sexta-feira, 27 de julho de 2012


Contraf-CUT e CNTV defendem mais investimentos dos bancos na segurança

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Categoria: Noticias
Publicado em Terça, 24 Julho 2012Escrito por Super User
Rede Comunicação dos Bancários
Alan de F. Brito e Maricélia Franco 
Pela primeira vez uma Conferência Nacional dos Bancários teve um painel para discutir especificamente segurança bancária. O tema foi debatido na tarde desta sexta-feira, dia 20, e contou com a participação do coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, e do presidente da CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes), José Boaventura.
Ademir fez uma exposição com números de pesquisas nacionais feitas em conjunto pelas duas entidades, focando dados da violência que afetam trabalhadores e clientes dos bancos. Boaventura analisou as principais lutas travadas por mais segurança, na busca da proteção da vida das pessoas.
Para eles, o cenário de descaso dos bancos torna necessária a ampliação da discussão sobre o tema e a pressão para que haja mais investimentos em segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 50,7 bilhões em 2011, mas os investimentos em segurança e vigilância somaram apenas R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com os lucros.
Conforme Boaventura, "o investimento em segurança feito pelos bancos é para a segurança do dinheiro, não das pessoas". "Agência bancária é um local de risco e é preciso responsabilizar os bancos pela segurança dos bancários, vigilantes e clientes", completou Ademir.
Mortes
Pesquisa nacional de mortes e assaltos envolvendo bancos, realizada pela CNTV e Contraf-CUT e divulgada nesta quinta-feira, 19, demonstra que 27 pessoas foram assassinadas no primeiro semestre de 2012, uma média de 4 vítimas fatais por mês, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes.
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime conhecido como "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1). Segundo Boaventura, esse crime é originado dentro do banco, e deve ser combatido por meio da utilização de biombos e divisórias entre as filas e os caixas. 
Foi destacada também a estatística da Febraban que mostra a redução de assaltos após instalação da portas de segurança a partir do final dos anos 1990. O número caiu de 1.903 em 2000 para 369 em 2010. "No entanto, houve um aumento para 422 ocorrências em 2011, ano em que o Itaú retirou portas giratórias nas reformas das agências e o Bradesco inaugurou unidades sem esse equipamento e muitas com número insuficiente de vigilantes, o que é inaceitável", denunciou Ademir.
Atualização da Lei Federal 7.102/83
Para os painelistas, todos os dados apresentados reforçam a necessidade de atualização da legislação federal de segurança que se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Foi citado que o Ministério da Justiça está elaborando um projeto de lei que cria o Estatuto da Segurança Privada, ouvindo as entidades que integram a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), a fim de atualizar a Lei nº 7.102/83.
"Precisamos de um estatuto de segurança privada sim, mas com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes", disse Boaventura. " Queremos a obrigatoriedade das portas giratórias nas agências e postos de atendimento", salientou Ademir.
Mais parcerias entre bancários e vigilantes
O aumento das parcerias entre bancários e vigilantes foi reforçado durante o painel. Ademir defendeu a ampliação da luta por mais segurança e a unificação da data-base para unir ainda mais as lutas das categorias e aumentar as conquistas. 
Para Boaventura, a parceria é importante. "É preciso também ampliar legislações municipais que preencham os vácuos da legislação federal. Além disso, é necessário trazer a opinião pública para a discussão, já que o debate é também de interesse da população", complementa. 
Boaventura defendeu ainda que os vigilantes que trabalham em agências bancárias sejam preparados especificamente para atender o setor financeiro. Outra demanda levantada é a responsabilidade pelo guarda das chaves das agências. "O porte da chave pelo vigilante fora do expediente é um perigo tanto para o vigilante, quanto para o bancário. Não queremos essa responsabilidade", destacou.
Mesa temática
Na próxima mesa temática de segurança bancária com os bancos, a ser realizada no próximo dia 30 de julho, a Fenaban apresentará a estatística de assaltos a agências e postos no primeiro semestre desse ano. Além disso, a Contraf-CUT pautou o debate sobre os sequestros, buscando medidas de prevenção contra esse crime que, além de traumatizar, tem causado a demissão de muitos bancários.
Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil abusa de clientes e funcionários.



Para o movimento sindical trata-se de uma prática institucionalizada pelo banco em todo país
São Paulo – A denúncia de prática abusiva contra clientes do Banco do Brasil, feita por um ex-gerente do banco de Juiz de Fora em Minas Gerais não é um caso isolado e nem pontual. O bancário Orlando Ângelo da Silva, que tornou o escândalo público ao participar de uma audiência no dia 17 de julho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, disse que foi obrigado a implantar pacotes indiscriminados de serviços, sem que houvesse consentimento dos clientes.
O funcionário do Banco do Brasil relatou que houve perseguição em consequência da negativa de fornecer acesso a sua senha com o objetivo de incluir serviços na conta dos clientes. “Sofri assédio e me vi obrigado a sair do banco após 28 anos”, afirmou. Além de Orlando, mais 20 gerentes foram penalizados com perda de comissão.
Em São Paulo, um caso semelhante também teve repercussão e motivou prática de assédio moral e perseguição aos trabalhadores.
Na agência USP, funcionários denunciaram à Gepes (Gestão de Pessoas) que eram forçados a implantar pacotes de serviços pela gerente da agência e impedir que fossem quitados empréstimos de clientes. Diante do questionamento feito por representantes dos trabalhadores, a resposta era que apenas cumpria ordem da superintendência do BB de SP.
Fonte: Seeb Jau-SP

Assembleia dia 31 vota pauta.
Conheça as principais reivindicações


- Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%)
- PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 
- Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
- Auxílio-refeição, vale-alimentação e cesta equivalente (cada um) ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
- Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
- Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
- Mais segurança nas agências e postos bancários.
- Previdência complementar para todos os trabalhadores.
- Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração. 
- Igualdade de oportunidades.


SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE PRES.  VENCESLAU E REGIÃO
Rua Antonio Marques da Silva n° 2.245 – Jd. Morada do Sol – CEP 19400-000
Fone: 018-3271-36-000 – Fax: 018-3271-5950 – CNPJ: 53.308.524/0001-00 –
Presidente Venceslau SP - email: seebpv@terra.com.br



  
EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Presidente Venceslau e Região, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 53.308.524/0001-00, Registro sindical nº 24440-019065/90-00, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato: Presidente Venceslau, Caiuá, Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Piquerobí, Presidente Epitácio, Primavera, Rosana, Santo Anastácio e Teodoro Sampaio, para a Assembléia Geral  Extraordinária   que  se   realizará dia 31/07/2012, às 19h, em primeira convocação, e às 20h, em segunda convocação, no endereço à Rua Antonio Marques da Silva nº 2.245, Jardim Morada do Sol, CEP 19400-000, Presidente Venceslau-SP, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1. Autorizar à diretoria para realizar negociações coletivas, celebrar convenção coletiva de trabalho, convenções/acordos coletivos aditivos, bem como convenção/acordos de PLR e, frustradas as negociações, defender-se e/ou instaurar dissídio coletivo de trabalho, bem como delegar poderes para tanto;
      
2. Deliberar sobre aprovação da minuta de pré acordo de negociação e minuta de reivindicações da categoria bancária 2012/2013 definida na 14ª Conferência Nacional dos Bancários;

3. Deliberar sobre desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada;

Presidente Venceslau-SP, 26 de julho de 2012.




SIDNEI DE  PAULA CORRAL
Presidente

Santander lucra R$ 1,46 bilhão no 2º trimestre, mas fecha 135 empregos.


O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (26) lucro líquido de R$ 1,464 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 17,1% ante o primeiro trimestre. Já no primeiro semestre, o ganho foi de R$ 3,230 bilhões, recuo de 4,3% em relação a igual período do ano passado, conforme o padrão contábil brasileiro (BR Gaap). A filial brasileira respondeu por 26% do resultado do Santander em todo mundo.

O banco também divulgou o resultado segundo o padrão contábil internacional, o IFRS. O Santander Brasil apurou lucro líquido consolidado de R$ 1,459 bilhão no segundo trimestre, o que representa uma queda de 15,3% diante do primeiro trimestre deste ano. Já o ganho do primeiro semestre atingiu R$ 3,182 bilhões, um recuo de 4% em relação ao mesmo período de 2011.

Corte de empregos

Apesar do lucro bilionário, o Santander fechou empregos no Brasil. O banco cortou 135 vagas no segundo trimestre. No final do primeiro trimestre, o quadro era de 55.053 funcionários, sendo reduzido agora para 54.918.

"É injustificável a redução de empregos no Santander, seguindo o mau exemplo do Itaú, do HSBC e do Bradesco, mostrando também falta de compromisso com o desenvolvimento do Brasil", afirma o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. 

"Apesar do desaquecimento da economia, o país está crescendo e a geração de empregos precisa ser assumida pelo sistema financeiro como contrapartida social, contribuindo para incentivar a produção e o consumo", destaca.

"Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano", aponta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Provisões disparam e reduzem lucro

O resultado foi muito afetado pelas provisões para devedores duvidosos (PDD), que são feitas para cobrir possíveis perdas com inadimplência e, como entram na condição de despesa no balanço, acabam por diminuir o lucro.

As despesas com créditos duvidosos, descontados os valores que foram recuperados, subiram no primeiro semestre para R$ 6,899 bilhões: alta de 47% em relação às do mesmo período de 2011 e de 23,2% na comparação com a do primeiro trimestre deste ano. 

Já a inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,9% em junho, com aumento de 0,4 ponto percentual no segundo trimestre e de 0,6 ponto percentual na comparação com a do primeiro semestre do ano passado. 

"Enxergamos que a inadimplência pode estar no pico e com possibilidade de estabilização a partir do terceiro trimestre", explicou o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela. "É a mesma situação de crédito apontada pelos nossos concorrentes nos últimos dias", alegou. 

O índice de Basileia do Santander terminou o segundo trimestre em 21,9%, abaixo dos 27% do mesmo período do ano passado.

Lucro mundial cai pela metade

Já o lucro mundial do Santander caiu pela metade após ter feito baixa contábil de desvalorizados ativos imobiliários espanhóis, apesar de os depósitos na Espanha terem saltado durante o período. 

O banco espanhol teve lucro líquido de 1,7 bilhão de euros após a baixa contábil de 2,78 bilhões de euros em ativos imobiliários espanhóis. O lucro para o período antes das provisões foi de 3 bilhões de euros. 

A instituição sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino Unido. A América Latina respondeu por metade do lucro global do Santander.

Espanha

O Santander informou que na Espanha teve um lucro líquido de 100 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, queda de quase 93% em comparação com o 1,39 bilhão de euros apurado no mesmo período do ano anterior.

Os ganhos foram impactados com provisões contra perdas imobiliárias em seu mercado doméstico. O Santander reservou 1,304 bilhão de euros para cobrir perdas em sua exposição ao mercado imobiliário espanhol. 


Fonte: Contraf-CUT com agências de notícias

Itaú lucra R$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 mil empregos em um ano.

  
Entre junho de 2011 e junho deste ano o Itaú fechou 9.014 postos de trabalho (8,8% do quadro de funcionários), dos quais 3.777 apenas no segundo trimestre de 2012, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira 24 pelo maior banco privado do país. O brutal corte de empregos ocorreu mesmo com o lucro líquido de R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, que representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011. 

"É inadmissível que um banco com esse resultado gigantesco, que não enfrenta nenhum problema, demita tantos trabalhadores, como também estão fazendo o Bradesco e o HSBC. É uma política socialmente irresponsável, que joga contra o desenvolvimento e os interesses do país", acusa Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano."

Compare aqui os balanços do Itaú nos primeiros semestres de 2011 e 1012. 

O lucro do semestre seria ainda maior se o Itaú não tivesse aumentado em 26,7% as despesas para provisões para crédito de liquidação duvidosa, no comparativo entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, chegando a R$ 12 bilhões. Essas provisões representam 38 vezes o aumento de 0,7% na inadimplência registrada pelo banco no mesmo período.

"Seguindo a mesma política do Bradesco, que divulgou o balanço na segunda-feira, o Itaú eleva de forma descabida as provisões para créditos duvidosos em relação à inadimplência real. Esse é um truque manjado dos bancos para maquiar o balanço", denuncia Carlos Cordeiro. 

"Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensionando as provisões para uma inadimplência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justificar as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos", acrescenta Carlos Cordeiro. "E com isso ainda reduzem a distribuição de PLR aos trabalhadores."

Receitas com tarifas crescem

Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita de prestação de serviços aumentou em 8,17% nesse período (para R$ 7,2 bilhões), o que significa que apenas com essa rubrica o Itaú paga uma vez e meia todas as despesas de pessoal. As rendas com tarifas bancárias cresceram ainda mais: 16,06%.

"Ou seja, a exemplo do Bradesco a redução da taxa Selic também no Itaú não teve efeitos. O banco não baixou os juros e ainda aumentou as tarifas, afrontando os esforços do governo de reduzir o custo do crédito e realizando um verdadeiro saque de toda a população", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 24 de julho de 2012

Emprego no setor bancário é 70% do total há duas décadas, aponta Dieese.

 
O total de 508 mil empregos existentes hoje no setor bancário brasileiro, embora tenha crescido ao longo de toda a última década, representa apenas 69,4% do que o setor tinha em 1990. Os dados fazem parte de um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada no domingo (22) em Curitiba.

Em 1990, havia 732 mil bancários no país. Esse total caiu 46,3% até 1999, quando chegou a 393 mil vagas - uma redução de 339 mil postos de trabalho. Após uma oscilação positiva em 2000, o número voltou, em 2001, ao mesmo patamar de 393 mil vagas. "Durante a década de 1990, esse estoque [de empregos nos bancos] teve queda, especialmente devido ao processo de reestruturação produtiva que atingiu diversos setores da economia brasileira no período", diz o estudo do Dieese.

De 2002 a 2011, por dez anos consecutivos, o total de empregos em bancos apresentou um crescimento contínuo. As 508 mil vagas, registradas no final do primeiro trimestre, representam uma recuperação de 115 mil postos de trabalho em relação a 2001, um crescimento de 29,3% ao longo de pouco mais de uma década.

"A queda do número de empregos bancários, na década de 90, deve-se, principalmente, ao processo de terceirização de serviços, como os de tecnologia e vigilância, uma forma que os bancos encontraram para reduzir custos", disse à Agência Brasil o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro. "Já a recuperação de parte dos postos de trabalho nos últimos anos deve-se também à pressão da sociedade, porque os clientes se deparam com poucos bancários nas agências."

Na última sexta-feira (20), o Dieese divulgou balanço segundo o qual o ritmo de abertura de vagas caiu 83,3% nos primeiros três meses de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano, o saldo positivo foi 1.144 vagas. 

"Os postos criados este ano foram resultado da contratação de novos bancários pela Caixa Econômica Federal, que abriu 1.396 novos postos", afirma o Dieese. "Sem essa participação, o saldo do emprego bancário no período [primeiro trimestre de 2012] teria sido negativo."

Campanha Nacional 2012

Mais de 600 bancários, que participaram como delegados da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, aprovaram no domingo a pauta de reivindicações deste ano da categoria, que possui uma convenção coletiva de trabalho de alcance nacional. A data-base dos bancários é 1º de setembro.

Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 10,25%, o que inclui 5% de aumento real, fim da rotatividade e da terceirização, piso de R$ 2,4 mil, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais participação nos lucros e mais segurança nas agências e postos de atendimento.

Nos últimos oito anos, os bancários obtiveram 13,9% de aumento real. Apesar disso, a média salarial da categoria cresceu apenas 3,6% no mesmo período, de R$ 4,2 mil, em 2004, para R$ 4,4 mil, em 2011. A categoria culpa a rotatividade por esses números. Os bancos, segundo os bancários, estariam trocando profissionais com salários mais altos por novos empregados com menor remuneração. Entre 2004 e 2011, o lucro dos maiores bancos subiu de R$ 23,3 bilhões para R$ 53,4 bilhões.

Negociações

A categoria entregará sua pauta de reivindicações no próximo dia 1º de agosto para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A primeira reunião de negociação está marcada para os dias 7 e 8 do mesmo mês. 

"Nossa expectativa é a de que os bancos apresentem uma proposta satisfatória, já que a rentabilidade anual do setor é 23% sobre o patrimônio, o que significa dizer que os bancos dobram de tamanho a cada três anos", diz Cordeiro.

Perguntado se há perspectiva de greve da categoria para este ano, o presidente da Contraf afirmou que o calendário ainda não prevê paralisações. "Teremos agora um processo de negociação e vamos mobilizar a categoria. Só iremos falar em greve se não houver proposta patronal ou então se ela for insatisfatória", disse Cordeiro.


Fonte: Agência Brasil

Bradesco aumenta lucro para R$ 2,8 bi no trimestre, mas fecha 571 empregos.

  
O Bradesco fechou 571 postos de trabalho no segundo trimestre de 2012, apesar de registrar lucro líquido de R$ 2,867 bilhões no período, um crescimento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira 23 pelo segundo maior banco privado do país. No semestre, o lucro líquido já chega a R$ 5,72 bilhões. 

O lucro líquido aumentou mesmo com a elevação em 39,8% das provisões para créditos de liquidação duvidosa, que saltaram de R$ 2,43 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 3,40 bi no mesmo período de 2012 - embora o índice de inadimplência superior a 90 dias tenha crescido apenas 0,5%. 

O número de empregados diminuiu de 105.102 em março deste ano para 104.531 em junho, com fechamento de 571 postos de trabalho. "Assim como o Itaú e o HSBC, o Bradesco fechou empregos, o que precisa ser denunciado e virar também mobilização. Isso reforça a luta pelo emprego na Campanha Nacional", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Ao elevar de forma descabida as provisões para créditos duvidosos, uma vez que ela não têm nenhuma relação razoável com a inadimplência real, o Bradesco está usando o velho truque de maquiar o balanço para reduzir o lucro líquido e assim tentar justificar demissões e diminuir a distribuição de PLR aos bancários", critica Carlos Cordeiro.

Os ativos totais do banco ficaram em R$ 830,5 bilhões, um crescimento de 20,5% em 12 meses e de 5,2% ante o primeiro trimestre. Essa expansão foi puxada pela evolução da carteira de títulos e valores mobiliários, que dão lastro às operações de tesouraria. O estoque desses papéis teve alta de 39,4% em 12 meses, para R$ 322,5 bilhões, bastante superior à expansão do crédito. Em três meses, a variação foi de 9,3%.

Receitas com tarifas crescem, crédito se retrai

As receitas do Bradesco com cobrança de tarifas bancárias cresceram 6,83% no segundo trimestre comparado com o primeiro e 20,27% em relação ao mesmo período de 2011.

Já as operações de crédito aumentaram em apenas 3,49% no segundo trimestre em relação ao primeiro e em 11,3% comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Ao divulgar o balanço, o Bradesco previu que a expansão de sua carteira de crédito para 2012, que anteriormente estimava entre 18% a 22%, deverá diminuir e ficar entre 14% a 18%.

"Esse é outro truque dos bancos que precisa ser desmascarado para a sociedade. Utilizam um aumento insignificante da inadimplência para chantagear a sociedade brasileira e dessa forma justificar as tarifas, spreads e juros mais altos do mundo, além de reduzir a expansão da oferta de crédito", acrescenta Carlos Cordeiro. 

"A redução da Selic não teve efeitos no Bradesco, que não reduziu juros e ainda subiu tarifas. A sociedade brasileira não pode continuar aceitando esse terrorismo. O sistema financeiro nacional está mais sólido do que nunca e os lucros continuam crescendo de forma escandalosa. Não há nenhuma justificativa para demissões, enxugamento do crédito e manutenção desse nível escorchante de tarifas e juros", salienta o presidente da Contraf-CUT.

"Com esse corte inaceitável de vagas, vamos incluir também o Bradesco na agenda de mobilização contra as dispensas e a rotatividade, a exemplo do Itaú e do HSBC. Além disso, vamos reforçar ainda mais a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários 2012", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Bancários querem reajuste de 10,25%, PLR e piso maiores e mais empregos.

Os 629 delegados (428 homens e 201mulheres) e 43 observadores de todo o país que participaram da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Curitiba, aprovaram na plenária final deste domingo 22 a pauta de reivindicações da Campanha 2012, que inclui reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além de mais contratações e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral. Os delegados também aprovaram como bandeira política a construção de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade possa discutir e definir qual o papel que os bancos devem desempenhar no país.
A pauta de reivindicações será entregue à Fenaban no dia 1º de agosto. E já estão marcadas as duas primeiras rodadas de negociação, nos dias 7 e 8 e 15 e 16.
A Conferência também decidiu intensificar a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas para todos, pela contratação da remuneração total do bancário e pela ampliação da campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços financeiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profissionais bancários, de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário.
O diretor da Feeb-SP/MS e membro do Comando Nacional, Aparecido Roveroni, avalia que a delegação da Federação teve uma participação efetiva e que todos estavam bem preparados para a Conferência Nacional. “Os encontros regionais e a Interestadual que realizamos possibilitaram que os bancários se preparassem previamente para os debates, de forma que conseguimos aprovar a maioria das propostas da nossa base”.
Também membro do Comando Nacional e secretário-geral da Feeb-SP/MS, Jeferson Boava avalia que a definição da pauta de reivindicações foi apenas o cumprimento de uma etapa, e que agora é importante mobilizar e organizar a categoria para as novas jornadas de luta. “Fechamos a pauta. O passo seguinte é a aprovação em assembleia e posterior entrega à Fenaban. Porém, não basta concluir essa etapa de construção da pauta. É imperativo agora levar novamente o debate para dentro dos Bancos e organizar a categoria para novas jornadas de luta, com grande mobilização. A unidade de ação, com respaldo dos bancários dos setores público e privado, será decisiva na mesa de negociação com a Fenaban”.
O diretor João Analdo registra e agradece a dedicação dos 61 delegados que estiveram representando a Federação na 14ª Conferência Nacional. “É visível a evolução e garra dos nossos dirigentes na luta para melhorar a vida e condições de trabalho do bancário”.



As principais reivindicações

* Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%.

* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

* Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).

* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.

* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

* Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

* Mais segurança nas agências e postos bancários.

* Previdência complementar para todos os trabalhadores.

* Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração.

* Igualdade de oportunidades.

Fonte: Feeb-SP/MS

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Após pressão dos bancários, Santander abre Portal de RH para afastados

  
Após várias reivindicações da Contraf-CUT, sindicatos e federações, o Portal de RH do Santander passou por alterações e, a partir de 6 de agosto, funcionários que não estão na ativa - como afastados por licença-maternidade, auxílio-doença e dirigentes sindicais - passarão finalmente a ter acesso às informações no site do banco.

As primeiras mudanças para melhorar o acesso aos dados do portal já ocorrem em 30 de julho.

A diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, lembra que, atualmente, não é possível acessar informações pessoais no portal, como atualizar cadastro, verificar demonstrativos de pagamento, informe de rendimento, dados sobre plano de saúde entre outras informações. 

"O trabalhador que não está na ativa precisa ir até uma agência ou departamento do Santander. Isso porque só é possível acessar o portal por meio da intranet do banco. Esse trâmite atrapalha tanto o funcionário afastado quanto o bancário, que precisa colaborar com o trabalhador para que possa acessar as informações a partir do seu login na agência, é uma situação constrangedora", explica a dirigente.

A partir das mudanças previstas pelo banco, o funcionário terá acesso de qualquer computador, mesmo fora das unidades do Santander. Na primeira semana de agosto os bancários que não estão na ativa receberão em suas residências correspondência com login e senha de acesso.

A página permanecerá com os links da Contraf-CUT e do Sindicato.

Avanços necessários 

Maria Rosani avalia como um progresso o acesso às informações de fora das unidades pelos funcionários afastados. No entanto, critica o fato de que novas oportunidades do quadro de carreira não estarão acessíveis para esse público.

"Continuaremos lutando pelo aperfeiçoamento dessa ferramenta, e que ela seja mais igualitária possível para todos os trabalhadores do Santander", conclui.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Oito bancos são multados em R$ 1,174 milhão por falhas na segurança.

  
Crédito: Aguinaldo Azevedo - Contraf-CUT
Aguinaldo Azevedo - Contraf-CUTBanco do Brasil foi o campeão das multas na 94ª reunião da CCASP

A Polícia Federal multou nesta quarta-feira (18) oito bancos em R$ 1,174 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança,, durante a 94ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. Uma agência do Itaú, em Estação Experimental, no Acre, foi interditada. Os bancos foram punidos em processos abertos, na sua maioria em 2009, pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp).

Agências e postos de atendimento foram multados por ter número insuficiente de vigilantes, alarmes e porta giratória inoperantes, planos de segurança não renovados e câmeras de vídeo sem funcionamento, além de impedir a fiscalização de policiais federais. Os bancos também foram condenados pela inauguração de agências sem a aprovação do plano de segurança. 

Uma agência do Bradesco, em Bom Sucesso-MG, foi multada porque um gerente do banco transportava valores de R$ 15 mil a R$ 30 mil, durante mais de cinco anos, para abastecer correspondentes bancários de cidades próximas.

O Banco do Brasil foi o campeão das multas com R$ 332,1 mil, seguido pelo Itaú Unibanco com R$ 310,3 mil, Bradesco com R$ 239 mil e Santander com R$ 135,5 mil. Caixa Econômica Federal, HSBC, Banco Rendimentos e Mercantil do Brasil também foram punidos.

Veja o montante de multas por banco:

Banco do Brasil - R$ 332.198,19
Itaú Unibanco - R$ 310.378,82
Bradesco - R$ 239.072,41
Santander - R$ 135.504,62
Caixa Econômica Federal - R$ 74.844,54
HSBC - R$ 53.560,41
Banco Rendimentos - R$ 14.543,05
Mercantil do Brasil - R$ 14.187,64

Total de multas: R$ 1.174.289,68

Houve ainda aplicação de penalidades contra empresas de segurança, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes. Foi a segunda reunião da CCASP em 2012. 

A CCASP é integrada por representantes do governo, trabalhadores e empresários. A Contraf-CUT representa os bancários. Já a Febraban é a porta-voz dos bancos. A reunião foi presidida pelo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

"Essas multas comprovam outra vez que os bancos continuam tratando com negligência a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros, que tem ocasionado mortes, feridos e pessoas traumatizadas", afirma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e representante da Contraf-CUT na CCASP e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Recursos não faltam aos bancos para investir mais em segurança. Segundo o Dieese, os números dos balanços comprovam o desleixo. Os cinco maiores bancos do país lucraram mais de R$ 50,7 bilhões em 2011. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% em comparação com o lucro. 

Avaliação

A 94ª reunião da CCASP foi acompanhada pelos integrantes do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. Para eles, os bancos não priorizam os investimentos em segurança.

"É inadmissível que o Banco do Brasil, uma empresa pública, seja o campeão das multas por descumprir a lei de segurança e, pior, vem inaugurando agências sem portas giratórias, mostrando que não zela pela proteção da vida de trabalhadores e clientes", declara Leonardo Fonseca, representante da Fetraf de Minas Gerais.

"Além de campeão de demissões, o Itaú Unibanco foi novamente vice-campeão de multas, o que revela a falta de responsabilidade do banco com os seus funcionários e clientes", salienta André Spiga, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

"Essas multas, decorrentes de processos abertos em 2009, revelam a necessidade de agilizar os trabalhos da Polícia Federal, através da ampliação da equipe e de reuniões mais frequentes da CCASP", aponta Daniel Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo. 

"Todas essas multas provam que os bancos seguem mais preocupados em gastar milhões de reais em campanhas de marketing do que na segurança de trabalhadores e clientes", avalia Valdir Machado, diretor da Fetec de São Paulo.

"Essas multas revelam o descaso dos bancos, não cumprindo os planos de segurança, deixando bancários, vigilantes e a população insegura e vulnerável", afirma Samuel Nicolette, diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas.

"Um avanço foi o enquadramento como pena máxima de multa a inauguração de agências e postos de atendimento sem a aprovação do plano de segurança pela Política Federal", destaca Lupinha Moretto, representante da Fetec do Paraná.

"Notamos que um dos temas relevantes que afeta a categoria, que é o transporte de valores, continua sendo desrespeitado pelos bancos, reincidindo nessa prática ilegal e que coloca em risco a vida dos bancários", ressalta Sandro Mattos, diretor da Fetec Centro-Norte.

"O movimento sindical precisa continuar verificando se a legislação federal de segurança está sendo cumprida em agências e postos de atendimento e, ao identificar irregularidades, deve encaminhar denúncias para a Delesp mais próxima", destaca Lúcio Paz, diretor da Fetrafi do Rio Grande do Sul.


Fonte: Contraf-CUT