terça-feira, 27 de setembro de 2016

Greve de bancários está entre as mais longas desde 2004

Paralisação nacional completa 22 dias hoje. Há 12 anos, movimento durou 30 dias. Hoje tem negociação

26/09/16 às 23:00 - Atualizado às 08:57
A greve nacional dos bancários deflagrada no dia 6 de setembro já eé uma das mais longa desde 2004, quando os bancários retomaram as paralisações em todo o País. Em 2004, a greve durou 30 dias. A paralisação deste ano completa 22 dias hoje. Nestes 12 anos, o único em que os bancários não fizeram greve foi em 2007.
Hoje, serão retomadas as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa as empresas. A última proposta da Fenaban, feita ainda no dia 9 de setembro, foi de 7% de reajuste e R$ 3.300 de abono, e que foi recusada pelos bancários. Os bancários insistem na reposição da inflação mais ganho real de 5%.
De acordo com o presidente do Sindicato, Elias Jordão, que é membro do Comando Nacional, a Fenaban respondeu no final da tarde de ontem ao ofício enviado pelo comando nacional na sexta-feira, marcando reunião de negociação para hoje, às 14 horas, em São Paulo.
Depois de 2004, a greve mais longa é a de 2015, que durou 27 dias. Em 2013 a greve durou 23 dias. Em 2011 a paralisação levou 17 dias e nos anos de 2010, 2009 e 2008 duraram cerca de duas semanas. Em 2005, a greve foi de seis dias, e em 2014 também teve duração de uma semana.

Liminares contra o direito de greve são cassadas por todo o Brasil

27/09/2016
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) tem recebido com indignação a notícia de que seccionais estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão impetrando ações com pedido de liminar corporativista na Justiça do Trabalho, tendo como réus Sindicatos de Bancários, filiados a esta Confederação, prejudicando a greve legítima da categoria bancária.
Mas em muitos casos, o direito legítimo à greve tem prevalecido nas decisões judiciais e ações ajuizadas pelas seccionais estaduais da OAB. Já foram julgadas improcedentes ou tiveram liminares cassadas, os as ações contra os sindicatos da Paraíba, Ceará, Espírito Santo, Pará, Mato Grosso, Piauí e Maranhão.
“Reafirmamos nosso respeito pela Ordem dos Advogados do Brasil e pela sua história, mesmo nos momentos em que divergimos de suas posições. Entretanto, não podemos nos calar perante tal atitude, uma vez que fere o direito à greve de categoria organizada, prevista em lei específica. Estamos buscando os recursos legais cabíveis e estamos conseguindo derrubar estas ações na justiça. Por culpa dos banqueiros a greve continua. Nossa greve é justa, nossas reivindicações são justas e os bancos podem atendê-las”, ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
Renomado professor e desembargador do TRT apoia greve
Entre essas ações, vale destacar a decisão concedida em Vitória, no Espírito Santo, pela lavra do renomado professor e desembargador do TRT/ES, Dr. Carlos Henrique Bezerra Leite.
“Além disso, a greve é, a um só tempo, direito humano de primeira dimensão (direito de liberdade, liberdade individual de aderir), de segunda dimensão (direito de igualdade substancial, direito social) e direito de terceira dimensão (direito de solidariedade ou fraternidade, direito metaindividual). É, pois, dever do Estado e da Sociedade reconhecer, respeitar e garantir esse direito sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação. Ora, não me parece sustentável aceitar que terceiros, estranhos ao conflito coletivo de trabalho derivante do legítimo e constitucional exercício do direito de greve, se utilizem do Judiciário para compelir trabalhadores, máxime os que prestam serviços em atividades não essenciais, a abortarem o exercício de um direito de idêntica hierarquia ao direito de propriedade, especialmente pelo fato de que não se está diante de uma situação extrema, excepcional, que colocasse em risco iminente a vida, a saúde ou a segurança da população ou da laboriosa classe dos advogados, ora substituída processualmente pela OAB/ES”, afirmou o desembargador na sentença.
Clique aqui e leia o despacho na íntegra.


Fonte: Contraf-CUT

A OAB e a Democracia — qual é a razão de ser da Advocacia moderna?

Artigo do advogado trabalhista Ericson Crivelli aborda a ameaça do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ao direito de greve dos bancários

21/09/2016
A ameaça do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ao direito de greve dos bancários nos traz importantes elementos à reflexão. É o que tentaremos fazer adiante. Recordamos que o exercício da advocacia como profissão, tal qual a conhecemos, é fruto da modernidade. É certo que conhecemos o seu ofício desde a antiguidade. Como operadores do Direito, tinham as suas funções umbilicalmente ligadas ao Estado. Assim foi em Roma, Grécia e onde quer que um terceiro tenha se proposto a representar os interesses de indivíduos ou grupos em um conflito. Havia, em alguma medida, uma intermediação entre o Estado e os indivíduos, mas o Estado era o provedor do serviço prestado pelo terceiro. Ainda assim, a profissão associou-se, desde tempos imemoriais, à ideia da busca da justiça.
Não é, no entanto, da advocacia na antiguidade que estamos interessados aqui, mas do seu exercício na modernidade. A advocacia, tal qual a conhecemos hoje, emergiu das formidáveis transformações sociais e econômicas que ocorreram após a era das luzes. Desta forma, a advocacia dos tempos modernos é contemporânea, não por acidente, do direito monista e universal, do próprio Estado moderno e, mais adiante, da democracia contemporânea.
Recordamos, àqueles que banalizam a advocacia ou esforçam-se para reduzi-la às negociatas de balcão, que o Direito que ficou para trás com o advento da modernidade, era o direito fragmentário da nobreza, Igreja, corporações de ofício ou dos servos da gleba. Dá para imaginarmos que Direito e que interesses encontravam defensores no mundo social e econômico do medievo, só para restringirmos nossas considerações a esse período que tomou séculos de história da humanidade.
Imaginemos o quão importante foi conquistarmos um só Direito, uma só fonte: o Estado. Tomemos como parâmetro o enorme passo que foi dado pela humanidade ao reconhecer que todos os indivíduos, independentemente de sua origem social, condição econômica e gênero, são portadores de direitos e são iguais no exercício dos mesmos, sobretudo perante os poderosos e o Estado.
O Estado moderno, o seu direito universal, sob a égide do Estado liberal, incluiu toda a sociedade então existente debaixo de direitos e garantias individuais. Na sequência, em função do esforço para dar-se efetividade material à igualdade jurídica e formal dos indivíduos — tão duramente conquistada pela sociedade civil —, reconheceu-se a organização dos indivíduos em associações e sindicatos. Este processo de mudança acrescerá ao Estado de Direito, símbolo seminal deste processo de avanços do Estado moderno, o conceito democrático constituindo o Estado Democrático de Direito. Mais adiante, far-se-á a inclusão do adjetivo Social entre o Estado e o Democrático, como ocorreu com a nossa Constituição de 1988.
Ora, as consequências desse processo, tecido meticulosamente durante alguns séculos pelos nossos antepassados, não foram nada triviais sobre a advocacia e seus profissionais. A figura do profissional moderno do Direito é daquele que, formado tecnicamente para o seu mister, está disponível para patrocinar os direito dos indivíduos, empresas e organizações sociais em busca de justiça. O sentido de justiça foi apurando-se e moldando-se a esta sociedade que pleiteia a igualdade de todos perante a lei. Não é por outra razão que o sentido moderno da ideia de justiça está associada à ideia de igualdade.
Quando se diz que há uma lesão de direito, esta ruptura nas relações jurídicas, sociais e econômicas rompe com o equilíbrio entre as partes em uma determinada relação. Equilíbrio que só se refaz na igualdade. Este Direito se realiza na sociedade contemporânea de massas através do regime democrático, que também tem por base a ideia da igualdade dos eleitores.
Qual é o papel dos advogados na sociedade contemporânea de massas organizada através do regime democrático? Lembramos que agora, como outrora, os poderosos de sempre, os plutocratas, não necessitariam ter a seu dispor profissionais cuja existência e exercício vêm regulados pela lei do Estado organizado democraticamente. Quantos nobres e cardeais não correram os palácios na defesa dos interesses materiais da nobreza e seus beleguins? A razão da existência da profissão regulada é submeter a todos, do operário ao capitalista, a um profissional formado e que exerce o seu mister sob as mesmas exigências (outra vez a ideia da igualdade).
Isto tudo posto para demonstrar que a profissão organizada serve àqueles despossuídos de poder econômico e político para fazer com que seus representantes percorram os corredores dos palácios da Justiça e do Poder Político em busca da efetividade da justiça, ou seja, do exercício da igualdade. Logo, não há que se duvidar que a Advocacia é um instrumento do regime democrático e dos valores que lhe alicerçam.
É claro que aqui estamos descrevendo, como diria Weber, um tipo ideal, um padrão a ser buscado pela sociedade. Nem sempre foi assim que as coisas funcionaram. No regime autoritário, no qual estivemos mergulhados por mais de duas décadas, os seus opositores, entre outros os sindicatos — a Comissão da Verdade desvendou histórias que mostraram a presença de militares nas linhas de montagem de grandes indústrias para evitar uma greve —, enfim, todos que perderam com suas políticas excludentes e repressoras não encontraram eco ou defensores em Brasília.
Neste período, as poderosas associações da indústria nacional, confortavelmente instaladas em palácios da Avenida Paulista, faziam seus representantes “desembaraçarem” seus interesses nos corredores dos Ministérios na Capital da República. Não foi por outro motivo que o festejado cientista político argentino, já falecido, Guillermo O’Donnell, denominou a nossa ditadura como “regime burocrático autoritário”.
Feitas estas considerações qual é a razão de ser da advocacia na sociedade contemporânea? Qual é razão de ser de uma associação ou organização que represente os profissionais que exercem a advocacia? Cabe uma resposta num único diapasão: a defesa dos direitos individuais e coletivos dos materialmente despossuídos e do regime democrático.
Não se quer dizer que os interesses do capital e daqueles que são social e economicamente empoderados não sejam legítimos. A ideia da sociedade democrática e do convívio e tolerância entre os desiguais legitimam social e politicamente seus interesses. Aqui se reconhece a sua a sua legitimidade. Não é disso que estamos falando.
A ideia do Direito organizado e da sociedade democrática é exatamente serem vocacionados para mitigar estas diferenças e sustentar a ação dos “desempoderados”. Este é o papel que se pede à advocacia e à OAB: a defesa intransigente dos direitos fundamentais dos cidadãos e da democracia.
Desta forma, não se compreende o porquê de a OAB ter voltado as suas costas, como o fez na construção do regime autoritário — recordamos o apoio da OAB ao golpe de 64 —, ao papel da efetivação da igualdade, logo, da Justiça. A OAB apoiou o impeachment da presidente eleita num jogo político de interpretação da Constituição no mínimo duvidoso e que poderá deixar feridas na nossa democracia.
Agora, fomos surpreendidos com a insistência da OAB Federal para que seus órgãos estaduais se lancem contra a greve nacional dos bancários. Uma greve cujas legalidade e legitimidade nem mesmo a Fenaban ousou questionar. Por toda parte, os seus órgãos estaduais têm sofrido pressão para pedir a sua abusividade e ilegalidade, sob o pretexto de garantir o acesso dos advogados aos alvarás judiciais, bem como pedem o funcionamento de todas as agências do Banco do Brasil.
Recordando que este governo de turno tem dois banqueiros: um no Ministério da Fazenda e outro na presidência do Banco Central. O Conselho Federal tudo fez e tudo tem feito no último ano para jogar o órgão na defesa dos poderosos e economicamente empoderados, mantendo silêncio frente aos ataques aos direitos fundamentais do garantismo aos réus na ação da Polícia Federal e do MPF. Fazem a defesa intransigente da liberdade de expressão, quando esta serve ao cartel da grande mídia e silencia aos ataques e provocações da PM paulista nas manifestações de rua da nossa juventude.
Agora, este Conselho resolveu estimular, como se faltassem provas dessa opção autoritária, o posicionamento contrário ao direito de greve dos bancários — direito este constitucionalmente assegurado a todos os trabalhadores —, prestando um serviço, ao que se saiba, não solicitado pela própria Fenaban. É de se perguntar: quando este órgão se recusa a exercer o seu papel ao qual estaria vocacionado na sociedade democrática, qual tarefa lhe estará reservada no futuro?
A OAB, aliando-se a esses interesses do mercado, sobrepondo-os aos da sociedade, busca a sua deslegitimação. A quem serve um órgão com receita parafiscal e privilégios legais e processuais numa sociedade regida exclusivamente pelas regras do mercado? Com a palavra o nosso bâtonnier.
Ericson Crivelli é advogado trabalhista em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, ex-professor adjunto de Direito do Trabalho da UNESP, consultor da FAPESP, mestre em Ciência Política pela UNICAMP, doutor em Direito Internacional pela USP, membro da Comissão de Direito Sindical da OAB-SP e do Conselho da AATSP.
Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 26 de setembro de 2016


Fenaban marca nova rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários nesta terça às 14h00m

A Federação Nacional dos Bancos atendeu solicitação do Comando, que está reunido em São Paulo

26/09/2016


A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) atendeu, nesta segunda-feira (26), à solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e confirmou uma nova rodada de negociações para esta terça-feira (27), às 14h, em São Paulo.
Na sexta-feira, o Comando enviou um oficio à Fenaban para solicitar a volta das negociações da Campanha Nacional 2016. No texto, o Comando reforçou que, como os dirigentes sindicais estariam reunidos em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, eles se colocavam à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.
Nesta segunda-feira, quando os bancários chegam ao 21º dia de greve, 13420 agências e 33 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 57% das agencias de todo o Brasil
Em breve, atualizaremos com mais informações.
Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Sem sinal de nova negociação greve dos bancários segue forte e continua crescendo

A Greve Nacional dos Bancários, trabalhadores seguem mobilizados e ampliando a paralisação. Na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), subiu para 2.124 os postos de trabalho fechados. A nível nacional são 13.398, entre agências e centros administrativos.

Apesar da truculência dos bancos que vêm tentando enfraquecer a mobilização dos bancários e acabar com greve, abrindo agências à força e arrancando cartazes das fachadas, o número de agências paralisadas segue crescendo rapidamente, graças à resistência dos bancários e à organização dos sindicatos, que não cederão à pressão e seguirão mobilizados por remuneração digna, garantia de emprego e melhores condições de trabalho. Até o momento, a representante dos bancos permanece em silêncio sobre nova rodada de negociação.

Histórico

A greve é uma resposta à proposta rebaixada da Fenaban, que no dia 29 de agosto propôs um índice de 6,5% e um abono de R$ 3 mil, rejeitado em assembleia pelos trabalhadores e no dia 09 de setembro voltou a insistir no mesmo modelo, que impõe perdas à categoria: 7% e R$ 3,3 mil abono, reajuste que sequer cobriria a inflação do período, de 9,57% e que resultaria numa perda de 2,39% para os bancários. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou na mesa, reafirmando sua disposição para a negociação, mas evidenciando que não irá avaliar proposta que reduza o poder de compra dos trabalhadores.





Assessoria de Comunicação
Federação dos Bancários de SP e MS

terça-feira, 20 de setembro de 2016

OAB-GO cobra agilidade dos bancos nas negociações para por fim a greve
20/09/2016
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, oficiou os presidentes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal solicitando que as negociações sejam aceleradas, visando o entendimento entre as partes envolvidas, restabelecendo a normalidade do sistema financeiro em nosso país.
Nos ofícios a OAB sustenta que vem acompanhando com preocupação os efeitos da greve dos bancários, em que os segmentos da sociedade encontram enormes dificuldades para a realização de transações financeiras. “É verdade que os meios alternativos continuam em pleno funcionamento, entretanto, boa parte das movimentações econômicas dependem do atendimento humanizado nas agências bancárias”, afirma Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, presidente da seccional Goiás.
Ainda no documento a OAB-GO registra a preocupação dos vários segmentos da economia nacional e das famílias brasileiras com o rápido deslinde do assunto em tela e cobra celeridade no fechamento de um acordo entre as partes, trilhando o caminho do entendimento.
“O movimento sindical nacional vem cobrando insistentemente da Fenaban a apresentação de oferta econômica que contemple a inflação dos últimos doze meses mais aumento real de salários, além da garantia de emprego, melhores condições de trabalho, contratação de mais bancários e fim do assédio moral. Porém os bancos continuam intransigentes”, afirma Sergio Luiz da Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás e membro da Comissão Bancária Nacional de Negociações.
Greve continua crescente
A paralisação dos bancários continua fortíssima em seu décimo quarto dia e recebendo novas adesões. Hoje mesmo os companheiros das cidades de Ceres, Inhumas e Morrinhos fecharam suas agências.
Além de várias unidades de Goiânia, o companheiro Sergio Luiz da Costa (presidente do SEEB-Goiás e da FEEB-GO/TO) visitou agências bancárias em Anápolis e presenciou a determinação da entidade sindical que representa os bancários daquela cidade na luta por melhores salários e condições de trabalho.
Fonte: SEEB-Goiás
Bancos cobram até 15,49% de juros, mas não pagam a inflação de 9,62%
Os maiores bancos que atuam no Brasil, sejam os nacionais (BB, Caixa, Itaú e Bradesco), ou o Internacional Santander são os que mais lucram no mundo. Um exemplo são as taxas cobradas de quem utiliza o cheque especial num momento de urgência. Conforme o Procon e caso você procure nos sites vai observar que o Santander cobra 15,49% ao mês dos clientes, o HSBC 14,67%, o Bradesco 13,15%, o Itaú absorve 12,95 ao mês, o Safra 12,6%, a Caixa 12,59% e o BB juros mensais de 12,40%. Estas mesmas Instituições oferecem reajuste abaixo da inflação medida em 9,62%.
Para os clientes, a taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês. De acordo com dados, chegam a mais de 400% ao ano conforme a inadimplência. No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos percentuais. A filial do Santander no Brasil é a que dá o maior lucro aos espanhóis, o Itaú, BB e Bradesco figuram entre os primeiros do ranking mundial de rentabilidade. Ainda assim, os bancos, irredutíveis, continuam oferecendo 7% e abono único de R$ 3.300.

Os lucros são astronômicos! Em contrapartida, o emprego só diminui. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
Os bancos não agendam negociação. Os trabalhadores querem reajuste justo e os aguardam. Só dizem que a crise afeta a economia. Sim a inflação está afetando os trabalhadores, os bancos têm lucros todo trimestre. A verdade é que tentam rebaixar o piso e os salários dos bancários e bancárias para continuar recolhendo lucros bilionários recordes como nas últimas décadas. A greve é unificada, nacional e por tempo indeterminado!
Feeb-SPMS

domingo, 18 de setembro de 2016

Greve dos bancários continua segunda, 19/09

O Sindicato avisa: greve é um direito constitucional e deve ser respeitado. A lei 7.783/89 prevê, em seu artigo 1º, que “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
A legislação assegura, ainda, aos grevistas “o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve”. E proíbe as empresas de “adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.
Se os bancos querem acabar com a greve, não precisam usar de força, nem coagir trabalhadores a furar o movimento. Basta ter seriedade na mesa de negociação, apresentar proposta com aumento digno aos bancários, mecanismos de proteção aos empregos, valorização dos vales, auxílios. Os trabalhadores vão continuar exercendo seu direito de paralisar as atividades do setor que mais lucra no Brasil e que, ainda assim, se recusa a respeitar seus funcionários e os clientes.
Enquanto não houver proposta decente a greve vai continuar forte. Os bancários estão cada dia mais conscientes quanto à necessidade do exercício do direito de greve, e sabem que só a luta pode nos garantir melhores condições de trabalho.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Venda da CPFL gera R$ 1 bi para o governo


15/09/2016 
A venda da fatia da Camargo Corrêa na CPFL Energia para a estatal chinesa State Grid Corp deve reforçar em, no mínimo, R$ 1 bilhão os cofres do governo, que já conta com o resultado dessa operação para ajudar o resultado fiscal de 2016 ou de 2017.

Em julho, a gigante chinesa aceitou comprar a participação de 23,6% da Camargo Corrêa na CPFL Energia por R$ 5,85 bilhões. O reforço de R$ 1 bilhão no caixa do governo se deve aos impostos que devem ser pagos pela empreiteira na operação, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A chinesa foi obrigada a estender a proposta aos demais acionistas do bloco de controle. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deve também exercer sua opção de venda da participação de 29,4% na CPFL Energia, por algo em torno de R$ 7,5 bilhões, disse o presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso. No entanto, a fundação não é tributada na operação.

Além da Previ, a Bonaire Participações (que reúne Petros, Fundação Cesp, Sistel e Sabesprev) também detém 15,1% da CPFL. No prazo de um mês, os acionistas deverão decidir se exercerão o direito de preferência ou de venda conjunta - o chamado "tag along", no jargão do mercado.

Oferta pública. Caso um acionista aceite, o mecanismo de tag along será acionado e a proposta deverá ser novamente estendida, desta vez aos acionistas minoritários por meio de oferta pública de aquisição de ações (OPA), o que na prática poderá levar ao fechamento de capital da CPFL.
A venda ainda depende de sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como a State Grid tem os negócios concentrados em transmissão e a CPFL atua em distribuição e geração, a operação não deve enfrentar resistências no conselho antitruste, de acordo com as mesmas fontes.

A Camargo Corrêa é uma das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobrás, empreiteiras, partidos e políticos. No acordo de leniência, a Camargo aceitou ressarcir as empresas públicas Eletrobrás, Petrobrás e Eletronuclear em R$ 700 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Os planos de melhoria foram uma imposição da Anatel para liberar a venda de chips. No plano, as empresas deveriam apresentar medidas para atender a critérios mínimos de qualidade impostos pela agência e reduzir as queixas de clientes.

Em abril de 2015, o G1 revelou que nenhuma das quatro grandes operadoras (Oi, TIM, Vivo e Claro) cumpriu totalmente as metas de melhoria da qualidade de seus serviços estipuladas pela Anatel em julho de 2012, após a disparada nas reclamações.

Segundo o relator, a ineficiência da fiscalização da agência é uma união de vários fatores como problemas de gestão e ineficácia na aplicação dos recursos. “A agência trabalha, mas trabalha em cima de indicadores que não são úteis”, disse.

A Anatel informou, em nota, que não conhece o teor da decisão e "se manifestará no momento processualmente oportuno".

Falta transparência

A auditoria do TCU constatou ainda que a Anatel não atua adequadamente para garantir a clareza das informações disponibilizadas pelas operadoras aos consumidores, como planos ofertados e áreas de cobertura.

O documento também critica a escolha dos indicadores usados pela agência para avaliar a qualidade da telefonia móvel. Segundo o TCU, esses indicadores não são efetivos em verificar a satisfação dos usuários com o serviço.

Entre as determinações impostas pelo TCU à Anatel está a fixação de um prazo de 90 dias para que ela esclareça a escolha desses indicadores. A agência também terá que elaborar medidas que reduzam as ocorrências nas pesquisas de satisfação dos usuários.

Segundo Dantas, caso a agência não atenda essas exigências, o tribunal pode determinar o afastamento dos conselheiros e até mesmo punição com multa.

Agências reguladoras

O ministro Bruno Dantas elogiou a proposta do governo de retirar das agências reguladoras a tarefa de elaborar editais e contratos de concessão. Segundo o ministro, com essa tarefa as agências não têm o distanciamento necessário na hora de fiscalizar.

“O papel das agências reguladoras é de fiscalizar os contratos. Quando ela elabora o contrato e depois fiscaliza, você cria um vínculo que impede que a agência tenha um distanciamento razoável para fiscalizar com isenção”, afirmou.

Dantas destacou que o modelo de agências reguladoras adotado no Brasil tem se mostrado inadequado e que isso precisa ser alterado. “Se tem uma coisa que é certa é que as agências não funcionam. Isso não é privilégio da Anatel, você vai para a Anatel, para a Anvisa, para a ANS e não vemos o resultado”, disse.

Fonte: G1

Em meio à crise, renegociações de dívidas bancárias batem recorde


16/09/2016 
Os brasileiros continuam com dificuldades para pagar suas dívidas bancárias em meio à forte crise econômica e, por isso, continuam apelando para a renegociação com as instituições financeiras, informou na última quinta-feira (15) o Banco Central por meio do relatório de estabilidade financeira do primeiro semestre deste ano. Ainda de acordo com a autoridade monetária, as renegociações com os bancos bateram recorde em junho.

O relatório ressalta que o fluxo mensal de reestruturações de dívidas vem crescendo desde o último trimestre de 2015, tendo alcançado o maior nível da série histórica em junho deste ano.

"A reestruturação de dívidas é uma prática que vem sendo adotada de forma mais frequente em todas as modalidades, mas com maior intensidade nas operações de financiamento imobiliário", diz trecho do documento divulgado pelo Banco Central.

O BC observou que as renegociações, buscadas pelos clientes, são diferentes das chamadas "reestruturações" - que ocorrem quando a instituição financeira avalia que o tomador do crédito pode ficar inadimplente e o chama para oferecer melhores condições. Em ambos os casos, o patamar é recorde.

Em junho, as reestruturações de dívida de pessoas físicas atingiram 2,77% do total e as renegociações somaram 11,26% do total. No caso das empresas, as reestruturações totalizaram 1,87% do total em junho e as renegociações somaram 7,12%.

De acordo com o BC, as modalidades que apresentaram o maior crescimento na proporção de operações inadimplentes (atraso superior a 90 dias) ou "reestruturadas" no primeiro semestre são financiamento de veículos, cartão de crédito e financiamento imobiliário, "reflexo da conjuntura econômica desfavorável e das condições adversas do mercado de trabalho".

Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, as renegociações e reestruturações não "mascaram" a inadimplência porque a autoridade monetária tem essas informações e as considera em seus modelos.

"A inadimplência é um conceito de créditos em atraso acima de 90 dias. A reestrutruração, em tese, pode ser benigna, pois é uma tentativa de recuperar um crédito que, na forma como negociado originalmente, poderia dar problema em função da deterioração macroeconômica", declarou ele.

Crédito e inadimplência

"O ambiente adverso da economia real continuou a se refletir de maneira pronunciada nos indicadores de crédito neste último semestre, resultando na manutenção da cautela na concessão de crédito e na baixa demanda por parte dos tomadores, levando ao baixo crescimento da carteira", acrescentou o Banco Central. 

A instituição informou ainda que a inadimplência bancária cresceu ao longo do primeiro semestre deste ano, com exceção do mês de junho, quando apresentou redução devido "à influência relevante das reestruturações de dívidas, não permitindo, por ora, inferir uma reversão de tendência daquele indicador para o Sistema Financeiro Nacional".

Rentabilidade caiu

O Banco Central informou ainda que a rentabilidade do sistema bancário apresentou queda nos seis primeiros meses deste ano, influenciada pela "deterioração da qualidade do crédito e pelo consequente aumento das despesas com provisões [resultado, entre outros, da alta da inadimplência]".

"Em contrapartida, as instituições direcionaram esforços na contenção de custos administrativos e na busca por outras fontes de receita, com incremento das rendas de tarifas, seguros e cartões na formação do lucro líquido", observou a autoridade monetária.

Capacidade de pagamento dos bancos

A solvência (capacidade de honrar compromissos) do sistema bancário permaneceu estável no primeiro semestre, acrescentou o Banco Central, com capital em patamar elevado. "O sistema prossegue operando com índices de capital bastante superiores aos requerimentos regulatórios, com a maior parte das instituições apresentando folga de capital suficiente para absorver os plenos efeitos de Basileia III", informou.

O Banco Central informou ainda que "testes de estresse de capital" (projeções com piora de indicadores econômicos) demostram que o sistema bancário brasileiro mantém "adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários macroeconômicos adversos bem como de mudanças abruptas nas taxas de juros e de câmbio, de aumento na inadimplência ou de queda generalizada dos preços dos imóveis residenciais, apesar do progressivo aumento do impacto, em função da materialização de riscos no ambiente macroeconômico".

Fonte: G1

Banqueiros frustram negociação, nada propõem e Comando Nacional orienta que a greve continue com mais força

Mais de 12 mil agências tiveram as atividades paralisadas nesta quinta-feira (15) em todo o Brasil

15/09/2016
Jailton Garcia / Contraf-CUT
Bancos não apresentaram avanços na oitava rodada de negociação - Jailton Garcia / Contraf-CUT
Bancos não apresentaram avanços na oitava rodada de negociação
Mais uma vez a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) resolveu desrespeitar a categoria bancária ao manter proposta rebaixada, de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3mil, durante a oitava rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta quinta-feira (15), em São Paulo. Não houve nenhuma mudança, sequer, na proposta apresentada no último dia 9 de setembro, a qual está muito distante das reivindicações dos trabalhadores, que incluem reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, entre outras demandas de saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e garantia de emprego, temas que os banqueiros simplesmente desprezaram até agora.
Clique aqui e veja o vídeo sobre a negociação.
A resposta dos bancários e das bancárias é a luta. A greve nacional da categoria chegou ao seu décimo dia com muita força. Nesta quinta-feira (15), 12.608 agências e 49 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil. O número representa 54% das agências no Brasil e diante da intransigência da Fenaban a paralisação vai crescer ainda mais, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
“Os banqueiros agem com total descaso ao tentar impor perdas de 2,39% aos bancários, já que insistem em não repor a inflação, e ainda, desvalorizar os funcionários, sem atender às demais reivindicações.  Quem quer redução de salário? É inadmissível que o setor que continua a lucrar tanto, mesmo em tempos de crise, opte por um papel tão nefasto de falta de responsabilidade social com seus funcionários e com a economia do país. Quem quer redução de salário são os banqueiros. Nossa resposta está nas ruas, nas agências, com a nossa greve aumentando. Continuamos dizendo a cada bancário e cada bancária: Só a luta te garante”, ressaltou Roberto.
Lucros exorbitantes X Desemprego
Com os lucros nas alturas, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
A população também paga o pato, com a ganância dos banqueiros. A taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês. De acordo com dados do Banco Central (BC), chegou a 318,4% ao ano, no mês de julho (última pesquisa divulgada). No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano.
"Um desrespeito aos trabalhadores e toda a população. Os bancos chamaram para uma negociação e não trouxeram nenhuma novidade na mesa. A greve vai crescer até ter uma nova proposta, que inclui reajuste digno a manutenção do emprego para a categoria", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Contraf-CUT

Fenaban insiste em reajuste abaixo da inflação e não apresenta proposta

15/09/2016

Não há nova data para rodada de negociação; Comando orienta intensificação da greve

A oitava rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), terceira após a deflagração da Greve Nacional dos Bancários, realizada nesta quinta-feira (15) foi marcada novamente pela decepção. A Fenaban não apresentou proposta e continua insistindo na proposta abaixo da inflação (7% de reajuste e abono de R$3,3 mil), que prevê perdas de 2,39% para a categoria, mantendo a greve por tempo indeterminado.

Diante da postura desrespeitosa e intransigente da Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários orienta a resistência e intensificação da greve e irá produzir uma carta aberta à população, onde explica a importância do apoio à mobilização dos trabalhadores bancários, uma categoria que vem sofrendo com sucessivas demissões em massa, sobrecarga de trabalho (e desrespeito aos clientes que são obrigados a esperar em filas imensas), sendo que os bancos lucram milhões e não querem fazer o mínimo, que é conceder um reajuste digno, que reponha as perdas.

“A Fenaban aposta no conflito quando passa duas rodadas sem apresentar proposta e insiste na manutenção do modelo que impõe perdas aos bancários, apesar de reiteradas vezes o comando ter apontado que não aceita tal situação. Nesse momento é fundamental que sindicatos e bancários resistam a esse ataque respondendo com uma greve ainda mais forte no dia de amanhã”, avalia Jeferson Boava vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e integrante do Comando Nacional dos Bancários.

O Comando continua disposto a negociar, porém, sinalizou aos banqueiros que voltará à mesa apenas quando houver nova proposta a avaliar.

Greve

A paralisação nessa quinta-feira continuou crescendo. Na base da Federação, o número de postos de trabalho fechados aumentou para 2.255. Por todo o país são mais de 12 mil, entre agências e centros administrativos.

No momento, não existe nova data para nova rodada de negociação.

Fonte: Feeb SP/MS - Contraf

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Maiores bancos lucram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre, cobram caro e pagam pouco

Tarifas e juros altíssimos não asseguram aumento nos salários, melhoria nas condições de trabalho e, muito menos, serviços de qualidade. Esta lógica garante, sim, que o setor financeiro atravesse a crise pela qual passa a economia mundial sem arranhões na sua lucratividade.
Pelo menos é o que apontam os números no primeiro semestre de 2016, quando os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) chegaram a R$ 29,7 bilhões de lucro.
Juros altos, salários baixos 
No primeiro semestre de 2016, segundo informações do Dieese, os cinco maiores bancos brasileiros em ativos totais apresentaram resultados expressivos diante do montante de R$ 5,8 trilhões em ativos, com evolução de 6,5% em 12 meses, patrimônio líquido de R$ 410 bilhões e lucro líquido recorrente (sem efeitos extraordinários) na ordem de R$ 30 bilhões.
Já as receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 55 bilhões com alta de 8,7%, enquanto as despesas de pessoal somaram R$ 43 bilhões (+6,6%), permitindo um índice de cobertura total por volta 104% em junho de 2016. Ou seja, somente as receitas de serviços e tarifas cobrem integralmente as despesas de pessoal e ainda garantem excedentes sem comprometer o resultado em lucratividade.
Com tanto lucro, os bancos deveriam diminuir os valores das tarifas e aumentar os salários dos bancários. Nada disso tem acontecido. Nas negociações de 2016, até agora, os bancos sinalizaram para um pífio aumento de apenas 7%, alegando que o índice é a projeção da inflação para os próximos 12 meses. O que eles esquecem é que o percentual de aumento deve atender a inflação relativa ao mesmo período, referente ao passado.
Reivindicações Os bancários ratificam a pauta de reivindicações que implica em reposição da inflação do período, de 9,57% mais aumento de aumento real de 5% e valorização do piso salarial. A categoria também é contra as metas abusivas e a terceirização. Pede, ainda, fim do assédio moral, mais segurança e melhores condições de trabalho.
Emprego A defesa do emprego também está entre as reivindicações. Mesmo com o crescente número de contas correntes, a taxa de emprego no setor bancário só tem caído. Os maiores bancos fecharam 422 agências bancárias, encerrando o período com um total de 19.291 unidades em todo o país.
Vale destacar que apenas com a cobrança das altas tarifas os bancos já sustenta a folha de pagamento. Mesmo assim, as instituições sugam os clientes na cobrança de juros e exploram e sobrecarregam os bancários.
Novas negociações esta previstas para esta quinta-feira (15), às 16 horas,  entre a Fenaban e o Comando Nacional. “Para que a categoria saia vitoriosa, é preciso que bancários e bancárias se envolvam efetivamente e de forma unificada com a campanha. Só a luta garante nossos direitos”.

Diretoria do Seeb Presidente Venceslau e Região

Fenaban não apresenta avanços e Comando Nacional orienta fortalecimento da greve em todo o país

A mobilização cresce a cada dia, 12.009 agências tiveram as atividades paralisadas nesta terça (13)

13/09/2016
Jailton Garcia / Contraf-CUT
Negociação retorna na próxima quinta-feira (15), em São Paulo - Jailton Garcia / Contraf-CUT
Negociação retorna na próxima quinta-feira (15), em São Paulo
A sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) terminou sem avanços, nesta terça-feira (13), em São Paulo. Os bancos insistem com reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$3,3 mil, sem compromisso com emprego da categoria. A proposta não cobre nem a inflação do período, já que o INPC de agosto fechou em 9,62% e representa uma perda de 2,39%. Apesar da cobrança do Comando Nacional, durante quatro horas de negociação, os bancos não foram capazes de mudar a proposta apresentada no último dia 09, e valorizar seus funcionários. Após intenso debate, uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (15), às 16h, também em São Paulo, e diante da postura dos banqueiros, o movimento grevista será fortalecido em todas as bases sindicais.
Clique aqui e veja a galeria de fotos da reunião.
A greve nacional dos bancários cresce em todo o país. Em seu oitavo dia, nesta terça-feira (13), 12.009 agências tiveram as atividades paralisadas. O número representa 51% de todas as agências do Brasil.
Clique aqui e veja a galeria de fotos do oitavo dia de greve.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, lembra que a Fenaban não apresentou retorno das demais reivindicações, já que a minuta apresentada não se refere apenas ao índice de reajuste, no total são 128 artigos, que buscam garantias de emprego, saúde, melhores condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. O compromisso com o emprego, está entre as principais demandas. O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano.
“A reposição das perdas que tivemos de agosto do ano passado, até agora, não podem ser ignoradas e o ganho real diz respeito aos lucros que os banqueiros realizaram no período com o nosso trabalho. Insistimos que eles podem e devem valorizar os trabalhadores. Vamos reforçar a nossa mobilização em todo o país e esperamos que os bancos apresentem uma proposta que contemple nossa pauta na próxima reunião. A nossa greve cresce a cada dia, refletindo o descontentamento dos bancários”, afirmou Roberto von der Osten.
"Os bancos chamaram para uma negociação e não apresentaram nenhuma nova proposta para a categoria, um desrespeito com os trabalhadores e a população. Eles insistem em impor reajuste abaixo da inflação, com perda real. Cobramos também que parem com as demissões. Nossa greve vai crescer a cada dia porque sabemos que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do país", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
A data-base dos bancários é 1º de setembro e a pauta de reivindicações foi entregue aos bancos há mais de um mês, no dia 09 de agosto. A Campanha dos Bancários Nacional 2016 tem como eixos centrais: reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa do emprego, também são prioridades para os bancários.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Contraf-CUT

Fenaban não apresenta proposta e greve continua por tempo indeterminado

13/09/2016


Comando reafirmou que não irá discutir proposta rebaixada; Nova negociação está agendada para esta quinta-feira (15)

Intransigência e desrespeito. Essas são as palavras que definem o espírito que tem marcado a atuação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nas reuniões de negociação da campanha salarial da categoria bancária este ano. Nesta terça-feira (13), data em que a Greve Nacional dos Bancários entra no oitavo dia, a representante dos bancos não apresentou nova proposta e a rodada terminou mais uma vez sem avanços.

De acordo com Jeferson Boava, vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), que integra a comissão de negociação com os bancos, o Comando Nacional dos Bancários reafirmou à Fenaban de que não irá avaliar proposta que reduza o poder de compra dos trabalhadores.

“Insistindo num modelo de negociação que resulte em perda de massa salarial aos trabalhadores, a Federação Nacional dos Bancos, não apresentou propostas hoje. O Comando reafirmou sua posição de que não aceitará discutir resposta rebaixada, que não contemple a reposição das perdas impostas aos trabalhadores pela inflação e também que é necessário avançar nas cláusulas econômicas e sociais. Dessa forma, a Fenaban deverá definir com os banqueiros um modelo que atenda nossas reivindicações e só então nos chamar novamente para conversar”, afirmou.

Paralisações

Nesta terça-feira, as paralisações na base da Federação atingiram 1.987 postos de trabalho. Por todo o país são mais de 11.000 entre agências e centros administrativo e a greve segue por tempo indeterminado, até que a Fenaban apresente proposta que satisfaça as necessidades da categoria.

Nova rodada

Mais uma rodada de negociação foi agendada para esta quinta-feira (15), às 16h, em São Paulo
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