Banco HSBC cortará
até 14.000 empregos para diminuir custos
O
banco com sede em Londres está buscando até US$ 3 bilhões em economias anuais
adicionais até 2016, além dos US$ 4 bilhões já alcançados
Reuters | 15/05/2013
O
HSBC, maior banco da Europa, vai redobrar esforços para redução de custos e vai
cortar até 14 mil postos de trabalho no mundo, numa estratégia para impulsionar
o lucro e aumentar dividendos diante de fraco desempenho de
receitas.
A
instituição informou que o número de funcionários poderá cair para entre 240 mil
e 250 mil até 2016 ante 254 mil atualmente, quando desinvestimentos e cortes de
custos anunciados produzirão efeito. O banco não informou onde os cortes
adicionais serão feitos, afirmando apenas que serão "dispersos ao redor do
mundo".
O
banco com sede em Londres está buscando até US$ 3 bilhões em economias anuais
adicionais até 2016, além dos US$ 4 bilhões já alcançados. Porém, o crescimento
lento fora da Ásia, particularmente na Europa, significa que uma importante meta
para que os custos fiquem abaixo de 52% da receita foi
descartada.
O
novo objetivo é manter a proporção perto de 55%, mesmo nível de 2010 - um ano
antes de o presidente-executivo, Stuart Gulliver, assumir o cargo e iniciar uma
revisão radical das atividades do banco, que foi criticado no passado por
"plantar bandeiras" ao redor do mundo.
"Estamos
claramente atingindo os custos, mas estamos perdendo na relação de eficiência de
custo por causa da receita, o que para nós é difícil controlar", disse Gulliver
a jornalistas.
"Precisamos
ter uma meta de eficiência de custo que seja realista, então estamos dizendo
para olharem para nossos pares, eles estão todos níveis elevados do patamar de
50% ou em níveis baixos do patamar de 60%, seja JPMorgan, Citi, Standard
Chartered ou Barclays", disse o executivo.
Ex-chefe
do banco de investimento do HSBC, Gulliver já cortou 46 mil empregos do grupo e
vendeu ou fechou 52 operações, incluindo uma participação minoritária na
seguradora chinesa Ping An e seus cartões de crédito nos Estados Unidos. Tais
negócios reduziram seus ativos em US$ 95 bilhões e geraram ganhos que
totalizaram cerca de US$ 8 bilhões.
"Não
estamos nem na metade do caminho para destravar valor no HSBC. A estratégia não
está mudando, está funcionando", disse Gulliver a
analistas.
A
ação do banco acumula valorização de cerca de 13% desde o início de 2011, ante
queda de 9% do setor.