segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comando avisa Fenaban que prazo para fazer nova proposta é até segunda

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, encaminhou nesta quinta-feira, dia 23, um documento ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, comunicando que a proposta apresentada de reajuste de 4,29% não atende a reivindicação de aumento real de salários contida na minuta entregue no dia 10 de agosto.

A representação dos bancários avisou os bancos que o Comando Nacional está orientando os sindicatos a realizarem assembléias rejeitando essa proposta e apontando greve por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima quarta-feira, dia 29.

No documento, o Comando Nacional reafirmou que, mantendo a cultura de apostar no processo negocial, aguarda manifestação da Fenaban com uma nova proposta até segunda-feira, dia 27, para que possa ser submetida à apreciação das assembleias dos sindicatos que ocorrerão na terça-feira, dia 28, em todo país.

O envio da carta para a Fenaban foi definido pelo Comando Nacional, após a apresentação da proposta dos bancos que, apesar dos lucros crescentes, não possui aumento real, valorização dos pisos e PLR maior, muito menos traz avanços sociais, como a melhoria das condições de trabalho, o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades e segurança contra assaltos e seqüestros.


Veja a íntegra da carta:

São Paulo, 23 de setembro de 2010.

À
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS BANCOS - FENABAN
PRESIDÊNCIA
SR. FÁBIO COLLETTI BARBOSA
NESTA

O sistema financeiro brasileiro vem apresentado sucessivos resultados positivos em seus lucros com a manutenção de rentabilidade em patamares superiores a 25% ao ano e crescimento dos lucros na faixa de 32% ao ano, reflexo de um circulo virtuoso vivido pelo nosso País nos últimos anos e do incansável esforço de seus trabalhadores.

Todavia, a proposta apresentada pela Comissão de Negociação dessa Federação de Bancos no último dia 22 de setembro não considera essa realidade, na medida em que não atende nossa reivindicação de aumento real de salários e rejeita o reajuste salarial contido na minuta entregue em 10 de agosto do corrente ano.

Diante do acima exposto, o Comando Nacional está orientando os Sindicatos dos Bancários a realizarem assembléias rejeitando a proposta e apontando greve por tempo indeterminado a partir da zero hora do dia 29 de setembro.

Nada obstante, mantendo nossa cultura de apostar no processo negocial, aguardamos manifestação dessa Federação com uma nova proposta até o dia 27 de setembro para que possamos submetê-la às assembléias que se realizarão no dia 28 de setembro. Em caso de não manifestação dessa Federação, manteremos a orientação de greve descrita acima.

Para que possamos continuar buscando um acordo que atenda a expectativa dos trabalhadores do sistema financeiro, é necessário que essa Federação de Bancos transija de sua proposta e para tanto aguardamos sua manifestação.

Atenciosamente

Carlos Alberto Cordeiro da Silva e Juvandia Moreira Leite
Coordenadores do Comando Nacional dos Bancários


Fonte: Contraf-CUT

BANCO DO BRASIL - PREVI AUMENTA TETO E PRAZO DO EMPRÉSTIMO SIMPLES DO PLANO 1

A Diretoria Executiva da PREVI aprovou a proposta da Diretoria de Seguridade e revisou as condições do Empréstimo Simples (ES) para os associados do Plano 1, aumentando o teto de R$ 75 mil para R$ 100 mil e prorrogando o prazo máximo de concessão de 72 para 96 meses. A medida valerá para os empréstimos que forem contratados ou renovados a partir de primeiro de outubro e atenderá a demanda de muitos associados.
Como o valor das prestações está limitado a 30% da remuneração, esta margem consignável determina o valor máximo que cada associado poderá requerer de empréstimo. No cálculo da margem consignável são considerados outros descontos, tais como financiamento imobiliário, contribuições à Previ e à Cassi e as verbas do PAS.
Com o aumento do teto de concessão, poderão contratar uma linha de crédito maior ou renovar por um montante maior todos aqueles que tiverem margem disponível. O aumento do prazo de concessão também permitirá contratar um empréstimo maior mesmo por parte de muitos que já extrapolavam a margem consignável, pois a dilação do prazo de pagamento reduzirá o valor de sua prestação mensal.
Os encargos do empréstimo continuam sendo o mínimo permitido pela legislação: a taxa de juros atuarial, correspondente ao INPC mais 5,5% de juros ao ano, aplicados sobre o saldo devedor do empréstimo a cada mês. Continua sendo a linha de crédito mais barata a que os associados da PREVI têm acesso.
A única mudança nas condições do empréstimo foi relativa ao Fundo de Quitação por Morte (FQM), um percentual aplicado mensalmente sobre o saldo devedor, necessário para quitar as prestações vincendas dos mutuários que falecerem. A partir de primeiro de outubro, os associados que completarem até 69 anos e 11 meses na data da contratação ou renovação pagam o percentual de 0,9% para o FQM e os associados de 70 anos ou mais pagam o percentual de 2%. Esta segmentação deve-se aos percentuais de risco distintos dos dois públicos.
Dos 117 mil associados do Plano 1, cerca de 64 mil têm contrato de empréstimo simples.

ES do Previ Futuro não foi alterado - As condições do empréstimo simples dos associados do Previ Futuro não foram alteradas. Está mantido o teto de R$ 35 mil e o prazo máximo para pagamento em 60 meses.
O aumento do teto e a dilação do prazo não foram feitos por falta de recursos disponíveis. A legislação estabelece que um plano de previdência pode destinar no máximo 15% de seus recursos para operações com participantes (empréstimos simples e financiamentos imobiliários). No Previ Futuro, 14% são destinados para ES e 1% para financiamentos imobiliários. O percentual comprometido com ES tem oscilado entre 13% e 14%. Se houver aumento no teto e no prazo poderá ser ultrapassado o limite permitido pela legislação. No futuro, à medida que crescerem as reservas do plano, as condições do empréstimo poderão ser revistas.

Dos 62 mil associados do Previ Futuro, cerca de 21 mil contratam empréstimos.

Fonte: Informativo PREVI