sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Paralisação entra no 11º dia Bancários das concentrações e agências dos principais bancos do país mantêm mobilização forte para quebrar silêncio da Fenaban
ão Paulo – Concentrações do Itaú Unibanco, HSBC, Banco do Brasil, Santander e Caixa Federal, além de agências de todos os bancos, amanheceram com as atividades paralisadas nesta sexta 7, quando a greve nacional da categoria chega ao 11º dia.
Aderiram ao movimento as concentrações do ITM, CAT e Ruas Fábia e Cláudia, do Itaú Unibanco; Telebanco do HSBC; SP1 e SP2, do Santander; complexos São João, Verbo Divino e 15 de Novembro do Banco do Brasil; Rerop, Prédio da Sé, Redea, da Caixa Federal.
Na quinta-feira 6, décimo dia da greve, 8.758 unidades foram fechadas no Brasil. Em São Paulo, Osasco e região mais de 30 mil trabalhadores pararam em 807 locais, sendo 17 grandes concentrações.
Assembleia - Como não houve novidade nem negociação marcada, não haverá assembleia nesta sexta-feira 7. A data da próxima assembleia será divulgada pela Folha Bancária e no site. O Comando de Greve reúne-se nesta sexta-feira, às 16h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413).
Quinto dia útil - Cliente, se a agência que você procura está fechada, a culpa é dos banqueiros. A paralisação foi o último recurso dos trabalhadores, após um mês e meio de negociações em que os representantes dos bancos só disseram não a necessidades importantes da categoria, que visam reduzir o alto grau de adoecimento dos bancários e melhorar o dia a dia nos locais de trabalho.
E isso tem tudo a ver com os usuários. Se, por exemplo, os bancos contratarem mais – uma das coisas que os bancários querem –, além de melhorar a rotina dos trabalhadores, essa medida pode reduzir as filas e melhorar muito a qualidade do atendimento.
Além disso, os bancários também querem o fim das metas abusivas na venda de produtos, por meio das quais os bancos ganham tanto, cobrando altas tarifas dos clientes. A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos arrecadam com essa prestação de serviços muito mais do que pagam aos seus funcionários. “Isso quer dizer que, somente com o que cobram dos clientes, os bancos poderiam ter bem mais bancários para atender mais e melhor. É isso que queremos.”
Salário – Os bancários também querem aumento real de salário. “Os bancos viram, nos primeiros seis meses deste ano, o lucro crescer 20%, mas querem pagar somente 8%, o que significa 0,56% acima da inflação”, explica Juvandia. “Eles podem pagar mais e atender às outras demandas da categoria. Por que somente os banqueiros precisam ganhar tanto? Eles devem muito à sociedade brasileira, e podem gerar mais empregos para melhorar a qualidade de atendimento e preservar a saúde de seus funcionários.”
Redação - 07/10/2011 - fonte: Seeb-SP