São Paulo – A divulgação feita pela imprensa de que o HSBC dispensará cerca de 30 mil trabalhadores nos países em que opera foi o assunto central da reunião desta quinta 4, entre representantes do Sindicato e da direção do banco.
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Os diretores executivo e de relações sindicais, Hélio Duarte e Antonio Carlos, respectivamente, afirmaram que essa reestruturação mundial não atingirá o Brasil. Destacaram que a sucursal brasileira representa hoje o terceiro maior resultado da empresa no mundo e que a intenção do banco é contratar cerca de mil gerentes de relacionamento até o final deste ano.
Os dirigentes sindicais questionaram o banco sobre o Crédito Imobiliário, onde os funcionários estão apreensivos após a notícia da saída do banco do setor. Os representantes do HSBC afirmaram que não há informações sobre o Crédito Imobiliário, mas que levantariam a situação e dariam retorno ao Sindicato.
“No caso do Auto Finance, conquistamos a realocação dos bancários para outros setores do HSBC, evitando demissões. Caso exista alguma medida similar no Crédito Imobiliário, faremos a mesma exigência”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
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Outra denúncia apresentada pelos representantes dos trabalhadores é de menores aprendizes realizando tarefas que envolvem manuseio de valores. O HSBC também ficou de averiguar. “Se isso estiver acontecendo é ilegal e o banco tem de proibir essa prática”, acrescenta Juvandia.
O Sindicato orienta os funcionários do HSBC a denunciar caso haja demissão ou desrespeito aos direitos.
Participaram da negociação, além do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, o de Curitiba e a Contraf-CUT.