quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Reforma trabalhista é questionada pela Contcop no Supremo


12/12/2017 
O Supremo Tribunal Federal recebeu nesta segunda-feira (11/12) mais uma ação contra a reforma trabalhista — a 10ª, pelo menos, desde a publicação da Lei 13.467/2017. O novo processo, apresentado pela confederação que representa trabalhadores da área de comunicações e publicidade (Contcop), filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT), questiona o fim da contribuição sindical obrigatória. 

A entidade afirma que a mudança tornará “letra morta” dispositivo da CLT (artigo 611-A) que manda sindicatos ingressarem em ações individuais ou coletivas envolvendo cláusulas de acordos ou convenções coletivas. Para a autora, o efeito colateral será o fim da organização sindical e dos próprios acordos.

“Como irá subsistir um sindicato sem receitas? Como irá um sindicato sem receitas defender os interesses dos trabalhadores?”, questiona a confederação.

Fixar a contribuição facultativa é inconstitucional, na visão da Contcop, porque altera tributo por meio de lei ordinária e permite que o contribuinte escolha se quer ou não pagar, mesmo que exista fato gerador.

O fim dessa obrigatoriedade é discutido, ao todo, em seis das dez ações já em andamento no Supremo (veja quadro abaixo). Em outro processo, a Procuradoria-Geral da República diz que dispositivos da lei (artigos 790-B, 791-A e 844) sobre pagamento de custas judiciais e honorários de sucumbência violaram “direito fundamental dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária”.

O trabalho intermitente é alvo de três ações. A federação dos trabalhadores em empresas de telecomunicações (Fenattel), por exemplo, afirma que as novas regras permitem remuneração abaixo do salário mínimo, impede recebimento de horas extras, barra acesso do trabalhador ao seguro-desemprego e dificulta sua adesão ao Regime Geral da Previdência Social.

Por isso, a Fenattel diz que a reforma viola o princípio da isonomia, ofende o princípio da dignidade humana e ignora a vedação ao retrocesso social — proibição ao legislador para reduzir, suprimir, diminuir, ainda que parcialmente, direito social já materializado em âmbito legislativo e na consciência geral.

O relator desse e de outros casos, ministro Edson Fachin, já definiu que o questionamento será analisado pelo Plenário do STF diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de liminar, conforme rito fixado pelo artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs).

A Lei 13.467/2017 está em vigor desde 11 de novembro. Um grupo de advogados tem mapeado decisões recentes dos tribunais e considera que as discrepâncias de interpretações estão acima do normal.

Em Santa Catarina, uma juíza manteve contribuição sindical obrigatória em favor de uma entidade local. Embora a reforma trabalhista tenha tornado o repasse optativo, Patrícia Pereira de Santanna concluiu que a contribuição tem natureza de imposto e, portanto, só poderia ser mexida por lei complementar. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Fonte: Site Ugt
REFORMA TRABALHISTA: O QUE ESPERAR?
Quando o contracheque chegou no final de outubro/2017, Jefferson da Silva Garcia, 33, tomou um susto: seus rendimentos haviam caído pela metade. Ele trabalha como locutor da rede de supermercados Mundial, que tem 18 lojas no Rio de Janeiro e emprega mais de 9.000 funcionários. A redução salarial atingiu também os outros empregados e levou a uma paralisação momentânea no começo de novembro. Trabalhadores, sindicato e a empresa abriram negociação, e os funcionários ameaçam entrar em greve. “Em média recebo R$ 2.200,00 mas no fim do mês só veio R$ 1.100,00. Trabalho no Mundial há 15 anos, tenho uma vida aqui. Só quero meus direitos”, declarou Garcia.
A rede cortou o pagamento do adicional de 100% sobre as horas trabalhadas aos domingos e reduziu o pagamento das horas extras a que os funcionários tinham direito garantido em contrato. O empregador se baseou num decreto de agosto/2017 assinado pelo presidente Temer que passou a considerar os supermercados como uma atividade essencial da economia, dando-lhes a possibilidade de abrir normalmente em horários especiais, aos domingos e feriados sem a necessidade de negociações trabalhistas ou de se submeter a legislações locais.
Depois de uma negociação com o sindicato, a rede de supermercados ofereceu um vale compras no valor de R$ 30,00 que só pode ser usado na própria rede em substituição aos adicionais que significavam 50% dos ganhos dos funcionários no final do mês.
O decreto de Temer que proporciona confortavelmente aos patrões a redução da folha de pagamento, sequer se refere aos salários dos trabalhadores.
A mobilização dos funcionários cresceu e, sob pressão, a empresa decidiu voltar a pagar o adicional para quem trabalha aos domingos mas não nos feriados. Além disso, reintegrou os trabalhadores demitidos durante os protestos.
Esse exemplo, ocorrido a algumas semanas, retrata a dura realidade a ser vivenciada pelos trabalhadores brasileiros daqui em diante. Não podemos permitir qualquer perda de direito. Só a nossa mobilização e união garantirá nossas conquistas. É tempo de nos prepararmos para enfrentar uma dura batalha como talvez nunca tenhamos enfrentado. Nossa dignidade não pode perecer ante essa ofensiva desumana de um governo ilegítimo. Só a luta nos redime.

DESAFIOS DO NOVO CENÁRIO
Este momento da implantação da Reforma Trabalhista, com as novas alterações incluídas na CLT pela Lei 13.467/17, vigente desde o dia 11 de novembro passado, é próprio para ampliar a reflexão do mundo sindical sobre as perspectiva de fortalecimento do sindicalismo no Brasil.
Muito se tem falado sobre as mudanças introduzidas na forma abrupta no mundo do trabalho, com muita e apropriada indignação de sindicalistas, advogados e magistrados – mas muito pouco se tem ouvido dos próprios trabalhadores, os grande afetados.
A baixa mobilização dos trabalhadores, é sem dúvida  uma das razões que permitiu a célere aprovação da Reforma Trabalhista, e chama atenção sua quase indiferença aos chamados das lideranças sindicais para reagir à aprovação da Lei e, agora, à sua implementação.
Armou-se um cenário de guerra judicial contra a implantação da Reforma Trabalhista, especialmente com os 125 enunciados da ANAMATRA que, em grande parte, alegam inconstitucionalidades na Lei que somente poderão ser definidas pelo STF, um processo geralmente alongado e pontual.
Enquanto isso as empresas se apressam em definir as medidas da Reforma de seu interesse e trabalham para sua adoção de forma direta ou mesmo para inclusão de novas cláusulas em

acordos e convenções coletivas – inclusive nos acordos individuais previstos que prevalecem sobre acordos coletivos e convenções.
Os trabalhadores, ao que tudo indica, ainda não acordaram para o alcance das possibilidades de precarização introduzidas com a reforma da CLT, cabendo aos sindicatos, legítimos defensores dos direitos coletivos ou individuais das categorias, esclarecer esses trabalhadores, organizar sua mobilização e atuar em sua defesa.
É uma ação permanente que requer sindicatos fortes e representativos para conduzir negociações coletivas que não apenas travem os retrocessos mas ainda incluam avanços de cidadania, e que sejam civilizatórios com a organização do capital do século XXI.

OS SINDICATOS E A RESISTÊNCIA

As medidas aprovadas por Temer fazem parte de um pacote de inciativas que incluem privatizações e a reforma da previdência. Essa conduta segue a cartilha do Neoliberalismo que defende a política do “estado mínimo”, com participação inexistente nas áreas social, de saúde e de educação. Tudo, na ótica neoliberal, deve pertencer à iniciativa privada. O estado não pode ter nenhuma empresa estatal e o mercado deve controlar toda a economia.
Essa tentativa de desmonte do estado teve inicio no governo Collor, cresceu no governo FHC com as privatizações e agora volta à tona com o ilegítimo Temer. Vários países, principalmente no continente europeu, já tentaram implementar a política neoliberal desde a década de oitenta. Porém, não há qualquer exemplo de sucesso nessas tentativas. Todos tiveram que voltar atrás por motivos óbvios: o neoliberalismo tira dos trabalhadores e doa aos grandes empresários (é aqui que entram os bancos). O resultado é uma violenta precarização do trabalho, geração descontrolada de subempregos com queda acentuada do poder de compra dos trabalhadores, além de uma quebradeira generalizada de pequenas e médias empresas com um descomunal aumento na concentração de renda. Gera uma recessão que beira ao caos.
Porque então, apesar de todos saberem que o neoliberalismo é uma proposta falida, tentam sua implantação no Brasil? Só mesmo um governo que atende aos interesses do capital internacional e dos grandes empresários (bancos), únicos que lucram muito com o neoliberalismo, é capaz de relegar os trabalhadores a último plano, penalizando-os mesmo que por um tempo.
Nós não vamos pagar essa conta!

Essa ofensiva neoliberal ataca os trabalhadores brasileiros e suas organizações. Junto com as medidas que usurpam direitos, há também uma tentativa de enfraquecer os sindicatos. Querem, além de sugar o poder econômico dos trabalhadores fazendo-o migrar para os grandes, tirar todo o seu poder de reação e resistência.
O momento é de união, fortalecer ainda mais os sindicatos e nossa organização para que, unidos, possamos por em prática toda a nossa disposição de luta contra os predadores dos nossos direitos.
A categoria dos bancários ao longo de décadas de lutas, conseguiu unificar em nível nacional nossas campanhas salariais. Isso, aliado a um sindicalismo atuante, nos deu a possibilidade de conquistarmos o melhor acordo coletivo entre as categorias do território nacional. Sem falar nas conquistas econômicas, com participação nos lucros e ganhos reais que não permitem a corrosão do nosso poder aquisitivo pela inflação. Não vamos abrir mão de nada disso. Vamos sim nos fortalecer ainda mais.


 Sindicalize! 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Campanha Nacional dos Bancários de 2017 injeta R$7,9 bi na economia brasileira

Se levarmos em consideração que o acordo é de 2 anos, o valor sobe para 20 bilhões de reais

A Campanha Nacional dos Bancários 2017 injetará R$ 7,9 bilhões na economia brasileira em doze meses, iniciados em setembro. A maior parte deste valor vem da PLR de R$ 6,297 bilhões. O reajuste salarial, que foi de 2,75% – somatória da reposição do INPC mais 1,0% de ganho real – representou um acréscimo anual de cerca de R$ 1,4 bilhões na economia. Além disso, o reajuste de 2,75% que também foi aplicado nos auxílios alimentação e refeição, respectivamente, somam mais R$ 213,6 milhões. Os dados são baseados nos números da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministérios do Trabalho, divulgada em 2016, quando o número de bancários no Brasil era de 485.719.
Só em setembro, quando foi publicado o INPC e o primeiro pagamento foi efetuado com a aplicação do índice de reajuste, o impacto foi cerca de R$ 3,065 bilhões na economia.
“É importante que os bancários percebam a grandiosidade da nossa Campanha Nacional e que poderoso instrumento de distribuição de renda ela é. Imaginem que sem a nossa suada Campanha, estes bilhões ficariam concentrados no bolso dos banqueiros. A nossa luta injeta bilhões nos setores da indústria, comércio e serviços desenvolvendo, desconcentrando e gerando empregos. Só a luta nos garante”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Somado ao impacto gerado em 2016, o acordo de 2 anos, iniciativa vanguardista da categoria bancária, gerou um impacto na economia do país que superou a casa dos R$ 20 bilhões em dois anos.
Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Santander lucra R$ 7,2 bilhões e segue com as demissões

Resultado refere-se aos nove primeiros meses do ano

O Santander lucrou R$ 7,2 bilhões apenas nos nove primeiros meses de 2017, resultado 34,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em termos globais, o lucro do banco alcançou € 5,592 bilhões e o Brasil contribuiu com 26% desse lucro global.

Mesmo apresentando resultado expressivo, o banco continua reduzindo seu quadro de funcionários no país: em doze meses (setembro de 2016 a setembro de 2017) eliminou 1.392 postos de trabalho, totalizando 46.632 funcionários no terceiro trimestres de 2017.
“O Brasil continua sendo a maior fonte de lucro do grupo Santander em todo o mundo e se distancia do Reino Unido, que é o segundo colocado, mas um dos países mais ricos do mundo. Esse resultado é obtido à custa de demissões de trabalhadores, inclusive muitos que perderam a saúde trabalhando para alcançar esse lucro”, afirmou Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Leia matéria na íntegra aqui.
Fonte: Contraf-CUT

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2017

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Pres. Venceslau e Região, através de sua Diretoria parabeniza a todos por esta data festiva.                                     
Dia
Associado
Agência
Cidade
01
Juliana Alves Campos Lutti
Caixa Econômica Federal
Santo Anastácio
02
Lilian Helena Correa
Caixa Econômica Federal
Santo Anastácio
04
Dione Mariano da Silva
Banco do BrasilPrinc. Isabel
Presidente Venceslau
06
Ciomar Duarte
Banco do Brasil
Teodoro Sampaio
09
Keisy Sander Pinotti Alves
Banco Santander
Presidente Venceslau
10
Maximilia Dornellas de O. Jacomini
Caixa Econômica Federal
Presidente Epitácio
10
Altair Candido de Araujo
Caixa Econômica Federal
Presidente Epitácio
18
Elaine Gonçalves Letroche
Banco do Brasil
Presidente Epitácio
20
Manoel Borges da Silva
Banco Itaú Unibanco
Presidente Epitácio
20
Francieli Zagonel
Banco Santander
Primavera
26
José Luiz Pinho Alves
Banco Santander
Primavera
27
José Valter Barreto
Banco do Brasil
Presidente Venceslau
30
Patrícia Vilhoni Vilches
Bradesco
Presidente Venceslau



 OBS: Os associados aniversariantes deste mês, que não constaram nesta relação, favor atualizar o cadastro junto a este Sindicato, pelo fone: 018-3271-3600, ou e-mail:seebpv@terra.com.br 

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Centrais sindicais do Brasil ofereceram denúncia na OEA contra reforma trabalhista e terceirização por violação de normas internacionais


04/10/2017 
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), juntamente com a Central Única de Trabalhadores (CUT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) ofereceram denúncia na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra a Reforma Trabalhista e Terceirização no Brasil, sua apreciação acontecerá durante o 165º Período Ordinário de Sessões dessa comissão, a ser realizado de 23 a 27 de outubro, em Montevideo, Uruguai. 

O objetivo das centrais é o de expor as ações praticadas pelo Governo brasileiro que, ao impor para a sociedade profundas mudanças sem o devido debate e aprovar leis que regridem séculos em termos de relações laborais e garantias de direitos humanos, sucumbiu as exigências mercadológicas de grupos financeiros em detrimento ao capital humano. 

Com essa medida, a UGT e suas entidades coirmãs terão a oportunidade, muitas vezes negada pelo Governo brasileiro, de mostrar como tais medidas já aprovadas de forma açodada violam diversas normas internacionais, principalmente as de Direitos Humanos das Nações Unidas, da Organização dos Estados Americanos e da Organização Internacional do Trabalho. 

Categorizado em: UGT

Acordo entre INSS e sindicatos deve agilizar aposentadoria

05/10/2017


Gustavo Roth - 3.jun.2004/Folhapress


Cerca de 500 mil trabalhadores paulistas de quatro categorias profissionais terão a opção de pedir aposentadoria e outros benefícios diretamente aos seus sindicatos, sem precisar encarar meses de espera por atendimento da Previdência Social.

Os primeiros sindicatos a assinarem os acordos de cooperação com o INSS são: Sindpd (trabalhadores de tecnologia da informação), Sinpro-SP (professores de escolas privadas), SindMetal (metalúrgicos de Osasco e região) e Saesp (administradores do Estado de São Paulo).

O atendimento aos associados dessas entidades deverá começar a funcionar até o final deste ano, beneficiando imediatamente 228 mil trabalhadores já sindicalizados. Se considerados aqueles que ainda não estão filiados, poderão ser atendidos até 513 mil profissionais, de acordo com as entidades.

O segurado que optar por solicitar a aposentadoria diretamente ao sindicato terá a documentação digitalizada por um profissional treinado pelo INSS. As imagens serão enviadas para técnicos do órgão, que farão a análise para uma eventual concessão.

ESTRATÉGIA

O acordos de cooperação fazem parte da tentativa do INSS de aumentar as opções de atendimento e, ao mesmo tempo, reduzir a espera para concessão de benefícios. "A intenção é melhorar o atendimento na agências para os segurados que mais precisam de orientação", disse o superintendente do INSS em São Paulo, José Carlos Oliveira.

Um segurado que pede uma aposentadoria por tempo de contribuição ao INSS espera, em média, 165 dias pelo resultado. Para a aposentadoria por idade, a espera média é de 116.

A ajuda ao trabalhador que pretende se aposentar já é oferecida por alguns sindicatos aos seus associados. Os novos acordos de cooperação com o INSS deverão, no entanto, melhorar essa prestação de serviço devido à integração com os sistemas da Previdência Social.

Nos sindicatos onde já existe a assessoria previdenciária, os associados recebem ajuda para enviar seus documentos ao INSS. Mas o serviço não é integrado, explica Antonio Fernandes dos Santos Neto, presidente do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo). "Foi uma surpresa positiva saber que o INSS estava disposto a trazer a sua tecnologia para dentro da estrutura do sindicato", disse Neto.

Além de sindicatos, os acordos de cooperação serão estendidos a grandes empresas e associações. A ideia é desburocratizar o processo para que a concessão dos benefícios saia mais rápido.

Fonte: Folha de S. Paulo