quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Contraf cobra mais contratações e fim da rotatividade no CRT do Santander

Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloBancários reivindicaram também melhores condições de trabalho

Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander, ocorrida nesta quarta-feira (27), nas dependências do Casa 1, em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos voltaram a cobrar mais contratações de funcionários e fim da rotatividade, bem como o acesso aos dados mensais do banco ao Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Os representantes do banco espanhol ficaram de levar as propostas para avaliação interna.

"O Santander cortou 975 postos de trabalho durante as demissões em massa antes do Natal, conforme foi apurado pelo Dieese a partir dos dados apresentados pelo banco ao Ministério Público do Trabalho, em Brasília", lembrou Ademir. No terceiro trimestre de 2012, o quadro de pessoal que era de 55.120 funcionários foi reduzido para 53.992 no quarto trimestre, o que representou um corte de 1.128 vagas. 

"Além disso, no mesmo período o número de agências passou de 2.384 para 2.407, o que aumentou ainda mais a carência de funcionários nas agências e postos. Temos várias unidades onde os gerentes solicitam ao sindicato o fechamento da agência por não terem condições de atender com apenas um funcionário no caixa", destacou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

Condições de trabalho

As entidades sindicais discutiram as demandas da pauta de reivindicações, buscando melhoria das condições de trabalho nas agências, postos de atendimento e centros administrativos. 

Uma das propostas reiteradas foi novamente o fim das metas para os caixas. "Já foi acordado em reuniões anteriores com o movimento sindical que caixas não têm metas, mas não é o que acontece nas agências, onde caixas são obrigados a vender produtos aumentando o tempo de espera dos clientes na fila", disse Ademir. "A demora no atendimento facilita ainda a ação dos olheiros que praticam o crime da saidinha de banco", alertou.

"Solicitamos a entrega ao movimento sindical de uma orientação por escrito aos gestores do banco de que os caixas não têm metas e, portanto, não serão avaliados pela venda de produtos", ressaltou o secretário de relações internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia. O banco ficou outra vez de analisar o tema internamente.

Foi reivindicado também o fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agências, o fim das metas individuais, a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, o fim do desvio de funções nas agências envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, e a proibição de cobrança de metas para estagiário e menor aprendiz.

O banco propôs que o tema seja tratado em reunião específica, com data indicativa para o próximo dia 27 de março, a ser confirmada.

Monitoramento de resultados

A representação sindical denunciou que continua recebendo denúncias de descumprimento da cláusula 35ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe a exposição de ranking individual dos funcionários. Rosani exibiu e-mail enviado aos gerentes de uma agência da Região Sul do país, com o nome e o desempenho de cada funcionário, comprovando de forma cristalina a violação da norma coletiva. Houve também denúncias de exposição de ranking em reuniões, além de ameaças, pressões e assédio moral em videoconferências.

O banco informou que tem feito comunicados à rede de agências, com orientações sobre a forma correta de divulgação dos resultados, além de discutir o tema em reuniões periódicas com gestores. O banco disse que irá verificar como compartilhar os comunicados com o movimento sindical.

Plano de Cargos e Salários

A Contraf-CUT reivindicou outra vez a criação de um plano de cargos e salários (PCS), conforme proposta apresentada na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 para a Fenaban, que remeteu o debate para negociação banco a banco. "Há muitas distorções salariais que desestimulam os funcionários e podem formar outro passivo trabalhista", alertou Ademir.

O banco voltou a dizer que "PCS é para empresa pública, uma vez que na iniciativa privada a realidade é outra". Os dirigentes sindicais rebateram. "PCS garante regras transparentes de ascensão profissional e deveria existir não somente em bancos públicos, mas também nos privados, valorizando os trabalhadores", defendeu o diretor da Contraf-CUT.

Bolsas de auxílio-educação

As entidades sindicais reivindicaram informações referentes ao total de solicitações, número de vagas preenchidas, quantidade de recusas e os motivos das mesmas referentes ao primeiro semestre de 2013.

O banco informou que o prazo de renovação das bolsas, através da confirmação e entrega dos documentos necessários, termina nesta quinta-feira (28) e que o período de novas inscrições vai até o dia 15 de março. Já as informações sobre as bolsas que serão concedidas em 2013 serão apresentadas até o próximo CRT. 

Manutenção da assistência médica para aposentados

A representação sindical reiterou a reivindicação de que seja assegurado aos empregados com cinco anos ou mais de vinculo empregatício, com o Grupo Santander Brasil, bem como para seus respectivos dependentes, a manutenção do plano de saúde durante a aposentadoria, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozavam quando da vigência do contrato de trabalho, mediante o pagamento de mensalidade correspondente ao valor que era descontado de seu holerite (contra cheque).

O banco informou que alguns estudos sobre esse tema estão em andamento, de forma a adequar-se à legislação e atualização das políticas e se comprometeu em discutir o tema com o movimento sindical, previamente, quanto a eventuais mudanças que ocorrerem.

Redução dos juros e isenção de tarifas para funcionários e aposentados

A representação sindical reivindica a redução das altas taxas de juros de empréstimos, consignado, cheque especial, cartão de crédito, bem como a isenção das tarifas bancarias para todos os funcionários ativos e aposentados do banco. Foi apontada a prática de políticas diferenciadas, como juros desiguais para funcionários e discriminação aos aposentados.

"Queremos respeito e igualdade de tratamento para funcionários e aposentados do banco", ressaltou o diretor da Contraf-CUT e da Afubesp, Camilo Fernandes.

O banco, porém, disse que já oferece condições diferenciadas em produtos e serviços aos funcionários. 

Folga no dia de aniversário

As entidades sindicais reivindicaram a concessão de folga no dia de aniversário para todos os funcionários do banco, conforme já tem sido praticado em vários locais de trabalho. O banco disse que esse assunto continua sendo discutido internamente, prometendo trazer uma resposta até o próximo dia 27 de março.

Nova segmentação de clientes

As entidades sindicais cobraram informações do banco sobre a implantação de agências Select com a exigência do Certificado da Ambima CPA 20 para os funcionários. "Exigimos que o banco trate com mais respeito os trabalhadores sobre esse processo, avisando-os com antecedência, bem como os capacitando para se adequarem", salientou Rosani.

O banco explicou que se trata de uma política de segmentação, a exemplo do Van Gogh, porém voltada aos clientes de alta renda, nos moldes do Private e Personnalité de outros bancos. Também disse que se propõe a realizar uma apresentação aos dirigentes sindicais para detalhar a dinâmica do Select, em data a ser definida para o mês de abril.

Programa de Reabilitação Profissional

A representação sindical reivindicou a apresentação de Programa de Reabilitação Profissional, conforme estabelece a cláusula 43ª da CCT. O banco concordou em discutir o tema no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, em data a ser agendada.

Pessoas com deficiência (PCD)

As entidades sindicais reivindicaram melhores condições de trabalho e valorização dos funcionários com deficiência (PCD), com a transferência de suas lotações para locais mais próximos de suas residências, como forma de facilitar a mobilidade e a qualidade de vida.

O banco informou que desenvolve diversas ações voltadas para esse público e propôs a realização de uma reunião específica, com a presença de especialistas da área, com data indicativa do próximo dia 14 ou 15 de março, a ser confirmado em breve.

Tempo de casa

O Santander paga um prêmio de dois salários aos funcionários que completam 25 anos de casa. Foi reivindicado que o pagamento seja também concedido para quem completa esse tempo dentro do aviso prévio, pois ele é considerado para todos os cálculos de rescisão de contrato de trabalho.

O banco disse que a política de tempo de casa "é uma liberalidade da organização e que a projeção do aviso prévio no pagamento da verba se torna inviável". 

Segurança

A Contraf-CUT denunciou a abertura de agências sem vigilantes durante as greves e mobilizações dessa categoria no país. Houve até bancários acionando a porta giratória, que é tarefa exclusiva de vigilantes. A orientação da Febraban de que podem abrir sem vigilantes unidades que não têm movimentação de numerário contraria frontalmente a lei federal nº 7.102/83, que exige a presença de vigilantes no horário de expediente ao público. 

"Os sindicatos devem denunciar qualquer irregularidade para a Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da Polícia Federal e tomar as demais medidas cabíveis, a fim de garantir segurança e proteger a vida dos bancários", defende Ademir, que também é coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT. 

Novos boatos

Ao final da reunião, Ademir solicitou uma posição do Santander sobre os novos boatos de venda ao Bradesco. O banco respondeu dizendo que os rumores "serão desmentidos em março". Segundo os boatos, a venda seria anunciada no dia 10 de março, data de aniversário do Bradesco. 

Calendário de reuniões

O banco ficou de definir nos próximos dias uma nova agenda de reuniões temáticas e grupos de trabalho, envolvendo:

- Fórum de Saúde e Condições de Trabalho
- Reunião sobre Condições de Trabalho
- Reunião sobre Igualdade de Oportunidades
- Grupo de Trabalho sobre eleições no SantanderPrevi
- Grupo de Trabalho sobre Call Center
- Reunião sobre Pessoas com Deficiência

Avaliação

"Foi mais uma reunião do CRT com muitos debates, onde sobraram cobranças dos dirigentes sindicais e faltaram soluções por parte do banco para atender as reivindicações e melhorar as condições de trabalho nas unidades", avaliou Ademir. 

"Precisamos construir um processo de mobilização nacional para avançar as negociações, a exemplo da forte pressão exercida sobre o banco em dezembro após as demissões em massa", concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Participação

Participaram da reunião representantes da Fetec-SP, Feeb RJ-ES, Fetrafi-RS, Fetraf-MG, Fetrafi-Nordeste, Fetec-Centro/Norte, Fetec-PR, Fetec-SC, Feeeb SP-MS e Feeb BA-SE, bem como dirigentes de vários sindicatos e da Afubesp. 


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
 PAGA 2ª PARCELA DA PLR NO 
DIA 1° DE MARÇO


A  Caixa Econômica Federal informou que irá pagar a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados - PLR no dia 1º de março.

Negociação permanente

Na quarta-feira, dia 20, foi retomado o processo de negociação permanente entre o movimento sindical e a Caixa. Os temas discutidos foram reestruturação, descomissionamento, aperfeiçoamento do processo de avaliação por mérito e condições de trabalho. Veja como foi no site: Caixa diz que não há definição a respeito de reestruturação.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Banco do Brasil tem lucro recorde nominal de R$ 12,20 bilhões em 2012.

Agência Estado
Cynthia Decloedt e Eulina Oliveira

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,967 bilhões no quarto trimestre de 2012, o que representa um aumento de 33,5% na comparação com igual intervalo de 2011. Em relação ao terceiro trimestre de 2012, a alta foi de 45,5%. Em todo o ano de 2012, o banco informa que teve lucro líquido recorde nominal de R$ 12,205 bilhões, resultado 0,65% maior do que o verificado em 2011. 

Os ativos totais atingiram R$ 1,150 trilhão em dezembro de 2012, aumento de 17,2% sobre dezembro de 2011 e de 4,2% ante setembro de 2012. A carteira de crédito ampliada somou R$ 580,799 bilhões em dezembro de 2012, expansão de 24,9% sobre dezembro de 2011 e de 9,1% em relação a setembro de 2012. O patrimônio líquido em dezembro de 2012 ficou em R$ 66,070 bilhões, aumento de 13,1% sobre dezembro de 2011 e de 3,1% ante setembro de 2012.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado médio (RSPL) ficou em 27,0% no quarto trimestre de 2012, ante 22,5% no quarto trimestre de 2011 e 18,6% sobre o terceiro trimestre de 2012.

Crédito

A carteira de crédito imobiliário alcançou R$ 10,2 bilhões em dezembro de 2012, um crescimento de 69% em relação a dezembro de 2011 e de 19,8% frente a setembro de 2012. A participação de mercado do BB no crédito imobiliário para pessoa física atingiu 3,7% em dezembro de 2012, contra 3% em dezembro de 2011.

A carteira de crédito imobiliário da pessoa jurídica também tem se destacado, alcançando saldo de R$ 2,7 bilhões em dezembro de 2012. No total, o saldo da carteira imobiliária, somando pessoa física e jurídica, foi de R$ 12,9 bilhões em dezembro de 2012, alta de 68,5% em doze meses. O volume total desembolsado para o segmento imobiliário foi de R$ 7,1 bilhões em 2012, 43,2% sobre o ano anterior.

A carteira de crédito ao agronegócio alcançou a marca de R$ 108 bilhões no final de 2012, 20,8% maior do que o registrado em 2011 e 9,8% em relação ao trimestre anterior, proporcionando 62,5% de participação no Sistema Nacional de Crédito Rural, destaca o BB. 

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 580,8 bilhões em dezembro de 2012, uma alta de 9,2% em relação a setembro de 2012 e de 24,9% em doze meses. O crescimento da carteira de crédito ampliada, que corresponde a carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários privados adquiridos pelo BB e das garantias prestadas, superou a meta do BB para 2012, que era de elevação entre 17% a 21%.

A carteira de crédito classificada (que exclui operações com títulos e valores mobiliários privados adquiridos pelo BB e das garantias prestadas), ficou em R$ 525,67 bilhões, incremento de 9,3% na comparação com setembro e de 24,3% frente a dezembro de 2011. Essa carteira atingiu 20,4% do mercado de crédito brasileiro em dezembro de 2012, indicando incremento em relação a dezembro de 2011 (19,2%) e setembro de 2012 (19,6%).

A carteira de crédito pessoa física ampliada encerrou dezembro em R$ 152,6 bilhões, aumento de 16,8% em doze meses e de 6,1% sobre setembro de 2012, respondendo por 26,3% da carteira de crédito ampliada do BB. Considerando-se apenas a carteira de crédito orgânica, ou seja, excluindo-se as carteiras adquiridas e 50% das operações do Banco Votorantim, a carteira da pessoa física registrou crescimento de 25,9% em doze meses e 7,1% sobre o trimestre anterior. Esse desempenho foi favorecido pelo desenvolvimento do programa Bompratodos, diz o BB em relatório de resultados.

O segmento de financiamento de veículos registrou crescimento em termos de carteira orgânica, que chegou a R$ 11 bilhões em dezembro de 2012, um aumento de 134,9% sobre dezembro de 2011 e de 20,3% frente a setembro de 2012. Os empréstimos consignados somaram R$ 58,6 bilhões em dezembro de 2012, com expansão de 14,3% sobre igual período de 2011 e 2,7% sobre o trimestre anterior. A participação de mercado (market share) do BB nesse segmento foi de 31,2% em dezembro de 2012.

A carteira de crédito ampliada de pessoas jurídicas alcançou R$ 273,8 bilhões, com crescimento de 30,3% na comparação anual e 10,8% sobre setembro de 2012, respondendo por 47,1% da carteira de crédito do BB. Na carteira pessoa jurídica destaca-se a expansão das linhas de capital de giro (giro, recebíveis, conta garantida, cartão de crédito e cheque especial), com saldo de R$ 153,3 bilhões e acréscimo de 35,6% sobre dezembro de 2011. 

Basileia

O Índice de Basileia do Banco do Brasil encerrou o ano em 14,83%, pouco acima dos 14,81% do terceiro trimestre de 2012 e do nível de 14% em dezembro de 2011. O BB informa que caso o total das emissões feitas em janeiro de 2013 seja autorizado pelo Banco Central a compor o capital do BB, haverá aumento de cerca de 128 pontos base Índice de Basileia.

Em janeiro de 2013, o BB realizou emissões de Letras Financeiras Subordinadas no País totalizando R$ 5,2 bilhões e captação externa sob a forma de instrumento híbrido de capital e dívida no montante de US$ 2,0 bilhões. 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

HSBC reconhece necessidade de negociação efetiva; PLR não terá desconto.

  
Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUTNegociação com HSBC nesta terça-feira (19)

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram processo de negociação com o HSBC nesta terça-feira (19) e criticaram as ações unilaterais tomadas pelo banco, especialmente em relação ao Plano de Saúde, ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) próprio do banco, além da implementação da Previdência Complementar, elaborada sem a participação do movimento sindical e que exclui a maior parte dos funcionários.

Depois de uma série de reuniões sem que o HSBC apresentasse efetividade nas propostas, os representantes do banco reconheceram a necessidade de um processo negocial mais efetivo. Entre os representantes do banco estiveram o seu presidente, André Brandão, e o diretor de recursos Humanos para América Latina, João Rached. 

"Nossa posição sobre o descaso do banco na efetividade do processo de negociação foi contundente e seus representantes reconheceram isso, tanto que colocaram peso na reunião e seu presidente esteve presente ao final dela", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "O banco assumiu esse compromisso e agora está com o HSBC a responsabilidade de tornar esse processo sério e com retornos efetivos aos bancários". 

PLR sem desconto

O banco anunciou que pagará integralmente a PLR, regra básica mais adicional no valor próximo ao pago na primeira parcela, cerca de R$ 600. O pagamento será efetivado em 27 de fevereiro. "O valor exato, porém, depende do fechamento do balanço do banco, que será publicado até início de março", alerta Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da COE do HSBC.

O banco confirmou, portanto, que o pagamento do programa próprio de remuneração (PPR Vendas/PPR Atendimento) será feito sem o desconto na PLR, entretanto este valor terá redução de 15 a 20%, comparativamente ao ano passado, em razão de não ter atingido o fator de cumprimento dos 100% da performance coletiva e pela alta PDD (Provisões para Devedores Duvidosos), que somente no primeiro semestre de 2012 foi três vezes maior do lucro líquido. 

"O não desconto da PLR é um avanço, mas é importante que o banco abra as informações sobre o balanço, já que a PDD impacta negativamente na PLR dos bancários. Cobramos que o HSBC torne público estas informações para que possamos verificar como está sendo efetuado o pagamento", afirma Kanak.

Descaso com a Saúde do Trabalhador

O banco fez alterações unilaterais no plano de saúde em janeiro prejudiciais para os funcionários, retirando direitos do pessoal da ativa e dos aposentados.

"Além dos reajustes que encarecerão o custo dos trabalhadores, o banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são beneficiados pela Lei Federal nº 9.656/98 e têm direito a manutenção do plano de saúde (seis meses a dois anos) por contribuírem mensalmente e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que determina a convenção coletiva (máximo de 270 dias)", alerta Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Durante a reunião, os representantes do banco apresentaram as mudanças feitas no plano em detalhes. "As modificações definitivamente não garantem melhorias ou a manutenção da qualidade do plano", critica kanak. 

A proposta do movimento sindical é a suspensão das mudanças e o início do processo de negociação. "Além disso, nossa proposta da universalização do serviço, comprometimento percentual da renda do funcionário e progressividade no pagamento", detalha o coordenador na COE. 

Há sete anos o banco não negocia melhorias no plano de saúde com o movimento sindical. "Até 2005 havia uma negociação sistemática para discutir temas como reajuste, melhorias e ampliação dos benefícios no plano. De lá para cá não houve mais negociação e as mudanças são feitas unilateralmente", critica Alan. 

O banco deve avaliar as propostas e uma nova reunião foi marcada para a primeira quinzena de março para tratar sobre o assunto. 

Presença

Estiveram presentes representantes dos bancários de todas as federações e dos maiores sindicatos do país. 

Já o HSBC esteve representado ainda pelos diretores de RH Benefícios, Gilson Pessoa, RH Remuneração, Antenor Castro, Diretora de RH, Vera Saicali, Diretoria de Relações Sindicais, Antonio Carlos e Gilmar Lepchak. 


Fonte: Contraf-CUT

Caixa tem maior expansão de crédito do mercado e lucra R$ 6,1 bi em 2012

19/02/2013

TONI SCIARRETTA

No ano em que acirrou a disputa com os bancos privados, a Caixa Econômica Federal teve lucro de R$ 6,1 bilhões, resultado 17,1% maior do que no ano anterior e recorde histórico do banco estatal.

O banco público terminou 2012 com crescimento de 42% na carteira de crédito, que atingiu R$ 353,7 bilhões. De longe, foi a maior expansão de crédito do mercado em 2012, que cresceu em média 15% no ano passado.

"O banco assumiu a liderança do processo de redução de juros", disse Jorge Hereda, presidente da Caixa.

Segundo Hereda, a Caixa elevou sua participação de mercado no crédito de 12,3% para 15% no ano passado. Para 2013, a Caixa espera elevar essa participação para 18% e expandir o saldo das operações de financiamento em 35%.

O resultado da Caixa destoa do dos bancos privados, que tiveram queda ou ficaram praticamente empatados com o lucro do ano anterior devido ao aumento da inadimplência e, consequentemente, das provisões para calotes.

JUROS

Há quase um ano, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil deram início à redução dos juros, atendendo a orientação do governo federal de ampliar o crédito ao consumo e evitar uma desaceleração ainda maior da economia.

Operando numa velocidade muito maior que os concorrentes privados, que preferiram a moderação diante de um cenário de aumento da inadimplência, BB e Caixa viram suas fatias de mercado no crédito aumentarem em 2012.

INADIMPLÊNCIA

Na Caixa, a inadimplência ficou em 2,08% da carteira --uma das menores do mercado, explicada pela maior concentração do crédito imobiliário (o banco tem 70% do crédito imobiliário do país) que historicamente tem baixo índice de calote.

Em nota, o banco informou que "observa com rigor as melhores práticas de gestão de risco, as quais garantiram a manutenção em 2,08% do índice de inadimplência, praticamente o mesmo patamar apresentado ao final de 2011".

Ainda segundo a nota, no ano, 6,7 milhões de novos correntistas e poupadores iniciaram relacionamento bancário com o banco. Apenas correntistas no segmento de pessoas físicas foram 3,1 milhões, enquanto no segmento de pessoas jurídicas foram 350 mil. Dessa forma, a base de clientes totalizou 65,2 milhões, uma evolução de 11,4% em relação ao ano anterior.

O ano de 2012 foi marcado por forte investimento na expansão da rede de atendimento. Dos R$ 3,2 bilhões investidos, foram aplicados R$ 1,0 bilhão na abertura de 653 novas unidades --559 agências e 94 postos de atendimento (PA)-- e outros R$ 2,2 bilhões na infraestrutura de suporte aos negócios.

Foram contratados 11 mil novos empregados, aumentando o quadro de pessoal próprio para 93 mil colaboradores.

CARTEIRA DE HABITAÇÃO

A carteira imobiliária do banco apresentou saldo de R$ 205,8 bilhões em dezembro de 2012, aumento de 34,6% comparado ao ano de 2011. As operações com recursos da poupança somaram R$ 108,3 bilhões e, nas linhas que utilizam os recursos do FGTS, a Caixa alcançou R$ 97,3 bilhões, crescimentos de 36,7% e de 32,6%, respectivamente.

A contratação imobiliária atingiu R$ 106,7 bilhões, um crescimento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2011. Desse total, R$ 46,7 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE) e R$ 38,7 bilhões nas linhas que utilizam o FGTS.

No programa Minha Casa Minha Vida, desde o seu lançamento em 2009 até o final de 2012, a Caixa contratou 2,1 milhões de novas moradias, totalizando R$ 134,5 bilhões. Destas contratações, já foram entregues aos beneficiários mais de 1 milhão de unidades habitacionais, beneficiando cerca de 4,1 milhões de pessoas.

CAPTAÇÕES DE RECURSOS

Em 2012, os depósitos atingiram saldo de R$ 319 bilhões, com destaque para a Poupança, com saldo de R$175,6 bilhões e captação líquida de R$ 15,6 bilhões, 37,9% superior ao volume registrado em 2011. Os depósitos a prazo captaram R$ 22,8 bilhões no período totalizando R$ 96,5 bilhões.

Com 22,6 milhões de contas, os depósitos à vista alcançaram saldo de R$ 27,4 bilhões. Dessas contas, 20,9 milhões são de pessoas físicas, sendo 9,8 milhões na modalidade Caixa Fácil, que não cobra tarifas. Somente neste ano, foram abertas cerca de 1,8 milhão de contas CAIXA Fácil.

As Letras Imobiliárias e Financeiras apresentaram captação líquida de R$ 21,4 bilhões e saldo de R$ 49 bilhões. Em novembro, foi lançada a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que em apenas dois meses captou cerca de R$ 1 bilhão.

Alinhada à estratégia de expansão da sua base de clientes e negócios e ampliando ainda mais suas fontes de recursos, a CAIXA inaugurou sua participação no mercado internacional de capitais e emitiu US$ 1,5 bilhão em bônus no exterior, dos quais US$ 1,0 bilhão para o prazo de cinco anos e US$ 500 milhões para o prazo de dez anos.

Ao final de 2012, o patrimônio administrado dos fundos de rede, exclusivos, estruturados e carteiras era de R$ 398,2 bilhões, acréscimo de 22,3% em relação a 2011. Somente os fundos de rede e exclusivos somaram R$ 198,1 bilhões, crescimento de 29,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: Folha de S.Paulo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Superintendência do Banco do Brasil descomissiona outro gerente no Ceará


A direção do Banco do Brasil no Ceará tem seguido uma nefasta política de descomissionamentos. Na contramão do seu discurso publicitário de responsabilidade social, o BB retalia funcionários de forma injusta, tirando comissão e prejudicando claramente os funcionários que não atingem as metas impostas pela Superintendência. Nesta sexta-feira, 8/2, mais um gerente perdeu sua comissão por não conseguir cumprir essas metas inatingíveis.

Bosco Mota, diretor do Sindicato e funcionário do BB, diz que a lógica seguida pelo banco é terrorista. "Desde que Eloi Medeiros chegou à Superintendência Estadual, o terror se instalou aqui no Ceará. É maior a cobrança de metas abusivas, o assédio moral, os descomissionamentos. A política é: se não cumpriu a meta na integralidade, ou o gerente é rebaixado para uma agência menor, com redução salarial, ou perde a comissão. Ou seja, se o gerente atingir 99% já será penalizado", denuncia o diretor, destacando que diante do cenário de escassez no estado, resultante da maior seca dos últimos 30 anos, fica impossível alcançar os melhores resultados, já que as vendas dos produtos e serviços são ainda mais difíceis.

Outra manobra

No último dia 31/1, o Sindicato já havia denunciado outra manobra do banco para justificar os descomissionamentos: desvirtuar o uso da GDC (Gestão de Desempenho por Competência - antigo GDP) para avaliar o cumprimento de metas, enquanto o sistema deve avaliar somente o desempenho das competências funcionais.

"Quem não atingir as metas inatingíveis recebe nota insatisfatória mesmo sem ter um desempenho ruim. A GDP não é sistema para avaliar alcance de metas e o banco tem se utilizado dela para justificar a retirada de comissão ou migrar, compulsoriamente, gerentes para agências menores e reduzir seus salários", denunciou José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

Esse novo "manual" de descomissionamentos é cruel e desrespeitoso, além de burlar claramente a Convenção Coletiva dos bancários - que protege os comissionados contra a perda de função, que só pode ocorrer após três avaliações negativas e consecutivas. Os funcionários prejudicados devem procurar o Sindicato, que tem o Departamento Jurídico à disposição para garantir os direitos da categoria. 

Fonte: Seeb Ceará

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


INSS muda regra para novos pedidos do auxílio-doença

Fernanda Brigatti
do Agora
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) divulgou ontem mudanças na regra para a concessão do auxílio-doença, que afeta diretamente o agendamento da perícia.
A partir de agora, quem tiver um pedido de auxílio negado pelo perito não poderá agendar novo exame antes de 30 dias.
A diretora de Saúde do Trabalhador do INSS, Verusa Guedes, explica que a medida pretende ampliar "as verdadeiras perícias iniciais", priorizando o segurado que ainda não foi examinado.
Isso não quer dizer, no entanto, que o segurado que não concordar com o resultado do exame não possa passar novamente pelo perito.
O que muda, na prática, é o tipo do pedido. Ele terá de solicitar uma reconsideração e apresentar algum "fato novo" ao perito.
Fonte: Agora São Paulo

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Santander pagará segunda parte da PLR aos funcionários no dia 20

  
O Santander anunciou nesta quinta-feira, dia 7, que creditará a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) somente na folha de pagamento do dia 20. Conforme a convenção coletiva dos bancários, o banco deverá creditar o restante da regra básica e da parcela adicional. Os valores referente ao pagamento serão divulgados pelo Santander na próxima semana. 

A Contraf-CUT solicitou ao banco a antecipação do pagamento para a véspera do carnaval, como será feito pelo Bradesco. Porém, a empresa alegou que "por razões sistêmicas e operacionais não conseguirão antecipar o pagamento da PLR para esta semana". 

A regra básica da PLR estabelece o pagamento de 90% do salário mais uma parcela fixa de R$ 1.540 com teto de R$ 8.414,34, descontada a antecipação já ocorrida de 54% do salário mais uma parcela fixa de R$ 924, limitada a R$ 5.408,60. 

Conforme a convenção coletiva, a regra básica deverá ser majorada até a distribuição de 5% do resultado, com teto de 2,2 salários ou R$ 18.511,54, o que ocorrer primeiro.

Além da regra básica, será creditada a parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre todos os funcionários do Santander. Pela convenção coletiva, o teto é de R$ 3.080. 

O balanço de 2012 apontou um lucro líquido gerencial de R$ 6,329 bilhões. "Este resultado é fruto do empenho e dedicação dos bancários brasileiros, responsáveis por 26% do lucro mundial do Santander", afirma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT. 

Além da PLR, o banco deve efetuar o crédito do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) de R$ 1.600 e dos programas próprios de renda variável.

Isenção do IR

No pagamento, os bancários serão beneficiados pela primeira vez com a nova tabela de Imposto de Renda sobre a PLR. Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano de PLR fica isento de IR e os descontos são progressivos a partir desse valor, mas todos pagarão menos imposto.

> Clique aqui para ver a tabela das faixas salariais.

Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37.

O desconto, com base na nova tabela, será na fonte. Posteriormente, no recebimento da primeira parcela da PLR 2013, a ser paga no segundo semestre deste ano, os dois valores (segunda parcela da PLR 2012 e primeira da PLR 2013) serão somados e o imposto será recalculado e descontado novamente na fonte.

As novas regras só valem para a PLR recebida em 2013. Ou seja, os valores pagos como primeira parcela de 2012, creditados dez dias após a assinatura da CCT, não serão restituídos.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Itaú informa que pagará segunda parte da PLR só no último dia, 1º de março

O Itaú informou a Contraf-CUT nesta quarta-feira 6 que depositará a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) somente no dia 1º de março, último dia do pagamento estabelecido pela Convenção Coletiva dos bancários do ano passado. O Bradesco, ao contrário, já anunciou que pagará a segunda parcela da PLR nesta sexta-feira 8 de fevereiro, véspera do Carnaval.

Pelo resultado do Itaú anunciado nesta terça-feira 5, de R$ 14 bilhões de lucro líquido em 2012, cada funcionário do Itaú deve receber 2,2 salários pela regra básica da PLR, limitada a R$ 18.511 e descontada a antecipação da primeira parcela (54% do salário mais R$ 924,60), além da parte adicional.

A Convenção Coletiva assinada após a greve do ano passado estabelece que a regra básica da PLR é de 90% do salário mais uma parcela fixa de R$ 1.540 com teto de R$ 8.414,34. Mas o valor da regra básica deve ser majorada até a distribuição de 5% do lucro líquido, com teto de 2,2 salários ou R$ 18.511,54, o que ocorrer primeiro. E o Itaú se encaixa nesse caso. 

Além da regra básica, será creditada a segunda parte da parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição linear de 2% do lucro líquido do ano todo, limitado a R$ 3.080, descontado o que já foi pago na primeira parte, em outubro do ano passado.

Isenção do IR

No pagamento, os bancários serão beneficiados pela primeira vez com a nova tabela de Imposto de Renda sobre a PLR. Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano de PLR fica isento de IR e os descontos são progressivos a partir desse valor, mas todos pagarão menos imposto.

Clique aqui para ver a tabela das faixas salariais.

Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37.

O desconto, com base na nova tabela, será na fonte. Posteriormente, no recebimento da primeira parcela da PLR 2013, a ser paga no segundo semestre deste ano, os dois valores (segunda parcela da PLR 2012 e primeira da PLR 2013) serão somados e o imposto será recalculado e descontado novamente na fonte.

As novas regras só valem para a PLR recebida em 2013. Ou seja, os valores pagos como primeira parcela de 2012, creditados dez dias após a assinatura da CCT, não serão restituídos.


Fonte: Contraf-CUT