quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Banco do Brasil rejeita avanços no Plano de Carreira e aposta na gestão pelo medo

Na segunda rodada de negociação da pauta específica, realizada hoje (14), em Brasília, os representantes do Banco do Brasil se limitaram em provocar o Comando dos Bancários, os funcionários. Além de negar e não propor nada no que se refere ao PCR (Plano de Carreira e Remuneração), ao PCC (Plano de Cargos Comissinados), a PLR, o banco AMEAÇOU cortar direitos; no caso retirar do aditivo a trava contra descomissinamento. “O BB não se reuniu para negociar. O tom da rodada foi de intimidação, arrogância, intransigência. Apostam, no impasse, quando os sindicatos estão abertos ao diálogo. Porém, tudo tem limites. A provocação - ou seja, sem proposta alguma - nos remete ao embate. Estamos, com certeza, preparados”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava. Segundo ele, o Comando quer respostas para várias reivindicações; entre elas, plano de carreira com aumento no piso, nos interstícios e jornada de 6h para as funções comissinadas. E mais: critérios de ascensão mais claros e objetivos, como concurso interno e pontuação no TAO. “Sem falar nas questões de saúde, previdência, auxílio educação e nas pendências dos bancos incorporados, entre outras”.

Confira os principais pontos da segunda rodada.

Plano de Carreira e Remuneração

- Melhorar o PCR (Plano de Carreira e Remuneração) com a majoração do interstício na tabela por antiguidade (A1 - A12) para 6%, e com isso a amplitude aumentará para 1,90 (hoje é de 1,38);

- Todos os funcionários devem pontuar diariamente na carreira de mérito, enquadrando os caixas e escriturários nas faixas G1 a G4 de acordo com sua remuneração, com revisão no prazo de aceleração para que os funcionários possam atingir o final da carreira "M".

Plano de Cargos Comissionados

- Igualdade de oportunidades para as mulheres, com criação de regras para ampliar a presença de mulheres em cargos comissionados. Igualdade de oportunidades para negros e deficientes.

- Caixas - revisão da gratificação/comissão com unificação dos valores em todos os bancos, com dotação mínima de três caiex por agência, fim do PSO e Comissionamento automático de caixas após 90 dias de atuação.

- fim da lateralidade, com retorno do pagamento de todas as substituições.

- Revisão da pontuação do TAO da carreira dos egressos de bancos, considerando o histórico funcional com reconhecimento do tempo de serviço nos bancos incorporados, inclusive para efeito de contagem da carreira de mérito.

- Incorporação de 10% da comissão a cada ano de trabalho.

- Comissionamento: nomeação via provas de seleção interna.

- Reajuste da verba de aprimoramento profissional.

- Fim do modelo de segmentação BB 2.0 e da rotatividade de encarteiramento, que traz insegurança aos gerentes de contas.

- Fim da trava de dois anos para comissionamentos e transferências.

Funcionários oriundos de bancos incorporados optantes:

- Igualdade de oportunidade em comissionamentos para todos.

- Extensão dos direitos e benefícios do aditivo sem restrição aos não optantes.

- Desmembramento do VCPI, em VCP-I e VCP de VP, com revisão dos reajustes do VCP de VP do acordo de 2010.

- Direito de uso do PAS para todos.

PLR:

- Parcela com distribuição linear deve ser de 5% do lucro líquido sem limites.

- Módulo bônus para todos, inclusive para cedidos e afastados por licença saúde.

- Pagamento de parcela variável na PLR para atendentes de CABB, Auxad´s, etc. no mínimo igual a dos Caixas.

- Quantidade de salários paradigma para comissionados deve ser igual em todos os níveis comissionados.

- Vale Transporte: Garantir o uso de transporte intermunicipal.

- Criação do Auxilio Educação.

- Reajuste do valor das diárias de viagens a serviço e do valor do reembolso de combustível em caso de uso de automóvel próprio em 50% nos casos de serviços externos.

Próxima rodada: dia 20, em São Paulo. A primeira rodada aconteceu no último dia 9.


Fonte: Feeb-SP/MS - Contraf