A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi condenada a indenizar um empregado do Banco Postal que foi vítima de assalto à mão armada. A decisão foi da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho que considerou que a empresa não assegurou aos empregados de serviços bancários o necessário sistema de segurança.
O empregado, que atuava como gerente da agência, relatou no processo que sempre convivia com o desespero pela falta de segurança no local de trabalho e aterrorizado pelo medo de assaltos que são frequentes por causa da grande movimentação diária de dinheiro nas agências da empresa. Ele narrou ainda que em 2006 foi vítima de violento assalto à mão armada e, como consequência, passou a apresentar quadro de estresse pós-traumático, transtorno de pânico, ansiedade, insônia e depressão que repercutiram na vida familiar e emocional.
Como defesa, a ECT alegou que “a segurança dos cidadãos é atribuição do Estado, e não de particulares”, e que não havia “qualquer obrigação da ECT em ressarcir os danos causados quando os empregados ou clientes são assaltados em suas agências”. A defesa afirmou ainda que o assalto deveria ser visto como um caso fortuito, o que exclui o nexo de casualidade entre o evento e o dano, não havendo, pois, nenhuma obrigação contratual em ressarcir os danos causados aos empregados ou clientes dele provenientes.
O juiz convocado Sebastião Geraldo de Oliveira explicou que são evidentes os danos sofridos pelo trabalhador em decorrência do assalto à mão armada o que o deixou parcial e temporariamente incapaz de exercer suas funções. O juiz ressaltou ainda que é de responsabilidade da empresa arcar com os danos causados ao trabalhador e, por isso, determinou o pagamento de R$ 15 mil a título de indenização.
Redação, com informações do TST
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Cinco bancos cobram, e arrecada R$ 54 bilhões de tarifas, mas clientes não são beneficiados.
Os cinco maiores bancos do país arrecadaram, juntos, cerca de R$ 54 bilhões de janeiro a setembro deste ano com a cobrança de prestação de serviços e tarifas bancárias.
Os dados contábeis dos bancos revelam que o Banco do Brasil faturou R$ 13,215 bilhões. Já o Itaú Unibanco obteve R$ 14 bilhões e o Bradesco acumulou R$ 10,816 bilhões. A Caixa Econômica Federal alcançou R$ 9,3 bilhões e o Santander somou R$ 6,6 bilhões.
Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, os ganhos exorbitantes que essas instituições financeiras tiveram nos primeiros noves meses deste ano não refletem na prestação de serviços compatíveis com os valores cobrados.
Segundo Miguel, a automação dos serviços, em que o cliente se autoatende através dos canais remotos - caixa eletrônico, telefone e Internet -, deveria servir de parâmetro para a constante redução das tarifas praticadas pelas empresas.
"Como as plataformas tecnológicas já estão em funcionamento há muito tempo, os investimentos feitos pelos bancos são rapidamente cobertos. Deste momento em diante tudo se transforma em lucro. Os custos com atendimento remoto são infinitamente menores do que outros realizados presencialmente pelos bancários. Por isso, é necessário que essas tarifas sejam revistas e os valores sejam reduzidos gradativamente", sustenta Miguel.
Juros e spread
Os bancos usaram também a justificativa de que o aumento na arrecadação das tarifas se deu por conta da redução do spread. Porém, mesmo com a redução da Selic, a política adotada pelas empresas mostra exatamente o contrário. "Os bancos vem aumentando os juros e a participação dos lucros dentro da composição do chamado spread. Até mesmo o Banco Central publicou nota recente reclamando desta questão, argumentando de como se não fosse o próprio BC que autoriza esses custos", explica Miguel.
"Os bancos vem constantemente batendo recordes de lucratividade e aumentando a base de clientes e operações, mas seguem praticando juros altos, cobrando inúmeras tarifas e reduzindo custos operacionais, principalmente com o custo de pessoal e a rotatividade de mão de obra", completa.
Papel do Banco Central
O diretor da Contraf-CUT enfatiza que é também papel do BC e dos bancos divulgar o percentual dos reajustes das tarifas. Para Miguel, o período mínimo de seis meses entre cada reajuste, exigido pela regulamentação do órgão, facilita a política de arrecadação de tarifas praticada pelas empresas. "Quais outros contratos na economia tem periodicidade tão curta para reajustes?", questiona.
Cliente não é beneficiado
Para Miguel, enquanto os bancos lucram com as tarifas, os clientes e a população não são beneficiados com melhorias, seja no atendimento prestado nas agências e canais remotos, seja com redução do pacote de serviços.
"As cobranças pela oferta de serviços têm aumentado praticamente o dobro da inflação e os serviços prestados aos clientes não melhoram na mesma proporção. Pelo contrário, os bancos ampliam a terceirização, expõem os dados dos clientes - que são sigilosos -, e transferem o atendimento cada vez mais para fora das agências, seja via autoatendimento, seja para correspondentes bancários", sustenta Miguel.
"Além disso, em ambos os casos os bancos não garantem a segurança dos clientes e usuários. A lógica das empresas em holdings financeiras, ou seja, dos grandes conglomerados que prestam todos os tipos de serviços financeiros sob uma mesma Sociedade Anônima (S.A) também favorece a arrecadação de tarifas dentro do próprio grupo, através da prestação dos diversos serviços", conclui o dirigente da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT com Dieese
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Bancos ganham R$ 37,2 bilhões até setembro e lideram lucros no país
O setor bancário é o mais lucrativo do país em 2011, segundo levantamento da consultoria Economatica. Com um lucro acumulado de R$ 37,2 bilhões até setembro, as 23 empresas do setor com ações na Bolsa de Valores registraram um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado (quando tiveram ganhos de R$ 31,8 bilhões).
O segundo setor com o maior volume de lucros em 2011 é o de mineração (com R$ 29,5 bilhões).
O terceiro setor mais lucrativo é o de Petróleo e Gás, representado pela Petrobras, com R$ 28,3 bilhões.
As 335 empresas com ações na Bolsa de Valores acumulam lucro de R$ 151,1 bilhões no nove primeiros meses de 2011, uma alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Vale e Petrobras
A Vale foi a empresa mais lucrativa até setembro, ficando na frente da Petrobras. As vinte empresas com os maiores lucros no ano concentram 80,2% do total (R$ 121,3 bi).
No vermelho
Dos 25 setores listados pela Economatica, dois apresentam prejuízo nos nove primeiros meses do ano: papel e celulose e o de eletroeletrônicos.
Fonte: UOL Economia
O segundo setor com o maior volume de lucros em 2011 é o de mineração (com R$ 29,5 bilhões).
O terceiro setor mais lucrativo é o de Petróleo e Gás, representado pela Petrobras, com R$ 28,3 bilhões.
As 335 empresas com ações na Bolsa de Valores acumulam lucro de R$ 151,1 bilhões no nove primeiros meses de 2011, uma alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Vale e Petrobras
A Vale foi a empresa mais lucrativa até setembro, ficando na frente da Petrobras. As vinte empresas com os maiores lucros no ano concentram 80,2% do total (R$ 121,3 bi).
No vermelho
Dos 25 setores listados pela Economatica, dois apresentam prejuízo nos nove primeiros meses do ano: papel e celulose e o de eletroeletrônicos.
Fonte: UOL Economia
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Protesto contra demissões em São Paulo cobra emprego do Itaú Unibanco
Os bancários paralisaram uma das principais concentrações do Itaú Unibanco: o edifício Patriarca, no centro de São Paulo. O ato, nesta quarta-feira 16, foi em resposta às 62 demissões feitas pela empresa na segunda-feira 11 e que atingiu trabalhadores da Unidade de Suporte Jurídico, inclusive pessoas com deficiência.
De acordo com relatos de funcionários, o processo foi cruel. Grupos de pessoas eram informados em reuniões que estavam sendo dispensados por conta de uma reestruturação. Muitos foram às lágrimas. Outros chegaram a passar mal.
"Eles nem sequer tiveram chance de procurar outra vaga por meio do centro de realocação. Um verdadeiro absurdo cometido contra os funcionários e que se contrapõe ao discurso de boa empresa que o Itaú tenta vender aqui e em outros países em que atua ou pretende atuar", afirma o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis.
Durante a paralisação, a direção do Itaú marcou reunião com o Sindicato e a Contraf-CUT para a própria quarta-feira, na qual afirmou que se limitaria a estudar casos onde funcionários não poderiam ser demitidos, como lesionados ou que estavam iniciando férias.
"Não aceitamos essa postura e deixamos claro ao banco que vamos ampliar a mobilização não apenas por meio de protestos, mas denunciando aos organismos internacionais - inclusive aqueles onde o banco busca certificações - as práticas antissindicais e as demissões injustificadas apenas para economizar com salários", destaca o dirigente.
Para o diretor da Contraf-CUT e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, Jair Alves, "é inadmissível que os cortes ocorram num momento de cenário extremamente positivo para a empresa. Somente nos primeiros nove meses deste ano, o banco obteve lucro recorde de toda a história do sistema financeiro nacional. Foram R$ 10,9 bilhões, alta de 15,97% na comparação com o mesmo período de 2010", afirma.
Injustificável
Outro ponto levantado pelos representantes dos trabalhadores é o atual cenário em que vive o Itaú, entre eles pelo segundo ano consecutivo o de maior lucro líquido do sistema financeiro nacional nos primeiros nove meses e a premiação pelo Financial Times Sustainable Awards em reconhecimento às melhores políticas e práticas de sustentabilidade do setor financeiro.
"Nesse cenário seria impensável demitir qualquer trabalhador. E o pior de tudo é que o banco está contratando funcionários. Por que não reaproveitar os bancários? A única explicação que temos é que a empresa está sem comando. As gestões não se entendem e quem sofre é o funcionário. Isso tem de mudar e faremos tudo para que isso aconteça", acrescenta Daniel.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
De acordo com relatos de funcionários, o processo foi cruel. Grupos de pessoas eram informados em reuniões que estavam sendo dispensados por conta de uma reestruturação. Muitos foram às lágrimas. Outros chegaram a passar mal.
"Eles nem sequer tiveram chance de procurar outra vaga por meio do centro de realocação. Um verdadeiro absurdo cometido contra os funcionários e que se contrapõe ao discurso de boa empresa que o Itaú tenta vender aqui e em outros países em que atua ou pretende atuar", afirma o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis.
Durante a paralisação, a direção do Itaú marcou reunião com o Sindicato e a Contraf-CUT para a própria quarta-feira, na qual afirmou que se limitaria a estudar casos onde funcionários não poderiam ser demitidos, como lesionados ou que estavam iniciando férias.
"Não aceitamos essa postura e deixamos claro ao banco que vamos ampliar a mobilização não apenas por meio de protestos, mas denunciando aos organismos internacionais - inclusive aqueles onde o banco busca certificações - as práticas antissindicais e as demissões injustificadas apenas para economizar com salários", destaca o dirigente.
Para o diretor da Contraf-CUT e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, Jair Alves, "é inadmissível que os cortes ocorram num momento de cenário extremamente positivo para a empresa. Somente nos primeiros nove meses deste ano, o banco obteve lucro recorde de toda a história do sistema financeiro nacional. Foram R$ 10,9 bilhões, alta de 15,97% na comparação com o mesmo período de 2010", afirma.
Injustificável
Outro ponto levantado pelos representantes dos trabalhadores é o atual cenário em que vive o Itaú, entre eles pelo segundo ano consecutivo o de maior lucro líquido do sistema financeiro nacional nos primeiros nove meses e a premiação pelo Financial Times Sustainable Awards em reconhecimento às melhores políticas e práticas de sustentabilidade do setor financeiro.
"Nesse cenário seria impensável demitir qualquer trabalhador. E o pior de tudo é que o banco está contratando funcionários. Por que não reaproveitar os bancários? A única explicação que temos é que a empresa está sem comando. As gestões não se entendem e quem sofre é o funcionário. Isso tem de mudar e faremos tudo para que isso aconteça", acrescenta Daniel.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
LUCRO DE BANCOS COM SERVIÇOS E TARIFAS É DE R$38 BI ATÉ SETEMBRO
O lucro dos três maiores bancos do país com prestação de serviços e tarifas bancárias somou quase R$ 38 bilhões, de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados nos balanços contábeis do Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, referentes ao terceiro trimestre. Em relação a igual período do ano passado, quando o lucro com essas receitas chegou a R$ 34,1 bilhões, o crescimento foi 11,4%.
No caso do Banco do Brasil (BB), as receitas com prestação de serviços (cartão de crédito e débito, conta-corrente, administração de fundos e outros) e tarifas bancárias (pacote de serviços, operações de crédito, transferência de recursos e outros) chegaram a R$ 13,215 bilhões no período de janeiro a setembro deste ano, um crescimento de 11,4% em relação ao ano passado. Somente as receitas com cartão de crédito e débito do BB chegaram a R$ 2,337 bilhões e com pacotes de serviços, a R$ 1,979 bilhão.
O Itaú Unibanco apresentou receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias de R$ 13,960 bilhões, de janeiro a setembro de 2011, alta de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O balanço do Bradesco, divulgado recentemente, mostrou que as receitas com a prestação de serviços e tarifas chegaram a R$ 10,816 bilhões no acumulado até setembro deste ano, crescimento de 12,3%.
Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “não há grande alteração de padrão de comportamento” das receitas de prestação de serviços e tarifas. Essas receitas têm crescido ao ritmo de cerca de 14% ao ano, segundo levantamento da federação com os cinco maiores bancos e os de capital aberto, representantes de 82% dos ativos do Sistema Financeiro Nacional.
A explicação da Febraban é que esse ritmo de crescimento está relacionado ao aumento da inflação (6,97% em 12 meses encerrados em outubro) e à expansão dos negócios dos bancos. Segundo a entidade, o número de contas-correntes desses bancos cresceu em média 8% ao ano, nos últimos nove anos, e o de cartões de crédito, 17%.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Ritmo das cooperativas na concessão de crédito é maior que o dos bancos
O cooperativismo de crédito tem apresentado desempenho de depósitos e empréstimos em ritmo mais forte do que o verificado nas instituições financeiras. "A cada dia mais pessoas se conscientizam do potencial operacional das cooperativas no desenvolvimento social e econômico nas regiões de atuação", explica o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti.
O setor tem registrado evolução contínua, segundo ele, especialmente nos momentos de maior aperto de crédito, como aconteceu em 2008 e como ocorre agora com o repique da crise financeira, que afeta principalmente os Estados Unidos e os países da Europa. Giusti diz que o crédito é a força motriz para a geração de grande parte da riqueza brasileira e que quando o acesso aos recursos está difícil no Sistema Financeiro Nacional (SFN) os produtores buscam outras alternativas. "Nesses momentos o cooperativismo evolui."
Com base em números do Banco Central (BC), Giusti disse à Agência Brasil que os depósitos nas cooperativas aumentaram 16,25% no primeiro semestre deste ano, atingindo estoque de R$ 35 bilhões, enquanto no mercado financeiro como um todo a expansão foi 5,53%. Deste dinheiro, proveniente dos associados, R$ 33 bilhões foram emprestado pelas 1.370 cooperativas de crédito do país, que hoje contam com mais de 5,1 milhões de associados. A ampliação nos créditos do setor é 10,4%, ante 9,12% na rede bancária.
"Vivemos um momento favorável para o cooperativismo, que mantém bom desempenho nas regiões Sul e Sudeste e está se consolidando em Mato Grosso e em Rondônia", diz Giusti com base nos indicadores. Ele lamenta que o mesmo não aconteça, ainda, no Norte e no Nordeste, mas acredita que a tendência é aumento da conscientização dos benefícios do sistema cooperativo também naquelas regiões, na medida em que o Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) ampliar a atuação naquelas regiões.
Segundo ele, esse é um trabalho de formação e de informação que já está sendo feito, com palestras para sensibilizar as comunidades sobre os efeitos do cooperativismo. O trabalho do Sescoop já registra resultados, como a criação de 163 postos de atendimento cooperativo no primeiro semestre deste ano, em diferentes regiões. "Temos mais de 4,7 mil postos de atendimento no país, o que se constitui na segunda maior rede de acesso a créditos do Brasil, atrás apenas do Banco do Brasil, que dispõe de 5.087 agências e postos."
De acordo com o gerente da OCB, a maior capilaridade do sistema tem sido fundamental para o aumento da atuação do cooperativismo de crédito, que hoje conta com ativos superiores a R$ 78 bilhões e ampliou seu patrimônio para 14,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. "Somos uma parcela bem modesta", de apenas 2% do universo financeiro do país - constituído por bancos privados (43%), bancos públicos (34%) e bancos estrangeiros (21%) - "mas estamos crescendo em um ritmo mais forte que eles", destacou.
Os indicadores mostram, segundo ele, que o cooperativismo de crédito tem participação forte no desenvolvimento socioeconômico, em especial porque estimula o empreendedorismo local e auxilia na criação de oportunidades de negócio, na distribuição de renda e na inclusão financeira. Estímulo que tende a aumentar mais ainda, no seu entender, por causa da edição da Resolução 4.020 do BC, no início de setembro, que aumenta a capacidade de empréstimo das cooperativas centrais. "Isso certamente trará fortes reflexos para o crédito rural", com efeitos já na safra agrícola 2011/2012.
Fonte: Agência Brasil
Fim de ano: 60% dos brasileiros devem usar 13º salário para pagar dívidas
Seg, 07 de Novembro de 2011 17:28
Do UOL Economia, em São Paulo
Este ano, mais brasileiros pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas já existentes, em vez de comprar presentes.
Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), 60% dos entrevistados disseram que pretendem usar o 'salário extra' para pagar dívidas já contraídas --um aumento de 3 pontos percentuais em relação ao ano passado (57%).
De acordo com o estudo, isso aponta um maior endividamento dos consumidores, graças à redução da atividade econômica e da inflação mais elevada este ano.
Por outro lado, diminuiu o número de pessoas que pensam em gastar parte do 13º salário para comprar presentes neste fim de ano: passou de 19% em 2010 para 17% em 2011.
Para a Anefac, o movimento “demonstra maiores dificuldades e preocupações dos consumidores com os gastos neste ano”.
O levantamento ouviu 631 consumidores de todas as classes sociais.
O levantamento ouviu 631 consumidores de todas as classes sociais.
Dívidas: cartão de crédito e cheque especial
Quase 80% dos consumidores brasileiros que pretendem utilizar os recursos do 13º salário para quitar dívidas devem utilizar o abono para zerar as pendências com o cartão de crédito e o cheque especial.
Segundo a pesquisa da Anefac, 39% dos brasileiros que vão utilizar o dinheiro para pagar dívidas destinarão o benefício para suas pendências com cartão de crédito. Frente a 2010 (38%), houve um aumento de 1 ponto percentual.
Ainda entre os consumidores que decidiram usar o 13° para pagar suas contas em atraso, 37% pretendem regularizar as dívidas com cheque especial. Na comparação anual, houve alta de 1 p.p. nesse volume
Todos os usos
Confira, abaixo, para onde irá o décimo terceiro do consumidor em 2011.
Intenção de uso do décimo terceiro | ||
Opção | Respostas 2011 | Respostas 2010 |
Pagamento de dívidas já contraídas | 60% | 57% |
Parte para a compra de presentes | 17% | 19% |
Poupar e aplicar parte para fazer frente às despesas de início de ano | 12% | 12% |
Parte para a compra e reforma da casa | 2% | 3% |
Já usaram ao longo do ano ou fizeram empréstimo de antecipação do 13º | 6% | 6% |
Pretendem poupar parte que sobrará | 3% | 3% |
Fonte: Anefac |
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Terceirizada conquista direitos da categoria bancária. Trabalhadora prestava serviço de custódia de cheques para a Transpev. Ação movida pelo Sindicato se arrastou por 11 anos
Após 11 anos, justiça feita para uma terceirizada da extinta Transpev. Rosemeire dos Santos conseguiu ser reconhecida como bancária e receber os direitos antes negados pelo Santander, em ação movida pelo Sindicato. O valor recebido não foi divulgado pela trabalhadora.
A Transpev, que hoje não existe mais, prestava serviços terceirizados de custódia de cheques para o banco Noroeste, incorporado pelo Santander. À época, de acordo com Rosemeire, além de fazer a compensação de cheques, ela ainda era subordinada diretamente ao gerente e chegou a desempenhar outras tarefas típicas de bancário durante dois anos. A terceirizada lembra, ainda, que em um determinado período do contrato de trabalho teve os benefícios cortados pela empresa.
Em 1999, Rosemeire foi demitida. No ano seguinte, orientada pelo Sindicato, entrou com ação individual na Justiça cobrando a equiparação. “Demorou a vir o reconhecimento, mas eu sempre acreditei que daria certo e, deu. Hoje, eu digo que valeu a pena. Deus faz tudo na hora certa e essa ação que ganhei veio em boa hora”, diz a trabalhadora, contando que, com o dinheiro, vai ajudar o marido a investir em um novo trabalho.
Rosemeire incentiva os trabalhadores a entrar na Justiça e cobrar pelos direitos devidos. “Pra mim foi uma grande conquista. E isso só comprova que não devemos aceitar as imposições do banco e ficar calados. Temos de cobrar e, se o que exigimos for justo, seremos recompensados.”
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
BANCO DO BRASIL - Gastos com aprimoramento serão ressarcidos
Seg, 07 de Novembro de 2011 11:41 |
Funcionários do Banco do Brasil já podem solicitar reembolso até 16 de dezembro São Paulo – Os trabalhadores já podem solicitar ao Banco do Brasil, por intermédio do Programa de Aprimoramento dos Funcionários, o reembolso com gastos em congressos, seminários, certificações, cursos, livros, periódicos, assinaturas de internet e pagamento de mensalidades do clube dos funcionários (AABBs) até o limite anual de R$ 215. O valor foi estabelecido na Campanha Nacional Unificada 2011 e o direito pode ser exercido até 16 de dezembro, devendo ser apresentados documentos que comprovem as despesas às agências e departamentos. “O programa do banco agora é um direito registrado em acordo com os trabalhadores e vira referência para o futuro. Aumenta, assim, a proteção do programa contra tentativas de redução ou extinção no caso de mudanças na gestão da empresa que muitas vezes promove ameaças de retirada de direitos como vimos na Campanha Nacional e que só foi evitado com a nossa mobilização”, afirma Claudio Luis de Souza, diretor do Sindicato. “Com o acordo, vamos lutar sempre para manter e avançar o reembolso do programa de aprimoramento.” Redução da trava – Outro direito que já pode ser exercido pelos escriturários é a redução, de dois anos para um ano, da trava para concorrência a comissões. A conquista também resultou da mobilização da categoria na Campanha 2011. “O banco informou que o sistema já está adaptado. Todos os trabalhadores desejam valorização profissional e a conquista ajudará parte importante dos funcionários do BB”, completa Claudio. |
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Bancos ganham R$ 34 bi em nove meses. Total é a soma dos resultados do Bradesco, Santander, Itaú e BB
São Paulo - As argumentações apresentadas pelos bancos nas negociações da Campanha Nacional Unificada deste ano – de que não poderiam dar aumento real, valorizar os pisos ou pagar PLR maior para a categoria – foram todas refutadas pelo Comando Nacional dos Bancários que apontava os excelentes resultados do setor. Os números divulgados nas últimas semanas reforçam que os trabalhadores estavam certos, novamente, em não abrir mão de suas reivindicações.
Os lucros líquidos somados das quatro maiores instituições financeiras do país – Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil – nos primeiros nove meses deste ano ultrapassa a cifra dos R$ 34,3 bi.
O recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, de acordo com a consultoria Economática, é de novo do Itaú Unibanco. Nos primeiros nove meses, o lucro líquido foi de R$ 10,9 bi, 15,97% maior que em 2010, sendo que R$ 3,8 bi foram apurados apenas no terceiro trimestre deste ano, um crescimento que chega a 25,5% em relação a igual período do ano passado.
Com o segundo melhor resultado, o Banco do Brasil apresentou em seu balanço o lucro líquido de R$ 9,2 bi em nove meses, 18,9% maior em comparação ao do mesmo período do ano passado, sendo que R$ 2,9 bi foram obtidos apenas no terceiro trimestre.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 8,3 bi, crescimento de 18,2% em relação ao ano passado. No terceiro trimestre, quando apurou R$ 2,8 bi, o aumento foi de 11,4%.
Já o Santander teve lucro líquido de R$ 5,9 bi nos primeiros nove meses, alta de 9% em relação a igual período de 2010.
Os lucros líquidos somados das quatro maiores instituições financeiras do país – Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil – nos primeiros nove meses deste ano ultrapassa a cifra dos R$ 34,3 bi.
O recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, de acordo com a consultoria Economática, é de novo do Itaú Unibanco. Nos primeiros nove meses, o lucro líquido foi de R$ 10,9 bi, 15,97% maior que em 2010, sendo que R$ 3,8 bi foram apurados apenas no terceiro trimestre deste ano, um crescimento que chega a 25,5% em relação a igual período do ano passado.
Com o segundo melhor resultado, o Banco do Brasil apresentou em seu balanço o lucro líquido de R$ 9,2 bi em nove meses, 18,9% maior em comparação ao do mesmo período do ano passado, sendo que R$ 2,9 bi foram obtidos apenas no terceiro trimestre.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 8,3 bi, crescimento de 18,2% em relação ao ano passado. No terceiro trimestre, quando apurou R$ 2,8 bi, o aumento foi de 11,4%.
Já o Santander teve lucro líquido de R$ 5,9 bi nos primeiros nove meses, alta de 9% em relação a igual período de 2010.
Rentabilidade – De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a rentabilidade média sobre o patrimônio líquido anualizado (setembro de 2010 a setembro de 2011) das quatro instituições financeiras chega a 21%. A maior foi verificada no Banco do Brasil (22,6%), seguido de Itaú (22,5%), Bradesco (22%) e Santander (16,9%).
“Isso mostra que estávamos corretos de manter a mobilização forte para assegurar a valorização do poder de compra da categoria”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Esses resultados indicam também que é possível que a campanha seja resolvida na mesa de negociação, sem que os bancários tenham de utilizar seu direito constitucional de ir à greve.”
“Isso mostra que estávamos corretos de manter a mobilização forte para assegurar a valorização do poder de compra da categoria”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Esses resultados indicam também que é possível que a campanha seja resolvida na mesa de negociação, sem que os bancários tenham de utilizar seu direito constitucional de ir à greve.”
ANIVERSARIANTES DO MÊS DE NOVEMBRO 2011
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Pres. Venceslau e Região, através de sua Diretoria parabeniza a todos por esta data festiva.
Dia | Associado | Agência | Cidade |
01 | Abdul Nasser Salem | Banco Itaú Unibanco | Presidente Epitácio |
01 | Rafael Colauto | Bradesco | Presidente Venceslau |
09 | Keisy Sander Almeida Pinotti | Banco Santander | Presidente Venceslau |
10 | Maximilia Dornellas de Oliveira | Caixa Econômica Federal | Presidente Epitácio |
10 | Altair Candido de Araujo | Caixa Econômica Federal | Presidente Epitácio |
12 | Thiago Botton Monteiro | Banco Santander | Presidente Venceslau |
15 | Sergio Luiz Furlan | Banco Itaú Unibanco | Presidente Epitácio |
17 | Rodolfo Gsellmann | Banco do Brasil | Piquerobi |
18 | Elaine Gonçalves Letroche | Banco do Brasil | Presidente Epitácio |
19 | Edilson Sala | HSBC | Presidente Venceslau |
20 | Manoel Borges da Silva | Banco Itaú Unibanco | Presidente Venceslau |
20 | Francieli Zagonel | Banco Santander | Primavera |
21 | Matilde Miyuki Sato Shiraiwa | Banco do Brasil | Presidente Venceslau |
23 | Regiane Brito Stefan | Banco do Brasil | Presidente Venceslau |
26 | José Luiz Pinho Alves | Banco Santander | Primavera |
27 | José Valter Barreto | Banco do Brasil | Presidente Venceslau |
27 | Bianca Lobo de Siqueira Benicio | Banco Itaú Unibanco | Presidente Venceslau |
29 | Jorge Henrique da Silva Nascimento | Banco do Brasil | Marabá Paulista |
30 | Patrícia Vilhoni | Bradesco | Presidente Venceslau |
30 | Meire dos Santos de Freitas | Banco Santander | Primavera |
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