trimestre do último ano, de R$ 3,510 bilhões para R$ 4,118 bilhões. 
O Santander Brasil expandiu 15,5% no mesmo período, de R$ 2,142 bilhões para R$ 2,473 bilhões. Já o Itaú Unibanco ampliou em 12%, para R$ 5,003 bilhões.
Os números já refletem uma nova tendência entre as instituições financeiras de ganhos além do crédito, apontou o educador financeiro Reinaldo Domingos. "Sabendo da maior tendência de baixa dos juros, os bancos já começaram a migrar os ganhos para os serviços. Há uma necessidade de transferir as margens do spread, mas é um reflexo ainda pequeno perto do que virá no próximo trimestre". 
Domingos detalhou que as receitas de prestação de serviços serviam para balancear as despesas das agências, principalmente com funcionários, mas que o cenário agora é de lucratividade, já que as quedas nas taxas de juros tendem a reduzir os ganhos com o crédito. "Baixa com o spread e vai buscar em outro lugar. Ainda há a tecnologia, que deixa os custos destes serviços muito baixos." 
Em seus resultados, o Bradesco já demonstrou dependência menor do crédito. Do total, 27% correspondem à área de financiamentos, 25% de serviços, 9% de títulos e valores mobiliários e 7% das captações. Até março de 2011, a proporção era de 30%, 25%, 10% e 7%, respectivamente. 
A maior expansão, de 20,3% no acumulado de 12 meses, ocorreu nas rendas de cartão, para R$ 1,389 bilhão. Com alta de 19%, as receitas da administração de consórcios cresceram para R$ 144 milhões. Já com conta corrente, o Bradesco faturou R$ 748 milhões no período, acréscimo de 15,3%. "Alta com receita de serviços com a entrada de 2 milhões de novos correntistas e 12 milhões de novos cartões", explicou Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo do banco, durante divulgação do balanço. 
O economista da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, disse que o aumento nas receitas com a prestação de serviços está relacionado a entrada de novos clientes, tarifas, sinergia operacional e novos produtos. "32% do resultado do Bradesco veio com seguros e ainda há a área de cobrança, administração de carteiras. O fee é muito elevado". 
Salles concordou sobre as reduções de gastos. "A receita com serviços fica ombreando com despesas de pessoal. Enxugam gastos e maximizam ganhos". 
Na divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano, Marcial Portela, presidente do Santander Brasil, destacou os bons rendimentos com o ramo de tesouraria e serviços. "Significa que o banco está em uma boa colocação com a queda dos juros". 
Ao todo, a instituição obteve R$ 2,473 bilhões em receitas de prestação de serviços e tarifas. Em relação ao período de janeiro a março de 2011, cartões acumulou crescimento de 36,7%, de R$ 473 milhões para R$ 646 milhões. Portela creditou a alta aos serviços de credenciamento de estabelecimentos comerciais para o uso de meios eletrônicos de pagamento, em parceria com a GetNet. "A adquirente tem uma ampla oferta de serviços para pessoa jurídica, que está crescendo e ajuda nas receitas de cartões". 
Em seguida, a renda com operações de crédito ampliou 23,4%, para R$ 272 milhões, e serviços de recebimento teve acréscimo de 17,2% ante o primeiro trimestre de 2011, para R$ 146 milhões. 
Já o Itaú Unibanco obteve expansão da renda com prestação de serviços e tarifas de 12% no ano, para R$ 5,003 bilhões. Os destaques, segundo Rogério Calderón, diretor Corporativo e de Controladoria do Itaú, ficam com o aumento no número de clientes, gestão de fundos e cartões. 
Os serviços de conta corrente expandiram 30,3% no período, para R$ 750 milhões. O faturamento com a administração de recursos evoluiu 11%, para R$ 707 milhões, e com cartões de crédito subiu 20,1%, para R$ 2,031 bilhões. "O maior uso de cartões permitiu o crescimento anualizado de 20%", disse Calderón.


Fonte: Panorama Brasil

Banco do Brasil apresenta lucro de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre.

  
Folha Online

O Banco do Brasil, maior instituição financeira do país, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre do ano, queda de 14,7% na comparação anual e retração de 15,8% ante o período imediatamente anterior. A queda ocorre em meio a maiores provisões para perdas diante da tendência de aumento da inadimplência.

A carteira de crédito ampliada, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, chegou a R$ 473,1 bilhões em março, crescimento de 19% em 12 meses e participação de 19,2% do mercado nacional.

A taxa de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias atingiu 2,2% da carteira de crédito, superior aos 2,1% registrados no mesmo período do ano passado. O banco destaca que o resultado ficou abaixo do registrado no Sistema Financeiro Nacional, de 3,7%.

Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1 trilhão no período, evolução de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,4% a dezembro de 2011.

"Essa marca histórica está diretamente relacionada ao crescimento da carteira de crédito, especialmente consignado, baixa inadimplência e melhoria da eficiência operacional", diz em comunicado ao mercado.

No entanto, o BB teve despesas com provisões para perdas com devedores duvidosos de R$ 3,576 bilhões no período, aumento de 36% em um ano e o maior nível desde pelo menos o quarto trimestre de 2009.

Os resultados do Bradesco, Itaú e Santander, divulgados na semana passada, foram afetados pela inadimplência. As provisões deles também tiveram que aumentar no período.

CRÉDITO POR SEGMENTO 

O crédito às pessoas físicas atingiu R$ 133 bilhões ao final de março, evolução de 14,2% em um ano. Esse montante representa 28,1% da carteira total do BB.

A instituição destaca o crescimento do crédito consignado que atingiu R$ 52,6 bilhões, expansão de 14,3% em 12 meses e 31,8% de participação de mercado.

No segmento de pessoas jurídicas, a carteira de crédito apresentou expansão de 17,8% em 12 meses, registrando saldo de R$ 211,4 bilhões.

Para o BB, o destaque foi para as operações com micro e pequenas empresas, "que tiveram o desempenho impulsionado por linhas de investimento, cujo crescimento foi de 27,8% na comparação em 12 meses e 9,7% contra o quarto trimestre de 2011".

A instituição destacou no anúncio do resultado que o crédito imobiliário "mantém sua trajetória de crescimento com saldo de R$ 8,6 bilhões em março, expansão de 107,3% em 12 meses". Os desembolsos no trimestre atingiram R$ 1,3 bilhão, 57,8% a mais do que o observado no primeiro trimestre de 2011.

O volume de negócios com pessoas jurídicas chegou a R$ 357,4 milhões e de pessoas físicas a R$ 975,2 milhões. Dentro do Programa Minha Casa Minha Vida foram financiadas 10,8 mil unidades habitacionais com 2.600 famílias atendidas. (Com a Reuters)