sexta-feira, 12 de maio de 2017

Lucro do BB cresce 95,6% em um ano, mas banco fecha pontos de atendimento e reduz quase 10 mil postos de trabalho

Reestruturação quase não tem impacto no resultado, mas reduz empregos e prejudica os funcionários

12/05/2017
O Banco do Brasil, no 1º trimestre de 2017, obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 2,5 bilhões, que representou um crescimento de 95,6% em doze meses e 43,9% no trimestre. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 10,4%, com alta de 4,8 pontos percentuais no período.
Mesmo com um excelente resultado, o banco fechou 970 pontos de atendimento e acabou com 9,9 mil postos de trabalho, por meio do plano de reorganização institucional e Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) colocados em prática por Michel Temer. As medidas reduzem oportunidades de trabalho em plena recessão, dificultam o crescimento na carreira para seus funcionários e tornam ainda mais duras as condições de trabalho, o que aumenta o estresse e piora a qualidade do atendimento aos clientes.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o crescimento do resultado também ancorado na redução das provisões com perdas, mostra  aumento no lucro mas a análise é correta ao apontar que a reestruturação não trouxe o impacto que se propagou "Não adianta aumentar o resultado quando ainda tem mais de 2 mil funcionários com cargos cortados que terão seus salários reduzidos a partir de junho. Com o aumento do lucro o banco pode valorizar os funcionários e ampliar a VCP para no mínimo 12 meses", afirma.
Tarifas perfazem 114,9% das despesas de pessoal
Segundo a análise do balanço feita pelo Dieese, a  receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 10,5% no período, totalizando R$ 6,2 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, caíram 2,2%, atingindo R$ 5,4 bilhões. Portanto, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 114,9%.
Enxugamento maior que o anunciado

O número de agências se reduziu em 551 unidades, em doze meses. O Plano de reorganização institucional previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento, a mas pelos dados apresentados, a rede própria do banco foi reduzida em 970 pontos de atendimento, número superior ao anunciado.


Veja aqua íntegra da análise do Dieese
Fonte: Contraf-CUT e Dieese

terça-feira, 9 de maio de 2017


Acordo de dois anos evita perdas salariais dos bancários

Meta do governo é promover perdas salariais aos trabalhadores. Acordo realizado pelos bancários em 2016 garante aumento real para a categoria

08/05/2017


O economista Fernando Antonio Soares, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério do Planejamento, anunciou que o Governo Federal tem a meta de demitir 20 mil funcionários públicos federais em 2017. Ele disse que no ano passado nenhuma categoria do funcionalismo obteve ganha real de salário. Do total, 12 grupos tiveram reajuste pelo IPCA e 23 abaixo de IPCA. Segundo ele, “é preciso reduzir as despesas com pessoal, dado o esforço generalizado do país na contribuição para o ajuste fiscal”.
Para este ano, ele disse que, por conta do acordo na Campanha Nacional dos Bancários de 2016, o governo não poderá promover perdas salariais aos bancários.
“Esse governo não tem a menor vergonha de dizer que tem como meta impingir perdas aos trabalhadores. Ao contrário, sentem orgulho disso. Já tínhamos essa avaliação quando fechamos acordo no ano passado para garantir aumento real de 1% neste ano. Certamente os bancários do Banco do Brasil e da Caixa serão os únicos funcionários públicos federais que terão aumento real neste ano”, disse Roberto Von de Osten. “Vemos este mesmo cenário nos bancos privados. Os bancos lucram muito, mas não pensam em valorizar seus funcionários”, completou o presidente da Contraf-CUT.
Neste ano, diante de um cenário de terceirizações e avanço digital, a categoria poderá se concentrar na defesa do emprego e nos temas das mesas temáticas de saúde, igualdade de oportunidades, segurança bancária e prevenção de conflitos.
Desmonte das empresas públicas
Em um ano (maio/2106 a maio/2017) houve uma redução de 22 funcionários públicos, com grande destaque para os bancos públicos. A intenção do governo federal é continuar com essa política de redução dos quadros e de programas de desligamento voluntário (PDVs). Neste ano, a meta é de, pelo menos, uma redução de 20 mil, para 510 mil. A reposição do quadro não deve ultrapassar os 25% do total previsto com a redução.
O Banco do Brasil já promoveu um PDV no ano passado e a Caixa um PDVE neste ano. O resultado é a sobrecarga de trabalho e a consequente degradação das condições de trabalho e da saúde da categoria.
Na pauta do governo, estão PDVs para os Correios, Conab e Eletrobrás. Esta última deve ser a próxima a passar pelo desmantelamento. Hoje 23 mil funcionários, com 39 subsidiárias ligadas à empresa. Os planos do governo preveem privatizações das seis distribuidoras de energia ainda em 2017 (Ceron, Eletroacre Ceal, Cepisa, Boa Vista Energia e Amazonas Energia).
Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 4 de maio de 2017


Os cinco maiores bancos do Brasil fecharam 2016 com R$ 6,1 trilhões em ativos

Esse é um dos destaques da 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, do Dieese




Os cinco maiores bancos do Brasil fecharam 2016 com R$ 6,1 trilhões em ativos, uma evolução média de 6,2% em relação a 2015. Esse é um dos destaques da 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieeese), e divulgado nesta segunda-feira (17).
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Os bons resultados auferidos pelos cinco maiores bancos se devem, entre outros fatos, ao aumento do resultado de seguros, previdência e capitalização e à elevação das receitas com tarifas e serviços, mas, especialmente, à queda nas despesas com empréstimos e repasses, em função da relativa valorização do real frente ao dólar, o que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.
As despesas com impostos (IR e CSLL) tiveram forte impacto negativo sobre o resultado de 2016. Todavia, isso se deve ao fato de que, em 2015, os bancos utilizaram alto montante em créditos tributários, o que elevou os resultados obtidos no ano, o que não se repetiu em 2016, com reflexos nos números finais, ainda que o resultado bruto da intermediação financeira e o resultado operacional (antes, portanto, da contabilização dos impostos) tenham se elevado substancialmente.
Entre os grandes bancos, o Bradesco apresentou o maior crescimento do ativo, que teve alta de 19,8% e atingiu, aproximadamente, R$ 1,3 trilhão. Todavia, essa alta deveu-se, principalmente, à incorporação dos ativos do HSBC Brasil. O ativo do Banco do Brasil se manteve estável, com um total de R$ 1,4 trilhão, fazendo com que o banco perdesse a 1ª posição no ranking dos maiores bancos por esse critério. O Itaú Unibanco tornou-se o maior banco do país, com Ativo Total da ordem de R$ 1,426 trilhão. Uma das razões para o crescimento do ativo do Itaú foi a aquisição do banco chileno CorpBanca. Já os ativos do Santander cresceram 3,6%, chegando a R$ 701,7 milhões.
O patrimônio líquido dos cinco maiores bancos apresentou crescimento mais expressivo que o total de ativos, em média 8,3%, atingindo montante de R$ 422,5 bilhões. E, mais uma vez, o maior crescimento observado foi no Bradesco (13,0%), cujo patrimônio líquido alcançou R$ 100,0 bilhões devido à aquisição realizada.
O saldo das carteiras de crédito dos cinco maiores bancos, em termos nominais, caiu, em média, 3,4% no período, e chegou a R$ 2,9 trilhões. As únicas instituições com crescimento da carteira no período foram o Bradesco (alta de 8,6%, totalizando R$ 515 bilhões), devido à aquisição do HSBC e a Caixa, que teve crescimento de 4,4%, totalizando R$ 709,3 bilhões na carteira de crédito.
Fonte: Contraf-CUT

Santander bate recorde de lucro e de demissões de funcionários


O Santander lucrou R$ 2,280 bilhões, atingindo o maior patamar histórico com crescimento de 37,3%, em relação ao mesmo período de 2016 e de 14,7% em relação ao 4º trimestre de 2016. Em contrapartida, o banco espanhol encerrou o 1º trimestre de 2017 com 46.897 empregados, uma queda de 3.245 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, sendo 357 a menos no trimestre. Foram fechadas 9 agências e 10 PAB’s em doze meses. A carteira de clientes segue crescendo: 1,983 milhão a mais de clientes em um ano, totalizando 35,909 milhões em março de 2017.
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Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e funcionário do Santander, destaca que a unidade brasileira passa a ser a mais lucrativa do banco estrangeiro e representou 26% do lucro global da Instituição, € 1,867 bilhão. “O Brasil ultrapassou países como Inglaterra e a própria Espanha. Mesmo assim, continua com a política de demissões e de desvalorização do trabalhador.”
O número de clientes digitais alcançou 6,9 milhões (+1,8 milhão em doze meses), e o de transações digitais já representam 76% do total das transações do banco, um aumento de 5,4 p.p. em doze meses. 
Fonte: Contraf-CUT

Lucro líquido do Bradesco cresce 13% no primeiro trimestre

Rentabilidade anual alcança 18,3%, muito alta se comparada aos padrões internacionais


O Banco Bradesco obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 4,648 bilhões no 1º trimestre de 2017. O resultado representa um crescimento de 13% em doze meses e 6,0% no trimestre. O Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 18,3%, com aumento de 0,8 pontos percentuais em relação a março de 2016. Contribuíram para esse resultado as receitas de crédito, com crescimento de 12%, com Títulos e Valores Mobiliários, com elevação de 23%, e o resultado com seguros, previdência e capitalização, que cresceu 15% em doze meses.
“O país vive uma recessão enorme. Mas, o Bradesco, assim como todo sistema financeiro do país, continua obtendo lucros bilionários crescentes e uma rentabilidade muito grande se comparada aos padrões internacionais”, observou Gheorge Vitti, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.
holding encerrou março de 2017 com 106.644 empregados, com aumento de 15.249 postos de trabalho em relação a março de 2016. “Temos que tomar cuidado ao analisar esse dado. Esse suposto aumento do número de empregos se deu devido à incorporação do HSBC. A verdade é que, se olharmos a quantidade de funcionários que o grupo possuía logo após a incorporação, veremos que houve uma redução de 3.278 postos, desde setembro de 2016”, observou o coordenador da COE do Bradesco. A mesma ponderação deve ser feita com relação ao número de agências, que expandiu em 613 unidades no período.
A Carteira de Crédito Expandida do banco teve um crescimento de 8,5% nos últimos doze meses e atingiu R$ 502,7 bilhões (no trimestre houve queda de 2,4%). As operações com pessoas físicas cresceram 16,3% em relação ao 1º trimestre de 2016, chegando a R$ 171,8 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 330,9 bilhões, com aumento de 4,9% em doze meses e retração de 2,5% no trimestre. As comparações anuais são afetadas pela aquisição do HSBC que se efetivou em julho de 2016. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 1,4 pontos percentuais no período, ficando em 5,6%. Diante disso, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) também subiram significativamente (40,7%), totalizando R$ 8,2 bilhões, impactando negativamente o lucro do banco.
A receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 17,8% no período, totalizando R$ 5,8 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, subiram 28,4%, atingindo R$ 4,8 bilhões, em função da aquisição do HSBC. Assim, no primeiro trimestre de 2017, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 124,8%.
“Mesmo com lucros exorbitantes, o Bradesco não valoriza quem lhes garante esses resultados, que são seus funcionários. Basta ver que, mesmo com uma redução da diferença entre o lucro obtido com taxas cobradas pelos serviços prestados aos clientes e as despesas com pessoal, o que eles arrecadam, somente com esse segmento, é 25% maior do que eles desembolsam. Se considerarmos que a maior fonte de lucro são aqueles obtidos com outras operações financeiras, temos uma ideia do quanto os bancos ganham com as operações no Brasil”, explicou o coordenador da COE do Bradesco.
Leia o documento elaborado pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Itaú lucra R$ 6,2 bilhões no primeiro trimestre de 2017

O grupo fechou 1.652 postos de trabalho em relação a março de 2016

03/05/2017
O Itaú lucrou R$ 6,2 bilhões no primeiro trimestre de 2017, com crescimento de 19,64% em relação ao mesmo período de 2016. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 22,0%, representando uma alta de 2,4 p.p. em doze meses.
Clique aqui e veja os destaques do Dieese.
A holding encerrou o primeiro trimestre de 2017 com 81.219 empregados no país, uma redução de 1.652 postos de trabalho em relação a março de 2016. Foram abertas 36 agências digitais (que já somam 144 unidades) e fechadas 202 agências físicas no país no ano. O total de agências e pontos de atendimento do banco no Brasil e exterior, em março de 2017, foi de 5.005.
“Não podemos deixar de frisar os interesses do banco nestas reformas pautadas pelo governo ilegítimo de Temer, como terceirização, reformas trabalhista e previdenciária”, lembrou Jair Alves, coordenador do COE Itaú. “E, com todo esse lucro, o banco continua com processo de demissão e fechamento agências. Por outro lado, vem apostando no modelo digital, um segmento implementado pelo Itaú no sistema financeiro”, completou.
Fonte: Contraf-CUt
Sem apresentar soluções concretas, BB afirma em audiência pública que irá decidir sobre prorrogação da VCP em 1º de junho

02/05/2017

Nesta terça-feira (02), a Comissão de Empresa do Banco do Brasil (CEBB) e também representantes do Banco do Brasil (BB) se reuniram na Procuradoria Geral do Trabalho em Brasília, para a quarta audiência pública para tratar da reestruturação em curso no BB.

A representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) na CEBB, Maria do Carmo Peggau participou da reunião.

Os assuntos abordados foram os assistentes de gerente, a situação dos caixas nos casos de agências que possuem um único funcionário na função e também a dos funcionários em VCP (Verba de Caráter Pessoal).

Assistentes de gerentes

O banco informou que deverá lançar nos próximos dias várias ações de incentivo para realocação, porém não divulgou quais seriam elas, pois ainda estariam sendo elaboradas.

Caixas

O banco se propôs a realizar um estudo para designar um segundo caixa para agências que possuem apenas um funcionário na função e também para os casos nos quais há substituições contínuas por escriturário, nomeá-lo como caixa.

VCP

O Banco do Brasil informou ainda, que a prorrogação do pagamento da VCP, assunto que seria reavaliado nesta audiência, só será decidida em 1º de junho. Atualmente o BB possui 3.629 funcionários em VCP total ou parcial.

“Minha opinião é de que a audiência de hoje foi muito pouco produtiva. Ao final da reunião ficaram mais pendências do que resoluções”, avalia, Maria do Carmo Peggau.

Próxima rodada

Próxima audiência pública está marcada para o dia 02 de junho.
 


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