terça-feira, 17 de novembro de 2015

Sindicato contesta demissões no Itaú

Entidade contabilizou 22 trabalhadores demitidos em agências digitais e outros 50 na área de tecnologia; banco alega que no total ocorreram 27 dispensas
São Paulo – Mesmo com lucro líquido recorrente de R$ 18,059 bilhões nos primeiros nove meses de 2015 – resultado 20,7% superior ao registrado no mesmo período de 2014 – o Itaú segue demitindo trabalhadores. O Sindicato apurou que desde quinta-feira 12, foram dispensados cerca de 40 funcionários alocados no Centro Tecnológico e 10 do Centro Administrativo Teodoro Sampaio, ambos na capital paulista. Também foram registradas 22 demissões em agências digitais.

> Sexta-feira 13 com demissões no Itaú

Por sua vez, o Itaú alega que ocorreram 12 cortes em agências digitais e 15 no Centro Administrativo Teodoro Sampaio e Centro Tecnológico, que fazem parte da sua área de tecnologia.

“O Itaú precisa ser transparente quanto aos cortes. Por meio de denúncias, o Sindicato apurou que ocorreram cerca de 50 dispensas na área de tecnologia e outras 22 em agências digitais. Números bem diferentes daqueles comunicados pelo banco”, diz a dirigente sindical e bancária do Itaú Valeska Pincovai.

De acordo com ela, o banco afirma que quatro demissões em agências digitais foram solicitadas pelos próprios funcionários e as restantes foram motivadas por suposto desempenho insatisfatório dos afetados. “O Itaú faz uma pressão enorme pelo cumprimento de metas cada vez mais absurdas. Nesse ambiente, que favorece o assédio moral e o adoecimento, fica muito difícil para o trabalhador desempenhar adequadamente suas funções”, critica a dirigente.

Já no caso dos cortes ocorridos no Centro Administrativo Teodoro Sampaio e Centro Tecnológico, Valeska explica que o Itaú está colocando em prática uma reestruturação da área de tecnologia, apelidada de horizontalização, na qual estão programadas ainda mais demissões.

“O Sindicato cobra que o Itaú realoque os funcionários demitidos e suspenda imediatamente os cortes, sejam eles em agências digitais ou centros administrativos. Também reivindicamos um canal de negociação e debate sobre o plano de reestruturação da área de tecnologia. O lucro crescente do Itaú torna injustificável tantas demissões”, destaca Valeska. “Caso o banco não se pronuncie e interrompa os cortes, o Sindicato irá intensificar cada vez mais as atividades nos locais de trabalho.”


Seeb SP

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

 MP AUTORIZA BB E CAIXA A FAZER AQUISIÇÕES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ATÉ 2018

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, editaram a Medida Provisória 695 para autorizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirirem participação em instituições financeiras até o ano de 2018 e também para ampliar a exploração comercial da loteria Lotex, antes restrita ao esporte futebol. Segundo a MP, "O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal, diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, poderão adquirir participação nos termos e condições previstos no art. 2º da Lei nº 11.908, de 3 de março de 2009".
Essa lei permite que os dois bancos públicos possam adquirir participação em instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil, incluindo empresas dos ramos securitário, previdenciário, de capitalização, entre outras, "com ou sem o controle do capital social". Na lei, a previsão era de que essa autorização seria válida até 30 de junho de 2011, podendo ser prorrogada por até 12 meses.
Com a MP de hoje, no entanto, o aval para essas operações terá vigência até 31 de dezembro de 2018. Quanto à Lotex, o texto da MP diz: "A Loteria Instantânea Exclusiva - Lotex, de que trata o art. 28 da Lei nº 13.155, de 4 de agosto de 2015, poderá adicionalmente contar com temas complementares aos mencionados no caput do referido artigo, de maneira a permitir a exploração mercadológica de eventos de grande apelo popular, datas comemorativas, referências culturais, licenciamentos de marcas ou personagens e demais elementos gráficos e visuais que possam aumentar a atratividade comercial do produto".
A Lotex foi instituída pela MP do Futebol - que permitiu a renegociação das dívidas dos clubes de futebol e foi convertida em lei em agosto - para ser explorada comercialmente com tema futebol. A MP amplia o leque de esportes e eventos que poderão ser favorecidos pelo novo jogo, que será uma espécie de raspadinha virtual.
Concessão
Na semana passada, O Conselho Nacional de Desestatização (CND) propôs à presidente Dilma Rousseff a inclusão da nova loteria no Programa Nacional de Desestatização (PND) e da respectiva subsidiária integral da Caixa a ser criada para gerir o jogo. A nova subsidiária será denominada Caixa Instantânea. A resolução do CND ainda recomendou que o Banco do Brasil seja responsável pela execução e acompanhamento do processo de Desestatização e determinou que as ações da Caixa no capital social da Caixa Instantânea sejam depositadas no Fundo Nacional de Desestatização (FND) no prazo máximo de cinco dias, contados da data de criação.
Epoca

Dilma sanciona lei que regula direito de resposta nos meios de comunicação

Lei determina que resposta do ofendido terá mesmo espaço e alcance que o veículo usou para proferir a ofensa

12/11/2015
RBA
RBA
Diário Oficial da União (12) publica hoje a sanção da presidenta Dilma Rousseff à regulamentação do direito de resposta na imprensa. A Lei 13.188 dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social. E determina que empresas jornalísticas devem divulgar a resposta de pessoa ou empresa que se sentir ofendida de forma “gratuita e proporcional” ao conteúdo considerado ofensivo.
A medida foi sancionada ontem com um veto ao parágrafo 3º do artigo 5º do texto aprovado pelo Senado. O dispositivo previa que o ofendido poderia requerer o direito de responder pessoalmente, eventual ofensa sofrida por meio de reportagem em mídia televisiva ou radiofônica. Esse era um dos vários itens contestados pela empresas da imprensa comercial.
Foram mantidos no texto outros itens reclamados pelas empresas de mídia, como prazos que consideraram curtos para o exercício da retificação ou resposta. O juiz tem 24 horas para acionar o veículo para que se defenda e 30 dias para dar a sentença. Se a reclamação for pertinente, a publicação da resposta terá de ocorrer em até dez dias, sob pena de multa diária. Também desagradou os donos de jornais a determinação de que a resposta terá a mesma dimensão ou duração da matéria considerada incorreta, e o mesmo alcance regional, conforme estabelecido no artigo 4º: “A resposta ou retificação atenderá, quanto à forma e à duração, ao seguinte: I - praticado o agravo em mídia escrita ou na internet, terá a resposta ou retificação o destaque, a publicidade, a periodicidade e a dimensão da matéria que a ensejou; II - praticado o agravo em mídia televisiva, terá a resposta ou retificação o destaque, a publicidade, a periodicidade e a duração da matéria que a ensejou; III - praticado o agravo em mídia radiofônica, terá a resposta ou retificação o destaque, a publicidade, a periodicidade e a duração da matéria que a ensejou. § 1o Se o agravo tiver sido divulgado, publicado, republicado, transmitido ou retransmitido em mídia escrita ou em cadeia de rádio ou televisão para mais de um Município ou Estado, será conferido proporcional alcance à divulgação da resposta ou retificação. § 2o O ofendido poderá requerer que a resposta ou retificação seja divulgada, publicada ou transmitida nos mesmos espaço, dia da semana e horário do agravo...
No caso dos textos assinados por colunistas ou em seções de opinião, a eventual responsabilização criminal pela ofensa ficará por conta do autor, mas os veículos terão de publicar a retratação.
O projeto sancionado é de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR). Na ocasião em que o texto foi aprovado no Senado, a medida foi considerada um avanço pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
“Em meio a todo o conservadorismo político que rechaça as pautas relativas à democratização da comunicação, a regulamentação do direito de resposta nos mostra que a mobilização e a pressão social sobre o Congresso Nacional ainda é eficaz”, afirmou a secretária-geral do FNDC e do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli.
Para a jornalista Bia Barbosa, secretária de Comunicação do FNDC e integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, apesar de ser uma vitória, a regulação ainda não traz o direito de resposta coletiva. "Mas acreditamos que esse ponto específico poderá ser garantido em outros processos", avaliou.
O direito de resposta coletivo ou difuso é um dos pontos do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica (Lei da Mídia Democrática), que o FNDC lançou em 2013.
Fonte: RBA

Banco do Brasil lucra R$ 8,9 bilhões nos nove primeiros meses de 2015

O resultado representa alta de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado

12/11/2015
O lucro líquido do Banco do Brasil nos nove primeiros meses do ano Brasil foi de R$ 8,9 bilhões, o que significou uma alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2014. Apesar do bom resultado, o banco fechou 69 agências, totalizando 5.424 unidades, nos últimos 12 meses. Essa redução decorreu de um processo de fusão de agências de grande porte situadas muito próximas umas das outras
A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido médio foi de 13,7%, com queda de 1,5 p.p. em doze meses. Mas, considerando os efeitos extraordinários, o lucro líquido alcançou R$ 11,9 bilhões, com alta de 43,5% sobre o terceiro trimestre de 2014.
Clique aqui e confira a análise completa do Dieese sobre o balanço do Banco do Brasil
Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Veja quando vem a PLR e as diferenças


Principais instituições financeiras já anunciaram datas também do acerto das diferenças nos salários e vales; Saiba quanto vem em ambos os casos
São Paulo – Após a assinatura dos novos acordos com os bancários, os bancos começaram a anunciar as datas de pagamento da antecipação da PLR e também das diferenças salariais, das verbas (relativas ao reajuste de 10%), e dos vales refeição e alimentação (aumento de 14%), retroativas a 1º de setembro, data base da categoria.

Acordos assinados, todos ganham
Tire dúvidas sobre a nova CCT
Veja quanto vêm de diferenças
De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho, todos têm de pagar a antecipação da PLR até 13 de novembro. No caso do Itaú, os trabalhadores também devem receber, até essa data, o Programa Complementar de Resultado (PCR).

> Tire suas dúvidas sobre a PCR do Itaú 

E no do HSBC, cuja PLR será irrisória, foi conquistada gratificação de R$ 3 mil em negociação pelo Comando Nacional dos Bancários. O valor será pago aos funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que têm direito a PPR. Segundo o HSBC, 71% dos bancários receberão os R$ 3 mil.

Quando vem – Os primeiros a receber a PLR foram os funcionários do Banco do Brasil, na terça-feira 3, pouco depois das assinaturas da Convenção Coletiva de Trabalho e do acordo aditivo específico. O acerto das diferenças ocorre até 20 de novembro.

Na Caixa, a PLR caiu em 6 de novembro e as diferenças vêm até 20 de novembro.

Bradesco pagou no dia 10 de novembro a antecipação da Participação nos Lucros de Resultados e o valor adicional. Sobre as diferenças, a nos vales será paga em 26 de novembro. Nos salarios, no dia 27. O banco informou, ainda, que pagará a 13ª cesta no dia 26.

Já no Santander, PLR e adicional serão pagos em 12 de novembro e, no dia 19, creditadas as diferenças.

Itaú paga a PLR - e o PCR - no mesmo dia 12 de novembro e as diferenças no dia 27 de novembro.

Safra informou que fará acerto da PLR também no dia 12 de novembro. As diferenças serão creditadas em 25 do mesmo mês.

No Citibank, a PLR virá no dia 13 de novembro e as diferenças, até 30 de novembro.

HSBC irá pagar PLR e gratificação no dia 13 de novembro. No dia 27 pagará as diferenças salariais. As diferenças dos vales serão creditadas no último dia útil do mês.

PLR dos privados – Nos bancos privados, o que vem da PLR agora é antecipação da regra básica, ou seja, 54% do salário, mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre deste ano. Isso somado à regra adicional: 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.021,79.

Caixa – Na Caixa, a PLR é composta pela regra básica da Fenaban – 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92 – mais adicional de 2,2% do lucro líquido divididos igualmente entre os bancários limitado a R$ 4.043,58, acrescidos da PLR Social (4% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os trabalhadores). O que vem agora equivale a 60% desse total.

Banco do Brasil – O valor no BB a ser pago agora corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido semestral entre todos os trabalhadores, além dos módulos bônus e Fenaban. Os totais a serem pagos são: escriturário, R$ 4.952,94; caixa, R$ 5.420,74; 1º gestor, 1,86 salário; comissionado, 1,48 salário; gerência média, 1,56 salário e assessores, 1,59 salário.

> Confira quanto vem de antecipação da PLR  

Segunda parcela – Os valores da segunda parcela serão pagos em 2016, após a aferição completa do lucro deste ano. A data limite, prevista na CCT, é 1º de março.

PLR sem IR – Os trabalhadores conquistaram isenção ou descontos menores do imposto de renda sobre a PLR, medida que passou a valer em 2013. Assim, com a correção da tabela do IR, os bancários que ganham até R$ 6.677,55 de PLR estão totalmente livres do imposto.

PLR sem IR garante isenção ou descontos menores. Faça simulação

É importante lembrar que a base de cálculo para a cobrança do IR refere-se ao ano em exercício, ou seja, 2015. Sendo assim, para saber se é isento ou o valor de imposto a pagar, o bancário deve somar o que será pago agora com o que foi pago no início do ano, com a segunda parcela da PLR do ano passado.


Redação - 4/11/2015
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Sindicato de SP cobra do Banco do Brasil negociação sobre Cassi


Participantes exigem que direção do banco retome debates sobre situação deficitária do plano de saúde

São Paulo – Os trabalhadores do Banco do Brasil, da ativa e aposentados, cobram que a direção da instituição retome a mesa de negociação para discutir a situação deficitária da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários).

Silvia Muto, diretora do Sindicato e integrante do Conselho de Usuários da Cassi, destaca que os representantes do BB se comprometeram em retomar os debates ao término da Campanha Nacional Unificada 2015, mas ainda não houve agendamento para reunião.

A dirigente informa ainda que até o final de novembro tem de ser aprovada a previsão orçamentária da Cassi para 2016. “A caixa de assistência encerrou o ano passado com déficit de mais de R$ 100 milhões e deve apresentar resultado negativo novamente em 2015. Ou seja, é imprescindível acharmos solução negociada para que a entidade supere esse momento deliciado. E isso passa, por exemplo, por aportes do banco, o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, entre outras medidas emergenciais já apresentadas ao banco pelos representantes dos trabalhadores.”

Segundo Silvia Muto é importante que os trabalhadores se apropriem do debate sobre a Cassi e participem das mobilizações que serão organizadas. “Promoveremos reuniões nos locais de trabalho e, nas próximas semanas, um Dia de Luta em defesa da Cassi para pressionar a direção da instituição financeira. Também realizaremos encontro nacional de saúde para debatermos o assunto com mais profundidade.”

Fonte: Seeb SP

Remédio tarja preta cada vez mais comum no Banco do Brasil


Funcionários recorrem a medicamentos para tentar suportar pressão constante. Saúde do trabalhador está entre as discussões da Campanha 2015, mas banco ainda não marcou nova negociação
São Paulo – Bancários tomando remédio “tarja preta”, muitos funcionários lesionados e diversos afastamentos por doença. Esses são alguns exemplos de como está difícil o dia a dia nas dependências do Banco do Brasil. Não à toa constam da pauta específica dos funcionários na Campanha Nacional Unificada 2015 diversos itens relacionados à saúde.

“Praticamente todos do meu setor, que não é pequeno, tomam algum tipo de medicamento. No meu caso, foi receitada ‘tarja preta’ por estar com crise de ansiedade e esgotamento físico e mental. Não tenho dúvida de que isso é em função do ritmo intenso e do clima no ambiente de trabalho que é totalmente desrespeitoso”, relata um funcionário de uma concentração. que não será identificado. Ele conta, ainda, gastar R$ 100 mensais na caixa de remédio.

Problemas similares enfrentam os teleatendentes. Segundo relato de um trabalhador, há dias em que respondem a entre 100 e 120 ligações na jornada de seis horas. “Há pressão constante para que façamos poucas pausas. O ritmo é tão intenso que chego em casa esgotado. Um médico me receitou um remédio ‘pesado’, mas tive medo dos resultados e procurei outras alternativas. Mas conheço muita gente que toma constantemente. No meu caso cheguei a me afastar por problemas físicos e tive de me submeter a três cirurgias devido a ficar tanto tempo sentado no serviço.”

Sindicato cobra dados – O diretor do Sindicato, João Fukunaga, afirma que essas situações se repetem em quase todos os locais de trabalho e uma das reivindicações do movimento sindical é que o banco disponibilize os dados relativos aos afastamentos de trabalhadores. “Com essas informações poderemos estudar medidas preventivas. Mas é evidente que a falta de funcionários, a cobrança por metas abusivas e o assédio moral estão diretamente ligados ao adoecimento e ao fato de muitos colegas recorrerem à ‘tarja preta’. Verificamos isso no contato diário nos diversos locais de trabalho.”

O dirigente destaca ser urgente que o banco agende negociação e apresente sua proposta global a essas e outras questões específicas. “Muitos dos problemas do déficit da Cassi, responsável pela assistência a saúde dos empregados, é de responsabilidade direta do banco. Isso porque não adota as medidas preventivas que reivindicamos como a Estratégia Saúde da Família. Além disso, compromete até mesmo a Previdência Social quando há o afastamento prolongado do bancário.”


Fonte: Seeb SP

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Receita Federal -  Instrução Normativa 1571/2015
COMUNICADO  IMPORTANTÍSSIMO
RECEITA FEDERAL INSTITUI A e-FINANCEIRA:
O QUE ISSO SIGNIFICA E COMO NOS AFETARÁ?
 
A partir de dezembro/2015 todos os seus movimentos financeiros passarão a ser enviados pelos bancos à Receita Federal, automaticamente. O seu Plano de Saúde e demais instituições financeiras com as quais se relaciona também enviarão.
Veja resumo da Instrução Normativa 1.571/2015.
Significa que os bancos, seguradoras, planos de saúde, distribuidora de títulos e valores mobiliários e demais instituições financeiras, deverão enviar para a Receita Federal, toda a movimentação financeira dos contribuintes (mês a mês) e (saldos no final de cada ano) detodas as operações que o contribuinte realizou no ano.
Importante que não mais interessa somente o saldo em 31.12 de cada ano, pois a informação trará toda a movimentação (mês a mês) de todo valor financeiro que o contribuinte movimentar em suas contas bancárias. O propósito é conhecer a movimentação financeira detalhada de cada contribuinte brasileiro (seja pessoa jurídica e física) e assim confrontar os valores informados com os declarados pelo cidadão ou pelas empresas (“cruzamento fiscal”).
Obviamente que o contribuinte deverá estar atento, e declarar com precisão sua renda e movimentação de recursos, sob pena de ser intimado a prestar esclarecimentos á Receita Federal. É uma nova fase no cerco aos  contribuintes, um “BBB” eletrônico e universal, do qual ninguém escapa.
As pessoas físicas deverão adequar-se, de forma imediata, aos novos cruzamentos eletrônicos. A movimentação bancária, por exemplo, precisa estar justificada por rendimentos compatíveis ou devidamente esclarecida por documentos idôneos (como empréstimos bancários). Na discrepância de dados, prevalecerá a presunção de sonegação fiscal, com a consequente atribuição da responsabilidade e penalidades. Como se vê, cerca-se o contribuinte. Esperamos que a qualidade dos serviços públicos melhore na mesma proporção que este torniquete.
Será uma devassa mês a mês de toda sua movimentação bancária,Planos de Saúde, Cartórios de Imóveis, Instituições Financeiras,Bolsa de Valores, Cartões de Crédito, Aplicações Financeiras por CPF, Consignados - enfim, nada mais terá sigilo para a Receita!
 
LEIA O TEXTO COMPLETO EM:
 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Esclarecimento sobre a compensação dos dias parados


Tendo em vista o surgimento de dúvidas em relação à compensação dos dias parados, esclarecemos dois pontos, em relação ao acordo estabelecido na CCT:

Bancos Públicos e Privados

1)    Os dias não trabalhados entre 06 e 26 de outubro de 2015, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho, limitada a 1 hora diária, no período compreendido entre a data da assinatura da atual Convenção Coletiva de Trabalho e o dia 15 de dezembro de 2015, e por consequência, não será considerada jornada extraordinária nos termos da lei;
Banco do Brasil

2)    As ausências por motivo de paralisação, ocorridas no dia 27.10.2015, deverão ser compensadas com prestação de jornada suplementar de trabalho, limitada a até 2 horas por dia, de 16.12.2015 até 29.01.2015 e as horas não compensadas, serão descontadas na folha de pagamento de fevereiro de 2016.



Federação dos Bancários de SP e MS

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Caixa tem 20 dias para apresentar cronograma de contratações ao MPT

Prazo foi concedido pelo procurador Carlos Eduardo Brisolla, que se reuniu nesta quinta-feira com representantes dos trabalhadores e do banco

06/11/2015
Em audiência realizada nesta quinta-feira (5), o procurador Carlos Eduardo Carvalho Brisolla, da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Regional, concedeu prazo de 20 dias para que a Caixa Econômica Federal apresente cronograma de contratação dos aprovados no concurso público realizado em 2014 ou estudo em que dimensione as admissões a serem feitas até dezembro deste ano, como prevê a cláusula 50 do ACT 2014/2015, ou até junho de 2016, quando termina a validade do certame.
Participaram da reunião, em Brasília (DF), Genésio Cardoso, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa); Sérgio Takemoto, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT); e Almir Márcio Miguel, gerente nacional de Informações Corporativas e Negociações Coletivas (GEING), representando o banco.
“Destacamos, mais uma vez, que a falta de empregados é uma realidade que afeta as unidades da Caixa de todo o país. A empresa insiste que cumpriu a cláusula 50 do ACT 2014/2015, pois contratou mais 2 mil novos empregados desde então, mas ignora o fato de mais de 3 mil trabalhadores terem deixado o banco por meio do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) realizado este ano. Esse foi apenas um primeiro passo. Vamos aguardar a manifestação da Caixa e manter a mobilização”, diz Genésio Cardoso.
Segundo Sérgio Takemoto, houve outro avanço importante. “O procurador recomendou que nos próximos concursos públicos haja a definição de uma quantidade de contratações, ou seja, que não se faça apenas para cadastro reserva. Esperamos que a Caixa tenha a sensibilidade de seguir essa orientação, evitando que a frustração de milhares de aprovados, como está ocorrendo agora com mais de 30 mil”, afirma.
Concurso público
Em 2014, a Caixa realizou um dos maiores concursos públicos da história. Foram quase 1,2 milhão de inscritos, dos quais 32.879 foram aprovados. Até o momento, apenas 3.182 foram convocados (9,67% do total) e apenas 2.482 admitidos (7,54% do total). Neste ano não houve uma convocação sequer em fevereiro, março, julho, agosto e setembro. O Distrito Federal tem o maior índice de convocados: 18,78%. Já o menor índice é o da Paraíba, apenas 2,47%.
Enquanto isso, a falta de empregados prejudica a todos. Trabalhadores estão sobrecarregados e, consequentemente, adoecendo mais. Clientes e usuários sofrem a demora no atendimento. A Caixa Econômica Federal tem hoje menos de 98 mil empregados, mas eram mais de 101 mil no final do ano passado. E tem autorização dos órgãos reguladores para chegar aos 103 mil. Atualmente, em média, são 23 trabalhadores por unidade, a pior situação desde 2003.
Fonte: Fenae

Bancários de todo País têm uma nova Convenção Coletiva de Trabalho. Conheça

A CCT foi assinada no dia 3 de novembro. A íntegra está disponível na parte de Acordos e Convenções do site

05/11/2015
Jailton Garcia / Contraf-CUT
A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho aconteceu no dia 3 de novembro - Jailton  Garcia / Contraf-CUT
A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho aconteceu no dia 3 de novembro
Desde o dia 3 de novembro, data de assinatura com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários de todo o Brasil têm uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Está disponível, na seção de acordos e convenções do site da Contraf-CUT, a íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015/2016.
O principal ponto do documento, que prevê todos os diretos da categoria, é o reajuste de 10% para todas as faixas salariais, inclusive os pisos. Outro destaque é o reajuste de 14% para os vales refeição, alimentação e 13ª cesta. O vale-refeição ficou em R$ 29,64 ao dia, o vale-alimentação em R$ 491,52 ao mês (mesmo valor da 13ª cesta). Já o auxílio-creche/babá teve reajuste de 10%, passando para R$ 394,70.
A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também foi reajustada em 10%. A regra básica do benefício prevê o pagamento de 90% do salário mais R$ 2.021,79 fixos, com teto de R$ 10.845,92. Caso a distribuição não atinja 5% do lucro líquido com o pagamento da regra básica, os valores individuais serão elevados até o limite de 2,2 salários, com teto de R$ 23.861,00, ou até atingir o percentual de 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro.
Já o valor adicional tem distribuição linear de 2,2% do lucro líquido entre todos os bancários com teto de R$ 4.043,58. Na primeira parcela do adicional haverá distribuição de 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre deste ano, podendo chegar a R$ 2.021,79.
A antecipação da PLR tem de ser paga em até dez dias corridos após a assinatura da CCT, concretizada na terça-feira, 3 de novembro. O valor da antecipação é de 60% da regra básica (que corresponde a 54% do salário mais R$ 1.213,07, com teto de R$ 6.507,54). A antecipação da parcela adicional corresponde a 2,2% do lucro líquido do 1º semestre dividido pelo nº de bancários, com teto de R$ 2.021,79.
O restante da PLR e do valor adicional tem de ser creditado até março de 2016. Os valores a serem distribuídos dependerão do lucro líquido a ser apurado no final de 2015.
O pagamento da PLR integral será feito para os admitidos até 31 de dezembro de 2014 e em efetivo exercício em 31 de dezembro de 2015. Admitidos até 31 de dezembro de 2014 e que se afastaram a partir de 1º de janeiro de 2015 por doença, acidente de trabalho ou licença-maternidade também têm direito.
O pagamento proporcional, na razão de 1/12 por mês trabalhado, será para os admitidos a partir de 1º de janeiro de 2015 ou demitidos sem justa causa, entre 2 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015. Também têm direito ao pagamento proporcional os admitidos em 2015, mesmo que afastados por doença, acidente de trabalho ou licença-maternidade.
O pagamento integral será feito para os admitidos até 31 de dezembro de 2014 e em efetivo exercício em 31 de dezembro de 2015, ou seja, que tenham trabalhado durante todo o ano. Admitidos até 31 de dezembro de 2014 e que se afastaram a partir de 1º de janeiro de 2015 por doença, acidente de trabalho ou licença-maternidade também têm direito.
É importante frisar que os bancários que pediram demissão ou que foram demitidos por justa causa não receberão PLR.

Dias parados
Como a greve durou 21 dias, outra dúvida recorrente é o desconto dos dias parados. Não haverá desconto. Serão anistiados 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e 72% dos dias para quem faz oito horas. O restante será compensado até 15 de dezembro, no máximo uma hora por dia, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos. Caso o bancário não compense todo o acordado até 15 de dezembro, o restante será anistiado.

Cláusulas sociais
A Campanha Nacional 2015 garantiu ainda a assinatura de um termo de entendimento entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário para tratar das condições de trabalho e da gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento. As comissões de empresa acompanharão para garantir melhorias.

Vale-Cultura
O vale-cultura continua valendo. O direito será concedido prioritariamente aos empregados que têm remuneração mensal até o limite de cinco salários mínimos nacionais (salário-base acrescido das verbas fixas de natureza salarial).
O cartão magnético deve ser carregado mensalmente com R$ 50 para serem gastos em programas culturais como ingressos para museus, shows, cinema, teatro ou aquisição de produtos como livros, DVDs e até instrumentos musicais. Seu fornecimento depende de prévia aceitação pelo empregado e não tem natureza remuneratória.
O bancário que recebe vale-cultura pode ter descontados de sua remuneração mensal os seguintes percentuais:
- o desconto na remuneração do trabalhador com até cinco salários mínimos varia de R$ 2 a R$5
- quem ganha até um salário paga R$ 1
- acima de um e até dois salários, o desconto é de R$ 2
- acima de dois até três, R$ 3
- acima de três até quatro, R$ 4
- acima de quatro até cinco salários mínimos, R$ 5.
Essa cláusula vigora entre 1º de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016, salvo se antes desse prazo o incentivo fiscal previsto no art. 10 da Lei 12.761/2012 e nos artigos 21 e 22 do Decreto 8084/2013 for revogado, hipótese em que a concessão do vale-cultura cessará imediatamente.

INSS
Outra mudanda foi referente ao bancário que foi considerado inapto para o trabalho pelo banco mas teve o pedido de benefício indeferido pelo INSS. Antes, o bancário que se encontrava nessa situação tinha que devolver todo o valor do salário emergencial pago pelo banco assim que retornava ao trabalho, desde que não ultrapassasse o teto de 30% do valor do seu salário. Agora, o empregado ficará livre deste ônus.
O abono-assiduidade também continua valendo. O bancário tem direito a um dia de ausência remunerada. O direito é válido para o empregado que estiver trabalhando no banco na data da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho e que não tenha nenhuma falta injustificada no período de primeiro de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015. Para poder usufruir do direito, o trabalhador deverá ter, no mínimo, 12 meses de vínculo empregatício com o banco. O dia de ausência ocorrerá impreterivelmente no período de primeiro de setembro de 2015 a 31 de agosto de 2016 e será definido pelo gestor em conjunto com o empregado. O abono-assiduidade não poderá, em hipótese alguma, ser convertido em dinheiro, nem adquirir caráter cumulativo e ou ser utilizado para compensar faltas ao serviço. O banco que já concede qualquer outro direito que resulte em folga ao empregado, tais como “faltas abonadas”, “abono-assiduidade”, “folga de aniversário”, e outros, fica desobrigado do cumprimento dessa cláusula, sempre observando utilização dessa folga em dia útil e dentro do período determinado.
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb SP

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Em oito anos, número de clientes bancários cresceu 45%, diz diretor do Banco Central

Publicado em .
Segundo o BC, praticamente todos os municípios atualmente têm pelo menos um ponto de atendimento financeiro; internet banking respondeu por 39% das transações feitas no País em 2014
Segundo diretor do BC, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de inclusão financeira entre países emergentes
Nos últimos oito anos, o Brasil passou por grande transformação financeira e social, salientou o diretor de Administração e Relações Institucionais e Cidadania, Luiz Edson Feltrim. Nesse período, de acordo com ele, houve aumento do número de clientes de quase 45% no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e o número de contas correntes subiu 60%.
"Reflexo disso, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de inclusão financeira entre países emergentes", ressaltou. "Mas temos muito ainda que avançar", continuou durante abertura do Fórum de Cidadania Financeira, realizado em Brasília. A previsão era que o presidente do BC, Alexandre Tombini, abrisse o evento, mas a programação mudou, Tombini cumpre agenda interna na instituição e Feltrim o substitui.
De acordo com o diretor, a capilaridade do SFN é um dos pilares do avanço do setor. Segundo ele, o internet banking foi primordial nas relações entre instituições e clientes, com um crescimento médio de 16% ao ano entre 2010 e 2014. No ano passado, o uso da internet correspondeu a 39% de todas as transações financeiras realizadas no País. Agradecendo os patrocinadores, Feltrim destacou que parceria é palavra-chave para economia financeira.
Capilaridade. O Banco Central divulgou nesta quarta-feira o Relatório de Inclusão Financeira 2015, que aborda o período de 2010 a 2014. Segundo o documento, praticamente todos os municípios contam com pelo menos um ponto de atendimento do sistema financeiro. Em 2014, 73% dos municípios dispunham de 15 pontos por 10 mil adultos; em 2005, eram 14%.
A pesquisa mostra ainda que o grupo com renda de até três salários mínimos é mais representativo entre os tomadores de crédito. De 56 milhões de tomadores em 2014, 34 milhões estavam nessa faixa. 
Fonte: Estadão

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Itaú Unibanco lucra R$ 5,945 bilhões no 3º trimestre
Em relação ao terceiro trimestre de 2014, o lucro da instituição cresceu. Índice de inadimplência ficou estável, de acordo com o banco.
O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, informou nesta terça-feira (3) que teve lucro líquido de R$ 5,945 bilhões no terceiro trimestre, depois de somar R$ 5,984 bilhões nos três meses anteriores. Em relação ao terceiro trimestre de 2014, o lucro cresceu, já que, nesse período, os ganhos haviam atingido R$ 5,404 bilhões.
Nos primeiros nove meses do ano, o lucro somou R$ 17,662 bilhões, contra R$ 14,722 bilhões no mesmo período do ano anterior.
No final do terceiro trimestre de 2015, a carteira de crédito total (incluindo operações de avais, fianças e títulos privados) alcançou o saldo de R$ 590,674 bilhões, uma alta de 4,3% frente ao trimestre anterior e crescimento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O índice de inadimplência das operações vencidas acima de 90 dias ficou estável em 3,3% em relação ao trimestre anterior. No entanto, o indicador para pessoas físicas apresentou alta de 0,5 ponto percentual e o mesmo indicador para pessoas jurídicas sofreu reduçaõ de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
A provisão do banco para perdas com inadimplência, descontando a recuperação de crédito, somou R$ 4,653 bilhões entre julho e setembro, montante 6,1% superior ao do segundo trimestre e 39,2% acima do terceiro trimestre de 2014.
O Itaú Unibanco fechou o terceiro quarto do ano com rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 24%, ante 24,8% no trimestre anterior e 24,7% de um ano antes.
Fonte: Com informações do G1

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Bancários assinam convenção coletiva e acordos aditivos específicos com BB, CEF, HSBC e Itaú

Campanha salarial dos bancários terá impacto de R$ 11 bilhões na economia

03/11/2015
Contraf-CUT
Contraf-CUT
O Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) assinam nesta terça-feira (3), em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), conquistada com a forte greve da Campanha Nacional 2015, que garantiu reajuste de 10% para salários, piso, PLR, verbas, e de 14% nos vales refeição, alimentação e na 13ª cesta. A assinatura será realizada no hotel Macksoud Plaza, ás 16h, em São Paulo.
O evento também contará com as assinaturas dos acordos aditivos específicos com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal; do PCR, com o Itaú; e da gratificação de R$ 3 mil conquistada pelos bancários no HSBC. A partir da data, os bancos têm até dez dias para depositar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Clique aqui para ver a CCT dos bancários 2015-2016.
A forte mobilização da categoria, de 21 dias em greve, conseguiu dobrar os banqueiros que queriam impor perdas aos bancários. A Campanha 2015 também garantiu a assinatura de um termo de entendimento entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário para tratar das condições de trabalho nos bancos, na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.
Bancos Públicos - No caso do BB foram assegurados avanços no que se refere à isonomia dos egressos de bancos incorporados (como a antiga Nossa Caixa), para atendentes do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) e da Central de Atendimento (CABB), além da manutenção da distribuição semestral da PLR. Os empregados da Caixa Federal conseguiram barrar a implantação da terceira etapa do plano Gestão de Desempenho Pessoal (GDP) e mantiveram a promoção por mérito e a PLR Social.
Itaú – Também será renovado acordo referente à bolsa de estudos e ao Programa Complementar de Remuneração (PCR) do Itaú, que prevê pagamento de R$ 2.285 sem desconto na PLR da categoria.
HSBC – Na ocasião será concretizado acordo sobre a gratificação de R$ 3 mil aos funcionários do HSBC.
Dias parados - A negociação garantiu que não haverá desconto dos dias, com anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo será assinado) até 15 de dezembro.
Campanha salarial dos bancários terá impacto de R$ 11 bilhões na economia
Este ano, o índice conquistado pelos bancários foi de 10% no piso e PLR e 14% nos vales refeição e alimentação. Com esse índice, em 12 anos, a categoria vai acumular 20,84% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
“Os bancários têm motivos para comemorar. Conseguimos avançar numa campanha em que os bancos, desde o início, alegavam não ter condição de dar um reajuste digno para os trabalhadores. Nossa união e mobilização garantiu pelo décimo segundo ano seguido aumento real para os salários”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos bancários.
Impacto na economia - O reajuste de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR significam incremento anual de cerca de R$ 11,2 bilhões na economia, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desse montante, R$ 6,04 bilhões referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões já devem ser distribuídos na antecipação, em até 10 dias depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,240 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.
Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb SP
Confira quanto vem de antecipação da PLR
Crédito será em até dez dias após a assinatura do acordo, dia 03 de novembro
A greve dos bancários garantiu reajuste de 10% na Participação nos Lucros e Resultados, e a antecipação vem aí: será creditada em até dez dias após a assinatura do acordo com os bancos, que deve ocorrer em 03 de novembro.
A PLR nos bancos privados é composta de regra básica e parcela adicional. A regra básica corresponde a 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92. Se o montante distribuído entre os bancários for inferior a 5% do lucro líquido do banco em 2015, o valor será aumentado até atingir os 5% ou 2,2 salários do empregado (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 23.861,00. A parcela adicional corresponde a 2,2% do lucro líquido dividido entre os funcionários, até o limite individual de R$ 4.043,58.

O que vem
Na antecipação, os bancários recebem 54% do salário mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre deste ano. Isso somado à regra adicional: 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.021,79.

PLR sem IR
É importante lembrar que os trabalhadores conquistaram isenção ou descontos menores do Imposto de Renda sobre a PLR, medida que passou a valer em 2013. Assim, com a correção da tabela do IR, os bancários que ganham até R$ 6.677,55 de PLR estão totalmente livres do imposto.