segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Datas e Pagamentos da PLR

PLR
Banco
Quando
O que
HSBC
25/2
Segunda Parcela Fenaban
+
PPR (programa próprio) sem desconto
da antecipação de 15% 
Banco do Brasil
28/2
Segunda Parcela Fenaban**
+
Distribuição linear de 4% do lucro
líquido do segundo semestre
Módulo Bônus
Caixa
1/3
Diferenças
+
2ª metade da PLR Social
Itaú Unibanco
1/3
Segunda Parcela Fenaban*
+
PCR (programa próprio) de R$ 1,6 mil
Bradesco
Já pago
Segunda Parcela Fenaban*
Santander
Já pago
Segunda Parcela Fenaban*

PPRS 
(programa próprio)
* Nesses bancos, cada trabalhador recebe 2,2 salários com teto de R$ 15.798,20, descontando-se o adiantamento feito em 2010 de 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de R$ 4.308,60 mais adicional de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400, descontando-se, também, o adiantamento de 2% do lucro do 1° semestre, no teto de R$ 1.200

**No caso do BB, são 45% da regra básica mais valor definido pelo banco

Contraf retoma negociações do GT Saúde com a Caixa e debate Saúde Caixa


A Contraf-CUT retomou nesta quarta e quinta-feira, dias 23 e 24, as negociações no GT Saúde com a Caixa Econômica Federal. Entre os principais pontos da pauta de saúde do trabalhador tratados na reunião, os mais urgentes foram o Saúde Caixa e as normas RH 025 (referente a afastamento por doença ou acidente não relacionado ao trabalho) e 052 (que trata dos acidentes e doenças do trabalho).

O banco reformulou sua comissão de negociação no GT Saúde, que passa a ser coordenada por Ana Telma Monte, que também coordena a mesa de negociação permanente entre trabalhadores e empresa. Em sua fala, ela relatou que o vice-presidente de Pessoas do banco declarou que pretende fazer de 2011 o ano da saúde do trabalhador na Caixa.

"É uma posição positiva, que indica uma preocupação maior da Caixa com os temas de saúde. Além disso, a presença de uma representante da comissão principal na mesa de saúde pode ajudar as negociações a fluírem mais objetivamente. Vamos ver se na prática conseguimos avançar", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

Começados os debates, o banco concordou com a pauta levada pelos bancários. Os dois lados assumiram o compromisso de levantar para a próxima reunião os temas cujo debate no GT não foi concluído ou aqueles que precisam de nova discussão. 

O banco assumiu ainda o compromisso de que qualquer norma definida ou alterada durante as negociações não será alterada de forma unilateral pelo banco. "Isso é importante para que não aconteça novamente como no caso das normas RH025 e RH052, nas quais a Caixa fez uma série de alterações em temas que haviam sido negociados e agora estamos lutando para retomar as formulações originais", afirma Plínio.

Os debates prosseguiram com exposições da posição da Contraf-CUT sobre os temas da pauta. Sobre o RH 052, um dos principais pontos em debate diz respeito a procedimentos de emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Na formulação anteriormente discutida no GT, estava clara a necessidade de emissão da CAT a partir da suspeita, mas isso foi alterado pela Caixa de forma unilateral.

Além disso, a Caixa tem interpretado, de forma incorreta, que, com a aprovação do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), a emissão da CAT estaria dispensada. "Essa interpretação esta errada e é necessário que conste na norma a obrigatoriedade da emissão", defende Plínio.

Os trabalhadores também apresentaram as propostas definidas durante o 26º Conecef para o Saúde Caixa, em especial para a utilização do superávit do plano. O fechamento do balanço de 2010 mostrou um superávit de R$29,5 milhões, acumulando cerca de R$ 120 milhões no caixa do plano - sem contar a remuneração pela taxa Selic, que a Caixa se comprometeu a regularizar. Os bancários apresentaram propostas para a melhoria da cobertura do plano e da rede credenciada, bem como da estrutura de gestão nos estados.

"Foi uma reunião importante porque tivemos a oportunidade de expor toda nossa visão a respeito dos problemas em todos os temas tratados e que trouxe perspectivas positivas para a solução dos problemas. Vamos ver se elas se traduzem em ações efetivas", afirma Plínio.

A próxima reunião do GT Saúde ficou agendada para os dias 28 e 29 de março.

Fonte: Contraf-CUT

Para combater as LER/Dort, é preciso melhorar as condições de trabalho

  

















No dia 28 de fevereiro, é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre as Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort). A intenção é difundir as causas e combater a disseminação destas doenças, que estão entre as principais responsáveis por afastamentos do trabalho.

Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mais de 45% dos benefícios previdenciários concedidos têm como causa as LER/Dort. Consideradas como questão de saúde pública mundial, tais doenças são símbolo do descaso das empresas no que diz respeito à integridade física e mental de seus funcionários. As lesões são acarretadas por atividades desenvolvidas diariamente no ambiente de trabalho, resultando em dor e sofrimento ao trabalhador, podendo inclusive atingir estágios irreversíveis. 

Dentre as categorias mais afetadas estão os bancários, metalúrgicos, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias e jornalistas. Na categoria bancária, os afastamentos decorrentes das lesões são, em média, de 493 dias contra uma média nacional de 269 dias.

"A maior causa dos problemas de saúde dos bancários está na forma de organização do trabalho imposta pelos bancos, com metas abusivas, pressão constante, jornadas excessivas e condições inadequadas de trabalho. Os trabalhadores precisam ter a possibilidade de discutir estes temas e interferir na definição na organização do trabalho e a Contraf-CUT está lutando para isso", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bancários entre os que mais adquirem LER/Dort Palestra no Sindicato marca dia internacional de prevenção à doença

São Paulo - Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mostram uma realidade já conhecida na prática pelo Sindicato: são os trabalhadores do ramo financeiro que apresentam, proporcionalmente, o maior número de casos LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

“Os números não são exatos. O INSS, por exemplo, só relaciona os trabalhadores que receberam o benefício. Mesmo assim, eles reforçam o que percebemos na prática. Ou seja, que o meio bancário, com a cobrança de metas inatingíveis, sobrecarga de trabalho, ritmo excessivo, pressão e assédio moral, é o que mais adoece os trabalhadores por LER/Dort”, afirma a médica sanitarista Maria Maeno, especialista em saúde do trabalhador e coordenadora da equipe que elaborou em 2006 o Protocolo de LER do Ministério da Saúde.

Em 2008, segundo a Pnad, mais de 69 mil trabalhadores do ramo financeiro disseram ter diagnóstico médico de tendinite ou tenossinovite, manifestações clínicas das LER/Dort.

De 2005 a 2008, 1.489 bancários receberam benefício por incapacidade causada por doenças do sistema musculoesquelético, segundo dados do INSS. A médica reforça que, apesar de alto, esse total não dá conta da realidade, já que diversos bancários com LER são “invisíveis” para a Previdência: “Não entram nas contas do INSS, as pessoas com LER que continuam trabalhando, e não entram os que tiveram o benefício negado.”

Nexo – Além disso, lembra a sanitarista, a subnotificação só diminuiu a partir de 2007, quando o INSS reconheceu que a categoria bancária era mais propensa a doenças do tipo, com a implementação do nexo técnico epidemiológico (NTEp). 

“Analisando seus próprios dados, o órgão reconheceu que algumas categorias de trabalhadores têm mais determinadas doenças do que outras, e que essas doenças estariam, portanto, relacionadas ao trabalho. A partir disso, o INSS determinou que deve ser concedido o auxílio-acidentário a todo bancário que apresente quadro de LER ou de doenças mentais, outro tipo de adoecimento muito comum na categoria”. 

Ainda assim, explica Maria Maeno, o perito do órgão tem a prerrogativa de julgar cada caso. “Não temos os dados dos casos (de bancários) que são descaracterizados pelos peritos e sem isso, não temos como saber se o nexo técnico-epidemiológico está sendo aplicado como deveria”, critica.
Para ela, apesar dos avanços como o Protocolo LER e o NTEp, o Estado brasileiro ainda não dá a atenção devida ao problema. “A saúde do trabalhador ainda não entra na equação que calcula o crescimento econômico. Ela merece mais atenção do governo e mais espaço na agenda de políticas públicas”, defende.

fONTE: SEEB SÃO PAULO

Lei estadual obriga bancos a colocar divisórias entre os caixas em São Paulo

  
Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloUma nova lei pode obrigar os bancos a colocar divisórias nos caixas (tanto nos eletrônicos quanto nos operados por funcionários), isolando quem faz saques dos outros clientes.

O projeto do deputado Vanderlei Siraque (PT) foi aprovado nesta terça 22 pela Assembleia Legislativa de São Paulo e tem por objetivo evitar a ação de olheiros dentro das agências e posteriores roubos nas ruas, chamada de crime da "saidinha" dos bancos. Para virar lei, o projeto depende da sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Os biombos deverão ter no mínimo 1,8 m de altura e ser de material opaco, que impeça a visibilidade. De acordo com Siraque, a medida, se aprovada por Alckmin, terá de ser implantada em 90 dias. Em caso de descumprimento, o projeto prevê multa diária de R$ 8.725.


Fonte: Seeb São Paulo

Virada histórica elege candidatos da chapa Mãos dadas pelo Banesprev

  
Crédito: Afubesp
Afubesp
Eleito, Paulo Salvador comemora virada no Banesprev com banespianos 

Terminou por volta das 18h30 desta quarta-feira, dia 23, a apuração dos votos da eleição do Banesprev, que foi realizada no Esporte Clube Banespa. 

O resultado final aponta uma virada histórica dos candidatos da chapa Mãos dadas pelo Banesprev, apoiados pela Afubesp, Contraf-CUT e entidades sindicais, que foi conquistada com os votos feitos pela internet, bandeira defendida insistentemente pelos representantes das entidades há anos.

Paulo Salvador, no Conselho Deliberativo (de Administração) e Shisuka Sameshima, no Comitê de Investimentos, foram os mais votados e estão eleitos. 

Votos irregulares

A apuração para as diretorias financeira e para as segundas vagas do Conselho Deliberativo e Comitê de Investimentos pode mudar por conta dos votos que chegaram com data posterior ao encerramento oficial da eleição, dia 15 de fevereiro. 

Assim, há possibilidade de outros três candidatos da chapa Mãos dadas pelo Banesprev serem eleitos: Márcia Campos (Comitê de Investimentos), Rita Berlofa (Conselho Deliberativo) e Walter Oliveira (Diretoria Financeira).

Isto porque os votos irregulares - aqueles que foram carimbados pelos correios depois da data final estipulada no estatuto das eleições (15 de fevereiro) - podem sofrer impugnação.

A Afubesp, o Sindicato de São Paulo e os candidatos da lista "Mãos dadas pelo Banesprev" protocolaram reclamação formal sobre a prorrogação do prazo da eleição somente por correio. As entidades pediram que fosse também prorrogada votação pela internet, mas tiveram o pedido negado pelo Banesprev.

Embora tenha feito alteração na data final da eleição via correio, o fundo de pensão dos banespianos não procedeu os ajustes nos editais e nos comunicados, configurando um procedimento irregular. 

Votos pela internet fizeram a diferença

Todos os candidatos da chapa adversária estavam na frente até começar a contagem dos votos eletrônicos. "Houve uma explosão de votos para a nossa chapa vindos dos colegas que optaram pela internet", comentou Paulo Salvador, presidente da Afubesp, candidato mais votado para assumir uma vaga no Conselho Deliberativo. "Agradecemos muito a confiança dos colegas".

Confira o resultado final da apuração, incluindo os votos irregulares:

Conselho Deliberativo (de Administração)

Djalma Emidio Botelho - 7.691 votos - 24,71%
Rogério Fuzato Sanches - 609 votos - 1,96%
Rita de Cássia Berlofa - 7.548 votos - 24,25%
Alécio Pinheiro da Silva - 6.943 votos - 22,31%
Paulo Roberto Salvador - 7.832 votos - 25,16%
Brancos - votos 373 - 1,20 % 
Nulos - votos 130 - 0,42 %

Total: 31.126

Comitê de Investimentos

Shisuka Sameshima - 8.030 votos - 25,80%
Flávio Roberto Pelisson - 7.698 votos - 24,73%
Márcia Campos - 7.430 votos - 23,87%
Nivaldo Tonella - 7.444 votos - 23,92%
Brancos - 417 votos - 1,34% 
Nulos - 107 votos - 0,34%

Total: 31.126

Diretoria Administrativa

Ricardo Mitsouka - 8.574 votos - 55,09%
Salime Maria Couto - 6.832 votos - 43,90%
Brancos - 92 votos - 0,59% 
Nulos - 65 votos - 0,42%

Total: 15.563

Diretoria Financeira

Aderaldo Fandinho Carmona - 7.842 votos - 50,36%
Walter Antonio Alves Oliveira - 7.580 votos - 48,71%
Brancos - 79 votos - 0,51% 
Nulos - 62 votos - 0,40%

Total: 15.563


Fonte: Contraf-CUT com Afubesp

Bancários discutem jornada de 6h, PCR, assédio moral, Previ e Sesmt com o BB

  
Crédito: Aguinaldo Azvedo
Aguinaldo Azvedo
Por mais de três horas, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEE), coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), negociou com a direção do banco uma pauta extremamente importante ao funcionalismo.

Durante a reunião, iniciada às 10h desta sexta-feira (18), o movimento sindical fez denúncia da ocorrência de uma prática coletiva de assédio moral nas dependências, cobrou a assinatura do acordo aditivo de combate ao assédio moral, apresentou propostas para negociação de revisão do Plano Previ Futuro e reivindicou a retomada da mesa de negociação do plano 1, e cobrou a implantação da carreira de mérito. Os trabalhadores também solicitaram ao BB que aprove mudança em seu estatuto para incluir um representante dos bancários no Conselho de Administração da instituição financeira.

Em relação ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar o concurso para completar o quadro de pessoal não preenchido com o processo de seleção interna. O negociador do banco José Roberto reconheceu que houve atraso no edital para a abertura do certame.

"Essa situação não pode se estender por mais tempo. A chamada Carreira Sesmt trará importantes melhorias para a saúde e segurança do conjunto do funcionalismo, uma vez que implanta serviços que garantem condições seguras de trabalho", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato.

Ao reivindicar mudanças no Previ Futuro, a CEE cobrou o resgate da parte 1 (contribuição para o benefício de risco) e das contribuições patronais, além da diminuição da parcela Previ. "Os funcionários pos-98 também precisam dessas mudanças justas e necessárias para aprimorar o plano Previ Futuro", observa Rafael Zanon, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) na CEE e diretor do Sindicato. O banco ficou de agendar uma negociação específica para tratar apenas do Previ Futuro.

A CEE solicitou mudança no estatuto do BB para contemplar a eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração do banco. A reivindicação está de acordo com projeto de lei sancionado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que autoriza a inclusão dos trabalhadores nos conselhos de administração. Em resposta, o BB disse que aguarda a regulamentação do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) sobre o tema.

Carreira de mérito

O Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) foi um dos assuntos abordados entre os representantes dos bancários e do BB. O negociador do banco informou que o BB vai cumprir o prazo e viabilizar a carreira de mérito até o final de março. Na folha de abril, segundo José Roberto, serão disponibilizados os reflexos. "Esperamos que o banco cumpra até 31 de março o que foi acordado durante a campanha nacional. E, assim, restabeleça a confiança da mesa de negociação, arranhada com o atraso na implantação do plano odontológico", avisa Eduardo Araújo. 

Ainda sobre o PCR, o negociador ressaltou que a pontuação por cargo será apresentada ao movimento sindical até a próxima semana. Serão consideradas substituições e reflexos aos sábados, domingos e feriados, a título de pontuação.

O funcionário que não tem a verba CTVF receberá a receita imediata ao alcançar a pontuação para o mérito. A Comissão de Empresa também reivindicou adiantamento para março aos bancários que têm valores a receber em relação ao PCR.

A CEE cobrou explicações do BB por ter se recusado a assinar acordo de assédio moral com a Contraf-CUT no último dia 26 de janeiro. O negociador do banco tentou justificar a ausência da instituição na assinatura do texto afirmando que o BB já possui um instrumento de combate ao mal: os comitês de ética. "Mesmo com os comitês, o banco poderia muito bem ter aderido ao acordo, assim como fizeram Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank. Não há conflito", critica Wagner Nascimento, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região e integrante da CEE.

Incorporados

Um dos assuntos mais debatidos na primeira negociação entre a CEE e o BB foi a situação dos funcionários oriundos dos bancos incorporados pelo Banco do Brasil em relação aos planos de previdência e de saúde. O movimento sindical solicitou encontro com o BB para discutir o tema e receber informações mais detalhadas.

Também foi informado ao banco que os sindicatos estão criando grupos de estudos para elaborar uma proposta definitiva e ampla sobre o tema. Parte desses bancários está sem plano de saúde (Cassi) e plano de previdência (Previ). "Recebemos inúmeras denúncias de trabalhadores que estão passando dificuldades por estarem totalmente desamparados e com sérios problemas financeiros. Sem plano de saúde, eles estão sendo obrigados a tirar dinheiro do próprio bolso para custear tratamentos caríssimos de saúde", lembra Raquel Kacelnikas, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do BB. 

Big Brother do BB

A CEE cobrou explicações da direção do Banco do Brasil acerca do novo sistema de gerenciamento de serviços implementado nos CSOs e na Disap, que vem expondo todas as equipes a constrangimentos e pressões por conta da publicação dos nomes dos funcionários em ranking que mede o desempenho individual.

Na avaliação do movimento sindical, trata-se de uma flagrante política de assédio moral coletivo. Além de Brasília, a comissão relatou o mesmo problema em outros estados. Pelo novo sistema, que recebeu o apelido de Big Brother uma vez que todos têm acesso a ele, os bancários recebem sinalizações em vermelho, amarelo e verde de acordo com o nível de metas atingidas.

Segurança

Em virtude da nova ambiência das agências, a CEE solicitou reunião com o banco para tratar do assunto, negociação que ainda inclui a retirada das portas de segurança nas unidades. O coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo, também denunciou que alguns gestores estão vedando férias nos períodos de grande movimento bancário (julho/dezembro).

Reestruturações

Os problemas causados pelas reestruturações de alguns setores, como a Coger, Dicom, Dicre, Dinop, CSO e CSL, entre outros, não deixaram de ser abordados pela CEE. A comissão solicitou garantia e prioridade aos funcionários dos setores reestruturados, como ocorreu na Nossa Caixa, quando foram bloqueadas as comissões até a realocação dos funcionários. "Pedimos, no mínimo, a ampliação do VCP", acrescenta Araújo. A Comissão de Empresa ainda solicitou mais informações sobre possíveis mudanças na Dinop. O banco ficou de dar uma resposta na próxima negociação permanente com a Comissão de Empresa.

6 horas

Em relação à reivindicação pelo cumprimento da jornada de 6 horas - uma conquista histórica do movimento sindical -, a CEE reafirmou a necessidade de o BB seguir a legislação vigente. "O Sindicato e a Contraf-CUT farão manifestações em todo o país para mobilizar os bancários e dar visibilidade à luta", afirma Ana Smolka, representante da Fetec-PR.

O BB disse que está estudando uma solução para o assunto. "Até agora não existe nota técnica pronta do conselho diretor, o que existe de fato é um grupo interno que esta fazendo estudos e, quando houver um caminho, o banco pretende apresentar eventual proposta para o movimento sindical", frisou o negociador do banco.

Outra preocupação da CEE é o projeto de agências complementares, que prevê a contratação de correspondes bancários. O BB ficou de apresentar o projeto aos sindicatos. A meta do banco é firmar presença em todos os 5.465 municípios do país até 2015.

Araújo ainda questionou o banco sobre a perda de comissões dos trabalhadores em Santa Catarina, que vieram do Besc. O banco ficou de dar retorno aos dirigentes sindicais o mais breve possível.

A negociação não ficou restrita a assuntos relacionados ao funcionalismo. Os representantes dos bancários cobraram auxílio para as cidades fluminenses vítimas das enxurradas em janeiro deste ano.


Fonte: Rodrigo Couto - Seeb Brasília