Lucro do Santander Brasil cresce 2,5% no
trimestre; resultado de matriz desaba
DE SÃO PAULO O lucro líquido do espanhol Santander no Brasil cresceu 2,5%, para R$ 1,501 bilhão, no terceiro trimestre em comparação ao segundo (R$ 1,464 bilhão), de acordo com o balanço da instituição divulgado nesta quinta-feira (25). Essas informações seguem o padrão internacional contábil (IFRS). Nos noves meses do ano (de janeiro a setembro), o lucro recuou 5,7%, na relação com o mesmo período de 2011. Neste ano, a instituição lucrou R$ 4,731 bilhões, ante R$ 5,018 bilhões no ano passado. A instituição também apresentou o balanço no padrão brasileiro. Neste recorte, feito para "para estruturar a sua comunicação ao mercado e atender assim, a solicitação da comunidade investidora", o Santander Brasil lucrou R$ 591,496 milhões no terceiro trimestre, com uma queda de 31,7% na comparação com igual período de 2011 (R$ 555 milhões). O patrimônio líquido do banco somou R$ 51,944 bilhões em setembro, excluindo R$ 13,847 milhões referentes ao ágio da aquisição do Banco Real. A carteira de crédito total somou R$ 207,334 milhões, em setembro, registrando crescimento de 10,1% em doze meses e 0,8% no trimestre. O segmento de pessoa física registrou crescimento de 9,5% em 12 meses e 0,8% no trimestre. Em 12 meses, os produtos de maior destaque foram cartões e crédito imobiliário, que juntos responderam por 72% do crescimento da carteira pessoa física, no período. No trimestre, os produtos de destaque foram crédito imobiliário e financiamento de veículos --originados através da rede de agências do Santander-- ambos crescendo 6,6%, um ritmo superior ao crescimento da carteira pessoa física. O aumento das despesas com provisão para devedores duvidosos teve um peso importante para a redução do resultado do banco. Esse gasto somou R$ 3,607 bilhões, com uma alta de 20,9% em 12 meses. A inadimplência continuou em ascensão, marcando 5,1%, com crescimento de 0,2 ponto percentual sobre o segundo trimestre. Em 12 meses, o indicador subiu 0,8 ponto percentual. Bradesco e Itaú Unibanco tinham reportado queda do índice neste trimestre. ESPANHA O Brasil representa mais de 25% dos lucros totais do grupo no mundo, que divulgou que seu lucro líquido no acumulado de nove meses caiu em mais de 60%, prejudicado por baixas contáveis sobre investimentos em imóveis feitos durante a explosão do mercado imobiliário espanhol. A informação consta do balanço mundial da instituição, a maior na zona do euro --região que vê uma série de recessões e cujo conjunto de países luta para diminuir enormes deficits públicos. O lucro líquido de janeiro a setembro totalizou 1,8 bilhão de euros ( R$ 4,73 bilhões), 66% a menos do que um ano antes, com índice de inadimplência subindo para 4,33%. |
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
STJ esclarece incidência de Imposto de Renda sobre verbas trabalhistas
Bárbara Pombo
Valor Econômico
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) esclareceu que os juros de mora em verbas trabalhistas não devem ser tributados pelo Imposto de Renda (IR) em apenas duas situações: quando o funcionário é demitido ou a verba recebida é isenta do IR. Com essa interpretação, a 1ª Seção alterou decisão dada em um recurso repetitivo, julgado em setembro.
Na ocasião, o STJ firmou entendimento de que não incidiria IR por causa da natureza indenizatória dos juros de mora, relativos a atraso no pagamento. Em fevereiro, provocada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a Corte esclareceu que a isenção só alcançaria verbas trabalhistas indenizatórias - abono de férias e aviso prévio, por exemplo - decorrentes de condenação judicial.
Neste mês, ao analisar um outro caso sobre o mesmo assunto, a 1ª Seção estabeleceu uma nova interpretação. Para a maioria dos ministros, os juros de mora são tributados, exceto quando o funcionário perde o emprego ou quando a verba recebida na rescisão do contrato é isenta do IR, como o FGTS.
Segundo o ministro Mauro Campbell Marques, relator do recurso da Fazenda contra um ex-funcionário do Bradesco, o artigo 16 da Lei nº 4.506, de 1964, determina a incidência do IR sobre os juros. A exceção, segundo ele, tem como base o inciso V do artigo 6º da Lei nº 7.713, de 1988, que isenta a indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho.
Para o ministro, a medida objetiva "proteger o trabalhador em uma situação socioeconômica desfavorável". Dessa forma, em caso de demissão, o trabalhador tem direito à isenção independentemente do tipo de verba recebida - remuneratória ou indenizatória.
Para advogados, porém, a Corte modificou o entendimento firmado no recurso repetitivo. "Houve uma restrição ainda maior da decisão original", afirma Carlos Golgo, do Lucca & Lucca Advogados Associados. Para o tributarista Igor Mauler Santiago, do Sacha Calmon Misabel Derzi Consultores e Advogados, a Corte mudou a lógica da decisão no repetitivo. "Foi um giro de 180 graus."
O alcance da decisão original preocupava a Fazenda Nacional, que trabalhou nos últimos meses para que o STJ delimitasse o entendimento. Durante o julgamento realizado neste mês, o procurador Claudio Seefelder defendeu que os juros representam acréscimo patrimonial.
Além disso, sustentou que, no caso analisado, o funcionário do Bradesco ainda estava vinculado ao banco e, portanto, deveria recolher IR sobre os R$ 206 mil recebidos por horas extras, 13º salário e FGTS. Desse montante, R$ 96,9 mil eram juros de mora. O ministro Campbell Marques decidiu excluir da tributação apenas os R$ 9,2 mil referentes ao FGTS porque a verba é isenta de imposto.
O assunto também está na pauta do Senado. Na última semana, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou projeto de lei que põe fim à incidência de IR sobre os juros devidos pelo atraso no pagamento de remuneração "decorrente do exercício de emprego, cargo ou função".
A proposta ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. "Os juros de mora não são riqueza nova, mas indenização pelo atraso no pagamento, independentemente da verba recebida", diz Igor Mauler Santiago.
Procurada pelo Valor, a PGFN não retornou até o fechamento desta edição.
Corte de taxas de juros acentua diferença entre banco público e privado
MARIANA SCHREIBER
FOLHA DE S.PAULO
A estratégia do governo de forçar uma redução nos juros dos bancos privados cortando as taxas dos bancos públicos teve sucesso parcial.
Levantamento a partir de dados do Banco Central mostra que os maiores bancos privados não acompanharam o ritmo de redução dos juros dos bancos públicos em todas as linhas de crédito.
O caso mais gritante é o do cheque especial, no qual a diferença entre as taxas das instituições públicas e privadas ficou muito maior em outubro do que nos últimos dias de março.
Foi em abril que o governo deu início à guerra dos juros, pressionando Banco do Brasil e Caixa a realizar cortes mais ousados nas taxas.
De março a outubro, BB e Caixa reduziram as taxas em mais da metade (cerca de 85 pontos percentuais cada um), enquanto os maiores privados - Bradesco, Itaú, Santander e HSBC - fizeram cortes bem mais tímidos, na faixa dos dez pontos percentuais.
Com isso, a diferença entre a menor e a maior taxa média praticada no cheque especial por esses seis bancos mais que dobrou, de 73 para 151 pontos percentuais.
No caso do crédito pessoal, Itaú e Bradesco fizeram cortes maiores que os bancos públicos em pontos percentuais. Porém, como BB e Caixa já tinham taxas bem menores, permaneceram com o menor custo.
Já a linha de financiamentos para veículos é a que apresenta mais semelhança entre as seis instituições.
Na avaliação do vice-presidente da Anefac (associação de executivos de finanças), Miguel de Oliveira, a grande diferença entre as taxas do cheque especial ocorre porque há menos concorrência nessa linha, que está diretamente atrelada à conta bancária do consumidor.
Já no caso do financiamento de veículos, por exemplo, o consumidor não precisa ser correntista para adquirir o empréstimo, observa.
"Para ter uma taxa menor no cheque especial, a pessoa tem que mudar de banco."
O economista Wermerson França, da consultoria LCA, observa que os bancos privados costumam anunciar redução nas bandas de juros (taxas mínimas e máximas da linha), mas isso não significa que eles estão efetivamente praticando as menores taxas.
Fonte: Folha de S.Paulo
FOLHA DE S.PAULO
A estratégia do governo de forçar uma redução nos juros dos bancos privados cortando as taxas dos bancos públicos teve sucesso parcial.
Levantamento a partir de dados do Banco Central mostra que os maiores bancos privados não acompanharam o ritmo de redução dos juros dos bancos públicos em todas as linhas de crédito.
O caso mais gritante é o do cheque especial, no qual a diferença entre as taxas das instituições públicas e privadas ficou muito maior em outubro do que nos últimos dias de março.
Foi em abril que o governo deu início à guerra dos juros, pressionando Banco do Brasil e Caixa a realizar cortes mais ousados nas taxas.
De março a outubro, BB e Caixa reduziram as taxas em mais da metade (cerca de 85 pontos percentuais cada um), enquanto os maiores privados - Bradesco, Itaú, Santander e HSBC - fizeram cortes bem mais tímidos, na faixa dos dez pontos percentuais.
Com isso, a diferença entre a menor e a maior taxa média praticada no cheque especial por esses seis bancos mais que dobrou, de 73 para 151 pontos percentuais.
No caso do crédito pessoal, Itaú e Bradesco fizeram cortes maiores que os bancos públicos em pontos percentuais. Porém, como BB e Caixa já tinham taxas bem menores, permaneceram com o menor custo.
Já a linha de financiamentos para veículos é a que apresenta mais semelhança entre as seis instituições.
Na avaliação do vice-presidente da Anefac (associação de executivos de finanças), Miguel de Oliveira, a grande diferença entre as taxas do cheque especial ocorre porque há menos concorrência nessa linha, que está diretamente atrelada à conta bancária do consumidor.
Já no caso do financiamento de veículos, por exemplo, o consumidor não precisa ser correntista para adquirir o empréstimo, observa.
"Para ter uma taxa menor no cheque especial, a pessoa tem que mudar de banco."
O economista Wermerson França, da consultoria LCA, observa que os bancos privados costumam anunciar redução nas bandas de juros (taxas mínimas e máximas da linha), mas isso não significa que eles estão efetivamente praticando as menores taxas.
Fonte: Folha de S.Paulo
Após cobrança da Contraf-CUT, BB volta a convocar os concursados
Crédito: Seeb São Paulo
Concursados tomam posse no BB em São Paulo nesta segunda-feira 22
Depois que a Contraf-CUT enviou ofício ao Banco do Brasil, no dia 11 de outubro, criticando a suspensão da convocação de concursados e solicitando que recuasse de sua decisão, o banco público voltou a chamar os trabalhadores aprovados nos exames e anunciou a realização de novos concursos em 15 estados do país.
Leia aqui a carta enviada pela Contraf-CUT ao BB cobrando a contratação dos concursados.
"Foi um flagrante desrespeito aos milhares de cidadãos aprovados no concurso a suspensão da posse de dezenas de aprovados que já haviam recebido a convocação e estavam em processo de qualificação para começar a trabalhar. Muitas dessas pessoas já tinham pedido demissão de empregos anteriores e tiveram prejuízos por uma decisão irresponsável da direção do BB", criticou William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
"Ao suspender as contratações, o banco prejudicou também a vida de seus clientes, pois em muitas agências o atendimento está comprometido por falta de funcionários", acrescentou William.
Em resposta à carta da Contraf-CUT, o BB respondeu no dia 15 de outubro que "as convocações e posses de concursados estão em seu curso normal".
Veja aqui a resposta do BB à cobrança da Contraf-CUT.
Cumprindo esse compromisso, o banco voltou a convocar os aprovados nos concursos. Nesta segunda-feira 22, o BB deu posse a 62 concursados no município de São Paulo.
E na sexta-feira 19 o banco público federal publicou edital para anunciar a abertura de concurso para formação de cadastro de reserva para o cargo de escriturário em 15 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
"Com isso, o BB corrige uma injustiça que afetou muitos concursados. Além disso, a medida prejudicava a atuação do banco, neste momento de expansão do crédito, política de queda de juros e tarifas, captação de três milhões de novos clientes, ampliação do atendimento nas agências com o programa Bompratodos e redução do número de caixas nas agências desde a implantação das Plataformas de Suporte Operacional (PSO)", conclui William Mendes.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Depois que a Contraf-CUT enviou ofício ao Banco do Brasil, no dia 11 de outubro, criticando a suspensão da convocação de concursados e solicitando que recuasse de sua decisão, o banco público voltou a chamar os trabalhadores aprovados nos exames e anunciou a realização de novos concursos em 15 estados do país.
Leia aqui a carta enviada pela Contraf-CUT ao BB cobrando a contratação dos concursados.
"Foi um flagrante desrespeito aos milhares de cidadãos aprovados no concurso a suspensão da posse de dezenas de aprovados que já haviam recebido a convocação e estavam em processo de qualificação para começar a trabalhar. Muitas dessas pessoas já tinham pedido demissão de empregos anteriores e tiveram prejuízos por uma decisão irresponsável da direção do BB", criticou William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
"Ao suspender as contratações, o banco prejudicou também a vida de seus clientes, pois em muitas agências o atendimento está comprometido por falta de funcionários", acrescentou William.
Em resposta à carta da Contraf-CUT, o BB respondeu no dia 15 de outubro que "as convocações e posses de concursados estão em seu curso normal".
Veja aqui a resposta do BB à cobrança da Contraf-CUT.
Cumprindo esse compromisso, o banco voltou a convocar os aprovados nos concursos. Nesta segunda-feira 22, o BB deu posse a 62 concursados no município de São Paulo.
E na sexta-feira 19 o banco público federal publicou edital para anunciar a abertura de concurso para formação de cadastro de reserva para o cargo de escriturário em 15 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
"Com isso, o BB corrige uma injustiça que afetou muitos concursados. Além disso, a medida prejudicava a atuação do banco, neste momento de expansão do crédito, política de queda de juros e tarifas, captação de três milhões de novos clientes, ampliação do atendimento nas agências com o programa Bompratodos e redução do número de caixas nas agências desde a implantação das Plataformas de Suporte Operacional (PSO)", conclui William Mendes.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
Depois de Sete meses
de atraso, BB paga promoção de 3% sobre VCPI dos incorporados da Nossa
Caixa
Finalmente o Banco do
Brasil pagou na folha deste mês de outubro, a promoção de 3% de interstício por
antiguidade sobre o VCPI (Verba de Caráter Pessoal dos Incorporados) dos
funcionários da ex-Nossa Caixa, retroativo à março deste ano.
Prometido para o dia
20 de abril, durante rodada de negociação realizada no dia 20 de março, também
prometido para o dia 20 de agosto último, o BB enrolou sete meses para cumprir
seu próprio Plano de Carreiras e Remuneração (PCR); ou seja, pagar o interstício
por antiguidade sobre o VCPI. A única promoção paga na data anunciada foi
referente a 3% sobre o VP (Vencimento Padrão).
“A promoção de 3%
paga agora, cabe lembrar, foi aplicada apenas sobre o VCPI de VP (sem inclusão
dos anuênios) dos funcionários que fizeram adesão ao plano de carreira do BB
logo no começo do processo de incorporação da ex-Nossa Caixa, em dezembro de
2009”, esclarece o secretário-geral da Federação dos Bancários de SP e MS e
integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, Jeferson Boava. Segundo ele,
a demora em regularizar, em cumprir o PCR, configura “desrespeito ao corpo
funcional oriundo da ex-Nossa Caixa. Finalmente está pago, mas repudiamos mais
uma vez a demora, a enrolação”.
Veja mais notícias
sobre o Banco do Brasil: www.feeb-spms.org.br/noticia/banco_do_brasil
Davi
Zaia Jeferson Boava
Presidente Secretário-geral
Presidente Secretário-geral
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Vigilantes se reúnem com Caixa e buscam avanços na segurança privada
Crédito: CNTV
O deputado distrital Chico Vigilante (foto) se reuniu na manhã de quarta-feira, dia 17, com o vice-presidente de Logística e Retaguarda da Caixa Econômica Federal, Paulo Roberto dos Santos, que estava acompanhado do superintendente nacional Reine Antunes Borges e do gerente executivo Márcio Witt, em Brasília, para tratar da situação dos trabalhadores terceirizados em vigilância que prestam serviços à Caixa.
Também participaram os diretores do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal, Moises Alves da Consolação e Sebastiana Santana.
A reunião foi muito produtiva, na análise do deputado, quando muitos assuntos de interesse da categoria foram tratados, entre eles a possível aplicação da Lei nº 4.636/11, de autoria do parlamentar, que institui mecanismo de controle do patrimônio público do DF, dispondo sobre provisões de encargos trabalhistas a serem pagos às empresas contratadas para prestar serviços de forma contínua, no âmbito dos Poderes Públicos do Distrito Federal.
"A aplicação desta lei também pela Caixa seria um grande avanço nesta questão em âmbito nacional, uma vez que esta lei abre precedente no país, já que o DF é a primeira unidade da Federação a ter uma legislação dessa natureza", defende Chico.
De acordo com o vice-presidente de Logística e Retaguarda da Caixa, a instituição está disposta a aplicar o mesmo procedimento disposto na legislação na empresa.
Entre outras vantagens para os trabalhadores, foram debatidos, por exemplo, a possibilidade de estender aos vigilantes o ingresso à Universidade da Caixa. Para os que não têm casa própria também será possível participar do programa Minha Casa Minha Vida. A ideia, segundo explica o deputado, é que os terceirizados possam usufruir dos mesmos direitos estendidos hoje aos empregados da Caixa.
Durante a reunião, Chico sugeriu a criação de um conselho composto por integrantes da Caixa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes(CNTV) e do Sindicato dos Vigilantes de Brasília com o intuito de discutir questões afetas aos terceirizados dentro da categoria de segurança privada em âmbito nacional.
A sugestão foi aceita de pronto pela Caixa e ficou acertado que a minuta de criação do conselho será elaborada por uma equipe do banco no prazo de no máximo 30 dias.
Fonte: Contraf-CUT com CNTV

Também participaram os diretores do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal, Moises Alves da Consolação e Sebastiana Santana.
A reunião foi muito produtiva, na análise do deputado, quando muitos assuntos de interesse da categoria foram tratados, entre eles a possível aplicação da Lei nº 4.636/11, de autoria do parlamentar, que institui mecanismo de controle do patrimônio público do DF, dispondo sobre provisões de encargos trabalhistas a serem pagos às empresas contratadas para prestar serviços de forma contínua, no âmbito dos Poderes Públicos do Distrito Federal.
"A aplicação desta lei também pela Caixa seria um grande avanço nesta questão em âmbito nacional, uma vez que esta lei abre precedente no país, já que o DF é a primeira unidade da Federação a ter uma legislação dessa natureza", defende Chico.
De acordo com o vice-presidente de Logística e Retaguarda da Caixa, a instituição está disposta a aplicar o mesmo procedimento disposto na legislação na empresa.
Entre outras vantagens para os trabalhadores, foram debatidos, por exemplo, a possibilidade de estender aos vigilantes o ingresso à Universidade da Caixa. Para os que não têm casa própria também será possível participar do programa Minha Casa Minha Vida. A ideia, segundo explica o deputado, é que os terceirizados possam usufruir dos mesmos direitos estendidos hoje aos empregados da Caixa.
Durante a reunião, Chico sugeriu a criação de um conselho composto por integrantes da Caixa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes(CNTV) e do Sindicato dos Vigilantes de Brasília com o intuito de discutir questões afetas aos terceirizados dentro da categoria de segurança privada em âmbito nacional.
A sugestão foi aceita de pronto pela Caixa e ficou acertado que a minuta de criação do conselho será elaborada por uma equipe do banco no prazo de no máximo 30 dias.
Fonte: Contraf-CUT com CNTV
Banco Central criará divisão para monitorar conduta do sistema financeiro
Sérgio Ruck Bueno, Talita Moreira e Filipe Pacheco
Valor Econômico
O Banco Central (BC) estrutura um novo departamento de "supervisão de conduta" do sistema financeiro nacional, segundo informou na segunda-feira (22) o diretor de fiscalização, Anthero Meirelles em evento que ocorre em Gramado, no Rio Grande do Sul. O nome da nova área ainda não está definido, mas a expectativa é que esteja em "pleno funcionamento" em 2013.
Conforme Meirelles, a futura estrutura vai ampliar o escopo das operações do departamento voltado para o controle de ilícitos.
A mudança, explicou, é que o BC não vai mais examinar apenas itens específicos dos balanços das instituições financeiras a partir de reclamações recebidas, mas passará também a avaliar se esses dados estão aderentes às normas gerais de regulação.
De acordo com o diretor, o BC passará ainda a examinar questões que extrapolam o risco financeiro e que abarquem o "comportamento" das instituições. A ideia é ter uma visão um pouco mais "geral" delas, incluindo até riscos de imagem e de reputação.
De acordo com Meirelles, o caso do Banco BVA, que sofreu intervenção na sexta-feira, concluiu um "ciclo" de ações do BC desde os problemas identificados no PanAmericano. Segundo ele, com melhores controles, o BC já enviou recomendações às instituições para que equacionem todos os "pontos de atenção" no sistema financeiro.
Meirelles avaliou que o BC tem hoje melhores condições de detectar problemas no sistema financeiro, a exemplo do caso envolvendo o Cruzeiro do Sul. Segundo ele, o BC aprimorou, no início do ano, o sistema de detecção de fraudes que permitiu a identificação de ativos inexistentes nos balanços.
O diretor reiterou ainda que o BC está mais preparado para monitorar itens como o nível de endividamento da população desde que ampliou, em abril, o leque de operações registradas no chamado Sistema de Informações de Crédito. Desde então, todos os empréstimos concedidos pelas instituições financeiras superiores a R$ 1 mil são observados - o monitoramento se dava, antes para volumes a partir de R$ 5 mil.
As informações incluem desde o valor da operação, taxas de juros, histórico de pagamentos, renda ou faturamento e localização geográfica do tomador. De acordo com ele, a mudança quase quadruplicou o volume de operações acompanhadas em detalhes pelo BC e, com isso, o sistema passou a abranger 99% dos empréstimos concedidos no país.
Mudanças no ambiente regulatório e a deterioração do ambiente econômico levaram o Banco Central (BC) a rever, porém, a proposta de antecipar a adoção das regras de Basileia 3 no Brasil. A afirmação foi feita por Caio Fonseca Ferreira, assessor sênior do Departamento de Normas do BC, durante debate em evento sobre gestão de riscos, em São Paulo.
"O grande benefício da antecipação era que você diluísse esse impacto ao longo do tempo", afirmou. "O sistema financeiro brasileiro está bem, mas para implantar as medidas é preciso um certo planejamento." Por isso, disse ele, hoje existe "claramente a opção de seguir a regra internacional".
A adoção brasileira continua adiantada, de acordo com Ferreira, no que diz respeito à exigência de capital. O índice de Basileia já é de 11% para as instituições financeiras do país. "Não faz sentido reduzir a exigência de capital. Continuamos aí até eles nos alcançarem para, aí sim, seguirmos juntos", afirmou.
O Brasil está no topo da pirâmide em termos de excelência na supervisão do sistema financeiro, assegurou Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do BC. Segundo ele, a boa regulação permitiu que o país atravessasse a crise financeira internacional sem grandes choques internamente, e o Banco Central tem a função de continuar a vigiar o fenômeno da expansão do crédito no Brasil, ao permitir o crescimento do crédito de qualidade.
Ele argumentou que, na média, os bancos brasileiros são mais capitalizados em relação a seus pares, tanto em comparação com países avançados como com aqueles em desenvolvimento. "Os índices de inadimplência são consideravelmente mais baixos que de outros países dos Brics [Brasil, Rússia, Índia e China]."
Ao se considerar o total de ativos das instituições financeiras brasileiras, disse Odilon, os bancos brasileiros também estão entre os mais líquidos do mundo e há baixo risco de contágio sistêmico em caso de problema em algum deles.
Ele reforçou ainda que o mercado financeiro brasileiro apresenta baixa vulnerabilidade externa e baixa exposição a países periféricos da zona do euro, o que é considerado um fator positivo.
Fonte: Valor Econômico
Valor Econômico
O Banco Central (BC) estrutura um novo departamento de "supervisão de conduta" do sistema financeiro nacional, segundo informou na segunda-feira (22) o diretor de fiscalização, Anthero Meirelles em evento que ocorre em Gramado, no Rio Grande do Sul. O nome da nova área ainda não está definido, mas a expectativa é que esteja em "pleno funcionamento" em 2013.
Conforme Meirelles, a futura estrutura vai ampliar o escopo das operações do departamento voltado para o controle de ilícitos.
A mudança, explicou, é que o BC não vai mais examinar apenas itens específicos dos balanços das instituições financeiras a partir de reclamações recebidas, mas passará também a avaliar se esses dados estão aderentes às normas gerais de regulação.
De acordo com o diretor, o BC passará ainda a examinar questões que extrapolam o risco financeiro e que abarquem o "comportamento" das instituições. A ideia é ter uma visão um pouco mais "geral" delas, incluindo até riscos de imagem e de reputação.
De acordo com Meirelles, o caso do Banco BVA, que sofreu intervenção na sexta-feira, concluiu um "ciclo" de ações do BC desde os problemas identificados no PanAmericano. Segundo ele, com melhores controles, o BC já enviou recomendações às instituições para que equacionem todos os "pontos de atenção" no sistema financeiro.
Meirelles avaliou que o BC tem hoje melhores condições de detectar problemas no sistema financeiro, a exemplo do caso envolvendo o Cruzeiro do Sul. Segundo ele, o BC aprimorou, no início do ano, o sistema de detecção de fraudes que permitiu a identificação de ativos inexistentes nos balanços.
O diretor reiterou ainda que o BC está mais preparado para monitorar itens como o nível de endividamento da população desde que ampliou, em abril, o leque de operações registradas no chamado Sistema de Informações de Crédito. Desde então, todos os empréstimos concedidos pelas instituições financeiras superiores a R$ 1 mil são observados - o monitoramento se dava, antes para volumes a partir de R$ 5 mil.
As informações incluem desde o valor da operação, taxas de juros, histórico de pagamentos, renda ou faturamento e localização geográfica do tomador. De acordo com ele, a mudança quase quadruplicou o volume de operações acompanhadas em detalhes pelo BC e, com isso, o sistema passou a abranger 99% dos empréstimos concedidos no país.
Mudanças no ambiente regulatório e a deterioração do ambiente econômico levaram o Banco Central (BC) a rever, porém, a proposta de antecipar a adoção das regras de Basileia 3 no Brasil. A afirmação foi feita por Caio Fonseca Ferreira, assessor sênior do Departamento de Normas do BC, durante debate em evento sobre gestão de riscos, em São Paulo.
"O grande benefício da antecipação era que você diluísse esse impacto ao longo do tempo", afirmou. "O sistema financeiro brasileiro está bem, mas para implantar as medidas é preciso um certo planejamento." Por isso, disse ele, hoje existe "claramente a opção de seguir a regra internacional".
A adoção brasileira continua adiantada, de acordo com Ferreira, no que diz respeito à exigência de capital. O índice de Basileia já é de 11% para as instituições financeiras do país. "Não faz sentido reduzir a exigência de capital. Continuamos aí até eles nos alcançarem para, aí sim, seguirmos juntos", afirmou.
O Brasil está no topo da pirâmide em termos de excelência na supervisão do sistema financeiro, assegurou Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do BC. Segundo ele, a boa regulação permitiu que o país atravessasse a crise financeira internacional sem grandes choques internamente, e o Banco Central tem a função de continuar a vigiar o fenômeno da expansão do crédito no Brasil, ao permitir o crescimento do crédito de qualidade.
Ele argumentou que, na média, os bancos brasileiros são mais capitalizados em relação a seus pares, tanto em comparação com países avançados como com aqueles em desenvolvimento. "Os índices de inadimplência são consideravelmente mais baixos que de outros países dos Brics [Brasil, Rússia, Índia e China]."
Ao se considerar o total de ativos das instituições financeiras brasileiras, disse Odilon, os bancos brasileiros também estão entre os mais líquidos do mundo e há baixo risco de contágio sistêmico em caso de problema em algum deles.
Ele reforçou ainda que o mercado financeiro brasileiro apresenta baixa vulnerabilidade externa e baixa exposição a países periféricos da zona do euro, o que é considerado um fator positivo.
Fonte: Valor Econômico
Apesar do lucro de R$ 8,6 bi até setembro, Bradesco reduz empregos.

Esse é o quarto maior lucro da história entre os bancos de capital aberto brasileiro. O maior lucro para o mesmo período do setor é do Itaú Unibanco, em 2011, no valor de R$ 10,94 bilhões.
No terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,893 bilhões, o que representa alta de 1,01% sobre igual intervalo do ano passado e alta de 0,91% frente ao segundo trimestre de 2012.
"Esse resultado estrondoso abre nova safra de lucros abundantes dos bancos brasileiros. Queremos que o Bradesco retome as negociações permanentes, discutindo a geração de empregos e o atendimento da pauta específica dos funcionários do banco", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Novo truque da PDD
Conforme análise preliminar do Dieese, o banco voltou a usar a manobra contábil das elevadas provisões para devedores duvidosos (PDD). O montante provisionado foi de R$ 3,303 bilhões de julho a setembro, alta de 18,9% contra o mesmo período de 2011.
Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve diminuição de 3,1%. No acumulado de 2012 em comparação a igual período de 2011 houve um crescimento de 29,4%.
Já o índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou uma pequena queda, encerrando setembro em 4,1%, o que representa 0,1 ponto percentual a menos em relação ao trimestre anterior.
"Se não fosse esse truque da PDD, cujos valores não se justificam diante dos números de inadimplência, o lucro teria sido ainda maior", aponta Cordeiro.
Mais cortes de empregos
Apesar do lucro astronômico, o Bradesco fechou 431 postos de trabalho entre julho e setembro, a exemplo do trimestre anterior quando foram eliminadas 571 vagas, totalizando 1.002 cortes de empregos nos últimos seis meses. Com isso, o quadro caiu para 104.100 funcionários.
"É inaceitável a redução de postos de trabalho, enquanto cresce o lucro bilionário do banco", aponta o presidente da Contraf-CUT. "Em vez de demitir, o banco precisa contratar, a exemplo de outros setores da economia brasileira, e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país com geração de empregos e distribuição de renda", enfatiza.
Menos funcionários, mais agências
O Bradesco abriu novas agências. O banco atingiu 4.665 unidades em setembro, aumento de 18,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve também expansão do número de correspondentes para 41.713, o que significa 33% a mais do que setembro de 2011.
"Menos funcionários e mais agências significa mais sobrecarga de trabalho. Isso explica por que os bancários estão mais estressados e crescem os casos de adoecimento", alerta o dirigente sindical.
Mais rotatividade
As despesas de pessoal caíram para R$ 3.118.878, uma queda de 7,69% em relação a R$ 3.378.538 em setembro de 2011 quando o banco tinha mais funcionários.
"Isso comprova com os números do balanço o efeito perverso da rotatividade que o Bradesco utiliza para reduzir custos e turbinar os lucros", denuncia Cordeiro.
Mais receitas de tarifas
As receitas com prestação de serviços cresceram 16,39% em 12 meses, passando de R$ 2.889.439 para R$ 3.362.954, e 4,92% apenas no último trimestre, de R$ 3.362.954 para R$ 3.362.954.
Além disso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços mais renda das tarifas bancárias cresceu 27,23 pontos percentuais, passando de 111,65% para 138,88%.
"O aumento dessas receitas compensou tranquilamente as pequenas reduções nas taxas de juros de algumas linhas de crédito", aponta Cordeiro. "Além disso, os números revelam que tais receitas cobrem sozinhas todas as despesas de pessoal do banco e ainda sobra quase 39%", salienta.
Novos balanços
Mais quarto bancos possuem datas previstas para a divulgação dos balanços do terceiro trimestre. Nesta terça-feira (23) é a vez do Itaú.
O Santander anuncia os resultados nesta quinta-feira (25) e o Banco do Brasil, no dia 31. O outro banco é o Banrisul, no dia 12 de novembro.
Fonte: Contraf-CUT com Dieese
Lucro do Itaú é de R$ 10,1 bi até setembro e é o 2º maior acumulado no ano.

Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro líquido do Itaú ficou em R$ 10,102 bilhões, montante 7,6% menor que o visto no mesmo período do ano passado. Já no quesito recorrente foi de R$ 10,541 bilhões (queda de 3,2%).
A rentabilidade do banco, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), foi de 17,5% no terceiro trimestre, contra 22,7% obtido um ano antes. Em nove meses, ficou em 18,2%, ante 22,5% registrado de janeiro a setembro do ano passado.
A carteira de crédito do banco terminou setembro em R$ 417,603 bilhões. A cifra representa elevação de 1% em relação ao segundo trimestre deste ano.
Lucro é 2º maior entre bancos no acumulado do ano
Mesmo com queda no lucro recorrente registrado no trimestre, o Itaú Unibanco registra o segundo maior lucro acumulado de janeiro a setembro entre os bancos de capital aberto brasileiro, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Este ano, o resultado acumulado foi de R$ 10,1 bilhões. O maior lucro para o setor no mesmo período ainda é do Itaú, de 2011, quando ganhou R$ 10,94 bilhões. Em 2010, o acumulado foi de R$ 9,43 bilhões.
Entre os dez maiores lucros do setor bancário, três são do Bradesco, cinco do Itaú e dois do Banco do Brasil.
Pessoa física
A carteira de crédito a pessoa física do Itaú Unibanco apresenta retração de 1,1% no terceiro trimestre deste ano contra o segundo, para R$ 145,662 bilhões. Na comparação com setembro do ano passado há alta de 3%.
O destaque negativo na pessoa física ficou para a carteira de veículos, que encolheu 4,5% no terceiro trimestre, para R$ 54,046 bilhões, em relação ao segundo. Em contrapartida, o crédito imobiliário evitou uma retração maior do segmento, com alta de 6% na mesma base de comparação, para R$ 16,687 bilhões. Em 12 meses, as variações foram queda de 9,9% em veículos e alta de 32,4% no imobiliário.
Pessoa jurídica
No crédito a empresas, o Itaú aumentou o volume de empréstimos. A carteira somou R$ 244,486 bilhões em setembro, expansão de 1,4% ante junho deste ano e de 10,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Para grandes empresas, os empréstimos cresceram 3,7% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, totalizando R$ 155 bilhões. Na comparação anual, foi registrado aumento de 16,4%. O crédito a micro, pequenas e médias empresas totalizou R$ 89,448 bilhões ao final de setembro, queda de 2,4% ante junho e expansão de 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2011.
Inadimplência
A taxa de inadimplência do Itaú apresentou leve redução ante o segundo trimestre, puxada pelas pessoas jurídicas. O indicador ficou em 5,1%, queda de 0,1 ponto porcentual, na mesma base de comparação. A retração foi possível, segundo o Itaú, mesmo com o impacto negativo da greve dos correios e bancos.
Apesar da pequena retração, a tendência é que os números de calotes se reduzam, segundo o relatório da administração sobre os resultados. Na comparação com setembro do ano passado, a inadimplência do banco subiu 0,4 p.p.
Na pessoa jurídica, a taxa de inadimplência recuou de 3,5% em junho para 3,3% em setembro último. Já na pessoa física foi registrada alta. O indicador subiu de 7,3% para 7,5%.
As taxas de inadimplência de prazos mais curtos (de 15 a 90 dias de atraso) recuaram 0,3 p.p. no terceiro trimestre de 2012, passando de 4,5% para 4,2%, com queda tanto na pessoa física como jurídica.
PDD
As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) ficaram praticamente estáveis em R$ 5,939 bilhões no terceiro trimestre contra o segundo, com uma leve redução de 0,8% ou R$ 49 milhões. O montante está dentro da estimativa do banco divulgada no segundo trimestre, na qual estimava fazer provisões para PDD entre R$ 6 bilhões e R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre.
Na comparação com os meses de julho a setembro de 2011, entretanto, essas despesas apresentaram alta de 19,45%. Em nove meses, os gastos com PDD somaram R$ 17,959 bilhões, aumento de 24,2% ante um ano antes.
O Itaú destaca, no demonstrativo de resultados, que esse nível de provisionamento é atribuído, principalmente, à alta inadimplência verificada nas carteiras de veículos e ao aumento das carteiras de crédito pessoal (principalmente crediário parcelado e cheque especial).
Fonte: Agência Estado e UOL
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Convenção Coletiva dos Bancários, conquista histórica, completa 20 anos.

A vitoriosa Campanha Nacional de 2012, que pelo nono ano consecutivo conquistou aumento real de salário, melhorias na PLR e em outras cláusulas econômicas e sociais, celebra uma data histórica: os 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Bancários.
Assinada pela primeira vez em 1992, a CCT garante aos bancários os mesmos salários e os mesmos direitos em todo o território nacional e em todos os bancos, públicos e privados.
"Essa é uma conquista histórica e única no Brasil, uma construção de muitas e muitas gerações de bancários. Fruto da ousadia, da coragem da categoria para a luta, da sua capacidade de organização e da busca permanente da unidade nacional, a Convenção Coletiva é hoje um paradigma para as demais categorias de trabalhadores do país", comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
"Assinar a convenção coletiva em 1992, embora naquele momento só para bancos privados e estaduais, foi de extrema importância para nossa luta e sobretudo para nossa unidade. Se antigamente havia os acordos coletivos por Estado, no momento em que conseguimos unificar a categoria numa única convenção, isso abriu um novo caminho para as conquistas futuras que tivemos nos últimos períodos", conta Carlos Cordeiro.
Com essa unidade nacional e capacidade de mobilização, por exemplo, nos últimos nove anos os bancários conquistaram com paralisações massivas 16,22% de aumento salarial acima da inflação, além de ganho real de 35,57% no piso e melhorias sucessivas na PLR.
"Além das conquistas econômicas, obtivemos com unidade e luta importantes avanços nas cláusulas sobre saúde, condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades", acrescenta o presidente da Contraf-CUT.
Clique aqui para acessar o caderno especial da Contraf-CUT, em pdf, sobre os 20 anos da Convenção Coletiva dos bancários.
E veja abaixo as principais conquistas dos bancários nos últimos 20 anos:
1992 - Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho, válida para todo o país.
1994 - Conquista do Vale-alimentação.
1995 - Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados. Veja no final do texto a evolução da PLR desde então.
1997 - Complementação salarial para afastados por doença ou acidentes e conquista da verba de requalificação profissional na demissão. Criada a comissão permanente de saúde.
1998 - Implementação do Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT.
2000 - Inclusão na CCT da cláusula sobre Igualdade de Oportunidades.
2003 - Primeira campanha salarial unificada. Com greve, bancários dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados.
2004 - Conquista, com greve, de aumento real de 1,7% no salário e de 5,7% sobre o piso.
2005 - Após greve vitoriosa, o BB assina pela primeira vez a CCT da categoria. Bancários conquistam 0,9% de ganho real no salário. Empregados da Caixa conquistam equiparação do valor da cesta-alimentação da Fenaban.
2006 - Conquista do valor adicional de PLR e de 0,6% de aumento real.
- Pela primeira vez, a Caixa assina a Convenção Coletiva de Trabalho.
- Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral.
2007 - Conquista da 13ª cesta-alimentação e de 1,1% de ganho real.
2009 - Licença-maternidade de 180 dias.
- Aumento real de 1,5%.
- Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional.
- Inclusão dos parceiros de mesmo sexo nos Planos de Saúde.
- Avanços na igualdade de oportunidades. 1
- 15 mil contratações no BB e na Caixa.
- Programa de reabilitação profissional.
- Criação de mecanismos de combate ao assédio moral.
2010 - Inclusão na CCT, pela primeira vez, de cláusula com mecanismo de combate ao assédio moral. Ganho real de 3,1% no salário e de 11,6% no piso.
2011 - Aumento real de 1,5% no salário e de 4,3% no piso.
- Fim de divulgação de rankings individuais de produtividade.
- Avanços no combate ao assédio moral e no PCMSO.
- Aviso prévio proporcional.
- Cinco mil novas contratações na Caixa.
- Proibição do transporte de numerário por bancários.
- Avanço na igualdade de oportunidades.
- Vitória política sobre a "ameaça da inflação" com o aumento real de salário.
2012 - Ganho real de 2% no salário e de 2,95% no piso, no auxílio-refeição, na cesta-alimentação e na 13ª cesta-alimentação.
- Cláusula garantindo os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica.
- Implementação de projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos.
- Realizar novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades.
Confira como foi a evolução da PLR dos bancários.
Evolução da PLR | ||||||
Ano | Regra Básica | Majoração da Regra Básica: ocorre quando o montante a ser distribuído pela regra básica não atinge 5% | Teto individual da regra básica, em caso de majoração da mesma | Parcela Adicional | ||
Parcela Proporcional ao salário | Parcela Fixa | Teto individual da regra básica | ||||
1995 | 72% | R$ 200,00 | - | - | - | - |
1996 | 60% | R$ 270,00 | 2 salários do empregado | - | - | - |
1997 | 80% | R$ 300,00 | R$ 3.000,00 | Valor individual referente à regra básica majorado até que o montante da mesma atinja 5% do lucro líquido, ou até que o valor individual da regra básica iguale 2 salários do empregado, o que ocorrer primeiro | R$ 6.000,00 | - |
1998 | 80% | R$ 300,00 | R$ 3.000,00 | R$ 6.000,00 | - | |
1999 | 80% | R$ 400,00 | R$ 3.250,00 | R$ 6.500,00 | - | |
2000 | 80% | R$ 450,00 | R$ 3.500,00 | R$ 7.000,00 | - | |
2001 | 80% | R$ 500,00 | R$ 3.800,00 | R$ 7.600,00 | - | |
2002 | 80% | R$ 550,00 | R$ 4.100,00 | R$ 8.200,00 | - | |
2003 | 80% | R$ 650,00 | R$ 4.617,00 | R$ 9.234,00 | - | |
2004 | 80% | R$ 705,00 | R$ 5.010,00 | R$ 10.020,00 | - | |
2005 | 80% | R$ 800,00 | R$ 5.310,00 | R$ 10.620,00 | - | |
2006 | 80% | R$ 828,00 | R$ 5.496,00 | R$ 10.992,00 | Distribuição linear de 8% da variação em valor absoluto do crescimento do lucro líquido no ano, com limite individual de R$ 1.500,00 | |
2007 | 80% | R$ 878,00 | R$ 5.826,00 | R$ 11.652,00 | Distribuição linear de 8% da variação em valor absoluto do crescimento do lucro líquido no ano, com limite individual de R$ 1.800,00 | |
2008 | 90% | R$ 966,00 | R$ 6.301,00 | Valor individual referente à regra básica majorado até que o montante da mesma atinja 5% do lucro líquido, ou até que o valor individual da regra básica iguale 2,2 salários do empregado, o que ocorrer primeiro | R$ 13.862,00 | Distribuição linear de 8% da variação em valor absoluto do crescimento do lucro líquido no ano, com limite individual de R$ 1.980,00 |
2009 | 90% | R$ 1.024,00 | R$ 6.680,00 | R$ 14.696,00 | Distribuição linear de 2% do lucro líquido do banco, com limite individual de R$ 2.100,00 | |
2010 | 90% | R$ 1.100,80 | R$ 7.181,00 | R$ 15.798,20 | Distribuição linear de 2% do lucro líquido do banco, com limite individual de R$ 2.400,00 | |
2011 | 90% | R$ 1.400,00 | R$ 7.827,00 | R$ 17.220,04 | Distribuição linear de 2% do lucro líquido do banco, com limite individual de R$ 2.800,00 | |
2012 | 90% | R$ 1.540,00 | R$ 8.414,34 | R$ 18.511,54 | Distribuição linear de 2% do lucro líquido do banco, com limite individual de R$ 3.080,00 |
Fonte: Contraf-CUT
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