segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Proposta da Fenaban não contempla expectativa dos bancários

29/08/2016




Frustração. Esse é a palavra que define o sentimento dos representantes dos trabalhadores da categoria bancária, diante da proposta apresentada na manhã desta segunda-feira (29), pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante reunião de negociação ocorrida no Hotel Maksoud, em São Paulo.

A proposta apresentada pela Fenaban, que prevê um índice de 6,5% para salários e vales e demais verbas, mais abono de R$3 mil, mantendo modelo de PLR do ano passado, abrange apenas algumas cláusulas econômicas, mas não avança nas sociais. Os eixos Emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, que são prioridades da minuta para contemplar as necessidades dos trabalhadores, continuam sendo ignorados pelos bancos.

“A proposta apresentada pela Fenaban não atendeu a categoria sequer na reposição da inflação e ainda não trouxe nenhum outro avanço na pauta de reivindicações. Importante destacar que com a previsão da inflação de 9,55% no período, essa proposta nos impõe uma perda de 2,80% na recomposição do nosso salário”, avalia Jeferson Boava, vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS).

Cobrada sobre os temas não apresentados, os bancos se comprometeram a debater sobre os pontos negligenciados, amanhã (30), às 14h.

Assembleias 

Diante desta situação, a Federação orienta os sindicatos a submeter a proposta apresentada em assembleia até o dia 02 de setembro com indicativo de greve a partir das 0h00 do dia 06.
 


Assessoria de Comunicação
Federação dos Bancários de SP e MS

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Juro? Não. Banco quer reforma trabalhista
24/08/2016




A mudança foi percebida pelo setor privado já nas primeiras semanas do governo interino de Michel Temer. Ministros, secretários e até o presidente interino mostravam disposição em dialogar com executivos, empresários e banqueiros para a formulação de novas políticas. O cenário destoava daquele vivenciado no governo da antecessora, Dilma Rousseff, que muitas vezes chamava ao seu gabinete alguns desses empresários e banqueiros para dizer a eles como "ela achava que eles deveriam gerir seus negócios", segundo um deles. Alguns dos assuntos tratados nessas conversas com a nova equipe ­ ainda interina ­ são mais do que sabidos: ajuste fiscal, retomada de concessões e privatizações (e o desafio de financiá-las), câmbio, previdência.

O que nem todo mundo sabe é que na pauta de alguns dos principais bancos brasileiros não está a taxa de juro elevada, que ainda hoje é vista por algumas alas, especialmente à esquerda, como benéfica à banca. Um dos assuntos que mais têm dado dor de cabeça às instituições financeiras é o trabalhista. Em um grande banco do país, o número de ações trabalhistas corresponde a três quartos do total de funcionários e a Justiça tem sido solidária aos assalariados que enfrentam os gigantes e lucrativos bancos. Sem entrar no mérito (não tenho competência para isso), o que vale registrar é a mudança de postura da banca. Cansados de brigar nos tribunais, as instituições financeiras passaram a trabalhar ativamente na proposição de mudanças na legislação atual. Com o crescimento da taxa de desemprego nacional para 11,3%, alcançando 12,2% em São Paulo, onde estão sediadas algumas das maiores instituições, imagina -­se que seja mais fácil aprovar uma reforma. A terceirização, prevista no Projeto de Lei 4.330, aprovado em abril do ano passado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, é uma das bandeiras dos bancos.

Outra é a permissão para que acordos definidos em convenção prevaleçam sobre a legislação. Atual ministro é tido como "fraco" para executar a tarefa.
Trata-se de uma equação difícil, em que o governo Temer, passado o impeachment, terá de atuar com destreza. Por um lado, é necessário reduzir a burocracia e modernizar as leis trabalhistas (a CLT é de 1940); por outro, não se pode deixar de garantir alguns direitos e benefícios, em se tratando de um país como o Brasil, com tamanha desigualdade econômico-social. Por ser uma tarefa tão complexa, um dirigente de banco acredita que ela não poderá ser encabeçada pelo atual ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que se elegeu deputado federal pelo PTB­RS e que foi empossado no ministério em maio deste ano. Nas palavras de mais de um executivo do setor financeiro, Nogueira é um bom sujeito, mas "fraco". Juntamente com o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP­PR), é um forte candidato a ser substituído na reforma ministerial que Temer deverá fazer, passado o impeachment. A reforma, aliás, preocupa a banca. Executivos do setor entendem que Temer teve de ceder para que o impeachment de Dilma avançasse no Congresso, mas ressaltam que ele também deverá ter de ceder se quiser aprovar importantes reformas, entre elas a trabalhista e a previdenciária. "Essas duas reformas são muitas vezes tratadas de forma isolada, mas precisam caminhar juntas", explica um executivo, ressaltando que se o governo quer ampliar a idade mínima de aposentadoria, terá de dar espaço para a criação de empregos para trabalhadores com mais de 50 anos. Segundo a pesquisa Pnad contínua, divulgada pelo IBGE na semana passada, a taxa de desemprego na faixa de 40 a 59 anos subiu 43%, de 4,4% para 6,3%, entre o segundo trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano. Em entrevista ao Valor, o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo, informou que o desemprego entre os mais velhos estimula a entrada dos mais jovens no mercado para compor a renda da família. Empresas têm demitido funcionários mais velhos por várias razões: para substitui-los por jovens com salários menores, para reduzir custos de planos de saúde e também para atrair funcionários mais novos com domínio de novas tecnologias. Se a idade mínima de aposentadoria subir a 65 anos (homens) e a 60 ou 62 (mulheres), será preciso dar condições para que trabalhadores entre 50 e 65 anos encontrem emprego. Na reforma da Previdência, será também necessário ter regras que contemplem a desigualdade regional do país. De acordo com os mais recentes dados, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer é de 75,44 anos. Em 2014, entretanto, Santa Catarina registrava uma expectativa de 78,4 anos e São Paulo, de 77,5 anos, enquanto no Maranhão ela era de 70 anos, no Piauí, de 70,7 e em Alagoas, de 70,8 anos. Está na cara que a mesma regra não pode ser aplicada a todo o país, indistintamente. Caso contrário, o trabalhador de estados do Norte e Nordeste estará subsidiando a aposentadoria dos trabalhadores do Sul e Sudeste, que têm expectativa de vida mais alta.

Já que o governo vem conversando ativamente com os bancos, seria interessante que também se aprofundasse nas razões pelas quais o mercado secundário de papéis de dívida (como debêntures) não decola no país ­ e que agisse para corrigir a anomalia. Por questões tributárias e jurídicas, bancos têm fornecido crédito para as empresas via emissão de debêntures. O banco coordena a emissão e fica com todos os papéis em sua carteira. Há casos em que a instituição cria modelos matemáticos para que essas debêntures sejam efetivamente marcadas a mercado segundo os critérios de classificação do Banco Central para empréstimos ­ dependendo da nota, de A a H, há uma provisão mínima. Mas há situações em que o banco simplesmente marca a mercado o papel de acordo com preços referenciais disponíveis. Um papel sem liquidez, em momentos de dificuldades de tantas empresas, não tem seu valor de mercado refletido em preços de referência. Para a devida transparência, é preciso que se resolva de uma vez por todas a questão da liquidez das debêntures. Evitar que empréstimos sejam travestidos de emissões pode ser um primeiro passo.

Raquel Balarin é diretora de Conteúdo e Negócios Digitais.

Fonte: Por Raquel Balarin raquel.balarin@valor.com.br -  Valor Econômico
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Devolutiva da Fenaban não sinaliza avanços: bancários querem proposta decente no dia 29
24/08/2016

Movimento sindical espera proposta digna na próxima rodada, marcada para o dia 29

Encerrou no início da tarde desta quarta-feira (24), a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2016, que reuniu o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Após duas rodadas de negociação, nas quais os representantes dos trabalhadores expuseram os principais pontos da minuta de reivindicação da categoria bancária, composta por 128 artigos, hoje foi a vez da Fenaban apresentar sua avaliação sobre as reivindicações prioritárias e realizar a defesa da posição dos bancos.

Marcada pela intransigência, a exposição dos banqueiros, que abordou entre os eixos da minuta, os temas: remuneração, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, agências digitais, entre outros, não apresentou qualquer indício de avanço nas cláusulas sociais ou mudança no modelo de PLR.
Dentre outros argumentos, os representantes dos bancos insistiram que não são o setor mais rentável da economia, que os bancários possuem salários maiores do que a média nacional e que a categoria possui a melhor Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que a rotatividade do setor bancário só não é maior do que a do setor público, entre outras falácias.

O movimento sindical espera e irá exigir uma proposta global concreta para a próxima reunião que está marcada para a próxima segunda-feira (29).

“A Fenaban não deu a devida importância para os temas prioritários apresentados, como aumento real, valorização do piso, condições de trabalho e segurança. Isso nos dá um indicativo da importância de mobilizar os bancários nas bases, para que seja possível avançar nas propostas que serão apresentadas no dia 29”, avalia Jeferson Boava, vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Texto disponível no site: www.feeb-spms.org.br


 
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terça-feira, 16 de agosto de 2016


Lucro dos bancos volta a crescer 

15/08/2016
Quatro maiores bancos lucraram juntos R$ 13,46 bilhões de abril a junho. Valor de mercado atingiu maior valor da série da Economática

O lucro dos maiores bancos brasileiros com ações negociadas em bolsa voltou a crescer entre abril e junho deste ano, após três trimestres seguidos de queda, segundo dados divulgados na sexta-feira (12) pela provedora de informações financeiras Economatica.

Juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander lucraram R$ 13,46 bilhões no segundo trimestre de 2016 – nos três meses anteriores, o ganho havia sido de R$ 12,877 bilhões.

Apesar da recuperação frente aos trimestres anteriores, o lucro líquido ficou abaixo dos R$ 17,346 bilhões do mesmo período de 2015, quando foi recorde.

Entre os bancos, o Itaú obteve o melhor resultado no segundo trimestre de 2016, com R$ 5,51 bilhões, seguido pelo Bradesco com R$ 4,13 bilhões.

O Banco do Brasil registra o terceiro melhor resultado com R$ 2,46 bilhões e o Santander aparece logo depois, com R$ 1,34 bilhões. Todos os quatro tiveram alta no lucro em relação aos três meses anteriores.

Valor de mercado


Os quatro bancos alcançaram, no dia 11 de agosto, o maior valor de mercado desde dezembro de 2006, início da série da Economatica. Juntas, as ações do BB, Itaú, Bradesco e Santander valiam quase meio trilhão de reais ao final do pregão. O número representa uma alta de R$ 150,9 bilhões, ou 43,26%, em relação aos R$ 348,9 bilhões em valor de mercado registrados pelos quatro bancos somados ao final de 2015, de R$ 348,9 bilhões.

Fonte: G1 - Feeb SP/MS

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Gerente assediador do BB de Apiaí é transferido após intervenção do sindicato
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12/08/2016




Acabou com final feliz um caso de assédio moral acontecido no Banco do Brasil da cidade de Apiaí (SP). O gestor dessa agência assediava moralmente e constantemente seus funcionários. Tal comportamento foi denunciado ao Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, que passou a acompanhar o caso, intervindo junto à Gepes (departamento de Gestão de Pessoas do BB) local. “Nenhum funcionário suportava esse gestor. E para felicidade de todos, essa semana o assediador foi transferido”, conta Ricardo Santos Filho, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, responsável pela região de Apiaí.

Entenda o caso

Diante de uma denúncia do movimento sindical, baseada em informações obtidas junto aos funcionários do banco, a ouvidoria do Banco do Brasil entrou no caso para investigar as ocorrências e prometeram um desfecho para o caso. Durante o período o denunciado seria acompanhado por profissionais que analisariam a postura do gestor que agredia moralmente seus comandados.

O gestor retornou ao trabalho, continuando a tratar seus comandados com ofensas como “idiota”, implicando com as vestimentas, humilhando com gestos e palavras. Nesse intervalo de tempo, um funcionário daquela agência precisou ser internado em uma clínica de tratamento por conta dos assédios sofridos. Somados a este fato, outros também necessitaram de atendimento médico e o gestor ainda fez uso do telefone para difamar os adoecidos para os demais gerentes da região, com o intuito de não aceitá-los, no caso de pedido de transferência.

Começaram chegar reclamações de clientes do banco referindo-se aos maus tratos no atendimento por parte daquele gestor. A ouvidoria do banco, que havia informado sobre o acompanhamento, não se pronunciou a respeito do caso, não respondendo outras reclamações e não gerando protocolos neste sentido, dando a impressão de descaso. O sindicato então, de posse de gravações que comprovavam o assédio moral, avisou a ouvidoria do banco que usaria o material caso não fossem tomadas providências, o que acabou acontecendo nesta semana.

“Em visita ao banco após a transferência do gestor, o quadro já era outro, com clima de tranquilidade e harmonia”, relata o dirigente Ricardo.

Itaú atende reivindicação do sindicato e coloca porta giratória em Piedade

BB lucra, mas continua extinguindo empregos

Resultado do primeiro semestre foi de R$ 4,8 bi; ainda assim, banco público eliminou 2.710 postos de trabalho em 12 meses
São Paulo – O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 4,824 bilhões no primeiro semestre de 2016. O montante é 45,3% menor que o registrado no mesmo período de 2015, mas este decréscimo deve-se à criação da Cateno – o BB participa de 50% da empresa por meio da Elo Cartões – naquele período, o que impulsionou o resultado de 2015.

Além disso, o resultado do BB no primeiro semestre deste ano foi impactado pela provisão relacionada a caso específico do segmento empresarial de óleo e gás. A provisão para devedores duvidosos (PDD), que entra como despesa no balanço e, portanto, reduz o lucro, cresceu 30% no período, atingindo R$ 14,2 bi.

No segundo trimestre de 2016, o lucro líquido foi de R$ 2,465 bilhões, com crescimento de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Para o diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Cláudio Luis, o resultado mostra que o banco tem plenas condições de atender as reivindicações gerais da categoria, e as específicas dos funcionários. A pauta para discutir o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi entregue à direção da empresa na quinta-feira 11. “Iniciamos nossa Campanha Nacional, e o Banco do Brasil, assim como o setor bancário como um todo, continua lucrando alto. Portanto, não há justificativa para que não atenda as demandas da categoria”, afirma.

> Na entrega da pauta, funcionários cobram do BB que valorize negociações

Emprego – O dirigente destaca que uma das principais reivindicações é que o banco contrate e reponha as vagas deixadas por quem saiu por meio de PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada). “O BB deveria gerar empregos bancários, mas ao invés disso, está extinguindo postos de trabalho.”

Em doze meses (junho de 2015 a junho de 2016), a direção eliminou 2.710 empregos, sendo 249 apenas nos últimos três meses. Hoje o banco conta com 109.615 empregados. “A situação nas agências e departamentos está cada vez pior. Os trabalhadores estão sobrecarregados e adoecendo. Nossa pauta também conta com uma série de reivindicações por melhoria das condições de trabalho que podem muito bem ser atendidas pelo banco”, acrescenta Claudio Luis.

Outro dado do balanço aponta que somente com o que ganhou com tarifas (R$ 11,621 bilhões, crescimento de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior), o BB cobre em 104% do total das despesas de pessoal (inclusive PLR), que cresceram apenas 1,6% no período. Em doze meses, a instituição financeira fechou 116 agências.

Caráter público – “Outro ponto fundamental da nossa campanha é a defesa do caráter público do BB, ameaçado pelo governo interino de Temer. As instituições financeiras públicas desempenham um papel muito importante na economia de um país, com oferta de crédito em momento de recessão, quando os privados em geral retraem. O governo Temer já anunciou sua intenção de privatizar o BB, assim como a Caixa, mas nós trabalhadores estamos mobilizados para fazer frente a isso”, reforça Cláudio Luis.

Outros números – O banco teve uma rentabilidade de 10,4% ao ano no primeiro semestre. O resultado estrutural, que representa a performance antes das despesas com provisões e tributos, cresceu 10,8% na comparação com o mesmo período de 2015.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil apresentou decréscimo de 1,2% em 12 meses, influenciada pela queda da carteira do segmento empresarial.

A carteira de pessoa jurídica alcançou R$ 327,6 bilhões em junho de 2016, decréscimo de 5,4% em 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento decresceram 8,7%, reflexo principalmente do desempenho da economia doméstica. As operações de crédito com micro e pequenas empresas atingiram R$ 81,2 bilhões em junho, queda de 13,7% em 12 meses.

Já no segmento de pessoas físicas houve crescimento de 20,9% no mesmo período, alcançando saldo de R$ 39,7 bilhões em junho de 2016.

O crédito imobiliário total atingiu R$ 51,6 bi no fim do primeiro semestre, expansão de 17,1% em 12 meses.

A carteira de crédito ampliada de agronegócio, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, cresceu 9,6% em 12 meses, influenciado pelas operações de custeio e investimento. Esse segmento representou 24,6% da carteira total do BB. O Banco do Brasil é líder no crédito ao agronegócio, com 62% de participação de mercado.

O índice de inadimplência alcançou 3,27% em junho de 2016. Excluindo-se o efeito de caso específico do segmento empresarial de óleo e gás, o índice de inadimplência foi de 2,85%.

Fenaban já está com a pauta dos bancários

Durante entrega do documento, presidenta do Sindicato destacou que setor continua um dos mais lucrativos e pode atender reivindicações da categoria; primeiras rodadas de negociação serão dias 18 e 19
São Paulo – Com lucros nas alturas, os bancos têm plenas condições de atender às reivindicações da categoria bancária. Esse foi o recado do Comando Nacional dos Bancários à federação dos bancos (Fenaban), durante a entrega da pauta da categoria, no final da manhã da terça-feira 9, na sede da Fenaban, em São Paulo. As primeiras rodadas de negociação já foram marcadas para os dias 18 e 19 e tratarão das reivindicações em geral.

A pauta, aprovada pela 18ª Conferência Nacional dos Bancários, visa a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que reúne os direitos de todos os bancários do país. A data-base é 1º de setembro.

Na mesa com os representantes dos banqueiros, a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, apresentou dados que comprovam que o setor continua sendo um dos mais lucrativos da economia, mesmo em um momento de recessão. “A consultoria Economatica avaliou 25 setores que envolvem 300 empresas de capital aberto, e desses, o setor bancário foi o mais lucrativo no primeiro trimestre do ano: 21 bancos alcançaram R$ 14,3 bilhões de lucro.”

> Bancos integram setor com maior lucratividade

Em outro estudo citado por Juvandia, a Economatica aponta que os brasileiros Bradesco, Itaú, Santander e BB ocuparam as quatro primeiras posições em crescimento do valor de mercado dentre os bancos de capital aberto da América Latina e dos EUA, no primeiro semestre de 2016.

Emprego é prioridade – Diante dos números que apontam a saúde financeira dos bancos brasileiros, a dirigente destacou outro dado: no primeiro semestre de 2016, o setor bancário extinguiu 6.785 postos de trabalho no país, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. “Emprego com certeza é uma grande preocupação dessa campanha e uma grande prioridade para bancários e bancárias”, ressaltou Juvandia, que é uma das integrantes do Comando Nacional dos Bancários.

> Bancos extinguiram 6.785 empregos no semestre

Conjuntura – A presidenta do Sindicato também destacou que a Campanha Nacional Unificada 2016 está se dando em um momento difícil para o país, de ameaça a direitos sociais e trabalhistas. “A gente tem outra grande preocupação nessa conjuntura que é a tentativa de flexibilização das leis trabalhistas, da investida contra os direitos da grande maioria da população e dos trabalhadores em especial, seja na Previdência, seja na terceirização. Isso também está na agenda da nossa campanha e não poderia ficar de fora porque não adiantaria fazer uma campanha salarial boa, se perdermos todos os avanços com a terceirização [PLC 30/2015 que tramita no Congresso] e a flexibilização da CLT [proposta pelo governo Temer].”

"Vamos defender nossos direitos e lutar contra a terceirização e qualquer tipo de retirada de direitos. Não aceitaremos nenhum direito a menos", reforçou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, o Betão, também um dos coordenadores do comando.

Juvandia lembrou ainda que o governo interino tenta jogar todo o déficit fiscal sobre os mais pobres, eximindo os mais ricos. “Existe um déficit fiscal, mas essa conta não pode ser repassada para os trabalhadores e para o segmento mais carente da população, que mais necessita do amparo das políticas públicas e de emprego.” E destacou ainda que apenas com sonegação de impostos, o Brasil perde cerca de R$ 500 bilhões por ano, segundo levantamento de procuradores da Fazenda. “Portanto, esse déficit poderia ser coberto tirando de quem tem mais e não de quem tem menos.”

"Não vamos aceitar reforma da Previdência que prejudique os trabalhadores", acrescentou a dirigente.

Campanha – É nesse contexto difícil, destacou Juvandia, que a campanha dos bancários se inicia. “Esperamos que essa conjuntura não nos impeça de fazer uma campanha tranquila e boa, que traga avanços para os trabalhadores.”

Ela também lembrou aos representantes da Fenaban que a pauta foi amplamente debatida e representa os anseios dos milhares de bancários e bancárias de todo o país.

Após a entrega, os bancários lançaram oficialmente a campanha nas ruas, com passeata pelo centro de São Paulo.

> Bancários tomam as ruas do Centro Velho

Caixa e BB – A pauta com reivindicações específicas dos empregados da Caixa foi entregue logo em seguida. A dos funcionários do Banco do Brasil será levada à direção da instituição na quinta-feira 11.

BB tem lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre de 2015

Dieese prepara análise detalhada do balanço, a qual será divulgada em breve pela Contraf-CUT

12/11/2015
Agência Brasil
O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) atingiu R$ 3,062 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado hoje (12) pela instituição financeira. No período de janeiro a setembro, o BB registrou lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, o que representa crescimento de 43,5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.
Os ativos do banco atingiram R$ 1,6 trilhão em setembro, aumento de 10% em 12 meses e 2,7% em relação ao trimestre anterior. De acordo com o comunicado do BB, o aumento foi favorecido principalmente pela expansão da Carteira de Crédito Ampliada.
A carteira de crédito registrou aumento de 9,8%, em 12 meses, e atingiu R$ 804,6 bilhões, em setembro. No trimestre a alta foi 3,6%. O financiamento imobiliário, que registrou aumento de 34% em 12 meses e 6,4% no trimestre, foi o principal responsável pela alta.
O financiamento ao agronegócio encerrou o terceiro trimestre com saldo R$ 171,8 bilhões na carteira ampliada. O montante é 8,5% maior em relação a setembro de 2014. Destaque para o saldo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que totalizou R$ 37,9 bilhões, crescimento de 13,5% frente ao mesmo período do ano anterior. O balanço ressalta também a evolução do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), que totalizou R$ 9,1 bilhões em setembro de 2015, crescimento de 29,9% na comparação anual.
A carteira de crédito ampliada, formada por operações com clientes pessoa física, finalizou o terceiro trimestre com saldo de R$ 189,6 bilhões, crescimento de 8,1% em 12 meses. As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Crédito Imobiliário) continuam expressivas, alcançando 79,5% do total da carteira. Destaque para o crescimento de 36,8% na linha Crédito Imobiliário PF, frente ao terceiro trimestre de 2014.
O saldo de crédito concedido às empresas encerrou setembro com R$ 362,2 bilhões, 5,9% maior nos 12 meses. As operações de capital de giro e de investimento, que representam 69,8% do total, obtiveram crescimento de 3,8% e 7% em 12 meses, respectivamente. Nos nove primeiros meses deste ano foi desembolsado mais de R$ 32,7 bilhões em crédito para investimentos.
O BB encerrou o trimestre com saldo de R$ 149,8 bilhões em poupança, alta de 1,7% em comparação ao segundo trimestre de 2015, reflexo de estratégias de comercialização do produto. Esta marca permitiu ao banco atingir seu melhor desempenho no ano.
Os índices de inadimplência do BB se mantiveram em patamares menores do que os observados no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ao fim de setembro de 2015, o índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,20% da carteira de crédito classificada, inferior ao patamar do SFN, que registrou 3,1%.
Dieese prepara análise do lucro, a qual será divulgada em breve pela Contraf-CUT.