quarta-feira, 30 de março de 2011

Seis bancos são multados em R$ 1,1 milhão por não cumprir leis de segurança

  
Crédito: Augusto Coelho
Augusto Coelho
A Polícia Federal multou nesta quarta-feira, dia 30, a Caixa Econômica Federal, o HSBC, o Santander, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Banco do Brasil em R$ 1,173 milhão por descumprimento de leis e normas de segurança. As punições foram aprovadas no julgamento de 104 processos, durante a 89ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. 

As principais infrações dos bancos foram a ausência de plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes, transporte ilegal de valores feito por bancários e alarme inoperante, dentre outros itens. Uma agência do Itaú foi interditada.

Veja a relação das multas por banco:

1. Caixa Econômica Federal: R$ 771.501,00
2. HSBC: R$ 136.564,00
3. Santander: R$ 100.700,00
4. Itaú Unibanco: R$ 79.500,00
5. Bradesco: 49.468,00
6. Banco do Brasil: R$ 35.334,00

Total: R$ 1.173.967,00

Na primeira reunião da CCASP em 2011, também estiveram em pauta 272 processos envolvendo empresas de vigilância, transportes de valores e centros de formação de vigilantes, com a aplicação de advertências, multas e cancelamento do alvará de funcionamento. 

A reunião foi acompanhada pelo Coletivo Nacional de Segurança Bancária, formado por dirigentes de sindicatos e federações, que se reuniu no dia anterior para analisar os processos e preparar a participação da Contraf-CUT, que representa os bancários na CCASP. Também integram a CCASP representantes dos vigilantes, como o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos.

Bancos não priorizam segurança e proteção da vida

"Mais uma vez, ficou evidente que os bancos não priorizam a segurança nos estabelecimentos, na medida em que não zelam para cumprir a lei federal n° 7.102/83, pois deixam de renovar os planos de segurança, trabalham com carência de vigilantes e equipamentos, aumentando os riscos de bancários e clientes", avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

"A Caixa foi a campeã de multas, pois está praticando uma série de irregularidades, que vão desde a falta de planos de segurança aprovados pela Polícia Federal até impedimentos no acesso de policiais para a fiscalização das agências. Isso é inadmissível para um banco público, que devia ter a obrigação de ser exemplo para todo o sistema financeiro", adverte o diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e representante da Fetraf-MG, Leonardo Fonseca.

"É preocupante a vice-liderança do HSBC no ranking de multas da 89ª reunião da CCASP. Recentemente, o banco inglês foi condenado pela Justiça a pagar até R$ 5 milhões em Minas Gerais pelo descumprimento da legislação de segurança. É imperioso que a instituição, que busca a certificação da SA8000, reveja urgentemente a sua política de segurança e debata com o movimento sindical seu aprimoramento. A vida dos bancários, vigilantes e clientes tem que estar em primeiro lugar", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Fetrafi-RS, Lúcio Paz.

"Cobramos responsabilidade social dos bancos, pois a vida dos bancários, vigilantes e clientes está em jogo quando são desrespeitados os planos de segurança. O Itaú, mesmo com o lucro recorde de R$ 13 bilhões em 2010, novamente foi multado por não cumprir a lei que visa trazer segurança", destaca o diretor da Fetec-SP, Valdir Oliveira.

"Novamente, os bancos foram multados por usarem bancários para fazer o transporte de valores. Esse abuso não pode continuar e, para tanto, precisamos seguir denunciando os bancos, que apelam para essa conduta ilegal, para a Polícia Federal, uma vez que essa não é tarefa dos bancários e existem empresas de carros-fortes que atendem o Brasil inteiro", frisa o diretor da Fetec-PR, Carlos Copi.

"É lamentável que os bancos continuem priorizando o dinheiro em detrimento da vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, pois eles preferem arcar com multas do que investir pesado em segurança para proteger a vida das pessoas", conclui o diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e representante da Feeb SP-MS, Danilo Anderson.


Fonte: Contraf-CUT

Contraf-CUT e Idec lançam nesta terça guia contra abusos dos bancos


 
 

A Contraf-CUT e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançam nesta terça-feira 15 de março, dia mundial do consumidor, o guia "Os bancos e você - Como se defender dos abusos dos bancos", que tem o propósito de orientar os clientes e usuários sobre seus direitos e como fugir das armadilhas das instituições financeiras na venda irresponsável de produtos e serviços. 

Clique aqui para acessar o guia completo, em PDF.

Entre os assuntos abordados estão dicas de como escolher o banco, cuidados na abertura e encerramento de contas, esclarecimentos sobre serviços como movimentações, pagamentos, cheques, cartões, tarifas etc. Também inclui modelos de carta para o consumidor reivindicar seus direitos, caso seja vítima de práticas abusivas das instituições financeiras. 

"Com essa iniciativa, estamos abrindo uma nova etapa na parceira entre o movimento sindical e o Idec na defesa da população brasileira que usa serviços financeiros", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, lembrando que o atual guia é uma atualização e aprofundamento de manual semelhante editado em 1998 pela antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), que antecedeu a Contraf-CUT, e pelo Idec.

Pela venda responsável de produtos financeiros 

O lançamento do guia representa também uma ação concreta no Brasil da articulação de duas campanhas internacionais para forçar o sistema financeiro a ter uma postura mais ética e responsável em relação aos clientes e a seus trabalhadores. 

A Contraf-CUT participou da reunião da UNI Finanças, realizada em Copenhague (Dinamarca) em junho do ano passado, que lançou uma carta global com princípios de responsabilidade na venda de produtos financeiros. E o Idec participa da campanha internacional "Consumidores por Serviços Financeiros Justos", da Consumers International, federação que representa 220 organizações de defesa do consumidor de 115 países. 

"Os princípios estabelecidos na carta de Copenhague visam estabelecer uma cultura e procedimentos operacionais que garantam a venda responsável, com treinamento e ambiente de trabalho saudável para os funcionários e garantindo o direito dos clientes a uma orientação adequada e produtos financeiros de qualidade e adequados às suas necessidades", explica Carlos Cordeiro.

O lançamento do guia é uma das atividades do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que também terá o Seminário 20 anos de vigência do CDC (Código de Defesa do Consumidor), no salão nobre da Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo. 

A cópia na íntegra do guia, que está disponibilizada no site, pode ser reproduzida pelas federações e sindicatos, para o lançamento do manual nos Estados.

Veja abaixo reportagem da RedeTV! sobre o lançamento:






Fonte: Contraf-CUT

BANCO SANTANDER S/A - REUNIÃO GRUPO DE TRABALHO PARA DISCUSSÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NAS AGENCIAS.

REUNIÃO GRUPO DE TRABALHO PARA DISCUSSÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NAS AGENCIAS.
Hoje 29/03 a representação se reuniu com o Banco Santander para debater as condições de trabalho nas agências do banco, onde participaram dela as seguintes pessoas:
Pela representação: Cristiano Meibach, João Carlos R. Dias, Rita Berlof, Marcelo Sá, Paulo Salvador, Garcez, Carmen, e Vera Marchioli.
Pelo Banco: Marcos Schimit, Dr.Renato, ,Jerônimo Anjos, Fabiana e Miguel Lopes;  superintendente de atendimento de rede.
Após exposição pelo banco da implantação tecnológica nas agências; como foi feita; treinamentos aos funcionários, Cal Center de suporte ao funcionário e ao cliente; a representação pontuou vários problemas que estão ocorrendo nas agências devido a mudanças do sistema; como falta de funcionários; não pagamento das horas extras efetivamente feitas; metas abusivas; dificuldade de adaptação no novo sistema das agências;falta de suporte aos funcionários na resolução dos problemas junto ao cliente.
A representação através de carta endereçada ao Presidente do Banco Marcial Portela encaminhou as seguintes medidas necessárias e de implantação imediata para minimizar os graves problemas hoje no banco:
·        Suspensão das metas de venda de produtos;
·        Treinamento intensivo aos funcionários sobre o novo sistema;
·        Aumento de monitores nas agências do Real;
·        Pagamento de todas as horas extras ;
·        Contratação de mais funcionários nas agências;
·        Variável paga pelo valor do mês anterior à fusão tecnológica;
·        Prioridade é o cliente sem preocupação com avaliação e metas;
Tais propostas seriam implantadas até solucionar os problemas que ocorrem hoje nas agências, os representantes do Banco ficaram de dar retorno sobre a proposta encaminhada pela representação nesta sexta-feira dia 01/04.
A reunião foi importante para mostrarmos ao banco a real situação que se encontra os funcionários em nossas agências, esperamos com isso , que o banco se realmente estiver preocupado  com seus funcionários  implante para dentro seu slogan”VAMOS FAZER JUNTOS...”, caso contrário nos funcionários temos que dar o RECADO ao banco .
José Cristiano Meibech
João Carlos R. Dias
Coordenação COE Feeb SP/MS

quinta-feira, 24 de março de 2011

Bancos abrem 24 mil vagas em 2010, mas usam rotatividade para reduzir salários

  

Os bancos que operam no Brasil criaram 24.032 novos empregos em 2010, o que representa 1,12% dos 2.136.947 postos de trabalho gerados por toda a economia no ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%, o maior salto dos últimos 25 anos. Esse é o resultado da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Dieese, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. 

O resultado contrasta com 2009, ano em que o PIB brasileiro não cresceu em razão da crise internacional, quando o sistema financeiro fechou 621 postos de trabalho. Mas a pesquisa de 2010 (a oitava já realizada pela Contraf-CUT/Dieese) mostra que a rotatividade da mão-de-obra permanece alta nos bancos e se mantém a discriminação contra as mulheres, que recebem menos que os homens tanto na admissão quanto no desligamento.

"Apesar do aumento no número de vagas, a rotatividade continua alta no sistema financeiro, mecanismo que os bancos usam para reduzir a média salarial dos bancários. Essa é uma prática perversa do setor onde somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de mais de R$ 43 bilhões no ano passado", compara Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Em 2010, o sistema financeiro contratou 57.450 trabalhadores e desligou 33.418. A remuneração média dos desligados foi de R$ 3.506,88, valor 37,57% superior ao salário médio de R$ 2.188,43 dos admitidos. A região Sudeste foi onde os bancos mais abriram postos de trabalho (16.065). O Norte registrou o menor saldo de emprego (981). 

Clique aqui para acessar a tabela

Emprego diminui nas faixas mais altas

O saldo positivo de emprego nos bancos em 2010 está concentrado nas faixas salariais até três salários mínimos. Acima do valor equivalente a quatro salários mínimos, o saldo de emprego é negativo em todas as faixas de remuneração, como mostra a tabela. 

Clique aqui para acessar a tabela 

A pesquisa demonstra também que os bancos continuam dando preferência aos jovens nas contratações. Na faixa etária até os 30 anos, o saldo positivo de postos de trabalho foi de 28.090 no ano passado. A partir dos 40 anos de idade, o saldo de emprego é negativo. 

Além de jovem, os novos contratados têm alta escolaridade: 42,21% possuíam o superior completo e outros 35,66% estavam cursando o terceiro grau. Mas a escolaridade dos que se desligaram era maior ainda: 60,7% com curso superior completo e 23,59% cursando a faculdade.

Mulheres já entram nos bancos ganhando menos

Na comparação de gênero, a pesquisa mostra que os salários das mulheres bancários são inferiores tanto na contratação quanto no desligamento. As bancárias desligadas em 2010 recebiam salário médio de R$ 2.887,21, valor 28,71% inferior à remuneração média de R$ 4.049,92 dos homens. Na admissão, as mulheres foram contratadas com salário médio de R$ 1.833,35, contra R$ 2.534,52 dos trabalhadores masculinos - uma diferença de 27,66%. 

Clique aqui para acessar a tabela

"Esses dados confirmam mais uma vez a existência de discriminação contra as mulheres dentro dos bancos, deixando claro que precisamos avançar muito nas discussões sobre igualdade de oportunidades, que certamente será um dos eixos da campanha nacional de 2011", afirma o presidente da Contraf-CUT.

Cresce número de pedidos de demissão

O estudo Contraf-CUT/Dieese revela também uma alteração significativa em relação à pesquisa de 2009 no que se refere aos tipos de desligamentos dos bancos. No ano retrasado, do total de afastamentos do sistema financeiro, 35,65% foram pedidos de demissão dos bancários. Em 2010, a demissão voluntária subiu para 49,08%.

Os pedidos de demissão estavam concentrados nas funções de escriturário, que é início da carreira. Nesse segmento, 64,56% dos afastamentos foram a pedido. 

Clique aqui para acessar a tabela

"Algumas das razões que explicam o fato de a metade dos desligamentos serem por iniciativa dos próprios trabalhadores são que eles não suportam mais as pressões por obtenção de metas cada vez mais abusivas e o assédio moral que vem como consequência", avalia Carlos Cordeiro. "Essa também será com certeza uma das principais reivindicações da campanha deste ano."



Fonte: Contraf-CUT

Gerente de banco e família são seqüestrados por 10 horas em Jaú

23/março/2011

 Quadrilha de aproximadamente sete pessoas seqüestrou gerente do Banco HSBC de Jaú e sua família, no fim da tarde de anteontem. Reféns ficaram na casa da vítima durante toda a noite. O gerente foi liberado, na manhã de ontem, para levantaro dinheiro do resgate. A esposa e a filha de 6 anos do bancário foram levadas para cativeiro em canavial, próximo a Bariri, e foram liberadas sem ferimentos. Os criminosos ainda não foram presos e a polícia investiga o caso. O delegado titular da delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, Edmilson Bataier, não informou o valor pedido pelos sequestadores.

Apesar de a Polícia Civil não ter dilvulgado o nome dos suspeitos, o Comércio apurou que o carro usado durante o seqüestro seria de outro Estado. O Delegado seccional de Jaú, Roberto Cardoso de Mellho Tucunduva Filho, afirma que os seqüestradores fazem parte de uma quadrilha. “ Eram pessoas perigosas e, pela maneira que se comportavam, demonstraram que não estavam fazendo isso pela primeira vez”, relata.
A reportagem também apurou que os seqüestradores portavam armamento pesado e que pelo menos duas metralhadoras teriam sido utilizadas como forma de coagir a família. A polícia, porém, não quis dar detalhes sobre as armas usadas pelos criminosos. Após serem liberados na manhã de ontem, sem nenhuma lesão ou ferimento, o gerente e sua família prestaram depoimento na DIG para dar busca dos seqüestradores.

“ ELES TINHAM INFORMAÇÕES SOBRE HORÁRIOS”

O tipo de armamento utilizado e também a conduta adotada pelos seqüestradores do gerente do HSBC revelam que os bandidos são especializados nesse tipo de crime. A opinião é do presidente do Sindicato dos Bancários de Jaú e Região, José Antonio Gamba.
“ A ação não aconteceu de última hora. È coisa de dois ou três meses. Eles tinham todas as informações sobre os horários e os caminhos que o funcionário costuma fazer e se mantiveram muitos calmos durante todo o tempo que ficaram na casa” relata o presidente.
O bancário também elogiou a conduta adotada pelo HSBC e explicou que nesses casos tanto o funcionário quanto a família devem receber acompanhamento psicológico. “ Depois que passa o momento é que “ cai a ficha “ do que aconteceu é a pior fase nesses casos. Por isso, o banco deve disponibilizar uma equipe de assistência social para os envolvidos.”
Questionado sobre a atuação do sindicato, Gamba explicou que ele e outros membros da entidade acompanharam o desenvolvimento do seqüestro e deram suporte e apoio ao funcionário do banco. “ Além disso, nós já alertamos sobre esse tipo de crime e agora vamos tentar realizar um encontro com o delegado da DIG para orientar os outros gerentes da cidade”, finalizou.

 FONTE: SEEB DE JAÚ E REGIÃO




Gerente de banco e família são seqüestrados por 10 horas em Jaú

sábado, 12 de março de 2011

BB apresenta à Contraf proposta de PCR, conquista da Campanha de 2010


Crédito: Agnaldo Azevedo
Agnaldo Azevedo
Uma das conquistas mais significativas para o funcionalismo do Banco do Brasil na Campanha Nacional de 2010, o Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) voltou a ser assunto principal de mais uma rodada de negociação permanente entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e os representantes da instituição financeira.

Iniciada na manhã desta quinta-feira (10), a reunião, encerrada por volta das 14h, também foi marcada pela apresentação do projeto das agências complementares. Os trabalhadores defendem a presença do banco em todas as cidades, mas com agências e funcionários preparados para atender a população e orientar para o crédito consciente e produtivo. No entanto, os bancários discordam desse modelo de agência que fere a lei e precariza direitos dos trabalhadores.

Na primeira parte da negociação, a segunda realizada este ano, os representantes do BB detalharam o PCR. Em slides, o banco apresentou um modelo de como será o extrato de pontuação por exercício de cargo comissionado, que deve ser disponibilizado no Sisbb até 31 de março. A pontuação diária de cada comissão é definida de acordo com o Valor de Referência (VR) da comissão. As comissões com VR até R$ 4.056,10, receberão 1 ponto, de R$ 4.056,10 até R$ 6.760,17 receberão 1,5 ponto; as comissões de R$ 6.760,17 a R$ 13.520,33 receberão 3 pontos; e as comissões acima desse valor receberão 6 pontos. A pontuação é medida por dia de comissão exercida, incluindo os sábados, domigos e feriados, nestes casos assumindo a comissão do dia útil anterior. A cada 1.095 pontos, o bancário avança um nível na tabela por mérito. Cada nível corresponde a um valor de R$ 70 de aumento no vencimento padrão do bancário (VP mais gratificação corresponderá a um aumento de R$ 88 por nível). A contagem de pontos retroage às comissões exercidas desde setembro de 2006.

Clique aqui para entender as verbas remuneratórias do funcionário do BB

"O banco ainda não sabe ao certo quantos bancários serão beneficiados de imediato com a implantação do PCR. No entanto, estimamos que o plano impacte positivamente mais de 20 mil pessoas de todo o país neste primeiro momento. Sabemos que o PCR viabilizado nesse momento ainda não é o ideal, mas o aprimoramento do modelo através da negociação nos levará a um Plano melhor e mais justo no futuro", afirma Eduardo Araújo, coordenador da CEBB.

Os sindicalistas sustentaram o pedido de um adiantamento de valores com acerto na folha de abril próximo. O BB, porém, não admitiu a possibilidade desse pagamento.

Um dos negociadores do banco, José Roberto garantiu que a verba por mérito deve constar na folha de abril. Ao ser questionado pela CE sobre as dúvidas que surgirão em torno do PCR, o representante do BB admitiu a possibilidade de criar uma espécie de tira-dúvidas aos bancários. Ele não esclareceu se o canal de comunicação será por meio de e-mail e/ou de telefone. "Vamos montar um sistema para atender as dúvidas. Pode haver um grau de dúvida e de incerteza que será minimizado com nosso plano de comunicação", admitiu José Roberto. 

Com o PCR, alguns bancários podem receber reajustes de até 15,6%. O incremento na folha será retroativo a setembro, data-base da categoria. "Os bancários que não tem em seu espelho a verba CTVF (Contribuição Temporária Variável de Função Comissionada) receberão reajuste imediato com a implantação do PCR . Aqueles que têm CTVF menor do que o valor de mérito alcançado, também receberão um reajuste imediato, subtraindo-se o valor do mérito À CTVF. O restante dos bancários terá o vencimento padrão robustecido, fortalecendo assim o salário base, diminuindo a força da verba variável CTVF", informa Rafael Zanon, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) na CE e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília. Quem perdeu ou abriu mão de comissão de 2006 para cá também será beneficiado na carreira de mérito.

Incorporados

Os bancários egressos dos bancos incorporados pelo BB serão incluídos no PCR, de acordo com os representantes do banco. Ao contrário dos demais funcionários originários do BB, que terão o seu histórico considerado desde 2006, os trabalhadores oriundos de outras instituições financeiras serão avaliados de forma diferente. O BB vai levar em conta o tempo a partir da migração desse segmento do funcionalismo. "Pretendemos avançar nas negociações para que esses trabalhadores tenham os mesmos direitos dos demais. Levaremos as reivindicações para a mesa de negociação", observa Sérgio Farias, representante da Federação do Rio de Janeiro e do Espírito Santo na CEBB.

Agências complementares 

Para cumprir a meta de o BB estar presentes em todos os 5.465 municípios do país até 2015, estabelecida ainda durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o banco apresentou aos bancários um resumo do projeto de implantação das agências complementares. O objetivo do banco é abrir 250 unidades até o final de 2011. 

Apesar de aprovar a iniciativa de levar o banco aos pequenos municípios e, com isso, aumentar a inclusão bancária no país, a Comissão de Empresa vê problemas no plano de expansão. As preocupações dos trabalhadores vão desde o modelo que terceiriza o atendimento, a falta de segurança e ao descumprimento da lei. Ao colocar dois bancários e terceiros trabalhando numa mesma unidade, o Banco atenta contra a lei de terceirização. "O ideal é a abertura de agências com número suficiente de bancários e qualidade de atendimento. Além disso, já que esse é um projeto social da instituição, não deveria ser exigida lucratividade desses postos", ressalta Cláudio Luiz, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-SP) na CE. 

A Contraf-CUT recomenda aos sindicatos de todo o pais debaterem o projeto e apresentarem suas sugestões e críticas à proposta que prevê a contratação de correspondentes como serviço complementar. Em paralelo, os sindicalistas informaram ao BB que irão denunciar os correspondentes bancários irregulares. "Não permitiremos em hipótese alguma a precarização do trabalho bancário", avisa Eduardo Araújo. 

A próxima edição do Espelho nacional trará mais detalhes sobre o PCR e agências complementares. A revista publicará algumas das tabelas apresentadas pelo BB sobre a carreira de mérito.

Fonte: Rodrigo Couto - Rede de Comunicação dos Bancários

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ata da reunião do Comitê de Relações Trabalhistas do Banco Santander Brasil, realizada no dia 10 de março de 2011, na Torre Santander.


 Participantes:

Pelo Banco – Jerônimo Tadeu dos Anjos, Renato Franco, Marcos Schmitz e Fabiana Ribeiro.

Pela representação sindical – Marcelo Sá, Ademir, Zé Reinaldo, Garcez, Bino, Eric, Vera Marchioni, Cristiano, Mario Raia, Marcelo Gonçalves, Alberto, Paulino, Rosani, Edivaldo e Renan.


                          I.      Pendências de reuniões anteriores


 

1.      Pessoas com deficiência - PCD

Pela representação sindical:

Para uma comunicação mais eficiente para com o trabalhador com deficiência auditiva, o banco ficou de analisar a possibilidade de:
ü      disponibilizar a resposta do chamado efetuada pelo celular via SMS desde que solicitado;          

Vale Transporte e Estacionamento para os trabalhadores com mobilidade reduzida.
ü      Reivindicamos que o banco conceda ao bancário com deficiência que não tenha condições de utilizar o transporte publico e o ATENDE e que utilize o transporte próprio para seu deslocamento, uma ajuda de custo no valor igual ao que ele teria direito no percurso de sua residência ao local de sua lotação, a título de ajuda deslocamento. Assim como arcar com o custo do estacionamento nestes casos.

Cadeira motorizada para PCD.
ü      O banco ficou de levantar onde e como adquirir o equipamento para atender a necessidade dos trabalhadores.

Acesso aos elevadores da Torre
ü      Ajustar a configuração dos elevadores para melhorar o atendimento aos cadeirantes; buscar alternativa para os trabalhadores com deficiência visual e fazer um levantamento junto aos trabalhadores com deficiência para saber sobre a adaptação.

A representação sindical solicitou a informação do Banco sobre a quantidade de trabalhadores com deficiência, o tipo de deficiência e a lotação.

Libras: Os trabalhadores pedem que haja tradução simultânea para os participantes da reunião.

Vale Transporte e Estacionamento: os trabalhadores pedem que o banco atenda às necessidades diferenciadas do trabalhador que não seja atendido pelo transporte público e o ATENDE. Quando o trabalhador não for atendido pelo ATENDE e transporte público, a representação sindical exige que seja dada isenção no pagamento de estacionamento, bem como seja concedido pagamento de auxílio às despesas de transporte.

Pelo Banco:

O Banco informa que tem hoje cerca de 2600 Pessoas com Deficiência em seu quadro de funcionários, superando o percentual legal.
Ademais o Banco reforça que o tema PCD está inserido em amplitude de diversidade de gênero, de raça, de opção sexual de maneira que tem direcionado inúmeras ações para trabalhar estes grupos, bem como implementar ações específicas.
Notadamente com relação ao tema PCD’s e em resposta às reivindicações, esclarece que:
- resposta SMS aos chamados para o grupo com deficiência auditiva: neste momento resta prejudicado, porém, o banco analisa a implementação de respostas via SMS para todos os processos. De qualquer sorte, hoje o deficiente auditivo, bem como os demais é plenamente atendido nas respostas de chamados.
- vale transporte e estacionamento: o Banco esclarece que o funcionário PCD tem prioridade de vagas em seus prédios administrativos com custo diferenciado e, para tanto, basta o funcionário realizar o pedido através dos canais de administração predial dos respectivos prédios. Com relação à ajuda extraordinária voltada para transporte, o Banco informa que não há como realizar pagamentos diferenciados neste sentido e que qualquer funcionário que careça de uma ajuda extraordinária deve endereçar o pedido para o Comitê de Ajuda Extraordinária
- cadeira motorizada para PCD: o Banco informa que tem analisado e atendido boa parte dos pedidos de ajuda tanto para aquisição de cadeira de rodas quanto para eventual troca de cadeira de rodas manual para motorizada de forma que realiza ações além deste pleito.
- acesso aos elevadores da Torre: o Banco informa a representação dos trabalhadores de que o Edifício JK – Torre é o empreendimento com maior acessibilidade aos portadores com deficiência, atingindo o nível percentual de 98% de acessibilidade. Neste quesito acessibilidade com a amplitude de rampas de acesso, acesso vertical, portas, sanitários, copa, refeitório, balcão de atendimento universal e sinalizações internas. No quesito elevadores todos os chamados têm sido atendidos em prazo máximo de 30 segundos.
Banco irá avaliar se é possível fornecer as lotações, bem como, o tipo de deficiência dos funcionários PCD’s.

Pela representação sindical:
A representação sindical reivindica que as vagas de estacionamento não tenham custo para os funcionários com deficiência, bem como a concessão de uma ajuda para o deslocamento dos trabalhadores que encontram dificuldade para utilizar transporte público.


2.      Condições de Trabalho nas Agências

Pela representação sindical:

ü      Adesão do Grupo Santander Brasil ao instrumento previsto na CCT 2010/2011 sobre Assédio Moral.
ü      O banco se comprometeu a enviar orientação interna para todos os gestores de agências que: Caixas não têm meta e que os mesmos não serão avaliados pela venda de produtos. Solicitamos cópia desta orientação.
ü      Agendar reunião específica para dar continuidade ao GT para debater:
ü      Contratação de funcionários;
ü      Fim das metas individuais;
ü      Fim da metas para os funcionários da área operacional;
ü      Fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agencias;
ü      Venda responsável de produtos financeiros;
ü      Desvio de função – coordenadores fazendo trabalho de Caixa.
ü      Acordo de compensação de horas extras;
ü      Fechamento de centros operacionais;
ü      Em relação à cobrança de metas para caixa, foi solicitado que o banco faça uma orientação por escrito para a rede, pois esse tema já vem sendo debatido há anos e problema persiste.

A representação sindical propõe uma reunião específica, indicando a data de 29 de março, a ser confirmada pelo Banco até dia 14 de março.


3.      Call Center


Pela representação sindical:

A representação sindical propõe que seja realizada reunião específica para dar continuidade às discussões sobre condições de trabalho dos funcionários, indicando a data de 23 de março, a ser confirmada pelo Banco até dia 14 de março.


4.      Pijama


É enorme a demanda de trabalhadores pela prorrogação da cláusula de Licença Remunerada Pré-aposentadoria, reivindicamos sua prorrogação para 31 de agosto de 2011, quando vence o atual Acordo Aditivo à CCT. De acordo com última ata: “ o Banco ...informa que irá discutir, internamente, esse tema”.

Pelo Banco:

O Banco reitera que o processo já cumpriu o objetivo, visto a regra de transição estabelecida no último ACT firmado, o qual extinguiu as cláusulas da Licença Remunerada Pré Aposentadoria a partir de 01/09/2010.

Pela representação sindical:

As entidades sindicais reforçam a necessidade de manutenção desse instrumento negociado, neste momento de integração tecnológica do banco, salientando a demanda dos trabalhadores em aderir e a existência da mesma prática no Santander em outros países, como Espanha e Uruguai. Os trabalhadores brasileiros querem o mesmo tratamento, ainda mais que hoje um terço do lucro mundial do Santander é produzido no Brasil.


5.      Fechamento de centros operacionais


A representação sindical cobrou uma resposta para o compromisso firmado na reunião anterior: “O Banco fará o levantamento sobre o assunto e dará retorno para a Representação Sindical.”

Pelo Banco:

O Banco informa que algumas C.O.s foram fechadas e que grande parte dos empregados já foram direcionados para a rede de agências.

Pela representação sindical:

A representação sindical retomará a discussão no GT de condições de trabalho nas agências.


                        II.      Pauta Nova


1.      Demissões no Santander


As entidades de representação têm recebido diversas denúncias sobre demissões concentradas no período pós-integração nas concentrações. A representação dos trabalhadores não admite em hipótese alguma demissões no Banco Santander, visto ser o Brasil o responsável por um terço do lucro mundial da instituição além da clara falta de funcionários nas diversas unidades do Banco. Exigimos o fim imediato das demissões e que o banco aborte qualquer processo que esteja em andamento.

 

Pelo Banco:

O Banco informa que não há qualquer política de demissão em massa ou redução de quadros, apenas rotatividade normal de empregados (turn over natural). Ao contrário, informa que o quadro de empregados aumentou de 2009 para 2010, conforme dados do balanço social, lembrando que em virtude dos reflexos da licença remunerada deverá haver uma pequena redução em 2011. Entretanto o banco se compromete a avaliar eventuais casos que o movimento sindical encaminhar. Informa que os processos de recrutamento interno e de realocação de pessoas continuam em vigor e que o banco busca aproveitar seus empregados. O banco ressaltou que o mercado está bastante aquecido e que tem havido grande procura por profissionais do banco. 

Pela representação sindical:

A representação sindical reafirma a importância de manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, condenando qualquer processo de demissões. Não há justificativa para dispensar trabalhadores, diante da enorme lucratividade do Santander no Brasil e da falta de funcionários na rede de agências e nas demais unidades do banco.

  1. SantanderPrevi

Pela representação sindical:

Em consonância com a carta enviada ao Banco em 21/01/2011 denunciando que o banco havia aberto o processo eleitoral para os conselhos Deliberativo e Fiscal do Santander Previ sem discutir com os funcionários, mais uma vez descumprindo acordo firmado com os trabalhadores, reivindicamos o cancelamento imediato do processo eleitoral em andamento e a abertura de negociações para discussão e elaboração de novo processo eleitoral, democrático e transparente.
Além disso, reivindicamos a migração de todos os planos de previdência complementar do Grupo Santander para o Banesprev e propomos a formação de um grupo de trabalho para analisar o processo.

Pelo Banco:

O Banco informa que não houve qualquer alteração no processo eleitoral, que ocorreu nos moldes dos anteriores e dentro da lei. Informa que há diversas ações judiciais discutindo o tema. Informa, porém, que avaliará as reivindicações apresentadas nesta reunião de cancelar o processo eleitoral do SantanderPrevi, migrar para o Banesprev todos os planos de pensão do banco e constituir um grupo de trabalho para tratar do tema.

3. Seguradora

Pela representação sindical:

Tendo em vista a recente aliança entre o Banco Santander e a seguradora Suiça Zurich, a representação dos trabalhadores reivindica a garantia de emprego e de direitos para todos os funcionários, sem qualquer prejuízo.

Pelo Banco:

O Banco informa que a parceria com a Zurich visa fortalecer a marca e ganhar escala no mercado de seguro de vida. Inicialmente, não há previsão de mudanças para os funcionários. 

Pela representação sindical:

A representação sindical reivindica que sejam preservados todos os empregos e direitos dos trabalhadores.


EXTRA-PAUTA:


1. Reforma de Agência em Campinas

Em Campinas (Agência Centro) foi estabelecida uma separação entre os trabalhadores no 2º andar, com grade, fechamento de cozinha, que está causando problemas no relacionamento com os funcionários. A representação sindical reivindica o restabelecimento do acesso à cozinha para todos os trabalhadores da agência e a extensão da reforma às demais dependências, dando tratamento igualitário a todos os funcionários.

Pelo Banco:

O Banco informa que irá verificar.

2. Acesso ao Portal RH por parte dos dirigentes sindicais e empregados afastados

A representação sindical reivindica acesso ao portal RH para os dirigentes sindicais e empregados afastados, através da internet, diante das dificuldades hoje existentes.

Pelo Banco:

O Banco informa que irá verificar.

3. Trabalho realizado no domingo, dia 27 de fevereiro, no Piauí.

A representação sindical reivindica a concessão de folga abonada para os funcionários que trabalharam no processo de integração tecnológica no domingo, dia 27 de fevereiro, no Piauí.

Pelo Banco:

O Banco informa que irá verificar.


4. Acesso às informações

A representação sindical solicita as seguintes informações:

a)     Número de funcionários por gênero e nível salarial em dezembro de 2010;
b)     Número de trabalhadores desligados em 2010, informando número de demissões sem justa causa, por justa causa, a pedido e aposentadoria, além do tempo de casa;
c)     Número de trabalhadores que deverão se aposentar nos próximos 2 anos;

Assinam os presentes: